sexta-feira, 15 de novembro de 2019
A Bíblia e a Cidade
A senadora Jeanine Añez Chavez, auto-proclamada presidente da Bolívia, escreveu em 2013 um tweet, entretanto apagado, que dizia assim (corrigindo, já agora, a pontuação): «Sonho com uma Bolívia livre de ritos satânicos indígenas. A cidade não é para os índios, eles que vão para os planaltos ou para o Chaco!!». «A cidade não é para os índios», todo um programa.
«Deus permitiu que a Bíblia voltasse a entrar no Palácio», disse a auto-ungida presidente ao exibir um exemplar do livro sagrado à entrada da sede presidencial. Pormenor: trata-se do Novo Testamento («Os Quatro Evangelhos»), que tem como mensagem central «amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mateus 22:39). Não terá sido a Bíblia dos Evangelhos a voltar ao Palácio. Essa foi a que saiu, para dar lugar a um vingativo Velho Testamento.
O momento em que Willams Carlos Kaliman (o general que «sugeriu» a renúncia a Evo Morales) coloca a faixa presidencial em Jeanine. Como bem assinala o Luís Leiria, é uma «foto mais que simbólica. A senadora anunciou-se presidente diante de apenas um terço dos senadores, isto é, sem quórum de deliberação. Não houve qualquer votação. Não era necessário: as Forças Armadas garantiram-lhe a posse». De uma golpada, a Bíblia regressa ao palácio e a Cidade não é para os índios.
Ainda é possível recuperar tweets dela onde ela diz coisas muito parecidas:
ResponderEliminarhttps://web.archive.org/web/20191113002729/https:/twitter.com/JeanineAnez/status/347734496273113088
"“Que año nuevo aymara ni lucero del alba!! satànicos, a Dios nadie lo reemplaza!!”
Será que o nosso governo (e já agora, a UE) apoiam este golpe?
ResponderEliminarSerá que Morales estava na lista negra, onde consta Maduro?
Ou vão-se calar, como calaram o Chile e a Argentina?
Paulo Rodrigues multinick Ferreira a tentar armar-se em rebolucionario
EliminarDesta forma assumidamente rebolucionaria
Um cavalo de Tróia a tentar troiar.
Como tantos outros paridos na mesma forja. E paulatinamente a serem identificados e desmascarados
O algodão não engana. Nem o IP da Holanda
Multinick, Ferreira, rebolucionaria, cavalo de Tróia, Holanda.
EliminarA tática habitual dos minions dos oligarcas: atirar a porcaria para o ventilador.
Não tarda, em vez do general reclama-se um xamã para empossar a senhora.
ResponderEliminarÉ golpe? Também o 25A o foi.
Importa é saber porquê e para quê.
Sem dúvida: um significa involução, o outro significou uma Revolução.
ResponderEliminarVai ficar conhecido como o golpe do lítio!
ResponderEliminarVai ficar conhecido como o golpe do lítio?
EliminarA tralha neoliberal já o catalogou, foi?
Compreende-se
ResponderEliminarJose ainda lhe está atravessado o 25 de Abril
São os seus traumas relacionados com as suas afinidades com o Estado Novo ..
Agora afina-se pelo neoliberalismo
Tão fofinho
Jose gosta de golpes de Estado. Daqueles chefiados por generais. Sobretudo de mão estendida e esticada, na saudação da ordem
ResponderEliminarComo Franco e os seus falangistas
E jose detesta revoluções. Daquelas chefiadas por Capitães e que em aliança com o povo derrubaram o fascismo
Aquele estado novo a que os primeiros, os tais generais, fizeram nascer sob a sua bota
Importa saber mais coisas. E quem é conivente e quem é cúmplice
Paulo rodrigues multinick ferreira com a sua táctica habitual dos minions dos oligarcas: atirar a porcaria para o ventilador.
ResponderEliminarJá o sabíamos.
Antes de mais, os parabéns ao autor do post.
