“A mais longa e profunda recessão na história de Itália.” Foi assim que o governador do banco central italiano, Ignazio Visco, se referiu aos últimos tempos em Itália. Tem boas razões para o fazer, já que a Itália entrou de novo em recessão técnica – é a terceira vez nos últimos 10 anos – muito por culpa das sucessivas políticas de austeridade. Desde a crise financeira de 2007-08, o país ainda não regressou aos níveis de atividade económica do período anterior, e o PIB per capita diminuiu para mínimos das últimas duas décadas. O desemprego está longe de estar resolvido – a taxa de desemprego oficial está perto de 11%, sendo que o desemprego jovem supera os 32%. Cerca de 1 em cada 4 italianos encontram-se em risco de pobreza, o valor mais alto desde 1989. Além disso, o capital destruído, o elevado número de empresas que entraram em insolvência e o crédito malparado são entraves à recuperação e acentuam a fragilidade dos bancos italianos.
No entanto, as origens da profunda crise italiana não se resumem apenas às políticas de austeridade levadas a cabo pelos governos recentes, de Monti a Renzi e Gentiloni (que saiu em junho de 2018). Num artigo recente, o economista holandês Servaas Storm analisa a evolução da economia italiana desde a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992, concluindo que este constitui um notável exemplo de “como destruir um país em três décadas.” A austeridade e as reformas estruturais neoliberais têm sido o traço principal da política italiana desde o início da integração europeia – o país tem sido o exemplo do excelente aluno europeu, cumprindo com zelo todas as orientações de Bruxelas.
Storm começa por notar que a Itália viveu um período de convergência com países como a França ou a Alemanha entre a década de 1960 e a introdução do Tratado de Maastricht, em 1992. Mas algo mudou nos anos seguintes: “desde meados da década de 1990, a economia italiana começou a cambalear e depois a ficar para trás, à medida que todos os indicadores – rendimento por pessoa, produtividade do trabalho, investimento, quotas de mercado das exportações, etc. – entraram numa trajetória constante de declínio.” Este foi o preço pago pela integração europeia e por décadas de compromisso com a lógica austeritária da União Europeia.
O compromisso com a ortodoxia económica é visível na evolução da economia italiana: registou sucessivos excedentes orçamentais primários (excluem o pagamento de juros da dívida), de 3% em média entre 1995 e 2008; no entanto, o rácio da dívida pública (% PIB) diminuiu bastante menos do que o pretendido, pelo impacto negativo dos cortes na despesa pública, investimento e transferências sociais no crescimento económico. A Itália foi o único país que alcançou excedentes primários consecutivos desde a crise financeira (em média, 1,3% entre 2008 e 2018). As declarações de Monti, segundo o qual o objetivo do governo de então era “destruir a procura doméstica através da consolidação orçamental”, demonstram a importância dada pela elite italiana à disciplina da austeridade.
Storm percorre os anos da integração europeia em Itália, destacando o ataque ao poder de negociação dos trabalhadores italianos devido ao conjunto de reformas estruturais levadas a cabo até 2008, que incluem a redução drástica das proteções laborais e a facilitação da contratação temporária (a percentagem de trabalhadores temporários no emprego total quase duplicou entre 1990 e 2017, quando atingiu 18,5%). As reformas laborais foram acompanhadas pela estagnação dos salários reais, que “cresceram” a um ritmo anual médio de meros 0,35% entre 1992 e 2008. Storm salienta que a restrição eficaz dos salários italianos conseguiu atingir três objetivos de uma só vez – controlo da inflação, alguma redução do desemprego pela redução dos custos do trabalho e aumento significativo da parte dos lucros no PIB, o que indica um aumento da riqueza produzida apropriada pelos detentores de capital.
Apesar de ter seguido à risca o consenso neoliberal europeu, a Itália nunca alcançou a prosperidade prometida. Nas palavras do autor, “com inflação baixa, restrição eficaz dos salários, o desemprego e o endividamento público em declínio, e o aumento da parte dos lucros no PIB, a Itália parecia lançada para um período de crescimento robusto. Isso não aconteceu. A operação foi levada a cabo com sucesso, mas o paciente morreu.”
O resultado é o desastre anunciado: décadas de austeridade sufocaram a procura doméstica e travaram o “crescimento robusto” que se esperava, refletindo-se no declínio da indústria italiana, do investimento na produção nacional e nas atividades exportadoras. A redução do investimento ajuda a explicar o atraso tecnológico da Itália em relação a países como a França ou a Alemanha (menos rentabilidade dos investimentos diminui os incentivos à inovação que permitiria gerar ganhos de produtividade). Além disso, o contexto de adesão ao euro, o compromisso com as políticas de concorrência europeias que limitam a política industrial e a entrada de países como a China na OMC (que competem no comércio internacional com base em salários muito baixos) contribuíram para acentuar as fragilidades estruturais da economia italiana. Na última década, a compressão da procura interna significou o fecho de grande número de PME’s, destruição de postos de trabalho e acumulação de créditos malparados. É seguro afirmar, à semelhança do que escreveu o jornalista Matthew Lynn, que “a Itália não enfrenta uma crise bancária, mas antes uma crise do euro.”
É por este motivo que Thomas Fazi se refere ao atual momento em Itália como uma “crise orgânica”, no sentido, cunhado por Gramsci, de uma profunda crise estrutural que ameaça a legitimidade da ordem social estabelecida ao expor as contradições fundamentais do sistema. Fazi descreve o modelo do capitalismo italiano pós-Maastricht como um “regime em que as classes dominantes do país se aliaram a interesses estrangeiros [da cúpula da União Europeia] em troca de um papel subordinado dentro da estrutura hierárquica de poder dominante”. A transferência de poderes dos estados para a União Europeia foi, como argumenta Fazi, promovida pelas elites nacionais como forma de desresponsabilização pelas reformas neoliberais implementadas, que passaram a ser apresentadas como “a vontade da UE”. Desta forma, a despolitização das decisões e o fraco envolvimento das populações reduziram os custos políticos das reformas que protegiam os interesses da elite italiana. A crise de hegemonia deste sistema, com o colapso financeiro de 2007-08 e a incapacidade de resposta das elites italianas e europeias, estão na base do recente terramoto político em Itália, com a erosão dos partidos tradicionais e a formação do governo de coligação entre o M5S e a Liga.
