Como bem sublinha Manuel Esteves, em editorial do Negócios, numa crítica directa, o que as pessoas precisam não é do medo de existir, que tolhe e deprime um povo, mas sim de confiança:
“Não queremos empresários medrosos, artistas deprimidos e muito menos crianças atrofiadas. O que precisamos é de confiança: para investir, para criar, para crescer. O país tem várias frentes. Há os cuidados de saúde, para além dos intensivos; há o direito à educação e o conforto das crianças; há o equilíbrio emocional dos jovens adolescentes; há o acompanhamento e liberdade dos idosos. Tudo isto exige centros de saúde e unidades de diagnóstico a funcionar; escolas abertas; centros de dia a funcionar e possibilidade de visitas a lares e jardins abertos. Sabemos que estas aberturas não reduzirão os contágios, mas serão fundamentais para o bem-estar coletivo. Para sabermos viver com o vírus, que veio para ficar, vamos precisar de coragem. Contrair o vírus do medo só piora tudo.”
Acrescento apenas que para haver confiança tem de existir procura, incluindo através do investimento público e dos apoios sociais de um Estado corajoso, cujo papel é ainda mais crucial neste contexto; temos de ter trabalhadores confiantes e seguros, até porque a maioria continuou a ter de trabalhar fora de casa; e, claro, temos de ter vacinas para lá da incompetência e do preconceito geopolítico de Bruxelas, que mete medo a muita gente. Temos de ter confiança nas nossas capacidades colectivas.
"Não é caso único"
ResponderEliminarEstá a referir-se ao facto de Nuno Serra não ser epidemiologista e, mesmo assim, fazer este tipo de análises!?!
Se se abrisse o link poupava-se o trabalho de termos que assistir a um comentário cabotino por parte deste anónimo
ResponderEliminarDepois teremos de assistir a um comentário do mesmo a dizer que concorda com esse mesmo comentário cabotino
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2021/02/a-explosao-de-casos-no-natal-foi-por.html?m=1
EliminarSe o sujeito das 22 e 12, postador do link, tivesse aberto os links que o texto de João Rodrigues oferece, teria evitado fazer figura de urso cabotino
ResponderEliminarBasta que tivesse ido à frase " Não é caso único.".
Linkar em "caso"
Et voilá. Surge o mesmo texto
Simples.
Isto faz lembrar quem?
Ri-me dessa farpa. Mas o Nuno Serra tem todo o direito de fazer análises e apresentar as suas hipóteses daí. O que não deve fazer é pretender que as suas opiniões sejam factos provados. Afirmar que o vírus não se espalha na actividade escolar, só ignorando inúmeros estudos já publicados e casos analisados pelo mundo fora.
ResponderEliminarLembrava as grafologogias dos parasitas da finança, a provar que a bolsa vai subir ou descer com o gráfico da tendência. Os astrólogos financeiros dos gráficos tentam fabricar com as interpretações uma realidade que lhes convém. Não os imitem, vocês são melhores que eles.
Ri-se desta farpa? A farpa que o anónimo meteu a si próprio mostrando à evidência que ê um cabotino e ainda por cima um cabotino com má-fé?
EliminarMais um com mania da perseguição? Eu que me ri e comentei às 4:38 sou outro anónimo. Um que aprecia o blog e por isso me irrito com a mancha que é certo apoio a políticas negacionistas respeitantes ao vírus. Com quem diz afinal que nada mais deve ser feito para nos livrarmos dele porque não pode ser feito. Com quem usa a estratégias da cartilha neoliberal para defender uma política errada. É o pensem nas criancinhas. É o é a economia, não há alternativa. E a suprema hipocrisia, é o governo persistiu em ignorar a escalada do vírus pelos pobres, para salvar empregos. Tudo tretas. A política europeia de conviver com vírus e apostar tudo nas vacinas foi errada e continua errada.
ResponderEliminarE vocês que denunciaram o falso desenvolvimento pelo turismo dos empregos de salários mínimos, vocês que denunciaram os europeismos que são armadilhas, agora tem aqui um a apoiar a política do não há alternativa senão viver com o vírus? Não há alternativa se se quiser para manter tudo isso.
Mas sequer manteve-se? A economia foi salva? As fronteiras permaneceram abertas? As escolas ficaram abertas?
Não tinha sido melhor em vez de enfiar a cabeça na areia admitir que temos um problema grave e é preciso tomar decisões difíceis, e prepara-las com tempo antes que os acontecimentos as forcem?
País de gente sem juízo. Da direita à esquerda sim, e o triste aqui é que até os mais bem preparados para o ter estão a falhar porque acham que tem que justificar erros passados. Querem suicidar-se politicamente a ser muletas de um governo incompetente?
Que fiquemos como a Itália ou a França?
