quarta-feira, 15 de maio de 2019

Uma história de negligência

Se quer conhecer toda a história das estranhas relações entre a banca e o José Berardo, leia o artigo que saiu hoje no jornal Público, da jornalista Cristina Ferreira.

No artigo, lembra-se:

1) as nubladas razões por que nunca foram executadas as garantias dos três bancos (CGD, BCP e Novo Banco), detentores de garantias sobre uma dívida de José Berardo de mil milhões de euros;

2) as iniciativas levadas a cabo por Berardo e o seu advogado para anular as diligências dos bancos para controlar o acervo da Associação Colecção Berardo;

3) a estranha coincidência de uma acção judicial, levada a cabo por um anónimo cidadão de Palmela que é familiar do advogado de José Berardo, o qual requereu a nulidade dessas diligências e conseguindo - sem que os credores soubessem dessa acção - a declaração judicial da nulidade dos direitos dos credores;

4) como foi que, baseado nessa decisão, Berardo e o seu advogado alteram as regras no seio da associação, restringindo a acção dos credores, sem que nunca os bancos tivessem dado por nada...;

5) como o advogado dos credores, João Vieira de Almeida (do famoso escritórios de advogados Vieira de Almeida & Associados, com uma longa relação com o Estado), demite-se do lugar de presidente da Assembleia Geral da associação Colecção Berardo, na sequência do conjunto de actos levados a cabo por Berardo, sem ter dado conhecimento disso aos bancos;

6) como é que apenas passados oito meses sobre essa decisão de demissão, os bancos executam a dívida.

7) E pior: as administrações dos bancos garantem que apenas souberam - através das declarações de Berardo no Parlamento - que, entretanto, Berardo aumentara o capital da associação, diluindo a posição dos bancos credores.

Se Berardo pode ser um espertalhão, há muita coisa que muita gente em muitas instâncias terá de explicar.

9 comentários:

  1. Isso e muito mais é o capitalismo abrilesco.
    Juntem-lhe a história do artº 35º do Código das Sociedades Comerciais, mais umas regras da falência para pasto de burocratas judiciais…

    O princípio fundamental é: tudo que respeite a capital é matéria suspeita de imoralidade tratada entre imorais; entre quem ganha e perde a diferença é desprezível.
    É estúpido, promove a imoralidade, mas conforta os altos idealistas de uma idiotia cultivada em realidade paralela.

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  2. Surpreende... e talvez não(!),
    que o discurso dos acossadores de serviço,

    empole a causalidade da "coisa", ao "golpista Joe Berardo".

    Como se vê, os "instalados" não resistem à osmose da "coisa"!

    " Joe Berardo ", há muitos e,de vez em quando ...sacrifica-se um!

    BANCA, é que só há uma...ainda por cima,

    a DDT da "coisa" toda!

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  3. Eu acho que a conta das roubalheiras destes chulos devia ser paga exclusivamente pelos seus cumplices, como o nosso amigo jose, que até fica amuado quando alguém não gosta de ser roubado pelos chefes dele.

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  4. Já me propus a mim mesmo fazer um manifesto de desagravo do Berardo. Não o fiz. Mas talvez, se o JRA não tomasse a coisa por mal, lhe fizesse uma proposta condensadora. Comece antes o seu texto do modo que modestamente tomo a liberdade de sugerir: faça desaparecer o qualificativo "estranhas" (será que são mesmo estranhas?) e comece assim: se quiser conhecer as relações de entranhas entre os Berardos (no plural, como se impõe em nome da verdade) e o Estado...
    Parece-me que dito assim, ficamos mais perto da essência.

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  5. Uma pergunta aos presuntos ofendidos:
    - Será suposto que os bancos não saibam como valorizar as acções de um concorrente?
    - Se se satisfazem com essas acções como garantia de um empréstimo, não será de presumir que há lucros a esperar?
    - Cabe a quem nada arrisca senão ganhar o que venha acima dos juros do empréstimo, pago por mais valias, recusar a proposta dos bancos?

    O que dizem os bancários? Não estou certo das circunstâncias, não tenho comigo elementos bastantes, não sei quem determinou essa orientação. Com todo respeito, naturalmente.

    O outro é que é o mau da fita.
    Parvoeira generalizada!


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  6. Alguém me explique com se aumenta o capital de um associação..estão A gozar, não é ???

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  7. O que os bancários dizem é que já não têm aumentos desde 2010. E em 2014, ainda reduziram os vencimentos. Agora os banqueiros, esses não sei.

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  8. Capital da associação? No m tempo uma associação n tinha capital...
    Falam tb de tits de participação...
    Th isso n existe, legalmente...
    Tanta coisa aqui, mal contada!

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  9. Tb o Jose (supra, ou infra...) ignora isto?
    N sei q pensar, do MP e/ou do predito Jose!...

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