Ambos os autores discutem as soluções para a armadilha do euro. Para Storm, estas terão de passar pelo abandono da austeridade, a recuperação dos rendimentos (para promover a procura) e a aposta no desenvolvimento tecnológico da estrutura produtiva, receita que se podia estender a países periféricos na UE, como Portugal. No entanto, a rutura com o consenso neoliberal não parece figurar entre os planos do novo governo italiano, cuja estratégia passa por exacerbar discursivamente um suposto confronto com as instituições europeias, que depois não se tem traduzido em mudanças de fundo concretas. Fazi recorda que, embora acusados de euroceticismo, tanto a Liga como o M5S foram rápidos a garantir a sua fidelidade à União Europeia depois das eleições. Além disso, algumas medidas limitadas de recuperação do consumo propostas pela coligação não resolverão os problemas estruturais do país. A história da crise italiana é a dos erros da integração europeia e da adesão à moeda única. Uma coisa parece certa: esta crise orgânica não se resolverá dentro do colete-de-forças do euro.
A dificuldade de resolução da crise italiana tem que ver com um facto simples. Mark Blyth disse recentemente em entrevista ao Social Europe que uma saída do Euro destruiria em 40% o valor dos depósitos bancários em Itália. Como são eles o porto de segurança da classe média com quem se ganha e se perde eleições, é natural que o atual Governo italiano berre muito mas faça pouco (é mais fácil ganhar votos a bater em quem é fraco, como os imigrantes e refugiados). Pelo menos não se meteu na alhada do Syriza na Grécia.
ResponderEliminarO Euro é o mais sólido elemento do projeto europeu, Vicente Ferreira (não é um juízo de valor). E enquanto a Esquerda não arranjar uma alternativa que não implique uma perda significativa de rendimentos já existentes (as pessoas são bem mais avessas a perdas de rendimentos existentes do que de supostos rendimentos futuros) bem pode continuar a vociferar contra ele que nada mudará.
Não se fazem revoluções sociais contra os interesses da maioria dos votantes em Democracia. A não ser, talvez, em situação de crise grave, mas o Partido que tiver que pegar no fardo do Poder nessa situação arrisca-se a desaparecer nas urnas.
Tal como na anedota, é Centeno 'all the way down'...
Esta esquerda não tem mesmo coluna! Taxonomicamente, não faz parte do filo dos cordados!
ResponderEliminarPrimero a culpa era do governo Renzi! Votaram na Liga Norte e no 5 estrelas!
Depois a culpa era do Tratado Orçamental! Aprovaram um Orçamento de Estado que viola o Tratado Orçamental!
E o filme seguinte já se conhece!
Saem do Euro! A culpa será da União Europeia!
Saem da União Europeia! A culpa será do grande capital!
Convertem-se ao comunismo e a miséria instala-se! A culpa será do imperialismo que sabota o sonho socialista!
Não há comunismo que não triunfe sem um bode expiatório alienígena (os judeus para os nazis, os comunistas para os americanos, os muçulmanos para os cristãos), aliás, como qualquer religião. O comunismo é de facto uma religião, repleta de dogmas e fobias!
E Vicente Ferreira não é capaz de associar a recessão italiana à vitória dos populistas? Claro que não, ora essa! A esquerda é vesga! Sempre o foi! Tal como um diácono, vê o mundo apenas de forma a stisfazer os seus dogmas!
Concordo com tudo, excepto que a crise de 2007 tenha posto em causa o sistema.
ResponderEliminarO que vemos é um reforço do neoliberalismo, seja ele nacionalista ou globalista, como se viu com as vitórias de Passos e Trump.
As únicas excepções são a Grécia, imediatamente liquidada, e parcialmente a geringonça portuguesa, que n verdade não passa de uma mera atenuação, se calhar temporária, do neoliberalismo hegemónico ao nível do sofrimento infligido á população.
Tudo tão simples: uma economia a que alargam os mercados, fixam o valor da moeda, estabilizam as relações laborais, só pode decair.
ResponderEliminarVou reler uns tantos manuais.
"o país tem sido o exemplo do excelente aluno europeu, cumprindo com zelo todas as orientações de Bruxelas."
ResponderEliminarMentem sem despudor. Mentem de forma desavergonhada! A Itália tem sucessivamente violado as metas do défice desde há décadas! Décadas! Dados do Eurostat:
https://ec.europa.eu/eurostat/tgm/graph.do?tab=graph&plugin=1&pcode=teina200&language=en&toolbox=data
Ou de onde aparece a dívida pública italiana? A dívida pública é apenas uma consequência do défice. Défice gera dívida!
Ainda existe muita gente que tem medo de chamar "os bois pelos nomes", a responsabilidade politica e económica não cabe só aos governos (alguns fascistas e outros com tiques fascistas , como foi o caso do governo de Passos, Portas/Cristas, tutelado por Cavaco.
ResponderEliminarA Itália, e outros países França, Grécia, Espanha, e Portugal, e bom que se diga com todas as letras que a CEE /União (?)Europeia e FMI, e os vários países imperialista da Europa como por exemplo: Alemanha e Inglaterra, foram e continuam a ser os responsáveis do que se tem passado na Europa neste últimos anos...
Excelente trabalho
ResponderEliminarCaros "ladrões" continuem o vosso trabalho que os eurofilos desta CE não vos largam o osso o que quer dizer que estão a acertar nos temas e nas análises.
ResponderEliminarWW
Depois de centenas de comentários em que expliquei ao José e ao Pimentel os efeitos de uma moeda sobreavaliada ainda diz "Vou reler uns tantos manuais."? ROTFL!
