domingo, 16 de junho de 2019
PS
PS é tanto Post Scriptum ao meu último texto contra o empresarialmente correcto como Partido Socialista e seu governo. Este último resolveu acabar com a embrulhada parceria público-privada do SIRESP, passando o Estado a deter o controlo integral do sistema. O governo fez bem em fazer na quinta-feira o que já devia ter feito muito antes.
Mais destas e acaba a reconhecer que a propriedade pública é condição necessária para garantir a defesa do bem público. Isto sim, seria a superação da terceira via, a passagem de um Estado desintegrado a um Estado integrado. Para isso, o europeísmo teria também de ser superado, até para que o país pudesse recuperar cruciais instrumentos de política entretanto perdidos.
O resto são, comparativamente, detalhes, embora o diabo possa estar neles escondido. De facto, e como logo sublinharam os comunistas portugueses, não havia necessidade de premiar os privados com 7 milhões de euros, dados os incumprimentos registados. Com este pagamento, o governo beneficia a ausência de contributo privado para essa contradicção nos termos que é um serviço público-privado.
Mais uma vez a irracionalidade de confundir neoliberalismo com europeísmo é atirada á cara do leitor como um must de certa esquerda.
ResponderEliminarÓ senhor Rodrigues, a UE é neoliberal porque todos os governos nacionais eleitos que a constituem são neoliberais.
Como tal também se poderia dizer que o nacionalismo também é neoliberal, porque a europa sem UE continuava a ser neoliberal com os governos nacionais que temos.
Mas como deveria ser evidente para toda a gente, europeísmo não tem nada a ver com neoliberalismo. Há europeístas de esquerda, centro, direita e até independentes.
É muito pouco sério tentar confundir as pessoas.
"Com os governos nacionais que temos"? Isso quer dizer que temos governo alemão!?! A sério: parece confusão mas é verdade!
Eliminar« a propriedade pública é condição necessária para garantir a defesa do bem público»
ResponderEliminarVem-se demonstrando que a propriedade pública é o couto de um bando de parasitas crescentemente ávido e arrogante.
Quais parasitas ó josé ?
ResponderEliminarOs políticos e gestores públicos que vocês ainda querem AUMENTAR ?
De qualquer maneira, esteja descansado que os maiores chulos do sector público são os empresários privados que o chulam.
O que pagamos com os nossos impostos a bancos, PPP's e rendas dos CMECS é um verdadeiro bodo aos ricos empresários.
Pedro,
ResponderEliminare, no entanto, as regras dos tratados obrigam a que assim sejam e precisam que 27 países discordem para mudar. Há europeístas de esquerda, mas sonham com amanhãs que cantam de ganhar com as regras dos outros.
Segundo o Jornal de Notícias a PPP com a Altice mantém-se até Julho 2021 e até lá ela é a proprietária a quem o Estado terá de manter os pagamentos anuais relativos à PPP do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Fpi pois um bom negócio para as privadas que, não investindo, são recompensadas e deixam os encargos e i investimentos par a o Estado.
ResponderEliminar
ResponderEliminarEspero que o SIRESP, seja o primeiro passo, para a futura reversão dos CTT para o domínio público. Na zona onde resido, uma freguesia do concelho de Cascais, passam-se semanas sem distribuição, depois recebe-se de uma só vez a correspondência acumulada, com os inconvenientes daí inerentes. A esta situação, acresce o extravio frequente de correspondência. As dezenas de queixas ao Regulador não tem qualquer efeito prático
Caro Paulo Marques.
ResponderEliminarSem dúvida que a UE é hoje totalmente dominada pelos neoliebrais.
Mas isso é porque os neoliberais dominam em todos os países membros, e não porque o europeísmo seja necessariamente neoliberal como textos como este dão a entender.
Caro José,
ResponderEliminarNá.
É que não dá nada nas vistas.
O governo alemão elogia o nosso, o ministro das finanças alemão declara que o nosso ministro das finanças é o Ronaldo das finanças e faz tudo para que seja nomeado chefe do eurogrupo.
Na sua cabeça deve ser por o nosso governo ser anti-alemão...
Lá está: será possível, hoje, ser-se "europeísta" e discordar, de forma consequentemente, dos alemães?
ResponderEliminarDe parasitismo sabe o Jose sem acento.
ResponderEliminarO Jose sem acento tem um know-how que o coloca nos lugares cimeiros a nível mundial do conhecimento parasitário!
Jose sem acento é um guru do parasitismo, se quiserem que ele vá à vossa freguesia/ empresa/ ONG/ congregação mafiosa/ etc. dar uma palestra sobre parasitismo e vigarices financeiras vão ao Observador.pt, no Observador.pt vão encontrar o contacto, o belo rosto do Jose sem acento e os honorários das palestras...
