"Será necessário pôr em cima da mesa reformas radicais - invertendo a orientação política prevalecente nas últimas quatro décadas. Os Estados terão de ter um papel mais activo na economia. Devem encarar os serviços públicos como investimentos e não como um peso, e procurar formas de tornar os mercados de trabalho menos inseguros. A redistribuição estará novamente na ordem do dia; os privilégios dos ricos serão postos em causa." Assim reza o editorial do Financial Times de anteontem.
Quando uma das bíblias dos mercados financeiros assim o diz, ficamos quase com esperança. Nāo fora o caso de o FT ser, desde há uns anos, considerado um jornal "progressista" (para se perceber ao que isto chegou) e de já termos ouvido estas juras no auge da última grande crise (pouco depois esqueceram-se).
Mas guardemos estes textos para memória futura, serão sempre úteis.
Chegou a hora dos Estados se transformarem na SEGURANÇA "SOCIAL" da FINANÇA e das grandes corporações e, portanto, faz-se um intervalo.
ResponderEliminarSo mesmo tempo, vai-se impor austeridade aos cidadãos pagadores de impostos.
Resultado: transferências brutais de riqueza e rendimento, de baixo para cima.
Tudo a correr bem, portanto.
Esqueçam as contradições.
Todo o neoliberalismo navega num mar de contradições e "puore, la nave vá".
Puseram no post uma foto da inventora das PPPs e toda a gente acha que está morta, mas as PPPs estão aí, a sugar o dinheiro do contribuintes, para manter oligarquias criadas na idade média e ainda ativas.
"CIP quer 20 mil milhões a fundo perdido para as PME"
ResponderEliminar"António Saraiva elogia medidas do Governo, mas sem deixar de as considerar “insuficientes para conter a crise que se adivinha”."
"A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer que sejam garantidos incentivos a fundo perdido, nos próximos quatro anos, para as pequenas e médias empresas, e desafia o Governo a alocar 20 mil milhões de euros a esta medida."
https://www.publico.pt/2020/04/04/economia/noticia/covid19-cip-quer-20-mil-milhoes-fundo-perdido-pme-1911007
Sindicato do patronato António Saraiva, outro socialista que saiu do armário!
Este individuo quer 20 mil milhões mas depois aparece na comunicação social todas as semanas para nos contar que o salário mínimo não pode ser aumentado...
Antes demais Thatcher refere-se não ao verdadeiro socialismo – fim da propriedade privada dos meios de produção – mas sim ao seu sucedâneo – o chulo do capitalismo.
ResponderEliminarEsta versão do socialismo não nega a propriedade privada dos meios de produção, mas define os detentores de capital, e seus agentes, como uma escória da humanidade, ainda assim útil para manter os humanos com acesso não só a direitos que define como fundamentais – pão, educação, saúde, habitação – como a um crescente e ilimitado bem-estar que directamente resulta da acção motivada pela ambição e ferocidade que são característica dessa escória.
Manifestamente está em falta a referência ao artigo do Financial Times em epígrafe.
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