ResponderEliminarBem depende que manuais... Se fôrem manuais do Instituto das Misses ou das Mizes, daqui por uns anos ainda vou ter que explicar outra vez porque não compreendeu. LOOOL
S.T.
Quanto ao Pedro trás-nos novidades ideológicas. Agora ficamos a saber que o neoliberalismo se divide em globalista e nacionalista. LOOOL
ResponderEliminarE de passagem mete no mesmo saco as vitórias de Passos e de Trump. LOL
Ok, por mim siga para bingo. Sempre me vou rindo.
S.T.
Quanto ao Sr Jaime Santos, para ele, "O Euro é o mais sólido elemento do projeto europeu".
ResponderEliminarJacques Sapir acha que não:
https://www.youtube.com/watch?v=WeMTJZ3BunY
E com ele inúmeros outros economistas. Até o FMI / IMF
IMF finds the Eurozone has failed at the most elemental level
http://bilbo.economicoutlook.net/blog/?p=37927
Mas o Sr Jaime Santos continua a dar graxa ao cágado...
S.T.
@ Marco
ResponderEliminarDa mesma origem:
https://ec.europa.eu/eurostat/tgm/graph.do?tab=graph&plugin=1&pcode=teina200&language=en&toolbox=type
Isto é, desde 2007 que é o ano mais recuado que o gráfico permite, a Itália excedeu o critério de Maastricht de 3% nos anos de 2009, 2010 e 2011. E a razão para estes anos deve ser um mistério muito grande. :)
Podíamos falar com mais seriedade do stock da dívida italiana mas há autores que já o fizeram com trabalhos e artigos publicados online. Procurem Alberto Bagnai, por exemplo.
O esforço esforçado do pobre pedro para se fazer por um verdadeiro rebolucionário é ou não magnífico?
ResponderEliminarConcorda com tudo. Menos que a crise tenha posto em causa o sistema. Mais o neoliberalismo hegemónico, a liquidação da Grécia e a atenuação da geringonça
O esforço esforçado do pedro compreende-se. Ficou arrasado com a descoberta do seu verdadeiro e inapelável "eu"
A 21 de abril de 2019 às 03:00, pedro dixit:
ResponderEliminar"É assim que hoje não conseguem perceber que neoliberais nacionalistas como Farage, Steve Bannon ou Bolsonaro são muito piores que neoliberais globalistas mais moderados como António Costa ou até como Merkel".
Viva a moderada Merkel
Eis o pedro na versão moderada. Um "moderado" em luta em prol do neoliberal globalista
(seja lá o que isso for)
Depois de ser identificado como aonio eliphis pimentel ferreira, com o seu discurso cada vez mais próximo deste, pedro tem que tentar voltar atrás.
E então vemos pedro, como verdadeiro lutador da classe dos revisores de patentes, de livro cor-de-rosa na mão, agora a proclamar:
"O que vemos é um reforço do neoliberalismo, seja ele nacionalista ou globalista, como se viu com as vitórias de Passos e Trump."
Uma quinada apanhada na curva do caminho
O que um tipo faz para esconder o seu DNA e fazer-se passar pelo que não é.
Ah e o "sofrimento infligido à população"? Não têm pena do sofrimento infligido à população?
Mas o pedro se fosse ele ainda fazia pior e infligia ainda mais sofrimento, como defensor do neoliberalismo globalista aos dias impares.
Como eram mesmo os horrores que o pedro aonio pimentel ferreira defendia?
Este excelente trabalho de Vicente Ferreira recebe logo de rajada com o bafo quente de Jaime Santos, pedro, jose e marco
ResponderEliminarSintomático e revelador. Por um lado do medo. Por outro do toque de trombetas que a situação actual está a provocar entre as elites europeístas.
Vejamos por exemplo o "marco"
O "Marco" é uma visita recentíssima a este blog. Curioso. Saiu do éter.
Mas atente-se nos pormenores. Repare-se no tom histérico. Repare-se na forma "científica" como marco mente.Repare-se na forma como repete o estribilho austeritário das elites do centro europeu e do neoliberalismo de todos os centros.
" A dívida pública é apenas uma consequência do défice. Défice gera dívida!" Até tem o ponto de exclamação das virgens ofendidas a tentar passar a aldrabice tantas vezes denunciada aqui
Este padrão não é reconhecível?
E já tomaram nota do link indicado? Do eurostat. Não é o favorito de um tipo que por aí anda, de nome aonio eliphis, por acaso um outro nick do pedro ou do pimentel ferreira?
Basta ver aqui a semelhança de versos e de atitudes
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=4018985866499281301&postID=3692565837234312047
23 de abril de 2019 às 10:24
Esta malta mete nojo
Jaime Santos tem tempo para estar a tempo em todos os primeiros tempos dos comentários aos textos que contestem as teses europeístas dos euroinómanos de serviço
ResponderEliminarPobre Jaime Santos. O trabalho que tal deve dar.
Habitualmente JS depois desaparece. Está o trabalho feito. Mas confessemos que é deveras cansativo
Como é possível alguém com alguma honestidade intelectual afirmar que "A dificuldade de resolução da crise italiana tem que ver com um facto simples"-
Estas simplicidades que se baseiam num facto simples para explicar o que quer que seja são geralmente muito suspeitas
Que se acentua com o que se diz sobre a entrevista de Mark Blyth. Curiosamente escamoteiam-se alguns pedaços bem elucidativos e que, se levados também na mesma onda, arruínam alguns dos mantras ideológico-económicos de JS
"Chris Bickerton, a political scientist at Cambridge, had a really nice observation about this. There’s a book he did a few years ago called [European Integration: From Nation-States to Member States]. Sovereign states have their own printing press. They can devalue. They can default. They can do all these things. Once you join the euro you can’t. It’s off the table. Essentially, you enjoy the backing of the ECB, who will back your sovereign debt and thereby backstop your credit markets, so long as you play by the rules. Hence the importance of rules in the system.