Caro Anónimo do dia 19 (16h59),
ResponderEliminarApenas uma precisão. O Nuno Serra não faz este tipo de análises (as de Carlos Antunes). Porque o Nuno Serra não é de facto epidemiologista (nem matemático) e não se atreve a fazer projeções nem previsões (muito menos catastróficas, que estas coisas são muito complexas). O Nuno Serra procura analisar dados e tentar interpretar dados, com a informação sobre a pandemia acessível ao cidadão comum. E se reparar o Nuno Serra, nesta matéria, procura formular essencialmente hipóteses (não é por acaso que a generalidade dos títulos dos posts sobre a pandemia terminam com um ponto de interrogação), evitando enveredar por verdades definitivas e sobranceiras.
Cumprimentos
Caro Nuno Serra, não vejo nenhum problema com a sua análise. Pelo contrário, acho que todos devem e podem contribuir com as suas competências e conhecimento. Por isso é que há muito tempo os bancos contratam matemáticos, físicos teóricos, biologistas, ... para desenvolver os seus modelos. A minha crítica vai para o João Rodrigues que procura desqualificar o contributo de um "especialista em Geodesia, Hidrografia, Topografia e Sistemas de Posicionamento Global”.
EliminarDesculpa-me a dureza da reação aqui mas os meus receios são dois e um deles é urgente:que uma vez mais se desperdice a oportunidade de suprimir este vírus e deixe assim o terreno preparado para a quarta onda. Porque à quarta é que vamos saber viver com isto, alguém acredita?
ResponderEliminarO outro receio é o risco de desculpar os males menores, o centrismo europeísta que devido ao horror a mudar o que quer que seja não faz investimento público nem quer controlar fronteiras, nem considerar a opção australiana. Na Austrália, um continente federado, os estados demonstraram mais capacidade soberana que os países nesta união europeia. Ficar colado à defesa da opção errada, tomada pelos motivos errados, nesta crise social que vivemos pode vir a ser desastroso para a esquerda portuguesa.
Quanto à prática de lançar hipóteses e deixar interrogações, eu lembro-me da estratégia que as tabaqueiras usaram na discussão sobre o fumo do tabaco e os cancros. Hipóteses e interrogações serviram para atrasar durante anos o necessário.
Mas uma vez um "comentário" que está coberto de insinuações impróprias
ResponderEliminarComecemos pelo riso acometido pela farpa. Não houve qualquer farpa, o riso foi manifestamente néscio.
A "dureza" de tal comentário resultou de duas coisas, segundo o mesmo "comentador"
Primeiro "que se desperdice a oportunidade de suprimir este vírus "
Quem terá a suprema lata ( para não dizer um palavrão, com a hipótese séria de ser censurado) para dizer tal enormidade? Nada do que aqui se disser dará oportunidade à supressão do vírus. O ensino da biologia parece que claudicou completamente. Pelo que usar tal como alibi para a "dureza", é prova de outro tipo de dureza
O segundo argumento é que nos esqueçamos de "desculpar os males menores". Bom, esse género de culpabilizar e desculpabilizar assim as coisas, faz pensar que estamos a discutir com alguém profundamente beato. E a qualificação dos males como maiores ou menores arrasta-nos para um campo pueril. Ora para estas infantilidades já demos.
As coisas tornam-se mais coloridas, quando ficamos a saber o que são os males menores: "o centrismo europeísta que devido ao horror a mudar o que quer que seja não faz investimento público nem quer controlar fronteiras, nem considerar a opção australiana".
Bom, a critica ao dito "centrismo" (?) europeu está muito para lá do seu horror em mudar o que quer que seja. Como se sabe ele até muda e de que forma. O investimento público é o osso deixado para os ingénuos abocanharem. A Austrália é o boneco para parecer que se sabe do assunto
O que torna mais feio este comentário das 19 e 22 é a associação de um método de trabalho que tem raízes na ciência, como o de lançar hipóteses e deixar interrogações, a um processo fraudulento e criminoso. A dúvida sistemática está na base do método científico e vem de Descartes. Ignorar estas, melhor, ostracizar as hipóteses e as interrogações é coisa de bruxos que acabam na defesa do terraplanismo.
Associar tal atitude às estratégias das tabaqueiras ainda torna as coisas mais feias. Porque confunde ciência com as aldrabices criminosas de advogados pagos por quem der mais. E ao fazê-lo enlameia quem defende o método científico, insulta a nossa inteligência e dá voz a processos demagógicos e aldrabões
Porque nas decisões desta natureza não se trabalham com hipóteses e não se levantam interrogações para o ar. Porque se passa para uma outra área, a do direito. Porque aqui buscam-se critérios objetivos para tomar decisões. Porque se tomam outras medidas, esquecidas pelos abutres do lucro uberalles, como o princípio da prudência. Porque os dados oferecidos para estudo e para decisão jurídica foram durante anos a fio manipulados e escondidos.
Algo aqui não cheira bem