As palestras da luminária do parasitismo Jose sem acento não são baratas, mas se quiserem um desconto quando contactarem o agente do Jose digam “Passos Coelho, o querido líder” e receberão um desconto de 15%!
Jose.
ResponderEliminarCom certeza que se pode ser europeísta contra a Alemanha, embora eu tenha perdido a esperança em todo o projecto europeu, que vocês e os nacionalistas alemães transformaram num projecto só para banqueiros, de preferência alemães.
Por exemplo, o partido livre, do Tavares, é um partido europeista de esquerda.
Eu já fui europeista, mas francamente acho que o projecto europeu morreu. Precisamente por causa do nacionalismo alemão e do norte da Europa.
Aquilo que vocês e a esquerda anti-europeia chamam europeísmo é na realidade o nacionalismo alemão que matou a construção da Europa.
Claro que você, sendo sua convicção estar sempre do lado de quem tem mais dinheiro, nunca perceberá o que a Alemanha fez á europa e já agora a Portugal.
Para dar uma pista, sem nenhuma esperança que você entenda, lembro que Helmuth Kohl, politico alemão de direita mas verdadeiro europeísta, disse que o governo Merkel destruiu a Europa com o que fez na Grécia e com o sul europeu em geral durante a crise.
Não se canse que nunca vai perceber o que o gajo quis dizer.
Para si se estiver bem para o deutschbank está bem para a Europa e para o mundo, não é ?
Acorde, seu nefelibata! Vivemos no aqui e no agora! Aqui e agora: pode-se governar para o povo dentro desta UE?
EliminarKohl, europeísta? Teve 2 objetivos: travar o passo à social-democracia na RFA, primeiro; garantir a reunificação alemã, finalmente. Foi a entente Kohl- Miterrand que definiu este caminho à integração europeia! Discursos? Lágrimas de crocodilo!
EliminarPergunto-me se este tal Pedro lhe ocorre pensar que este género " você pensa isto, não é?", além de má criação, é a técnica de soalheiro, de quem mais do que dizer o que pensa vem para dizer o que pensa dos outros?
ResponderEliminarCaro jose.
ResponderEliminarPenso que o senhor já aqui expressou muitas vezes o que pensa dos outros.
Saudades dos quase 50 anos de ditadura de extrema direita onde só vocês podiam dizer o que pensam dos outros ?
Você até me obrigou a ir ao dicionário ver o que é isso do nefe-não sei quê que me chamou.
Caro jose.
ResponderEliminarClaro que não é possível governar para o povo dentro DESTA UE que vocês criaram.
Para ser possível o povo teria de parar de votar nos seus amigos neoliberais.
O que não acontece desde há décadas e não dá mostras de vir a acontecer.
Por isso lhe disse que já perdi a esperança no projecto europeu.
Acontece que o europeísmo não se esgota NESTA UE.
O europeísmo é uma linha de pensamento já com séculos e que abrange todos os espectros políticos.
Acontece que, de facto é esta a UE que temos, e esta UE neoliberal e nacionalista alemã queimou, talvez para sempre, a oportunidade de construir a nação europeia.
Apenas digo o que Kohl disse.
ResponderEliminarQue o seu próprio partido destruiu a UE pelo modo como tratou os povos do sul.
Em princípio teria feito diferente.
Porque um verdadeiro europeísta não faria aquilo que a Merkel fez.
Aquilo de castigar os sulistas e tal, é nacionalismo alemão no estado puro.
É impossível ser europeísta e de esquerda, nesta fregUEsia...
ResponderEliminarPara o pessoal que insiste em querer reduzir o europeísmo á actual colónia nacionalista do Deutschbank em que a UE se tornou;
ResponderEliminar"JÁ NÃO HÁ NENHUNS FRANCESES, ALEMÃES, ESPANHÓIS OU ATÉ INGLESES; SÓ HÁ EUROPEUS."
Jean Jaques Rousseau
O europeísmo vai muito mais além, no tempo e em profundidade filosófica, do que a farsa neoliberal-nacionalista alemã que é a UE.
Mas concordo que neoliberais e nacionalistas alemães deram cabo do europeísmo actual.
Mais vale esquecer e começar a preparar alternativas á UE,
Concretamente, acho que o sul europeu deve procurar alianças com as outras potências, EUA, China, Rússia, CONTRA a alemanha, que provou consecutivamente ser o nosso inimigo natural..
Não se confundam os Josés.
ResponderEliminarO azul sem acento, sou eu, o outro não sei quem é.