ResponderEliminarBut those rules really don’t work for large, consumption-based economies like France or in particular Italy. They work for the ones that can globalise their supply chains through eastern Europe, and then sell their stuff to the rest of the world and suck in demand from abroad. That’s Germany, the eastern Europeans and some of the north. So you have a real north-south split on this."
Mark Blyth
Cai por terra a coabitação dos interesses duma europa una e solidária tão defendida por JS
Mas Mark Blyth explicitamente diz o que pensa duma social democracia que traiu e se rendeu:
"My point is this: if you’re waiting for a bunch of superannuated, septuagenarian social democrats to save your arse start looking elsewhere"
Esta gente de facto não presta.
Infelizmente JS continua a berrar, no sentido que repete até à exaustão berros em defesa do euro deste quilate:
ResponderEliminar"O Euro é o mais sólido elemento do projeto europeu, Vicente Ferreira (não é um juízo de valor)."
Fica provado que o euro é o "mais sólido elemento do projecto europeu"?
Como?
Diz apressado e entre parentesis JS
"Porque não é um juízo de valor"
JS está a brincar com toda a certeza. Pensará ele que as suas afirmações ultrapassam o seu "verdadeiro juízo de valor" como por artes mágicas?
JS fecha o circuito.E arruma o assunto com a defesa da submissão ao euro. Enquanto a "esquerda" não arranjar uma alternativa blablabla
ResponderEliminar"Esquerda"?
Mark Blyth, o citado Mark Blyth, não tem medo de afirmar que "the SPD is dead".
E tem bem mais fé do que JS dos caminhos únicos:
Humans are incredibly adaptive, and when we’re faced with crises, as we are—environmental and inequality—there can be various responses. Just now what we see is the exclusionary nationalist response but that doesn’t have to be the only one. We are totally masters of our destiny here.
Os europeístas ainda não perceberam que isto assim não pode continuar
Um excelente trabalho. Que, pondo os dedos na ferida, desperta logo a ira de quem se sente ameaçado por estas denúncias.
ResponderEliminar“A mais longa e profunda recessão na história de Itália.”
"A Itália entrou de novo em recessão técnica – é a terceira vez nos últimos 10 anos – muito por culpa das sucessivas políticas de austeridade".
"No entanto, as origens da profunda crise italiana não se resumem apenas às políticas de austeridade levadas a cabo pelos governos recentes, de Monti a Renzi e Gentiloni
"A austeridade e as reformas estruturais neoliberais têm sido o traço principal da política italiana desde o início da integração europeia – o país tem sido o exemplo do excelente aluno europeu, cumprindo com zelo todas as orientações de Bruxelas"
" O preço ( terrível) pago pela integração europeia e por décadas de compromisso com a lógica austeritária da União Europeia."
"o objetivo do governo de então era “destruir a procura doméstica através da consolidação orçamental”, demonstram a importância dada pela elite italiana à disciplina da austeridade.
"Apesar de ter seguido à risca o consenso neoliberal europeu, a Itália nunca alcançou a prosperidade prometida."
"É seguro afirmar, à semelhança do que escreveu o jornalista Matthew Lynn, que “a Itália não enfrenta uma crise bancária, mas antes uma crise do euro.”
" Fazi descreve o modelo do capitalismo italiano pós-Maastricht como um “regime em que as classes dominantes do país se aliaram a interesses estrangeiros [da cúpula da União Europeia] em troca de um papel subordinado dentro da estrutura hierárquica de poder dominante”.
"A transferência de poderes dos estados para a União Europeia foi, como argumenta Fazi, promovida pelas elites nacionais como forma de desresponsabilização pelas reformas neoliberais implementadas, que passaram a ser apresentadas como “a vontade da UE”.
"A história da crise italiana é a dos erros da integração europeia e da adesão à moeda única. Uma coisa parece certa: esta crise orgânica não se resolverá dentro do colete-de-forças do euro."
Talvez o comentador "Marco" devesse ler com mais cuidado os artigos mencionados, antes de insultar toda a gente.
ResponderEliminarAtente no défice/superávite primário:
«Various Italian governments ran continuous primary budget surpluses (defined as public expenditure excluding interest payments on public debt, minus public revenue), averaging 3% of GDP per year during 1995-2008.» Muito melhor que a França e a Alemanha!
«Italy’s governments (including the left-of-centre Renzi coalition) continued to run significant primary budget surpluses (of more than 1.3% of GDP on average per year) during the crisis period of 2008-2018.»
Conclusão:
Could it be true that Italy’s permanent austerity, intended to lower the debt ratio by running permanent primary surpluses, backfired because it slowed down economic growth?
«Italy’s permanent primary surpluses during 1995-2008 would have reduced its public debt-to-GDP ratio by around 40 percentage points—from 117% in 1994 to 77% in 2008 (while keeping all other factors constant).»
Todo o esforço foi em vão, em exclusivo benefício do sector financeiro!
Entre os irados conta-se o troll pedro. No texto anterior atirava-se ao seu autor (João Rodrigues) e afinava pelo diapasão de Jaime Santos. Fazia-o daquela forma insultuosa, própria de quem se sente ameaçado ( "pérolas a porcos"; " estes gajos".) Ao mesmo tempo quase se adivinhavam as trocas de carinho com Jaime Santos, enquanto se eriçava raivoso contra quem lhe denunciava os mantras europeus
ResponderEliminarAgora é o contrário. Concorda com tudo o que foi dito por Vicente Ferreira. (A quem, como de costume Jaime Santos se atira, rangente). E acrescenta até mais uns pós dessa forma de caricatura intelectual acima expressa
Mudam-se os tempos, mudam-se rapidamente de vontades. Comentando este novel texto, pedro faz desaparecer as cenas acanalhadas e os ódios de menino malcriado fora de si por lhe terem denunciado as manhas.
E ei-lo a afastar-se do "namorado" da véspera, neste caso o inocente Jaime Santos, e a abraçar desta forma claunesca o denunciado por Fazi : "o modelo do capitalismo italiano pós-Maastricht, um “regime em que as classes dominantes do país se aliaram a interesses estrangeiros [da cúpula da União Europeia] em troca de um papel subordinado dentro da estrutura hierárquica de poder dominante”.
