Não é que Rui Rio tenha um programa viável, eficaz, uma outra visão para o país. Não é que as suas propostas tenham melhores resultados para a vida dos portugueses. Quem quer discutir isso?
Foi simplesmente porque Rui Rio se mostrou combativo e trouxe números para ripostar.
Por exemplo, escreveu Manuel Carvalho no jornal Público:
"O debate desta segunda-feira não servirá para que a imagem de António Costa se esvazie, servirá apenas para que a de Rui Rio se revitalize. (...) o frente-a-frente foi excelente para reavivar a política, animar a discussão e dar vida à campanha". Diz ele ainda: "Face às expectativas iniciais do debate, Rui Rio ganhou. Ganhou pela diferença mínima não porque fosse mais claro, mais contundente, mais preparado ou mais astuto a aproveitar as falhas do adversário. Ganhou porque provou aos que tinham dúvidas que é dono de um conhecimento sólido sobre os principais assuntos do Estado e de um programa para o país que, não estando nos antípodas do que Costa defende, é ainda assim mais próximo dos velhos pergaminhos do PSD: uma visão mais liberal da sociedade e uma série de propostas políticas mais próxima das empresas".Assim, sem tirar nem pôr. Mas que programa é esse de que tanto parece gostar Manuel Carvalho?
No fundo e bem esmiuçado e apesar da atitude bem diferente de Rui Rio, não difere assim tanto dos pressupostos enunciados e aplicados por Passos Coelho e Paulo Portas. Aliás, os comentários dos comentadores são mesmo semelhantes aos proferidos quando a troica desembarcou em Portugal e foi encharcada pelas ideias do PSD, transmitidas pela equipa liderada por Eduardo Catroga (ainda se lembram?), como ele próprio o admitiu em conferência de imprensa logo em Maio de 2011. Nessa altura, os mesmos comentadores elogiavam a forma sistematizada e calendarizada com que a troica apresentou o seu programa.
O problema é que esses comentadores parecem já se ter esquecido do descalabro que foi a sua aplicação em 2011/2013 e parecem estar prontos a defender tudo outra vez, apesar de o povo parecer ainda lembrar-se muito bem disso, a ponto de deixar a direita a viver tempos de crise...
Modelo de crescimento: Rui Rio enumerou aspectos negativos na realidade económica portuguesa. Que o défice externo voltou a crescer outra vez, que a dívida pública voltou a crescer. Que a emigração continua a dar-se. É verdade. Rui Rio juntou os pauzinhos, mas não os conseguiu articular. Qual é o o seu diagnóstico? Rui Rio acha que o crescimento está mal baseado no Consumo Privado e não no Investimento e nas Exportações. Que o investimento não cresce, porque a poupança não cresce. Ideias que Passos Coelho partilharia num ápice. E que, aliás, justificaram tudo o que foi feito a partir de 2011.
Só que este racionínio tem vários problemas:
1) o Consumo privado subiu porque há mais rendimento distribuído e a confiança melhorou (Rui Rio defende que se corte no rendimento como fez Passos Coelho?);
2) Não é verdade que não haja investimento porque não há poupança (para perceber porquê leia-se aqui). Se calhar, essa situação depende de factores mais profundos para os quais Rui Rio nem os quis aflorar e que passam pela fraca capacidade dos empresariado nacional, pela reduzida procura nacional, pela posição portuguesa na produção globalizada a nível mundial, pelo quadro comunitário espartilhante (orçamental/cambial), pela impossibilidade de ter políticas públicas sem que a Comissão Europeia as julgue como ajudas de Estado, pelo peso da dívida pública, etc.;
3) Não é verdade que uma política baseada actualmente no Investimento e nas Exportações fizesse baixar o défice externo. É muito possível que o défice externo continuasse a subir porque a sua componente importada é elevada. E esse é verdadeiro problema nacional: como é que Portugal pode crescer sem se endividar, importando mais do que exporta? Como se reduz a componente importada do Consumo, do Investimento e das Exportações? Sobre isso Rui Rio nada disse! Ficou-se pelos slogans.