Pedro, no seu fanatismo europeísta comete alguns erros metodológicos.
ResponderEliminarPrimeiro, ao tentar impingir uma identidade europeia, um demos que não existe. Quem analisa muito bem essa questão é Jacques Sapir quando explicita que sem demos não há democracia e que não existe um demos europeu.
Segundo, não existem "inimigos naturais". Existem rivalidades, conflitos de interesses e tentativas de exercer um domínio hegemónico, mas "inimigos naturais" não é coisa que seja uma fatalidade histórica.
No processo de formação das identidades nacionais chega um ponto em que a diferenciação é tão evidente que as tentativas de conquista militar cessam por uma razão muito simples: Os povos apercebem-se que nunca conseguiriam submeter um vizinho ainda que mais fraco e ainda menos assimilá-lo. Nessas condições, as vantagens da cooperação superam os proveitos da rapina.
Com o tempo, as tensões fronteiriças dissolvem-se e dão lugar a raias permeáveis e pacíficas.
Vários exemplos: Portugal e Espanha, Inglaterra e França, Japão e China. Quando as identidades nacionais são robustas, o preço a pagar pelo agressor é demasiado alto e cria-se um equilíbrio político-militar dinâmicamente estável.
O caso da Alemanha é fruto de uma construção tardia e recente de uma identidade nacional, com grandes danças de fronteiras exacerbadas por uma grande dimensão populacional. Pode-se dizer que o demos alemão é um adolescente imaturo, mas não é um "inimigo natural".
Neste contexto, a tentativa de dissolução das identidades nacionais europeias numa indiferenciação continental pode ser o germe de futuras catástrofes porque, como o exemplo alemão evidencia, um demos imaturo dá origem a ambições imperiais e tentativas neo-coloniais.
Como dizia aquele economista libanês, Kapish?
S.T.
Um dos aspectos mais curiosos do naufrágio comuno-marxista é a emergência duma espécie de parapsicologia do nacionalismo de um idealismo mais que suspeito.
ResponderEliminarCaro jose, o azul, sem acento.
ResponderEliminarDe facto só agora reparei que vocês são dois, pelo que a conversa deve estar um bocado confusa. Esqueça as partes que são mais obviamente dirigidas ao josé que não é azul e tem acento.
Caro ST.
ResponderEliminar- Você chama-me fanático europeísta em resposta a um texto meu em que afirmo que devemos sair da UE e combater o país que a domina ?
Estamos esclarecidos quanto a quem aqui é o fanático…
- O europeísmo não assenta necessariamente na dissolução das várias identidades europeias, mas no reconhecimento do que as une.
- O que nos opõe a países como a alemanha ou mais precisamente o que opõe a alemanha a nós, não é rivalidade, mas algo de muito mais profundo. De facto Portugal e a alemanha teriam todo o interesse mútuo em dar-se bem. O que não impede os alemães, de esquerda ou de direita, de nos desprezarem, depredarem e tratarem abaixo de cão sempre que podem - é essa mentalidade que os torna nossos inimigos naturais.
Um país como a alemanha é incapaz de ser um "país líder" porque o seu povo não tem cabeça para isso e á primeira oportunidade de liderança perde a cabeça em delírios arrogantes voltando todos os outros contra si. É uma questão de mentalidade do próprio povo.
Vimos isso em duas guerras mundiais e agora, no desmantelamento da UE pelo nacionalismo alemão. Como tal, se não contrariamos sistematicamente a preponderância alemã a nível local estamos tramados.
- Concordo com a existência de identidades nacionais fortes é um dissuasor de tentativas de assimilação.
Mas acontece que a guerra não é movida principalmente por estratégias de assimilação. A assimilação não passa d uma estratégia entre muitas outras.
O móbil de uma guerra pode ser simplesmente enfraquecer um inimigo, saquear, impor políticas, afirmar uma identidade nacional, e até exterminar os povos diferentes.
Como tal a afirmação de identidades nacionais fortes pode ser em si mesma fator de guerra, por unir uma identidade nacional contra outra, apresentada precisamente como "o outro" o diferente, o desconhecido, logo o inimigo.
- A recente preponderância da paz tem-se devido a muitos outros factores que não a existência de identidades fortes, que sempre existiram.
Por exemplo, a existência de armas nucleares, que faz que o temor da guerra seja maior que o ódio ao "outro". A integração política e económica, como a UE, que torna muito mais difícil dois países integrantes entrarem em guerra entre si. A existência de super-potências, que impõem a sua ordem, desencorajando guerras "não autorizadas" entre os integrantes dos seus "blocos". E também a ascensão da mentalidade predominante de encarar a violência apenas como ultimo recurso e não como primeiro, etc.