Lá se vão pela pia abaixo, as idiotices da cassete do pedro contra tudo oque ponha em causa a subordinação ao estrangeiro. Ah, e claro, a sua declaração de amor por Jaime Santos.
A quanto obriga a necessidade de salvaguardar o disfarce de euuroinómano escondido, para as suas próximas investidas odientas
Parece que de facto quem identifica este Pedro com Aonio Eliphis e com joão pimentel ferreira tem toda a razão. Um verdadeiro troll a dançar esta autêntica dança do ventre para ver se passa
Creio que neste ponto já se pode perceber a função de "Pedro", a nova face da trollfarm europeísta.
ResponderEliminarPelos indícios até agora a sua tarefa é impedir a colaboração, ainda que pontual entre os soberanismos de esquerda e de direita.
Portugal, devido a circunstâncias particulares não produziu forças da direita populista como noutros países europeus. Portanto a clivagem soberanista apenas se faz à esquerda; difusamente no PS, mais marcadamente no BE e doutrináriamente fundamentada no PCP.
Por oposição, no UK o soberanismo é clivante à direita com grande parte do partido conservador a transferir-se para o Brexit Party em busca de clarificação. À esquerda o Labor tenta, e bem, impedir que o soberanismo cause cisões internas com relativo sucesso. Até agora só blairites se demitiram do partido, o que de qualquer forma é uma benção, devido ao comprometimento que tinham com a guerra do Iraque e a tendência neoliberal em matéria económica.
O que estamos a assistir de uma forma geral é a criação de novas linhas de demarcação entre o globalismo neoliberal e um renascido soberanismo que atribui aos estados a regulação de fluxos financeiros e a políticas monetárias a nível nacional. Isto deriva do reconhecimento de que só ao nível de um estado-nação é possível a decisão e controle democráticos em matéria económica.
Na EU, e mais específicamente na EMU o caso complica-se pela inexistência de instrumentos de regulação que os governos possam utilizar e pela crescente divergência entre países membros.
Como o video do Sr Sapir mostra, colmatar a divergência seria incomportável para o núcleo da EU representado pela Alemanha. O "cheque" é como os amigos de Peniche, nunca há-de vir. Isso deixa apenas em aberto duas saídas: Ou o continuar do "mamar de cobra" da Alemanha, extraindo recursos aos países da periferia enquanto tal lhe fôr permitido, ou uma dissolução negociada da EMU.
https://www.youtube.com/watch?v=WeMTJZ3BunY
A Itália, pela sua dimensão, é mais difícil de fagocitar e silenciar do que a Grécia. Como aí as contradições já se arrastam desde a entrada no euro com uma estagnação quase instalada como um "novo normal", surgem duas forças populistas que representam a esperança de resolução do problema central, que é o euro. Mas para isso há que acautelar questões fulcrais como a propriedade de 2.451,8 toneladas de ouro, depositadas no Banco de Itália.
Ora o Banco de Itália é na realidade uma secursal do ECB, pelao que a clarificação da propriedade do ouro não é assunto dispiciendo. Tanto mais que esse ouro pode servir de respaldo ao lançamento de uma nova moeda própria.
https://markets.businessinsider.com/commodities/news/gold-countries-that-hold-largest-reserves-2019-4-1028128947#3-italy8
S.T.
Voltando aos "nossos trolls".
ResponderEliminarO papel do "Pedro" é, fingindo um anti-europeísmo que não cola impedir a convergência de soberanismos de esquerda e direita que como já mostrámos noutro comentário poderiam desafiar o domínio neoliberal-globalista no Parlamento Europeu a eleger em breve.
Para isso agita o espantalho da extrema-direita e de Bannon como se a esquerda tivesse que "ir para a cama" com a extrema-direita para resolver o impasse da EMU.
Felizmente não é!
E, como já referi noutro comentário, se os partidos centristas da EMU estivessem realmente preocupados com o crescimento da extrema-direita já teriam lançado políticas que retirassem o combustível que a alimenta.
Como eu escrevi:
"Se as preocupações com o crescimento da extrema-direita por parte das forças neoliberais/conservadoras fosse genuína deveríamos estar a assistir ao implementar de políticas que efectivamente aplanassem as desigualdades e redistribuissem parte dos ganhos em favor das classes médias e menos favorecidas.
Concomitantemente deveríamos estar a assistir a um reverter do fluxo que acumula capital e poder no centro da EU.
Ora nada disso se está a passar. Pelo contrário há a tentativa de aferrolhar ainda mais as depauperadas economias periféricas nas teias monetárias e bancárias dos países do núcleo da EU.
Logo, a preocupação com o crescimento da extrema-direita é uma farsa ou no mínimo um mero argumento para obrigar a esquerda a cada vez mais concessões sem fim à vista."
Claro que o "Pedro" nada pode fazer. Mas os "donos" do Pedro podem, ou poderiam, se isso lhes fosse conveniente.
S.T.
@ST
ResponderEliminarVede num período mais alargado: http://grafici.altervista.org/wp-content/uploads/Deficit-to-GDP-ratio-italy-and-other.png
De onde acha que surgiu a dívida pública italiana? É apenas o resultado de sucessivos défices orçamentais. O estado perante défice necessita de se financiar nos mercados gerando dívida pública. E além disso o tratado orçamental visa não apenas metas para o défice, mas também limites para a dívida; logo dizer que "o país tem sido o exemplo do excelente aluno europeu, cumprindo com zelo todas as orientações de Bruxelas" é simplesmente mentira.
