«Levou tempo, mas finalmente percebi porque é que certos pais querem que a disciplina de Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento seja facultativa, e fazem questão de ter o monopólio dos temas de "ideologia de género": é para poderem passar aos filhos os seus valores sem que os seus esforços de educadores sejam sabotados pela influência perniciosa da escola.»
Caro Nuno, a pergunta a fazer é simples: estou interessado que filho(a) de 10 ou 11 anos se questione por opções de género? Será que não saberei aperceber-me de quando isso é uma questão a abordar? Vou confiar que seja um qualquer professor escalado para essa turma a abordar essa questão?
Acresça-se um preconceito, facilmente construído a partir de tudo que se lê e ouve: a normalização do anormal é uma base estruturante da abordagem das questões de género; partir da ignorância ou secundarização de tudo que biológicamente diferencia os sexos é a cretinice dominante.
Acho este movimento mais parece com o movimento escola sem partido no brasil. A invencao do marxismo cultural, da doutrinacao de esquerda, e que aos professores nao deviam educao mas sim instruir foi muito mais acesa com esse movimento. Eu pelo menos acho que a narrativa deste movimento em portugal reproduz muitos dos argumentos usados por la a uns anos. A questoes de estudos do genero foi algo tambem usado para justificar os projectos que tentavam proibir abordagens de temas que os grupos mais conservadores nao queriam que fossem falados nas escolas.
Deviam começar por ler este material científico-pedagógico (?), destinado a apoiar educadores logo no pré-escolar (crianças a partir dos 3 anos de idade): https://www.cig.gov.pt/documentacao-de-referencia/doc/cidadania-e-igualdade-de-genero/guioes-de-educacao-genero-e-cidadania/
Deixemos para lá os preconceitos facilmente construídos mais a "normalização do anormal". Isto levar-nos-ia muito longe, até porque nos remete aos tristes anos em que Salazar tentava "normalizar o anormal". Nessa época jose não tinha estes pruridos sobre a "normalização do anormal".
Mas que é uma linguagem triste,lá isso é. Cretinamente dominante em coisas assim é certo. Mas que se registe que este linguarejar taxonómico sobre o "normal" e o "anormal" é demasiado primitivo( para ser moderado) para se continuar por aí.
Para quem ainda mantém os fetishes antigos sobre "o berço da civilização", de Esparta a Atenas, mas também Roma, queixarem-se da homosexualidade é só mais um sinal de burrice auto-inflingida.
O anónimo das 22 e 14 é educador para nos mostrar materiais sobre a cidadania e a igualdade de género? Ainda bem Nada a dizer sobre o assunto depois de consultar o material científico-pedagógico. Estes tipos fazem cada fita como se fossem calvinistas daqueles que marram com a cabeça em muros de pedra. Metem dó.
Que outro tema, para além dss matérias tradicionais (matemática, português,...) tem a "honra" de merecer um conjunto de 7 (sete) manuais que abrangem alunos desde os 3 anos de idade? O sistema democrático, por exemplo? Só o primeiro manual do site da CIG tem 500 páginas!
Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista. Deixava os seus miúdos, e as suas miúdas, ir, alegrmente, a essa aula obrigatória?. Porque então obrigar ...
"Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista."
Isto parece saído do discurso indigente do "marxismo cultural", usado pelos atrasados mentais dos bolsonaros e quejandos
Professores energicamente anti-marxistas há-os por aí.E não poucos. De disciplinas obrigatórias também.
Agora justificar tal facto para tirar da matéria a aprender uma coisa tão importante como a "civilidade"...é de um amor à incivilidade a toda a prova
"Que outro tema, para além dss matérias tradicionais (matemática, português,...) tem a "honra" de merecer um conjunto de 7 (sete) manuais que abrangem alunos desde os 3 anos de idade? O sistema democrático, por exemplo?"
Todos os temas devem merecer a maior fonte de conhecimentos para os suportar.
Mas se em vez de vir mostrar a sua aversão dessa coisa comezinha da educação para a cidadania, o referido anónimo se debruçasse sobre o conteúdo dos referidos manuais...veria que lá também se aborda e aprofunda as concepções do "sistema democrático"
(Consta que alguém no facebook escreveu que o Manual de Cidadania e Desenvolvimento foi concebido por 17 mulheres e que promovia lesbianismo. Esta estória foi difundida pelos circulos do costume, aprimorados com o aprendizado no Brasil
Idiotices tão rascas têm perna curta.Feneceram em contacto com a realidade dos factos)
«Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista.»
Lembro-me claramente de todos os professores que abordaram a luta de classes, do trâfego de escravos como primeira instância do globalismo, da função da polícia como defensores do capital, da inavitabilidade da diminuição da taxa de lucro e por aí adiante. Seria uma pena perder todas as zero pessoas.
Ter 'levado tempo' é que é alarmante!
ResponderEliminarO caro José levou portanto menos tempo a chegar à mesma conclusão. Ainda bem.
ResponderEliminarAhahah.
