... nunca se esqueçam dos seus embaixadores nacionais. De todos aqueles, que nos mais destacados lugares da nossa hierarquia política, pugnaram por ideias que - vá se lá saber como - acabaram por os beneficiar pessoal e individualmente.
Hoje o grande embaixador é... Manuel Dias Loureiro:
Há um provérbio de que gosto muito, que diz: Quando o vento sopra forte, alguns abrigam-se, outros constroem moinhos. Não há dúvida de que o vento sopra forte. Sopra forte no mundo e sopra forte em Portugal. No caso do nosso país, para não falar de outros aspectos, sopra forte nas contas públicas, que só com enorme esforço estão a ser controladas; Sopra forte no sobreendividamento das famílias, das empresas e do Estado; Sopra forte na dimensão assustadora do nosso défice corrente que, na União Europeia, só encontra paralelo na Itália do Sul e no Leste da Alemanha e que está muito acima do défice de países que não têm, de momento, qualquer hipótese de sonhar com níveis de vida desenvolvidos. Com uma enorme diferença: enquanto o Norte de Itália e o Ocidente da Alemanha sempre hão-de pagar a factura dos seus concidadãos do Sul e do Oeste, respectivamente, connosco não vai passar-se nada de semelhante; Sopra forte, para abreviar, quando temos de reconhecer - por mim, com tristeza - que não fomos capazes de aproveitar conjunturas favoráveis que, servidas com esforço próprio, estratégias correctas, sentido de inovação e de risco, poderiam ter significado progresso consistente.(...)
O Orador: - Há, por isso, uma questão que nos interpela a todos, que interpela a nossa geração: vamos querer e ser capazes de, no mais curto espaço de tempo, atingir, pelo menos, os níveis médios de desenvolvimento da União Europeia, ou não? Claro que é difícil, claro que o vento sopra forte. E nós, a geração que nós somos, vamos abrigar-nos ou vamos construir moinhos? Vamos sucumbir ao medo, acomodar-nos no "deixa andar", ou vamos ousar fazer? Cada um dará a sua resposta.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!
(debate sobre a proposta de Código do Trabalho, da maioria PSD/CDS, a 16/1/2003)
Independentemente do personagem e do seu percurso pessoal, uma questão básica de decência é a de, se de ideias se trata, discutem-se ideias.
ResponderEliminarSaberá certamente que nem todos poderão construir moinhos.
ResponderEliminarOutros, necessitarão de se abrigar por não terem meios para os construir.
Diria mesmo mais aliás o personagem apesar de tudo construiu o seu moinho...
Ref. Ilustração.
ResponderEliminarBelo filme.
Dias Loureiro não é flor que se cheire, João Ramos de Almeida, mas convenhamos você tem um penchant por elementos de cultura popular que denotam um certo mau gosto. 'They Live'? Quais eram os outros de que me lembro? Blowfeld como Schaeuble a cair por uma chaminé e o 'The International'?
ResponderEliminarHá muita coisa de repugnante na actuação de políticos e não é só à Direita... Olhe, por exemplo, a atitude generalizada (salva-se o BE e algumas pessoas no PS) de baixar as calças perante o regime de José Eduardo dos Santos (com os tais ganhos de causa em alguns casos)...
Será que vai dedicar um post a isso? Duvido.
Está bem é a despropósito, mas então porque chamou Dias Loureiro à colação a propósito das declarações de Costa?
A burguesia fala sempre da burguesia apenas.
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