ResponderEliminarPela sua sobriedade mas de uma enorme eficácia
Perante o que é denunciado e apresentado, mais´palavras tornam-se quase desnecessárias
Infelizmente há outras questões a falar
ResponderEliminarE infelizmente porque esse não é o tema do post. Não,não se trata só do apontar para a solidariedade cómica nutrida por jose para com os generais golpistas. A imagem faz lembrar a ida da brigada do reumático ao beija-mão a Caetano e Thomaz, pouco antes do 25 de Abril. É dessa estirpe de generais que jose gosta. Quando um pouco já tocado ( sabe-se lá porquê ou com o quê) solta-se-lhe todavia a língua e dirá esfuziante sobre o golpe de estado na Bolívia
"Chorai, chorai, democratas de pacotilha!"
Não é ternurento ver a linha condutora que une a senhorinha Añez, o general golpista e xamã, um tal Kaliman, a pseudo-Bíblia,e o próprio jose? Enquanto os índios são expulsos da cidade,cumprindo o velho slogan deste de que somos desiguais e por isso deve haver explorados e exploradores?
Mas há uma outra questão levantada por um outro nick de joão pimentel ferreira. Não, agora não vamos falar do manuel galvão, mas sim do paulo rodrigues. Que aqui se vem queixar deste modo tão tão tão à pimentel ferreira
Na sua pressa de mostrar serviço paulo rodrigues ultrapassa-se a si próprio. Ao governo português. E à própria situação local
ResponderEliminarDirá paulo rodrigues:
"Ou vão-se calar, como calaram o Chile e a Argentina?"
Calaram o Chile vá que não vá, embora não seja propriamente a forma mais correcta de expressar o que se passa
Mas...calaram a Argentina? Na Argentina passou-se alguma coisa que tivesse merecido a pena calar?
Na Argentina venceu as eleições Alberto Ángel Fernández
No Chile torturam, violam e matam
Há aqui qualquer coisa esquisita. O multinick multifunções tem demasiada pressa quando cria o seu boneco
Paulo rodrigues já se tinha apontado como não sendo outro que não o mister multinick.
ResponderEliminarPor exemplo aqui onde, por entre o paleio de troiano, repete o mantra neoliberal sobre os "impostos". E trás atrás de si, como é hábito em joão pimentel ferreira, um clone para bater palmas. Um " anónimo " que "concorda em absoluto com o comentário excelente de Paulo Rodrigues".
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/10/consulta.html
Ou aqui, em que o verdadeiro "rebolucionário" vinha defender que "interessava agora mais ao BE e PCP que o ps tivesse maioria absoluta". Não se riam, por favor. Para acabar afirmando muito curiosamente que "Vamos ter mais 4 anos de tancos, golas, Sócrates, greves e manifestações"
Um verdadeiro "rebolucionário" a juntar greves e manifestações a tancos e a golas. Com Sócrates como contrapeso
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/10/rostos.html
Tão elucidativo da forma como este neoliberal encara as greves e manifestações como do descuido do dito coitado para o seu paleio habitual
Reportan al menos cinco muertos por la brutal represión a una protesta de cocaleros de Bolivia contra el Gobierno de facto
ResponderEliminarEm Portugal o silêncio é total
https://www.youtube.com/watch?v=w0PKhEVEIhk&feature=youtu.be
ResponderEliminarVale a pena ver
“Lutar, vencer, cair. Levantarmo-nos, lutar, vencer, cair, levantarmo-nos. Até que se nos acabe a vida.”
ResponderEliminar"A América Latina é, com as revoluções mexicana (1917) e cubana (1959), a Unidade Popular chilena (1970-73) ou o sandinismo (1979), um laboratório de experiências políticas com mais impacto mundial do que se julga.
ResponderEliminarA grande viragem progressista, que irrompeu com Chávez (1998) e se alastrou com os movimentos emancipadores de Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) e com as vitórias eleitorais contra as receitas do FMI (Lula, os Kirchner, Pepe Mujica), constituiu a primeira grande vaga de contestação global ao neoliberalismo que começou a devastar os direitos sociais a partir do fim dos anos 1970.