Emigração: a emigração está a crescer. É verdade. Costa defendeu-se mal - dizendo que, apesar disso, a imigração cresce mais depressa que a emigração, fazendo com que o saldo migratório seja positivo... Mas nenhum soube dizer porque cresce a emigração. Tudo tem a ver - possivelmente - com as baixas condições de trabalho nacionais, com as frágeis relações laborais, com os mínguos níveis salariais, com a fraca absorção dos trabalhadores com elevadas qualificações. Mas nem Costa, nem Rio quiseram abordar a questão laboral e tudo o que a condiciona hoje em dia. Foi, aliás, um tema tabú. Ou seja, a emigração vai continuar a subir sem que Rio saiba o que fazer nem queira mexer nisso!
Carga Fiscal: Foi um verdadeiro show de Costa. Rui Rio começou a dizer que era muito mau - "A maior taxa fiscal de sempre", " a receita cresceu muito mais do que produto" - e acabou a dizer que a subida da carga fiscal era boa, porque se baseia na subida do emprego e na subida salarial, as quais explicam a subida do consumo privado, a um ritmo acima do produto...
Esta ideia de criticar o nível dos impostos segue de perto aquela ideia peregrina do Fórum para a Competividade que criou o dia de libertação dos impostos, tãso seguido pela comunicação social, que tem como pressuposto que o Estado deve ser um Estado mínimo. Quererá isto dizer que Rui Rio defende uma subida mais comedida do emprego e que os salários se contenham, de modo a baixar a carga fiscal? Ele nada disse, mas pressupõe-se que sim. Na sua opinição, só deve haver aumentos com a subida da produtividade (tal como dizia Passos Coelho), ou seja, sem que haja melhorias na repartição de rendimento.
Os impostos são maus - Este foi um tema que a comunicaçlão social importou acriticamente do ideário da direita. Foi abordado em todos os debates. E Rui Rio deixou passar a mensagem tão vendida pelo CDS de que os impostos são excessivos e, por isso, maus. Qual é a sua proposta? Os impostos devem descer --> todo excedente criado com a subida do PIB na legislatura deverá ser distribuído de igual modo entre descida de impostos e melhoria dos serviços públicos - saúde, educação, etc. E essa descida dos impostos deveria ser repartida desta forma: "Metade para as pessoas, metade para as empresas". Mas esqueceu-se de dizer que são os impostos que pagam os serviços públicos. Que é bom que haja impostos que possam resultar em melhores serviços públicos e que os serviços públicos são também para as pessoas.
Aí foi criticado por Costa - e bem - que lembrou que a sua tese (como a do CDS) é de um novo "choque fiscal", - de Durão Barroso, de Passos Coelho - que é impossível de realizar sem prejudicar os serviços públicos e que, por isso, essa proposta iria resultar na subida a prazo, de novo, dos impostos.
Serviço Nacional de Saúde - Na sequência de tudo isto, Rui Rio teve a coragem de dizer que o SNS está pior do que antes e que é necessário mais investimento! E, claro está, mais Parcerias Público-Privadas desde que sejam melhores que o serviço público, com um bom contrato, aferido por uma boa fiscalização do Estado. Mas as PPP são melhores? "Dizem que sim", foi a resposta exemplar. E omitiu todos os relatórios que fizeram a cabeça em água ao seu correlegionário e ex-ministrop da Saúde Luís Filipe Pereira, que acabou como administrador do grupo Mello. Não respondeu nunca à pergunta se há capacidade do Estado para fazer elaborar esse contrato, se há possibilidade de o fiscalizar, ou o que faria para reforçar essas capacidades perdidas ao longo de décadas, por clara responsabilidade de governantes imbuídos da lógica de que "menos Estado, é melhor Estado?" Mais um jargão de Rui Rio.
Rui Rio pode mostrar-se mais aguerrido, mas não consegue disfarçar o vácuo do seu programa perigoso. Mas é igualmente perigoso ver como certos raciocínios começam a ser feitos igualmente por António Costa e por certa entourage socialista.
