Zhou Enlai, um dirigente comunista chinês, terá sido um dia questionado sobre o impacto da Revolução Francesa de 1789, ao que ele terá respondido que ainda era muito cedo para saber.
Se non è vero, è ben trovato.
Em Itália saiu uma sondagem: 67% dos italianos considera desvantajosa a pertença à UE, sendo que 88% considera que a UE não tem ajudado a Itália nesta crise. Em mais esta crise.
Estamos a falar de um país que está basicamente estagnado há duas décadas, desde que decidiu aderir à distopia económica e monetária do euro. E isto nota-se, das infra-estruturas aos serviços públicos. Há outros na mesma situação e com uma dívida externa maior, em percentagem do PIB.
Entretanto, parece que a China está a apostar na ajuda, cooperando na área da saúde. Os Estados soberanos são mesmo mais ágeis.
Desde as histórias de embargo à exportação de material de protecção para Itália, cortesia do governo alemão, a posição europeísta é completamente ridícula. Isto é, a liberdade de circulação, neste caso de bens essenciais à sobrevivência, só funciona quando convém.
ResponderEliminarDa mesma forma os erros de avaliação do governo inglês já se tornaram tão óbvios que ditaram uma inflexão de política.
Tudo isto porque não dão ouvidos a alminhas como Nassim Nicholas Taleb, que em várias entrevistas recomendou que não se minimizassem os problemas do COVID-19.
https://www.les-crises.fr/nassim-nicholas-taleb-sans-paranoia-pas-de-survie/
Sem paranoia não há sobrevivência
"Ce virus était prévisible, si on regardait complètement les conséquences de la mondialisation. Mais il n’y a rien à craindre de la globalisation tant que l’on connaît les effets secondaires. Le problème, c’est que les gens regardent les choses sans les effets secondaires, et ce virus, c’est l’effet secondaire de la globalisation."
E mais un artigo de "ponto de situação" no Les Crises
https://www.les-crises.fr/suivi-de-l-epidemie-de-coronavirus-18-mars/
Boa leitura
Tem a certeza que a culpa da estagnação da Itália, Portugal e outros não é dos piegas que insistem em viver na zona de conforto?
ResponderEliminarNão sei porque razão esta obsessão contra a União Europeia e Euro, é que é tão óbvia a perfeição destas criações supra-nacionais!...
O magnífico europeísta Jeroen Dijsselbloem tem toda a razão ao dizer que os do sul gastam o dinheiro em "copos e mulheres".
Cáspite, o Doutor Batata (Jeroen Dijsselbloem).
ResponderEliminarGraças a essa peste todos os sistemas de saúde dos países do Sul europeu estão muito mais fragilizados para lidar com esta emergência. Indirectamente é co-responsável pelas mortes que já houve e que venham a acontecer.
O mínimo que a China pode fazer, depois de o seu sistema burocrático e totalitário nos ter metido nesta embrulhada e depois da UE também lhe ter prestado assistência.
ResponderEliminarQuando cada um dos Estados é ele próprio confrontado com esta grave crise de saúde pública, algo que não é da competência das instituições europeias, é um pouco excessivo esperar que algo surja de Bruxelas. O que pretende afinal o João Rodrigues? Ainda mais cedência de poderes?
Mas já se percebe o voo dos abutres que pretendem usar esta crise para alavancar os seus projetos nacionalistas, de diferentes cores. Alguns, imagine-se, são admiradores da República Popular da China...
Anuncia-se para breve a aparição dos defensores de um 'país dois sistemas':
ResponderEliminar- O escudo para as acrobacias internas e de esquerda
- O euro para manter a mama europeia e ter acesso a mercados
O pensamento sino-cubano começa a ganhar raízes.
Desde quando é necessário o euro para ter acesso a mercados?
ResponderEliminarOs polacos não estão no euro e exportam que se fartam precisamente por isso.
Ganhe juízo Sr José!
Haaa, agora segundo Jaime Santos a culpa é da China.
ResponderEliminarE os tótós que viram as barbas da China a arder, não sabiam que tinham que pôr as deles de molho?
Não seja tolinho Jaime Santos. Quem tomou precauções escapou. Vide o caso de Taiwan, ali mesmo ao lado, Singapura e em larga medida a Coreia do Sul.
Não há desculpa para a incompetência e estupidez de quem pôs a liberdade de circulação de pessoas à frente da evidente necessidade de constituir um cordão sanitário.
Os chineses, honra lhes seja feita, divulgaram em que condições controlaram o seu surto, o código genético do virus, enfim, foram totalmente cooperantes. Já as instituições europeias, só atrapalharam.