Multiplicam-se os comentadores que se referem ao PCP e ao BE como partidos radicais e extremistas. Muitos desses comentadores foram responsáveis por, ou apoiaram, uma maioria parlamentar que cortou salários e pensões de forma drástica, procedeu a um enorme aumento de impostos e impôs alterações às leis laborais que desequilibraram por completo o poder negocial entre empregadores e trabalhadores. Em muitos casos, fizeram-no aprovando leis que se provou serem inconstitucionais.
São estes comentadores que chamam extremistas e radicais a partidos que propõem agora alterações que não chegam a reverter tudo o que na altura foi feito nos termos descritos.
Agarram-se aos privilégios como lapas à rocha. É deixar andar e tudo se resolverá à custa de miséria e de cassetete.
ResponderEliminarOs propagandistas que andaram e andam a aterrorizar os “malandros” que “andaram a viver acima das possibilidades”, os que “têm que sair da zona de conforto”, ou seja, a maioria da população portuguesa não privilegiada sem acesso aos meios de comunicação social para se defender fazem o que podem para manter este podre sistema do qual beneficiam.
ResponderEliminarA maioria da população tem sido saco de pancada dos propagandistas, gente que vive acima das possibilidades da maioria da população.
Antes da vinda da Troika o terreno foi sendo preparado para a vinda da mesma por estes propagandistas. Esta gente desejou a vinda Troika pois queria (e queria quem os paga) a utilizar para prosseguir com o projecto neoliberal de degradação nacional.
Eles vão continuar a destruir milhões de vidas e destruir a Europa só para manterem o neoliberalismo vivo, não vão descansar até que o BE e PCP sejam assimilados pelo culto da morte neoliberal...
São os mesmos comentadores que aplaudem a vergonha dos apupos hoje feitos por paraquedistas, comandos e ex-militares ao ministro da defesa; ao mesmo tempo que deixam passar qualquer provocação enviada pelo partido de André Ventura. São os chamados comentadores de pacotilha ou comentadores comprados (a alto ou a baixo preço).
ResponderEliminarUm processo negocial implica sempre cedências de parte a parte. Senão, não se trata de uma negociação e simplesmente de uma capitulação.
ResponderEliminarCabe ao PS pesar até onde pode e deve ir naquilo que oferece a BE e ao PCP-PEV.
Não me lembro de ouvir Costa ou o PS falarem de extremismo nas propostas políticas apresentadas, a questão é muito simplesmente saber se elas condicionam as contas públicas de forma irremediável ou se alteram a perceção de quem nos empresta dinheiro (a relação entre duas partes nunca se processa exclusivamente com base naquilo que é o direito, mas também com base nas percepções de parte a parte e das relações de força entre as ditas partes, o Syriza que o diga).
Agora, não deixará de ser irônico que nada daquilo que é oferecido (ou quase nada) se realizará se a corda for puxada tanto que se quebrará e provocará eleições antecipadas (Marcelo dixit, e estou certo que favorecerá a sua facção política) e a Direita as ganhar como será provável que aconteça, dado o desgaste do Governo, a responsabilização de toda a Esquerda pela crise política, e a presente crise econômica, sanitária, a que se junta agora o conjuntural (?) aumento no preço dos combustíveis.
Será então que os Portugueses verão de novo o que é o radicalismo de que fala o Ricardo Paes Mamede...
Cuidado pois com o que se deseja...
"impôs alterações às leis laborais que desequilibraram por completo o poder negocial entre empregadores e trabalhadores"
ResponderEliminarA imposição foi de tal ordem que algumas dessas alterações ainda subsistem depois de 6 anos de uma maioria de esquerda na parlamento que facilmente as poderia ter revogado. E com um governo do Partido Socialista que, ao fim de 6 anos, só as revoga se a isso for forçado para aprovar o orçamento e evitar eleições. Coitado do PS, 6 anos refém de alterações às leis laborais impostas pelo PSD que não conseguem alterar (devem ter sido escritas na pedra).
Caro RPM, essas alterações não foram impostas: elas correspondem aos desejos de uma larga maioria do eleitorado representado na AR.