Os comentadores, esses, vão atrás apenas da atitude porque - no fundo - concordam, em traços gerais, com esse programa errado e mal desenhado e que já deu provas de não dar certo e de apenas promover a emigração e o empobrecimento geral do país. Mais uma vez...
"Mas que programa é esse de que tanto parece gostar Manuel Carvalho?" Só se for o fim da Casa do Douro. Onde é que já se viu andar a distribuir o benefício do vinho do porto por tantos pequenos produtores se tanto jeito dava à família dele. Pelo menos sempre o deixam andar a promover os vinhos da família no Público.
ResponderEliminarDa família do Pimentel aonio Paulo guerra?
EliminarTambém tem negócios lá?
Rio ganhou porque ainda respira. Um artista a confundir carga fiscal com receita fiscal e o regresso dos cortes nos custos intermédios. Mesmo que não saiba muito bem o que são. Ainda a fazer lembrar o Coelho. E estranhamente a clamar por mais investimento público?! Como se houvesse maior investimento público que restituir rendimentos aos portugueses. Enfim, mais um social democrata que compromete-se a baixar impostos… se a economia crescer como ele gostava que crescesse.
ResponderEliminarHá aqui qualquer coisa de comicamente desesperado
EliminarPobre pimentel Ferreira Rao arques guerra. . É ele e o amigo Manuel Carvalho, agora o partenaire da amiga Nadia
Não escutam os berros do triângulo?
“ Rio ganhou”. Rio ganhou
E a segunda derivada caiu no colo de um deles
Foi tão evidente a superioridade de Rio que boa parte dos comentadores do regime envergonhados se limitou a dizer que marcou alguns pontos.
ResponderEliminarIsso isso ão arques. Isso mesmo
EliminarO polícia bom e o polícia mau.
Tudo em prol da causa neoliberal
Eles rondam de novo por aí, com o coro afinado dos comentadeiros e dos media de referência
ResponderEliminarCom o PS de novo a tresmalhar num cai que não cai. Para o franco neoliberalismo e mais além
Um excelente post de JRA no melhor da sua capacidade analítica. Tivéssemos nós jornalismo competente na linha deste post e outros galos cantariam.
ResponderEliminar«...lembrar-se muito bem disso, a ponto de deixar a direita a viver tempos de crise…»
ResponderEliminarViu-se desde logo quando PSD/CDS ganhou as eleições em 2015 por boa margem menos um poucochinho!
Também não concordo que a prestação de Rio nos debates tenha sido assim tão positiva. acho que foi positiva face às expetativas criadas pela imprensa anteriormente com notícias plantadas e sondagens encomendadas em que o PS praticamente tinha a maioria absoluta garantida ou eventualmente sendo suficiente a sua coligação com o PAN para ter a maioria.
ResponderEliminarAgora relativamente ao PCP acho que o Jerónimo tem um péssima prestação nos debates. Dificilmente irão captar votantes jovens se não conseguirem passar melhor a sua mensagem nos media. Apesar de ser um partido muito mais consistente que o BE o BE consegue passar muito melhor a sua mensagem.
Alguém aí em cima diz:
ResponderEliminar"Viu-se desde logo quando PSD/CDS ganhou as eleições em 2015 por boa margem menos um poucochinho!"
3 notas breves para este comentário:
-A azia é incómoda. Ainda mais se dura tanto tempo
-O sistema constitucional português ( bem como de tantos outros países) impede que partidos que não vejam aprovados o seu programa de governo na Assembleia da República possam governar. A democracia é assim e já era bem tempo que os pinotes furibundos raiando o racismo por parte de alguns fossem colocados de parte, com a aceitação plena da Constituição da República Portuguesa.
