Desde a década de noventa privatizaram quase tudo o que havia para privatizar - empresas industriais, bancos, seguradoras, empresas de transportes e de energia, até o tratamento de resíduos.
Liberalizaram o sistema financeiro e a circulação de capitais, resultando no aumento explosivo do endividamento privado.
Desregulamentaram por três vezes as leis do trabalho, facilitando os despedimentos, os horários flexíveis e os contratos atípicos.
Escancararam as portas aos privados na saúde e na educação.
Abdicaram de uma moeda própria, deixando o financiamento do Estado nas mãos de especuladores internacionais.
Agora vêm dizer que o mau desempenho da economia portuguesa nas últimas décadas se deve a falta de "liberdade económica" e ao excesso de intervenção do Estado. A sério?
Índice de Liberdade Económica - Portugal Rank 62 (https://www.heritage.org/index/country/portugal)
ResponderEliminarTalvez a posição possa ser melhorada,até ao trigésimo,vá lá,ao vigésimo qualquer coisa do ranking,com a privatização da segurança social,do SNS,do Exército,da Aviação,da Marinha e,sobretudo,com o assumir dos custos de exercício e dos déficits de exploração, por todos os contribuintes.
EliminarSeis parágrafos demolidores
ResponderEliminarTambém parabéns pela síntese e pela acutilância
A Argentinização da República Portuguesa espreita na nova Assembleia da República.
ResponderEliminarO estado Argentino passou os últimos 4 anos a financiar a fuga de capitais para o exterior. Eis o que o il pretende!
Esqueçam o fascismo, o racismo, o populismo, as anedotas, os amigos dos cães e gatos (não há quem defenda as melgas?...), os verdes, os amarelos e todos os charlatões que nos incomodam!
O que está em causa com esta estranha entrada de um partido de cartazes na AR é o golpe final na economia portuguesa: a entrega definitiva do estado às oligarquias.
Entendamos que se a cada passo há uma taxa, imposto, licença, procedimento, a liberdade não será muita.
ResponderEliminarHaveria de ver como é na libérrima e máxima capitalista Suíça...
EliminarUm país que consome telemóveis como se não houvesse amanhã e nem produz um único de jeito é um país que vive duma indústria anémica e dependente fortemente do exterior.
ResponderEliminarFalta a electricidade, comunicações e parcialmente a água à lista, liberdade que corre tão bem.
ResponderEliminarSobre a Heritage, é como perguntar aos lobos o que é o almoço.
Volta AOS que estás perdoado. Tudo no estado, tudo do estado, tudo para o estado, nada nem ninguém contra e fora do estado.
ResponderEliminarGrandes democratas que ainda consegues fazer sair do armário. A tua cadeira era frágil mas todos a ambicionam.
Que saudades dos tempos em que em Portugal se fabricavam espelhos de boa qualidade, daqueles que devolvem e não querem nada para eles.
Um treteiro a pedir um espelho.
EliminarDaqueles de patifes como o Salazar que fazia chás de caridade para amealhar para franquistas e falangistas
Os ladroes são assim. Não se veem ao espelho. Apenas ficam com as garras com sangue enquanto assobiam para o lado
Muita da culpa é do Partido "Socialista"!!
ResponderEliminarO Partido "Socialista" tem sido um dos que administra liberalismo neste país.
Como não bastasse induzirem a população ao erro com o nome "Socialista" ainda insistem dizer que o partido é de esquerda.
Os demagogos liberais, sabendo da muita ignorância existente, utilizam a desculpa do papão "socialismo" e das "políticas de esquerda" para justificarem tudo e mais alguma coisa!
Enquanto a extrema direita Chega utiliza a xenofobia e racismo como arma, a extrema direita Iniciativa Liberal utiliza a ignorância económica como arma.
Uma pessoa razoavelmente informada sabe perfeitamente que Portugal não ficou fora da "revolução" Neoliberal, uma "revolução" que começou há 40 anos, uma revolução que nos deu serviços degradados, estagnação ou mesmo diminuição de rendimentos de quem trabalha, desemprego, emigração, precariedade e aquele extraordinário evento que praticamente resultou no colapso do sistema Capitalista em 2007-8 (Surpresa... salvo pelo Estado!)
Parabéns pela critica certeira e oportuna.
ResponderEliminarÉ aflitiva( ou talvez não) como um saudosista salazarista exprime assim a sua ignorância sobre o Estado fascista.
ResponderEliminarDe acordo com a perspectiva ( ignorante) de um neoliberal ( ignorante?)
“ Tudo no Estado, tudo do estado, tudo para o estado , nada nem ninguém contra e fora do estado
Alex.soares define o estado fascista
Alex.soares vem assim “ criticar” o estado defendido pelo tal Salazar
ResponderEliminarA ignorância?
