quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O eclipse total do SOL


Tivesse o semanário SOL (agora «Nascer do SOL», aliás) um suplemento de humor e sátira política semelhante ao do Público, mesmo que com previsível menor qualidade, e tudo se tornaria aceitável. Mas não. Um cronista pírulas, de sua graça João Lemos Esteves, professor universitário que escreve no dito SOL e no Jornal «i», confesso admirador de Trump e Bolsonaro, decide responder de forma inqualificável a este artigo de José Pacheco Pereira sobre «trumps, trumpinhos e trumpões nacionais», onde o referido cronista é um dos visados.

Dada a profusão de falsidades, invenções estapafúrdias, delírios e insinuações torpes, nem vale a pena abrir o texto de Lemos Esteves, bastando ler na íntegra - isso sim vale a pena - a missiva enviada por Pacheco Pereira ao diretor do SOL Mário Ramires, ao abrigo do Direito de Resposta, onde o historiador solicita, passo a passo, a demonstração e prova do que é afirmado.

A questão nem está, na verdade, nas alarvices e mentiras que um tolo desvairado decide escrever. O que não se percebe (ou talvez sim), é que ninguém trave a enormidade algures na «linha de montagem» do jornal, obrigando no mínimo o autor, como condição para a publicação do seu «artigo», a reunir evidência sobre os «factos» e as considerações que tece. E agora? Agora será melhor esperarmos sentados pela reação do diretor do dito semanário. Porque isto não é o «Nascer do SOL», é mesmo o seu eclipse total enquanto projeto jornalístico.

6 comentários:

  1. Então, se o artolas é admirador de trump, está embebido no espírito das verdades alternativas, na anti-ciência e no culto cego ao líder.
    Nunca gastei um cêntimo com o jornal sol e com razão o continuarei a fazer.

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  2. Estes trumpinhos são a prova provada da falência do neoliberalismo que grassa pela maioria dos países escancarando as portas das suas democracias a uma extrema direita que navega as ondas do descontentamento popular desse modelo.
    Cabe aos democratas desses países calar Democráticamente os algozes mensageiros de uma extrema direita que viveu na sombra (no caso deste formador de jovens universitários) todo este tempo alicerçando o seu regresso com uma paciência de "chinês "
    Não é de agora esta "fábula " em que o PCP sempre fez dos seus sérios avisos à navegação uma K7 (assim foi apelidada com jucosa irrelevância)
    Pois é, o Lobo entrou nos em casa e agora os jocosos democratas de então agora correm como galinhas tontas a quererem sanear um fascismo pret a porter que se moldou a uma constituição que forneceu as devidas trancas da porta da casa da Democracia aos ditos jocosos democratas que não fizeram caso e no então riam a bom rir mas que no agora raciocinam com os pés para se livrarem do lobo fascista que se sentou a mesa com eles com um olhar esfomeado.
    Ainda acham os comunistas ultrapassados e retrógrados ou será que resta desejar bon apetit!

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  3. Por falar em antissemitismo, os trumpofónicos deviam ser informados que os apoiantes de sua baixeza são, na sua grande maioria, supremacistas brancos que, além do ódio aos negros, também odeiam os judeus.
    No meio da multidão que invadiu o capitólio na passada quarta-feira, foram filmados "artistas" com T-Shirts com suásticas e outras com frases como "6 millions were not enough".
    Antes de acusar alguém de antissemita, a alminha penada deveria saber que 6 milhões foram o número de judeus ASSASSINADOS pelos nazis durante a segunda guerra mundial.
    ANTISSEMITAS são, portanto, os apoiantes de trump, que não se distinguem muito dos nazis.
    Desde que os tories e o new labour ingleses acusaram Jeremy Corbyn de antisemetismo, que os minions da nacional-parolice tentam replicar cá os argumentos dos discípulos do BOJO para atacar quem os incomoda.

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  4. Conheço nada desses escritos, mas...

    Entre as políticas económicas sob a administração Trump e a figurinha política de Trump, é prática do superior critério dos comentadores de esquerda não propôr qualquer distinção entre os que apoiam uma ou outra coisa.
    De modo idêntico, entre o princípio de dar fim à emigração ilegal e tudo o mais que um carácter ínvio de egocêntrico paranoico lhe acrescenta.

    Que haja respostas de nível comparável não surpreende.

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  5. Sol e o I jornais falidos. QUEM OS SUSTENTA ?

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  6. O texto desse Lemos Esteves é inenarrável, de uma indigência confrangedora. É inaceitável que uma equipa de jornalistas permita a publicação de tal texto; o resultado é saírem tão queimados como o autor. Que vergonha!

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