É fácil detectar o Cuco sob a capa de diversos anónimos qual verborreica AK47. Hermenêutica da mais elementar, basta apanhar alguns verbetes que identificam imediatamente o "animal feroz":
ResponderEliminar- "troll", considerando que em bom Português grafa-se trol, tal como "prol"
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/trol
- "insultuosa", "carinho", "raivoso", "mantras", "acanalhadas", "malcriado", "claunesca", "berrar"
- usar letra minúscula e um único nome nas pessoas de quem não gosta (pedro) e maiúscula e nome completo nas de que gosta (João Rodrigues)
- termina com expressões sem qualquer conteúdo e repletas apenas de pathos: "Esta gente de facto não presta", "Esta malta mete nojo"
Quando estudei no Instituto Real de Tecnologia em Estocolmo (KTH) em parceria com o IST, um dos meus projectos foi desenvolver um algoritmo de reconhecimento de padrões, usando cadeias de Markov (como o Cuco não faz a mínima ideia do que é, usará, por exemplo esta deixa para um comentário pejorativo), para identificar padrões, como estes. Talvez não seja mal pensado aplicar tal mecanismo à hermenêutica, e identificar imediatamente prima facie o Cuco e as suas diatribes.
Sistemas complexos de troca de ideias e comentários online, como o Quora, já usam estes sistemas automáticos para evitar trols.
Ahahah
EliminarAgora é a vez do pobre Pimentel Ferreira aparecer como adriano
Assim com letra pequenina, como esse tal cuco gosta.
O cuco, a cuca e os sistemas complexos.
Mais o trol, perdão o troll, perdão o trol e a hermenêutica da língua portuguesa
Com o devido respeito
Ahahahahah
Podemos voltar ao tema do post e deixarmos os tempos penosos e demorraaadoooos dos estudos de Pimentel Ferreira? Perdão, de Adriano? Perdão, de adriano?
Confirmando a minha análise em comentários anteriores, eis um artigo bombástico:
ResponderEliminarhttps://www.dailymail.co.uk/news/article-6952797/CLAIRE-FOX-explains-reasons-standing-European-election-candidate-Brexit-Party.html
Nada mais nada menos que uma figura da esquerda Labor, Claire Fox, ao lado de Nigel Farage a explicar porque vai concorrer às eleições para o Parlamento Europeu integrada nas listas do Brexit Party.
Isto vem confirmar aquilo que eu já venho dizendo há algum tempo, que a linha de fractura soberanista está a adquirir um significado tão profundo como a antiga divisão esquerda-direita, e que nalgumas circunstâncias específicas pode até sobrepor-se a essa lógica esquerda-direita.
Vale a pena reproduzir alguns excertos:
"As a left-wing campaigner for 35 years, I’ve been arrested on picket lines, led anti-imperialist demonstrations and spoken at anti-deportation protests outside police stations. I’ve made speeches at street rallies, in prisons and universities and at pubs."
"Como ativista de esquerda há 35 anos, fui presa em piquetes, liderei manifestações anti-imperialistas e discursei em protestos contra a deportação (de imigrantes N.T.) no exterior dos postos de polícia. Fiz discursos em comícios de rua, em prisões e universidades e em pubs ".
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"You’d struggle to find a pair of more unlikely political bedfellows than the former Ukip leader and myself, a former Trotskyist who spent her youth agitating for a workers’ revolution."
"Seria difícil encontrar um par de amizades políticas (bedfellows, companheiros de cama N.T.) mais improváveis do que o ex-líder do Ukip e eu, uma ex-trotskista que passou sua juventude a fazer agitação por uma revolução operária".
"We disagree on a wide range of issues – from workers’ and women’s rights to immigration and the NHS. But – and this is a crucial ‘but’ – we agree on the one historic issue that today matters more than anything else: Brexit and the future of British democracy."
"Nós discordamos sobre uma ampla gama de questões - dos direitos dos trabalhadores e da mulher à imigração e ao NHS. Mas - e isso é crucial 'mas' - nós concordamos com a única questão histórica que hoje importa mais do que qualquer outra coisa: Brexit e o futuro da democracia britânica ".
"As a lifelong Leftie who’s witnessed a seemingly endless series of setbacks and defeats, I believe now is the time to transform this seismic sellout into a constructive political opportunity."
"Como uma esquerdista de uma vida inteira que testemunhou uma série aparentemente interminável de contratempos e derrotas, acredito que agora é a hora de transformar esta onda sísmica numa oportunidade política construtiva".
.../...
"Yet many of my Left-wing peers are in denial about this political shake-up. In doing so, they simultaneously cling on to their old rhetoric about supporting the working class while turning their backs on the brave, ordinary people who voted for Brexit."
"No entanto, muitos dos meus colegas de esquerda estão em negação sobre este terramoto político. Ao fazê-lo, eles simultaneamente apegam-se à sua antiga retórica sobre o apoio à classe trabalhadora, virando ao mesmo tempo as costas às pessoas corajosas que votaram no Brexit."
Desculpem, mas isto é enorme. Apesar de haver que lamentar que o Labor seja colocado numa posição em que acaba por sofrer a mesma sorte dos conservadores que se rasgam ao meio entre soberanistas e globalistas.
S.T.
Caro troll estalinista.
ResponderEliminarSim, critico o nacionalismo da extrema direita.
Sim, ao mesmo tempo também critico o neoliberalismo da UE.
Não tentes compreender que é muito complicado para a tua cabecinha.
Caro ST.
ResponderEliminarSim, Passos e Trump têm muito em comum, os dois são de direita.
Não me diga que nunca tinha reparado ?
Se se deixar de armar em parvo talvez consiga ter uma conversa de jeito.
O problema é que se calhar não está só a armar...
Por maior paradoxo que possa parecer a quem não acompanhou verdadeiramente tudo o que se passou em Itália nas últimas ou ficou a olhar só para os indicadores económicos, que vai dar ao mesmo, os srs. juízes também têm muito a ver com a situação actual de Itália. Aquela que chegou a ser uma das maiores economias europeias.
ResponderEliminarDiz o "Pedro": "Se se deixar de armar em parvo talvez consiga ter uma conversa de jeito."
ResponderEliminarPara se ter uma "conversa de jeito" é preciso que os intervenientes tenham um mínimo de capacidade e honestidade intelectual.