Ou a confirmação que entre neoliberais e fascistas a diferença ê mínima, quando a isso obriga a ideologia e o saque
Uma mentira dita muitas vezes só passa a verdade para os mais distraídos, parabéns pela clareza.
ResponderEliminarE faltará acrescentar à longa lista inscrita e aos sectores como o da energia,telecomunicações e digital,que toda a gestão desta assombrosa iniciativa se restringe à capitalização dos ganhos,recorrendo os mecanismos normalizados e à democratização dos prejuízos, de forma mediata através de falências,reestruturação com os habituais despedimentos,ou de forma conjugada,através das crises ciclícos,inerentes ao sistema e sempre socorridas por Estados endividados,no papel de estabilizadores sociais de último recurso.
ResponderEliminarPois..."liberdade política" para a economia monetária mundial que mete ao bolso a economia orçamental portuguesa!
ResponderEliminarNão há dúvida que o capitalismo traz muitas desgraças, é uma inquietação.
ResponderEliminarJá o socialismo, sendo uma desgraça estável e perene, é um sossego.
Eu gostava que a Iniciativa Liberal situasse historicamente uma economia de um país - não uma meia dúzia de anos, como fazem com alguns países saídos da órbita da antiga URSS, a propósito do seu crescimento económico e da "flat tax" - que durante décadas tenha seguido os seus princípios (fiscalidade, etc.) e tenha tido sucesso sócio-económico. Será que pensam que foram os EUA?
ResponderEliminarTudo o que diz foi feito pelos estados! Apenas aproveita a quem o estado quer...
ResponderEliminarUm anónimo aí em cima fala no "índice de liberdade económica".
ResponderEliminarComo se sabe este é uma fraude. Foi criado em 1995 através de uma parceria entre o The Wall Street Journal e o think tank conservador norte-americano conhecido como Heritage Foundation.
Está quase tudo dito sobre quais os objectivos de tal índice
Para ser comedido direi que o ranking é utilizado tendo em vista sobretudo duas coisas: para demonstrar que os países na dianteira da lista são mais desenvolvidos do que aqueles que ocupam as últimas posições e para fingir que as nações escandinavas tem pouca intervenção estatal na economia. Ambas as argumentações, contudo, são falsas.
Não vale a pena perder tempo com lixo das hostes ultra-liberais
Vale sim a pena chamar a atenção para o mau-cheiro que tal lixo desprende:
O Catar está em 28º e a França em 71º. Sim, o Catar, país acusado de manter trabalho escravo para as obras do campeonato do mundo do Mundo de 2022, que já mataram mais de 1000 operários, é considerado melhor que a França.
Um outro sujeito atira a bola para canto e diz que "se a cada passo há uma taxa, imposto, licença, procedimento, a liberdade não será muita".
ResponderEliminarSem o querer o sujeito vem confirmar que o que aquele índice mede é a liberdade corporativa e empresarial. ou seja a liberdade do patronato poder agir à sua vontade e como quiser.
Uma espécie de convite ainda maior a qualquer forma de controlo dos privados negócios dos grandes tubarões.
Um mãos-largas para as negociatas, reivindicando-se o livre direito ao proxenetismo
O tal individuo ( jose) caiu em si perante a sua paupérrima afirmação sobre a falta de liberdade a cada passo
ResponderEliminarFala-se de coisas sérias como estas:
Privatização de quase tudo o que havia para privatizar, liberalização do sistema financeiro e da circulação de capitais, desregulamentação por três vezes das leis do trabalho, abertura total das portas aos privados na saúde e na educação, abdicação de uma moeda própria, deixando o financiamento do Estado nas mãos de especuladores internacionais.
Confronta-se esta realidade com o choradinho em voga pelos ultras que agora vêm dizer que o mau desempenho da economia portuguesa nas últimas décadas se deve a falta de "liberdade económica" e ao excesso de intervenção do Estado.
E jose queixa-se daquela forma pungente sobre o que lhe empata os negócios e as negociatas. Se fosse o próprio a auto-comentar-se já o estaríamos a ouvir falar nos "coitadinhos"
Pelo que arrependido da má prestação inicial, jose volta à carga:
ResponderEliminar"Não há dúvida que o capitalismo traz muitas desgraças, é uma inquietação"
Traz. Estamos todos de acordo. Já não subscrevemos a "inquietação" referida por ser um pouco idiota definir nestes termos o capitalismo. Assim a modos duma dondoca a falar dos seus problemas com a cútis.
E volta jose à carga:
"Já o socialismo, sendo uma desgraça estável e perene, é um sossego".
Desgraça será para quem vive de rendas e de exploração dos demais. Para esses parece que o sossego acabou. Quererão continuar a concentrar nas suas mãos a riqueza produzida colectivamente. E não terão sossego até conseguirem voltar à trampa em que atolam os demais
Estes últimos que terão todo o direito a terem uma vida digna tanto do ponto de vista económico como social e cultural
Para desassossego perene dos vampiros em desassossego