Os latino-americanos têm dado lições ao mundo sobre a emancipação camponesa e a batalha pela terra, que hoje, finalmente, se começa a perceber ser uma batalha pela salvação da natureza; sobre a emancipação das mulheres e das minorias LGBTI num subcontinente onde a violência de género tem sido mais combatida do que em qualquer outro; sobre a luta anticolonial contra a dominação económica, sustentada sobre o preconceito racista e a crueldade social das burguesias de origem europeia. A origem popular de Lula ou Mujica, que Chávez e Correa sejam mestiços e que Evo Morales seja um uru-aimará, são argumentos centrais no ataque a todos eles e nas caricaturas que deles fazem os media e as direitas de todo o mundo.
O racismo nauseabundo e o fundamentalismo religioso de Bolsonaro ou do novo líder da extrema-direita boliviana, Luis Fernando Camacho, garantem a ambos um lugar de destaque como símbolos acabados da burguesia branca latino-americana.
Depois de terem desencadeado e coordenado nos anos 1970 a batalha pelo extermínio físico e político das esquerdas revolucionárias, fomentando por todo o lado ditaduras de militares e ricos empresários, os EUA, julgando-a definitivamente vencida, passaram nos anos 1980 a permitir que se aliviasse a repressão e que os militares se retirassem com a condição de que os seus sucessores prosseguissem extensão à América Latina das políticas neoliberais já adoptadas pelas direitas e a social-democracia dos países ricos. Esta fórmula democratização + privatização generalizada + aumento da desigualdade entrou em crise no final do século passado e abriu caminho à vaga progressista, que, por sua vez, entrou em crise a partir de 2015.
(cont)
"Não é que quem sempre mandou nas repúblicas americanas desde há 200 anos tivesse aceitado algum dos projectos de mudança socioeconómica, que, apesar de todas as suas hesitações (raramente se renacionalizou algum dos avultadíssimos recursos privatizados nos anos 1990; grandes multinacionais americanas, europeias, agora também asiáticas, continuaram a operar livremente), trouxeram melhorias consistentes ao nível de vida dos mais pobres e um reconhecimento constitucional da plurinacionalidade de Estados historicamente construídos sobre o genocídio dos povos ameríndios (Venezuela, Bolívia, Equador, mas não no Brasil, ou no Chile). Também na radicalização das direitas a América Latina foi pioneira. Acrescentou-se sabotagem económica e corrupção a modelos de produção não reformados; em sociedades em que a violência é um recurso permanente, juntou-se a processos de contestação social.
ResponderEliminarDireitas abertamente saudosas das ditaduras do passado recente passaram a denunciar o “autoritarismo” e o “populismo” dos governos progressistas ou a “ditadura cultural marxista” que estaria na agenda destes. Para os derrubar, têm usado sobretudo meios “institucionais”: Manuel Zelaya nas Honduras (2009), Fernando Lugo no Paraguai (2012) e Dilma Roussef no Brasil (2016). Pela via eleitoral, ganharam apenas na Argentina (Macri, 2015) — e acabam de voltar a perder; e no Brasil, mas só depois de prenderem Lula.
Como acaba de se demonstrar na Bolívia (e em 2002 contra Chávez), nunca perderam o velho tique do golpe militar. Enganou-se quem julgava que, com Trump e Bolsonaro, a vitória das direitas americanas era irreversível. O regresso em força dos movimentos sociais, persistentes e corajosos como em poucos lugares do mundo, no Equador e no Chile (onde a democratização não tocou no neoliberalismo económico herdado da ditadura), o esvaziamento de Guaidó na Venezuela e o regresso do kirchnerismo dão razão a Álvaro García Linera, o vice-presidente boliviano que agora se exilou no México: “Lutar, vencer, cair.
Levantarmo-nos, lutar, vencer, cair, levantarmo-nos. Até que se nos acabe a vida.”
(Manuel Loff)
È verdade, Nuno Serra, mas não tivesse Evo Morales decidido candidatar-se a mais um mandato e depois manipulado as eleições, e não teria fornecido à Direita a munição para dar um golpe de Estado que, note-se, só ocorreu depois da contestação popular ao resultado eleitoral.