Eu não preciso de dar provas extra. As minhas intervenções nestas caixas de comentários falam por si.
O "Pedro" não passa de um troll com objectivos que para mim são muito transparentes.
Prove-me o contrário com alguma coisa "de jeito". :)
S.T.
ST.
ResponderEliminarSim, essa Claire Fox é "enorme" á brava, apesar d nunca ninguém ter ouvido falar dela em comparação com um Bóris ou um Farage.
E depois é a favor da imigração, mas coitada, não reparou que o principal argumento do brexit é precisamente contra a imigração.
Já o segundo grande argumento dos brexisters é contra a solidariedade com os povos do sul como Portugal, a UE é apresentada como uma situação em que os povos sulistas como nós, que segundo os brexiters, não trabalhamos e vivemos á custa de povos como os alemães e os ingleses que, coitadinhos, são os únicos que trabalham.
A imagem que os brexisters reproduzem do sul da Europa é a mesma mas ainda mais radicalizada dos neoliberais de Bruxelas -que nós no sul vivemos todos á custa deles e que eles, coitadinhos, nos sustentam.
Xenofobia e racismo é o ambiente incentivado pelo ukip.
Mas a tal senhora não reparou em nada disto.
Parece mesmo aqueles comunistas que achavam que o principal era derrubar a república de Weimar e fingir que não se passava nada em relação ás ascensão do nazismo.
Quanto ao passado brilhante na esquerda da tal senhora de quem ninguém por cá tinha ouvido falar, grande coisa, até o Durão Barroso foi um fervoroso maoista.
Vitor, pedro , marco
ResponderEliminarTudo parte da trollfarm europeísta
Com uma particularidade neste caso concreto. Resultam todos do mesmo fulano. Um tal joão pimentel ferreira, um dos aboletados da oligarquia da UE
Por maior paradoxo, "vitor" é de facto um outro nickname do joão pimentel ferreira
ResponderEliminarOu do pedro. Ou do marco
Aqui está a prova.
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/10/repeticao.html
Curiosamente quando foi denunciado, o "vitor" apressou-se a apagar o rasto que o denunciava. Tarde demais
Por maior paradoxo, "vitor" é de facto um outro nickname do joão pimentel ferreira
ResponderEliminarOu do pedro. Ou do marco
Aqui está a prova.
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/10/repeticao.html
Curiosamente quando foi denunciado, o "vitor" apressou-se a apagar o rasto que o denunciava. Tarde demais
O pedro pimentel ferreira anda às voltas com um troll? O troll a acusar outros de trolls?
ResponderEliminarNão deixa de ser divertido.
Passemos no entanto a coisas substanciais.
ResponderEliminarAs perguntas continuam a colocar-se, soberanas e incómodas.
O defensor há dias da moderada Merkel é o mesmo que critica o neoliberalismo da UE. E o mesmo que defendia a UE agora deixou de o fazer. E o que hoje diz que o "neoliberalismo hegemónico ao nível do sofrimento infligido á população" é o mesmo que apela ao voto na representante de tal liberalismo hegemónico?
Uma trapalhada?
Não. Um aldrabão a fazer o seu sórdido trabalho
Há mais?
ResponderEliminarHá.
Deixemos para lá as idiotices sobre o "armar em parvo" ou se "calhar não está a armar" que um tal pedro pimentel ferreira teima em dizer
(Conversas de rufias malcriados com pé-de-chinelo não cabem aqui
Escrever esta frase
"Passos e Trump têm muito em comum, os dois são de direita."
é bem revelador da capacidade cognitiva de quem a profere.
Lolol. Se atendermos bem, pedro, por sua própria iniciativa, acaba de colocar-se atrás de Trump. Ou à frente, não se sabe bem
@ Marco
ResponderEliminarA resposta já lhe foi dada por José M. Sousa aí em cima, melhor do que eu faria.
Porque me dirige uma pergunta a que outro comentador qualificado já lhe respondeu cabalmente?
Em todo o caso, para outros leitores que porventura funcionem melhor com referências visuais, aqui fica um boneco:
https://makroskop.eu/app/uploads/2018/12/20181212_HF_Abb04.png
S.T.
Caro ST e José Sousa
ResponderEliminarE não debato se o Euro foi bom ou mau para Itália, digo apenas que dizer que a Itália foi o "bom aluno exemplar de Bruxelas" é mentira, é mentira! A dívida pública é o resultado de défices excessivos e a o Tratado Orçamental impõe limites para o défice/excedente que visem baixar a dívida até 60% do PIB.
Caro Marco
ResponderEliminarA dívida pública é o resultado da acumulação de défices, mas os défices não são uma variável inteiramente exógena, ou seja, determinados exclusivamente pela vontade do governo. Dependem do andamento da economia, dos chamados estabilizadores automáticos, por exemplo. E no contexto do Euro - e por isso é que este foi claramente mau para a Itália - Pode ver aqui
https://www.cep.eu/fileadmin/user_upload/cep.eu/Studien/20_Jahre_Euro_-_Gewinner_und_Verlierer/cepStudy_20_years_Euro_-_Winners_and_Losers.pdf
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/quanto-perdeu-cada-portugues-com-a-introducao-do-euro-think-tank-alemao-calcula-impacto-415836
a Itália ficou, tal como a Grécia, Portugal, etc. inteiramente sujeita aos humores dos mercados financeiros e da especulação que lhe impuseram taxas de juros reais elevadas sobre a dívida pública (isso não teria acontecido se tivesse moeda própria - contraste por exemplo com o caso britânico onde o endividamento também é elevado).
Foi por esta razão que, apesar da Itália ter tido sucessivos superávites primários (suponho que sabe o que isto significa!), o défice final contribuíu para o aumento da dívida.
Eu penso que isto já fora tudo explicado ao marco pimentel ferreira.
ResponderEliminar"a Itália foi o "bom aluno exemplar de Bruxelas" é mentira, é mentira! "
ResponderEliminarFalta de nível primário ou desejo apenas de servir o tratado orçamental uber alles?
