sábado, 11 de abril de 2020

Onde acha que se apanha o vírus?


7 comentários:

  1. Dou de barato que quem trabalha em supermercados, para o Estado nos sectores essenciais, em empresas de laboração intensiva e com muitos funcionários ou no sector dos transportes corre um risco maior. Não preciso de gráficos para perceber isso.

    Agora pegar em dois gráficos e dizer, olhem para isto e vejam a correlação, náo é sério. É sabido que a população mais velha corre um risco maior de adoecer gravemente, mesmo se o risco de contágio é o mesmo para toda a gente. Isso, por exemplo, não foi descontado na sua 'análise', pois não?

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  2. E nos trabalhos que continuam a ter de ser feitos.

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  3. Caro Jaime,
    Só porque se chama a atenção para dois gráficos, o Jaime acusa logo de falta de seriedade. Poderá dizer que não faz sentido. Mas por que não faz sentido?

    Quanto à substância, tem que ver com a forma como se ataca a pandemia. Quando não se tem meios - e nem se quer ter meios! - para parar tudo por uns tempos o que não seja essencial numa economia, o que existe é isto: um foco nos mais idosos, sim, possivelmente em lares, mas uma contaminação generalizada - ao que tudo indica - pelo Trabalho. E o Trabalho é o que será mais afectado por uma quebra de rendimentos (que já atinge um 1/3 deles, segundo o estudo da Católica) e até do emprego.

    É que não basta chamar-lhes de "heróis" - como gosta tanto o senhor PR. Era preciso fazer mais qualquer coisinha.

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  4. Não faz sentido porque 1) não se avalia correlações ao olhómetro (especialmente quando a) são escalas ordinais e não métricas e b) os infectados registados são uma amostra de todos os infectados, não a população) e 2) relações correlacionais não indicam causa.

    Concordamos que não basta chamar as pessoas que trabalham de heróis e que será lógico que se só está a sair de casa quem vai trabalhar, então seja no trabalho que as pessoas estejam a ser mais infectadas. Mas os gráficos ajudam zero a concluir isso e utilizar o gráfico para ilustrar ou levar as pessoas a concluir essa ideia é promover a baixa literacia estatística.

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  5. Caro anónimo,
    Não era uma correlação. É uma comparação de distribuições. Uma chamada de atenção.

    Talvez eu devesse ter feito unma referência técnica para não ferir os conhecedores. Aquilo que pretendo mostrar é algo que já se passa no terreno, em muitos sítios, em que os assalariados - porque não têm outros recursos que não os do seu trabalho e porque os instrumentos oficiais não desadequados - se vêem obrigados a aceitar a fraca vontade dos empresários de pequenas empresas em parar quando se detectam casos infectados. E que essa razão faz com que se prolifere o contágio... a trabalhar.

    Mesmo que não queira desenvolver muito a polémica "técnica": 1) claro que - e só para lhe mostrar o meu descaramento manipulador - se trata de uma comparação até de escalões que até nem coincidem entre si; 2) não há mais números de distribuição de infectados, do que os da DGS. Está a pensar no total de infectados não detectados ainda? Se é isso, estes são os que existem, já com mais de um mês de pandemia. Quem lhe garante que a distribuição não se mantém?

    E apesar de tudo isso, caro anónimo, até lhe parece "lógico que, se só está a sair de casa quem vai trabalhar, então seja no trabalho que as pessoas estejam a ser mais infectadas".

    Como vê, nem valia a pena puxar dos galões a ponto de falar de "baixa literacia estatística". Prometo-lhe que quando houver mais dados, volto ao tema.

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  6. Estes gráficos servem para quê? Estupidificar as pessoas?

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