A nota reproduzida é sibilinamente aldrabona ao transmitir a ideia de que Marta Temido não quer, por teimosia ou preconceito ideológico, a "ajuda extra do sector privado". Vários jornalistas do mesmo jornal já o afirmaram no programa Expresso da Meia Noite.
É aldrabona, primeiro, porque nem se trata de uma ajuda.
Seria sempre uma intervenção em que o sector privado iria lucrar com o pagamento pelo Estado por fazer o que é sua obrigação e que apenas não é cumprido porque, mais uma vez ao longo de décadas, os Orçamentos de Estado subfinanciam o SNS. É como se os privados investissem sabendo que a sua capacidade instalada (como o recente Hospital do grupo Cuf em Lisboa ) vai ser - por certo e sem risco - preenchida e paga por fundos públicos. Mas os jornalistas do Expresso nem se lembram de discorrer sobre um efectivo e atempado reforço dos meios do SNS. Porque se assim fosse, será que não sairia mais barato aos cidadãos - e não contribuintes - portugueses?
Como disse uma vez, a ainda administradora do grupo Luz Saúde, Isabel Vaz (ex-Espírito Santo, hoje grupo Fidelidade, de accionistas chineses) não há nada mais lucrativo do que a Saúde, depois da indústria do armamento (ver em baixo). Naquela altura, era a inauguração do Hospital da Luz.
É estranho como tão depressa a comunicação social se tornou um canal de transmissão de mensagens tão orientadas e interesseiras.
A POLÍCIA POLÍTICA dos oligarcas em ação!
ResponderEliminarJá estão a ganhar....todos os que fogem de consultas adiadas no público e que não podem esperar, o que vão fazer? Desde que o público ande entretido com o COVID, maravilha para os privados. Já agora esse testemunho é infeliz mas explica muita coisa.
ResponderEliminarO público não anda entretido com o Covid. Quem nos entretém com essa linguagem são os agentes privadoS
EliminarNem mais.
ResponderEliminarHá gente que acha que uma ida a um hospital privado equivale a uma estadia num hotel de 5 estrelas, com tratamento personalizado e umas bolachinhas "gourmet". Não vão esperar muito para terem o que merecem.
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