Já agora o PAF teve menos 18,9 % que os partidos que o constituíram em 2011
-Entre 2015 e o presente distam 4 anos. 4 anos que consolidaram a ideia que o governo da direita e da direita caceteira foi de facto um péssimo governo. Um governo ladrão e corrupto, que hipotecou ainda mais o país. Anos de chumbo que não deixaram saudades. Anos de pura trampa, com excepção para os porno-ricos do costume.Negar a crise da direita é algo tão esquisito que nem mesmo os pafistas mais enviuvados negam( embora estes prefiram falar nos outros para ver se não lhes destapam a ronha e manhosice típica)
"Não concordo que a prestação do Rio tenha sido positiva"
ResponderEliminar"Embora ache que foi positiva"
Voltámos aos Gato Fedorento.
Uma péssima prestação das notícias encomendadas, lolol
A prestação do rio não foi assim tão positiva mas
ResponderEliminar...afinal foi positiva
O que não foi positivo foram as expectativas blablabla plantadas e sondagens encomendadas...
Mas que não se fale mais do "velho programa" dos trastes neoliberais.
Fale-se antes do Jerónimo que tem uma péssima prestação. E do BE menos consistente...
O que sobra? A prestação positiva do Rio. O silencio sobre o denunciado no post. E a tentativa de atirar para o lado, para que não lhe corroam os expectativos
A que cheira isto? A mais manobras sujas da trampa neoliberal, a tentar fazer a propaganda habitual...assim pela calada, vinda directamente da Holanda
Fala-se de velhos programas e da fraude do PSD e um anónimo fala da geração grisalha.
ResponderEliminarSerá o tipo do PSD que começou a entoar esse hino com Passos? Ou será o mister multinick arques guerra a fazer as patifarias do costume?
A alguém aí em cima, comentando o comentário mais acima, digo:
ResponderEliminar-Aceite que a mentira é atributo institucional em política lusa, a azia é um estado crónico.
- O sistema constitucional português não sufraga a mentira e o engano. E as percentagens sempre ignoram o comportamento da abstenção, esse enorme partido a que poucos querem dar expressão. Ainda assim, depois de tanto vilipêndio por obra de outros, foi obra!
- 4 anos de campanha contra um governo que: viabilizou a desbunda; que criou a política de vistos, turismo, habitação e alojamento que viabilizou o investimento que é agora bandeira de quem só cuidou de pagar o frete distribuindo; que mudou a lei laboral que no essencial se mantem;
- 4 anos: de uma propaganda que não diz que o diabo não veio porque os orçamentos não foram cumpridos; de um despautério que se orgulha de não ter orçamentos rectificativos porque os não cumpre; de aumento de dívida em valor absoluto e em final em % do PIB.
- a crise de direita tem 48+45 anos. Primeiro porque nunca teve força para prescindir de restringir a liberdade. Em seguida porque não tem a coragem de combater a 'doutrina dos coitadinhos' organizada pelos pastores esquerdalhos.
Jose está particularmente perturbado
ResponderEliminarSerá da campanha eleitoral? Já lá iremos.
Por exemplo, dirá:
"Aceite que a mentira é atributo institucional em política lusa"
Estará ele a imitar o andré ventura?
Aceite por quem? Lá por ele ter como compagnons de route uma série de mentirosos compulsivos, cuja mentira institucional acompanha regra geral os blocos centrais de interesses e os governos da tralha neoliberal, não pode nem deve alargar aos demais esse atributo tão bem amado por uns tantos
Até por jose, que entre as muitas aldrabices que espalhou, há uma particularmente saborosa sobre as balls de salazar. Uma mentira vergonhosa, atributo institucional em política da tralha dos viúvos do salazarismo
Daqui resulta que a azia é um estado crónico de jose?
ResponderEliminarNão é necessariamente por tal,embora devamos ser coerentes e remeter a qualificação do estado de saúde deste jose para o próprio
A azia de que se fala é doutro tipo,mais fanhosa e ainda mais profunda, mais visceral, assim como um estado de alma que o atazana e consome
Após as eleições de 2015 ( é disso que se trata ) e perante o espectáculo bonito de se ver a democracia a funcionar, jose invectivava um seu ídolo, o prof Cavaco silva, nestes termos:
"O que lhe compete é indigitar como 1º quem lhe apresente um governo viável.