ResponderEliminarAinda bem
Caro Nuno, a pergunta a fazer é simples: estou interessado que filho(a) de 10 ou 11 anos se questione por opções de género?
ResponderEliminarSerá que não saberei aperceber-me de quando isso é uma questão a abordar?
Vou confiar que seja um qualquer professor escalado para essa turma a abordar essa questão?
Acresça-se um preconceito, facilmente construído a partir de tudo que se lê e ouve: a normalização do anormal é uma base estruturante da abordagem das questões de género; partir da ignorância ou secundarização de tudo que biológicamente diferencia os sexos é a cretinice dominante.
Acho este movimento mais parece com o movimento escola sem partido no brasil. A invencao do marxismo cultural, da doutrinacao de esquerda, e que aos professores nao deviam educao mas sim instruir foi muito mais acesa com esse movimento. Eu pelo menos acho que a narrativa deste movimento em portugal reproduz muitos dos argumentos usados por la a uns anos.
ResponderEliminarA questoes de estudos do genero foi algo tambem usado para justificar os projectos que tentavam proibir abordagens de temas que os grupos mais conservadores nao queriam que fossem falados nas escolas.
Porque mandam os filhos para a escola, estes pais....
ResponderEliminarA Alternativa, metam-nos numa escola da OPUS DEI.
Deviam começar por ler este material científico-pedagógico (?), destinado a apoiar educadores logo no pré-escolar (crianças a partir dos 3 anos de idade): https://www.cig.gov.pt/documentacao-de-referencia/doc/cidadania-e-igualdade-de-genero/guioes-de-educacao-genero-e-cidadania/
ResponderEliminarA partir dos 3 anos de idade!
Deixemos para lá os preconceitos facilmente construídos mais a "normalização do anormal". Isto levar-nos-ia muito longe, até porque nos remete aos tristes anos em que Salazar tentava "normalizar o anormal". Nessa época jose não tinha estes pruridos sobre a "normalização do anormal".
ResponderEliminarMas que é uma linguagem triste,lá isso é. Cretinamente dominante em coisas assim é certo. Mas que se registe que este linguarejar taxonómico sobre o "normal" e o "anormal" é demasiado primitivo( para ser moderado) para se continuar por aí.
Para quem ainda mantém os fetishes antigos sobre "o berço da civilização", de Esparta a Atenas, mas também Roma, queixarem-se da homosexualidade é só mais um sinal de burrice auto-inflingida.
ResponderEliminarO anónimo das 22 e 14 é educador para nos mostrar materiais sobre a cidadania e a igualdade de género? Ainda bem
ResponderEliminarNada a dizer sobre o assunto depois de consultar o material científico-pedagógico. Estes tipos fazem cada fita como se fossem calvinistas daqueles que marram com a cabeça em muros de pedra. Metem dó.
Que outro tema, para além dss matérias tradicionais (matemática, português,...) tem a "honra" de merecer um conjunto de 7 (sete) manuais que abrangem alunos desde os 3 anos de idade? O sistema democrático, por exemplo?
EliminarSó o primeiro manual do site da CIG tem 500 páginas!
Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista. Deixava os seus miúdos, e as suas miúdas, ir, alegrmente, a essa aula obrigatória?. Porque então obrigar ...
ResponderEliminarA idiotice continua:
ResponderEliminar"Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista."
Isto parece saído do discurso indigente do "marxismo cultural", usado pelos atrasados mentais dos bolsonaros e quejandos
Professores energicamente anti-marxistas há-os por aí.E não poucos. De disciplinas obrigatórias também.
Agora justificar tal facto para tirar da matéria a aprender uma coisa tão importante como a "civilidade"...é de um amor à incivilidade a toda a prova
Mais outro
ResponderEliminar"Que outro tema, para além dss matérias tradicionais (matemática, português,...) tem a "honra" de merecer um conjunto de 7 (sete) manuais que abrangem alunos desde os 3 anos de idade? O sistema democrático, por exemplo?"
Todos os temas devem merecer a maior fonte de conhecimentos para os suportar.
Mas se em vez de vir mostrar a sua aversão dessa coisa comezinha da educação para a cidadania, o referido anónimo se debruçasse sobre o conteúdo dos referidos manuais...veria que lá também se aborda e aprofunda as concepções do "sistema democrático"
(Consta que alguém no facebook escreveu que o Manual de Cidadania e Desenvolvimento foi concebido por 17 mulheres e que promovia lesbianismo. Esta estória foi difundida pelos circulos do costume, aprimorados com o aprendizado no Brasil
Idiotices tão rascas têm perna curta.Feneceram em contacto com a realidade dos factos)
«Imagine a autora de este texto (e quem concorda com este ponto de vista) que o seus filhos, ou filhas, encontravam numa disciplina, obrigatória!, de "civilidade" um professor energicamente anti-marxista.»
ResponderEliminarLembro-me claramente de todos os professores que abordaram a luta de classes, do trâfego de escravos como primeira instância do globalismo, da função da polícia como defensores do capital, da inavitabilidade da diminuição da taxa de lucro e por aí adiante. Seria uma pena perder todas as zero pessoas.