ResponderEliminarNão há ditaduras boas e ditaduras más, as primeiras porque defendem os pobrezinhos e as segundas os ricos. Para a Esquerda se poder socorrer da arma da Legalidade Democrática, seria bom que começasse por respeitá-la.
É que de outro modo a diferença entre Morales e os seus adversários pode resumir-se a um facto simples, ele perdeu a parada e eles ganharam-na...
A hipocrisia duma pseudo-esquerda , a fazer resumos néscios sobre os que perderam e ganharam
ResponderEliminarOnde Evo era ditador?
Que Jaime Santis diga a que propósito diz tais palavras
A legalidade democrática e Jaime Santos ou a cumplicidade duma pseudo-esquerda com o fascismo
Jaume samtos esmera-se Um neoliberal com tiques de ditador
A cumprir uma qualquer terapia pela palavra, o Cuco infesta o LdB...
ResponderEliminarO ego esquerdalho, à falta do que em si lhes valha, satisfaz-se a demonizar quem se lhes oponha!
ResponderEliminarÉ uma tristeza mas por ser tão elucidativo tem que ser denunciado
ResponderEliminarHá um golpe de estado na Bolívia. Jaime Santos não tem uma única palavra para a sua condenação. Não tem uma única dúvida em favor dos que são engolidos pelas armas dos canalhas.
Exprime um "é verdade" inicial para depois se dedicar a outras coisas. E o que faz é demasiado grave e demasiado sintomático para ser deixado passar em claro
11 de novembro de 2019 às 23:47: Jaime Santos exprime a sua opinião nestes moldes:
"Importa lembrar é que Morales se demite, forçado pelos protestos populares e pelo abandono dos militares e da Polícia após eleições altamente contestadas, com claros indícios de manipulação."
Todo um fadinho a tentar justificar um golpe fascista. Toda uma solidariedade de classe e de raça. Todo um argumentário a colocar-se do lado da besta. Todo um abandono de lucidez e de rigor analítico, culpabilizando-se a vítima pelos actos do agressor
Depois embrenher-se-á na citação de um texto do PCP,como que a tentar esconder o cheiro das botas cardadas na América do Sul. É de demagogo hipócrita. De "populista" no pior sentido da palavra, naquele sentido com que tenta estigmatizar os outros.
Já lá iremos. A propósito do "claro indício de manipulação", Um comentador, José M. Sousa, desmontar-lhe-á o arguentário usado pela extrema-direita golpista:
No Evidence That Bolivian Election Results Were Affected by Irregularities or Fraud, Statistical Analysis Shows
http://cepr.net/press-center/press-releases/no-evidence-that-bolivian-election-results-were-affected-by-irregularities-or-fraud-statistical-analysis-shows
É uma tristeza mas a denúncia tem que prosseguir. Denúncia não só dos processos de JS, como dos seus "argumentos".
ResponderEliminarArgumentos ( os seus) que substanciam uma fraude e tornam mais clara uma ideologia ( a sua)
Evo Morales não foi vítima dos seus erros. Foi vítima dos seus sucessos.
A "manipulação da eleições" enche os antros da extrema-direita.Mas também pulula numa comunicação abjecta como a nossa.E nas alas que objectivamente servem a extrema-direita e têm horror às vitórias da esquerda na América Latina. Por isso colaboram com aquela e são objectivamente suas aliadas
"¿Qué sucedió en el recuento de votos de las elecciones de Bolivia de
2019?
El papel de la Misión de Observación Electoral de la OEA
http://cepr.net/images/stories/reports/bolivia-elections-2019-11-spanish.pdf
(Com o devido respeito por quem nos lê, não estamos aqui para discutir os ódios e os amores maternos de jose. Continuemos a denunciar os Barrientos de quem este tipo tanto gosta)
ResponderEliminarEn Bolivia, el golpe de Estado contra la democracia, con el objetivo de deponer a Evo Morales como presidente, también contó con muchos participes, cada cual en su justa condición; unos como colaboradores y otros como cómplices; los hubo más pasivos o más activos; algunos planificaron desde el inicio y otros se fueron sumando a medida que se fueron desarrollando los acontecimientos.