Se ninguém lhe trouxer esse governo viável (e decente em propósitos) fica quieto ou arma bronca.
Palhaçada patidocrática já houve a bastante!"
Admire-se essa do "decente em propósitos", lol. A confirmar que a mentira institucional da política lusa se cola bem nas próprias palavras deste jose.
Também é um primor o atiçar de jose contra a "patidocracia". Quiçá saudades dos tempos em que a "patidocracia" estava limitada à união nacional
Mas a azia continuava:
ResponderEliminarA 28 Janeiro, 2016 17:19 jose escrevia irado:
"Estamos na presença de um ‘negociador’ ressuscitado de uma derrota eleitoral por não poucochinho!
Junte-se o espírito bramânico que trata o tempo numa dimensão que não é entendível aos não iniciados…e esperemos calmamente pelo desastre!"
Já lá estava o "poucochinho" : Já lá estava o racismo larvar que acomete estas coisas. Já lá estava a confiança na vinda do diabo
Está mais claro que a azia inicialmente referida é doutro tipo. Tão esclarecedor que não vale a pena jose abanar o leque em busca de fuga para outros horizontes e mais além
Volta-se em seguida jose para a Constituição portuguesa
ResponderEliminarNestes lastimáveis e lastimosos termos:
"O sistema constitucional português não sufraga a mentira e o engano"
A iliteracia é tramada e torna-se aflitiva nesta classe social
O que está em causa é o respeito pelos princípios constitucionais.
"O sistema constitucional português ( bem como de tantos outros países) impede que partidos que não vejam aprovados o seu programa de governo na Assembleia da República possam governar."
Está claro? Está aqui preto no branco a justificação do afastamento de um governo pafista/troikista/ neoliberal trauliteiro?
"A democracia é assim e já era bem tempo que os pinotes furibundos raiando o racismo por parte de alguns fossem colocados de parte, com a aceitação plena da Constituição da República Portuguesa"
Não adianta estas jogadas para canto sobre a "mentira e o engano", espécie de choradinho pegajoso para tentar ocultar as regras democráticas.
O cómico da questão é que no parágrafo anterior este mesmo jose dizia que "a mentira é atributo institucional em política lusa"
Agora diz que a Constituição não sufraga a mentira. Grande Constituição. Vai bem à frente desta direita caceteira que nos brinda com tantas mentiras
A azia está a ficar mais patente?
O colocar em causa a legitimidade da nomeação de Costa para primeiro-ministro só mesmo na mente de alguns, residuais esconsos personagens. Talvez os mesmos que defendiam as balls do outro?
Também já cheira mal esta dança do ventre para tentar colocar em causa o simples funcionamento da democracia.
ResponderEliminarO chamar para aqui o "comportamento da abstenção" é uma manifestação de mau gosto. Gostaria jose mais do "comportamento eleitoral" promovido pelo anterior regime e das falcatruas que os fascistas fabricavam?
Tal como cheira mal o choradinho do "vilipêndio". Como se a memória não resgatasse o comportamento de verdadeiros salfrários institucionais pafistas/passistas. E não fosse mais do que justo chamar os bois pelo nome de bois
Lembram-se de Passos, naquele tom de voz de pregador de promessas, recusar as afirmações de eleitoralismo sobre a treta enorme da devolução da sobretaxa do IRS?
E lembram-se da cavalgada frenética dos media fidelizados até à náusea na propaganda troikista / pafista?
Ou do relógio de Portas a indicar o fim da intervenção troikista?
É uma chatice. Mas a memória é mesmo um bem a preservar
( que diabo...alguma dignidade,em vez deste choradinho manhoso de carpideiro do governo de Passos/Portas)
O estado de jose será mesmo desesperado?
ResponderEliminarRepare-se neste mimo:
"4 anos de campanha contra um governo que:blablabla.. a ronca habitual do palavreado em uso por certa gente. Mas francamente, tão pobrezinho ...
