"As regras orçamentais têm sido cumpridas (com alguma margem de tolerância, é certo), o Estado social não colapsou (apesar dos estrangulamentos conhecidos em todos os serviços colectivos) e isto foi conseguido sem que tenha sido posto em causa o pagamento da dívida pública segundo as regras em vigor.
Como foi possível? A resposta é simples: houve uma espécie de reestruturação da dívida, ainda que ninguém lhe quisesse dar esse nome."
O resto do meu texto no DN de hoje pode ser lido aqui.
Seria mais correcto afirmar que o que se verificou é que o Japão não tem o único banco central que pode fixar a taxa de juro a 0% e deixar os mendigos da dívida a espernear.
ResponderEliminarPortugal precisava de uma verdadeira reestruturação da dívida muito além do PSPP e dos juros baixos mas enquanto for esta a realidade com que nos confrontamos não vejo o que é que poderíamos fazer de muito diferente face ao risco de uma nova crise financeira mundial.
ResponderEliminar"Como foi possível? A resposta é simples: houve uma espécie de reestruturação da dívida, ainda que ninguém lhe quisesse dar esse nome."
ResponderEliminarEngraçado. Aconteceu exactamente o mesmo com os que diziam que não havia alternativa à austeridade. Não havia. Continua uma espécie de austeridade ainda que ninguém lhe dê agora esse nome.
Uma divida dita por muitos impagável, e os sucessivos governos, continuam a cobrar impostos e taxas (insuportáveis para os cidadãos pobres) com o total apoio da maioria dos economistas , e da queles que ao longo dos anos têm desgovernado este país , com o total apoio da União(?)Europeia e da dita esquerda que se encontra na Assembleia da República, tutelado por Cavaco e Marcelo...
ResponderEliminarReestruturar prazos e juros já é óbviamente reestruturação.
ResponderEliminarE não fora a cretinice das 35 horas e mais meia dúzia de bojardas esquerdalhas e talvez nem a geringonça atrapalhasse a operação.
Anónimo 22:23
ResponderEliminarClaro que há austeridade e o Ricardo explica bem as consequências do peso da dívida e do cumprimento das regras orçamentais da EU. Coisa muito diferente é dizer que continua a austeridade. Para, como quase tudo, há vários patamares. Só a inversão de continuar a vender o país ao desbarato já era uma grande conquista. Mas com o caminho que estava a ser seguido não íamos só continuar a perder empresas públicas contribuintes líquidas do OE. Se hoje reconhecemos problemas ao nível do Estado Social, inclusive depois de reforços em muitas áreas, imagine-se o que estaríamos a discutir com a continuação do “ir além da troika”. Quando o próprio FMI já tratou de vir reconhecer muitos erros. Essa estratégia populista de continuarem a fazer-se de parvos já enjoa. Já vai sendo tempo de reconhecer também os próprios erros.
E viva o BCE e o italiano que o lidera!
ResponderEliminarEntretanto, como previsto, o deutsche bank está a cair no colo dos contribuintes alemães.
ResponderEliminarEstamos a falar em 50 mil milhões de euros sob a forma de um "bad bank" para disfarçar o bailout pelo estado alemão.
https://www.rt.com/shows/keiser-report/462264-deutsche-bank-black-list/
Como escrevi em comentário a outro post o povo alemão não é o nosso "inimigo natural". Se existe um "inimigo natural" é este vampiresco complexo bancário-exportador alemão para quem os fluxos de dinheiro extorquidos das economias periféricas da Europa não foram suficientes para cobrir as hemorragias do casino.
S.T.