ResponderEliminarLa actual Secretaría General de la Organización de Estados Americanos (OEA)
Siempre presente cada vez que existe un proceso de desestabilización antidemocrático. Esta vez lo hizo de forma directa, participando en el proceso electoral. Primero, fue con el informe preliminar de la misión electoral, que sin base alguna, anunció que era "recomendable una segunda vuelta". Segundo, con un informe preliminar de la auditoría lleno de debilidades, sesgado y parcial, sin rigor, y centrado en su mayoría en criticar al sistema provisorio de transmisión de datos (no vinculante).
Y es que a la hora de analizar las actas oficiales, las reales, únicamente logró demostrar irregularidades en 78 actas de un total de 34.555, lo que supone el 0,22%. De hecho, la muestra seleccionada, en sus propias palabras escritas en el informe, no obedece a criterios estadísticos sino que eligieron los casos allá donde el partido oficialista había obtenido muchos votos. El informe está plagado de adjetivos y adverbios con tono valorativo y discrecional ("comportamiento inusual", "presumiblemente") demostrando su incompetencia en cuanto a rigor e imparcialidad.
Evo Morales foi vítima dos seus sucessos, não dos seus erros.
ResponderEliminarJS diz: " não tivesse Evo Morales decidido candidatar-se a mais um mandato"
Já vimos coisa mais asseada como pretexto para.
O certo é que este processo foi avalizado previamente pela referida OEA. E por Carlos Mesa ao apresentar-se às eleições
É ver aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=w0PKhEVEIhk&feature=youtu.be
( e já agora...para quando o golpe de estado contra Macron, após a verdadeira contestação social que este enfrenta?)
O que é imperdoável, pese a solidariedade cúmplice de jose, é a afirmação de JS sobre o "há ditaduras boas e ditaduras más"
ResponderEliminarNinguém, salvo alguns bas fonds da extrema-direita ou os seus suportes ideológicos, se atreve a qualificar Evo Morales como um ditador.
A ida deste para o México provavelmente terá impedido uma chacina. Só alguém muito perturbado pode qualificar a Bolívia como JS o faz.
Muito perturbado ou alguém tão rancoroso com o trajecto de Evo Morales, que aqui confessa desta forma enviesada a sua antipatia ( e o seu racismo) por quem não segue o caminho da traição e da cobardia que uma certa ex-social democracia agora perfilha. Exactamente a que JS agora abraça.
Justificar a queda de Morales como sendo por este ser uma ditador é repugnante.
Quase tanto como ver a comparação que JS estabelece entre os pobrezinhos e os ricos.Numa defesa admirável do status quo, JS confessa a sua adesão à perpetuação desse mesmo status quo.
"Está consumado o Golpe de Estado contra o governo de Evo Morales na Bolívia. Agora segue-se o mais aterrorizante contra o povo boliviano, particularmente contra a classe trabalhadora, contra as organizações camponesas e indígenas de base, contra o pensamento crítico, contra toda pessoa que se oponha ao saqueio capitalista, à depredação da natureza, à exploração. Segue-se o fundamentalismo católico declarado e o racismo abjecto, a misoginia mais brutal e a nostalgia do tempo das cruzadas (é o que anunciam as acções e proclamações dos golpistas); segue-se a intensificação do saqueio do lítio, do gás, da prata, do ouro, do estanho, do ferro, dos mananciais e demais riquezas naturais, segue-se maior exploração contra as e os trabalhadores, fome e extermínio contra o povo, montanhas e rios capitalizados por um punhado de multinacionais e latifundiários"
ResponderEliminarRelembre-se o "choradinho" ( é o termo) de JS perante as consequências da acção do Labour. Vai ser o "descalabro para a classe operária" e blablabla e mais ainda blablabla e Corbyn e mais blablabla
Agora? Agora perante o que se passa na Bolívia,dirá JS, lavando as mãos como Pilatos:É simples, "ele perdeu a parada e eles ganharam-na...".