No Público, Sérgio Aníbal informa-nos: “No auge de uma das maiores crises da história e apesar de uma parte da população estar já a sofrer perdas de rendimento e de emprego, os portugueses têm estado nos últimos meses, em média, a poupar uma parte maior do seu rendimento. É um fenómeno que pode parecer surpreendente, mas que na verdade é habitual no início das crises económicas.”
Os portugueses de maiores rendimentos contribuem desta forma para a crise. Aquilo que parece racional do ponto de vista individual, dada a incerteza radical, torna-se irracional do ponto de vista macroeconómico. Keynes tinha um nome para isto - paradoxo da poupança: se todos decidirem poupar, porque desconfiam do futuro, as despesas de consumo e de investimento diminuem, o que significa que o rendimento, resultado da despesa, diminui e logo a poupança também.
Neste contexto, aliás, pode ser muito mais difícil servir a dívida previamente contraída, já que o seu fardo aumenta em termos reais, devido à quebra dos rendimentos e dos preços. É o segredo das grandes crises que só os Estados conseguem enfrentar satisfatoriamente: se o sector privado gera superávites, o sector público, mantendo-se o saldo do sector externo constante, tem de gerar necessariamente défices orçamentais simétricos e estabilizadores. Faça-se a revolução no pensamento, reconhecendo-se, por exemplo, que é o investimento que gera a poupança, e o resto é mesmo contabilidade.
E, sim, é capaz de não ser má ideia neste contexto taxar os depósitos dos mais ricos e injectar despesa na economia, na ausência de moeda própria.
O trunfo é a moeda estrangeira, que nos torna colónia do país que a emite, ou seja a Alemanha.
ResponderEliminarTodas as medidas serão inúteis, mesmo que o governo "socialista" tivesse qualquer intenção de as tomar.
Vejam o sketch "Costa apoia Vieira".
Enquanto o país de entretinha a discutir o sexo dos anjos, o bloco central desregulava ainda mais o mercado de trabalho.
Agora, o PS vai dizer que a culpa é do BE.
Este sujeito das 22 e 08 tem métodos que fazem lembrar os do outro
ResponderEliminarO excelente texto de João Rodrigues apela a várias coisas:
-Que se reconheça que é o investimento que gera a poupança, e o resto é mesmo contabilidade.
-Que se taxe os depósitos dos mais ricos de modo a injectar despesa na economia, na ausência de moeda própria.
O que faz o sujeito?
-Fala no "trunfo da moeda" e diz que todas as medidas são inúteis. JR tinha lembrado uma importante, na ausência de moeda própria. A saber, o taxar os depósitos dos mais ricos. O sujeito citado não gosta desse tema
-Desvia a bola para sketches. Gosta mais deste
-Faz afirmações idiotas sobre o PS a culpar o BE. Para dar colorido local
-Tenta enfim, discutir o sexo dos anjos
Onde já vimos isto? Havia um ministro qualquer que fazia o mesmo, em linguagem bárbara
O teatrinho de JE, assalariado dos DDTs para conspurcar este blog, tem um método engraçado: ao mesmo tempo que tenta dar um ar de progressista, faz tudo por destruir qualquer discussão.
ResponderEliminarSugere o senhor que a medida de taxar os mais ricos seria a mais adequada.
Esquece o JE que o excedente que Centeno andou a amealhar, antes da pandemia, serve precisamente para cortar os impostos aos mais ricos, como tem acontecido em todo o mundo ocidental.
Esquece que o sistema neoliberal foi adotado pelo PS.
Esquece que o Estado Português construiu uma SEGURANÇA SOCIAL para os RICOS, a expensas da segurança social das classes mais baixas, incluindo a classe TRABALHADORA (adjetivo repulsivo para a esquerda-caviar e pseudo-esquerdas), pelo que é estúpido falar em aumentar impostos aos ricos, com o bloco central no governo.
Esquece ainda que, na semana passada, foi iniciada legislação para impor a laboração contínua para todas as profissões do país.
Espero que inclua a profissão de troll.
Quase meio século de anátemas sobre «défices orçamentais simétricos e estabilizadores» somos chegados à ambição de sempre 'sacar a quem o tem' e pôr o Estado a derretê-lo.
ResponderEliminar9 e 36?
ResponderEliminarApanhado em contra-pé, o "anónimo" insiste.O método chega a ser cansativo mas tem algo de hilariante
(Agora invoca o DDT. Ele lá sabe de quem é assalariado).
Temos então que para defender as idiotices pseudo-revolucionárias que disse, insiste na sua ideia de se opor à taxação dos mais ricos.
E acrescenta esta pérola: "o excedente que Centeno andou a amealhar, antes da pandemia, serve precisamente para cortar os impostos aos mais ricos"
Por isso o "anónimo" das 9 e 36 é contra a medida de taxar os mais ricos
Confessemos.Disparates deste quilate só mesmo da cabeça daquele aldrabão do joão pimentel ferreira
(O resto é o folclore usado nestes locais para ver se passa: "o sistema neoliberal foi adotado pelo PS." " Estado Português construiu uma SEGURANÇA SOCIAL para os RICOS" , "é estúpido falar em aumentar impostos aos ricos"
Já percebemos, ó riquinho)
(Jose também foi apanhado em contra-pé...
ResponderEliminarUm bom exemplo de um ambicioso, ambicionando voltar ao estado do Estado Novo para por a derreter a riqueza do trabalho?
Ou tão somente aquele odiozito às funções sociais do Estado?)