A campanha e os 4 anos?
Pobre jose
Deve-lhe ter acertado no goto a descrição das malfeitorias do seu querido governo, aquele que ia acabar com os "direitos adquiridos" ( heil?). Tão no goto que só lhe saem inanidades sobre "desbunda" ( esse apego da Ordem Nova que é tão velha como jose) mais a política de vistos ( os vistos do gold do amigo Miguel ?) e o turismo e a habitação ( a habitação comanditada por Cristas que deu à luz uma lei hoje considerada como uma lei canalha?)
E mais o frete?
Que inanidades são estas?
Eis o que tocou no tal goto de jose:
"Entre 2015 e o presente distam 4 anos. 4 anos que consolidaram a ideia que o governo da direita e da direita caceteira foi de facto um péssimo governo. Um governo ladrão e corrupto, que hipotecou ainda mais o país. Anos de chumbo que não deixaram saudades. Anos de pura trampa, com excepção para os porno-ricos do costume.Negar a crise da direita é algo tão esquisito que nem mesmo os pafistas mais enviuvados negam( embora estes prefiram falar nos outros para ver se não lhes destapam a ronha e manhosice típica)"
E depois o velho faduncho do diabo.
ResponderEliminarQue afinal não veio. E que não veio porque perdeu a montada oferecida em forma de jumento?
Não veio porque os orçamentos não foram cumpridos ( ah, quando a iliteracia se junta à patetice argumentativa... ). Os sacanas dos orçamentos não cumpridos. Foram eles que impediram que jose pudesse esperar "calmamente pelo desastre!"
Não é mesmo um mimo?
E mais o despautério...
Já lá vamos ao despautério.
E finalmente, exangue e solene, jose debruça-se sobre a crise da direita.
ResponderEliminarUma primeira e pungente auto-crítica. Parece que a direita nunca teve força para prescindir de restringir a liberdade
Aleluia? Vem muito tarde mas vem? Depois de muito se insistir sobre o mistério de como um salazarista convicto, amante da porrada e do cacete, da pide e da polícia, se converte nos dias de hoje num fundamentalista neoliberal ...
Mas suspeitamos que seja tudo treta.
Ainda nos anos de chumbo da governança troikista/passista, este mesmo jose ,sentindo-se com as costas quentes, proclamava exactamente o contrário do que agora diz, sobre o prescindir de restringir a liberdade.
Assim nestes modos de assumido qualquer coisa:
"Devia a esquerda estar grata à polícia, pois nunca se viu um revolucionário esquerdista suficientemente convicto sem levar com um cassetete nos cornos. O cassetete vale mais do que uma enciclopédia de loas ao Lenine!"
Ou nestes modos, também nos idos tempos aúreos do governo de Passos:
"E sim, nada mais normal do que em Fátima se rezasse pela derrota dos incréus comunas! Levaram nos cornos, e isso foi uma boa coisa!"
Não joga a bota com a perdigota...
Está descompensado o pobre
Sobre a doutrina dos coitadinhos já falámos bastas vezes.
ResponderEliminarResquício das teorias eugénicas, a defender que há uns mais iguais do que outros. Há os senhores que mandam. E há os coitadinhos que obedecem.
E os coitadinhos devem ser vilipendiados, porque o busílis da coisa está na culpabilização das vítimas..por serem "coitadinhos"
Doutrinas arregimentadas das ditas teorias eugénicas,agora com a patine dos bolsonaros e dos excrementos a este associados
Entretanto os condes os marqueses, os grandes patrões e os ministros de Salazar também defenderiam esta doutrina dos coitadinhos quando estupravam crianças?
Também lhes chamariam de "coitadinhas"?
E Barrientos, que mandou metralhar a sangue frio homens, mulheres, grávidas, crianças, (no dizer de jose, porque não podia aturar o "despautério" ) também se referiria aos "coitadinhos",enquanto dava as ordens para a metralha?