Óbviamente "Pedro" faz-se de cabeça-de-andorinha e quer que os leitores lhe sigam o exemplo.
ResponderEliminarAgita o espantalho do racismo e da xenofobia em relação a Claire Fox sem se dar ao trabalho de procurar saber quais são as credenciais e as provas dadas por esta senhora nesses campos.
No entanto, o texto é muito claro: Para Claire Fox é uma questão de saber que futuro se quer para a democracia britânica.
É que parece que ainda há quem faça questão de que os eleitos sejam responsabilizados pelos eleitores. Há quem faça questão de não ser governado por uma camarilha de funcionários não eleitos com sede em Bruxelas. Esquisitices, claro.
"That hero of the Labour movement, Tony Benn, whose criticisms of the Brussels machine would make Jeremy Corbyn’s Islington Set shriek with disgust, once said ‘democracy is the most revolutionary thing in the world’.
How right he was. Without democracy, we are voiceless subjects. But with it, we are citizens armed with the power to change our destinies."
"Esse herói do movimento trabalhista, Tony Benn, cujas críticas à máquina de Bruxelas fizeram Jerry Corbyn Islington Set gritar de desgosto, disse uma vez que "a democracia é a coisa mais revolucionária do mundo"."
Quão certo ele estava. Sem democracia, somos súbditos sem voz. Mas com ela (democracia N.T.), somos cidadãos armados com o poder de mudar nossos destinos ".
É forçoso reconhecer que falta à maior parte dos portugueses esta coluna vertebral de quem não aliena este poder, o de sermos "cidadãos armados com o poder de mudar nossos destinos".
Podemos lamentar as divisões que esta tomada de posição cria no movimento trabalhista, mas a linha de fractura soberanista não iria poupar o Labor apesar dos prodígios de diplomacia interna de Corbyn.
"Now, the Left-Right divide has been replaced by democrats vs anti-democrats: with, on one side, those who will stand up for political agency; and, on the other, those who would sacrifice our democracy for the sake of revoking Brexit altogether."
"Agora, a divisão esquerda-direita foi substituída por democratas versus anti-democratas: Com, de um lado, aqueles que defenderão a representação política e, de outro, aqueles que sacrificariam nossa democracia para obterem a completa revogação do Brexit. "
"I am a passionate supporter of liberty, equality and popular sovereignty. These values have been championed by democratic giants for hundreds of years."
"Sou uma apaixonada defensora da liberdade, igualdade e soberania popular. Esses valores foram defendidos por gigantes democratas por centenas de anos."
Há ainda um detalhe que escapou ao "Pedro".
A diferença entre um arrivista que passa de maoísta a neoliberal por carreirismo e esta senhora Claire Fox, que continua fiel às suas convicções mas é capaz de hierarquizar a sua fidelidade à democracia e soberania popular acima das suas fidelidades partidárias.
https://www.dailymail.co.uk/news/article-6952797/CLAIRE-FOX-explains-reasons-standing-European-election-candidate-Brexit-Party.html
S.T.
É interessante observar os espasmos raivosos do troll europeísta de serviço.
ResponderEliminarCoitado! Deve ser tão difícil fazer tais tristes figuras.
Diz ele:
"Esta esquerda não tem mesmo coluna! Taxonomicamente, não faz parte do filo dos cordados!
Primero a culpa era do governo Renzi! Votaram na Liga Norte e no 5 estrelas!
Depois a culpa era do Tratado Orçamental! Aprovaram um Orçamento de Estado que viola o Tratado Orçamental!"
Há algumas observações a fazer.
Primeiro é que o governo italiano não está com pressa.
Quem está com pressa é a Alemanha que tem a batata quente do DB para resolver. Parece estar à espera de novidades de Itália para se poder desresponsabilizar e culpar "os italianos". Entretanto tenta bloquear a compra do Comerzbank pelos italianos do Unicredit. Preferem que seja comprado por franceses os holandeses (ING e BNP). (Só os trouxas dos tugas não se importam com quem detem as suas instituições bancárias.)
A resposta dos italianos a diatribes do género das do Aónio é que todo o ano de 2018 se desenrolou segundo orçamento do governo de Gentiloni. O início do ano já foi diferente.
E não se deve descontar o efeito das tentativas de sabotagem que o governo populista tem atraído.
O trabalho tem sido de consolidação. Não se abrem novas frentes antes de ter a casa arrumada (e o ouro a salvo! LOL)
Depois ficamos a saber que Salvini é tão poderoso que projecta a sua sombra sobre a economia... alemã. Senão vejam:
https://www.zerohedge.com/news/2019-04-07/germany-dead-economy-walking
Carteiras de encomendas em queda na indústria, sensibilidade ao abrandamento da economia chinesa, vendas da principal produção alemã (automóvel) em queda por todo o mundo, etc.
Mas deve ser culpa dos populistas... LOL
S.T.
Caro José Sousa
ResponderEliminarHá pouco o ST dizia que taxas de juros baixas tinham sido más para os países do sul pois promoviam o endividamento, agora você diz-me que o que é mau é taxas de juro altas porque gera dividendos de capital e especulação.
É à vontade do freguês!
ST
ResponderEliminarA tal senhora continua fiel ás suas convicções esquerdistas colocando-se ao lado da extrema direita ?
Sim, não há dúvida que os esquerdistas o fizeram muitas vezes. Já aqui falámos da aliança que os comunistas fizeram com os nazis.
A questão aqui é se será assim tão bom ajudar a extrema direita.
O que pessoas como o senhor tentam fingir que não percebem é que não é a UE que impõe o neoliberalismo, mas sim os próprios estados que a compõem.
Se na Alemanha, UK e europa em geral partidos de esquerda ganhassem eleições a UE não era neoliberal.
Do mesmo modo que não é por acabar a UE que os países vão deixar de ser neoliberais.
Temos os exemplo de países de fora da UE, como os EUA e o Brasil, que descem cada vez mais para a extrema direita.
Infelizmente vocês estão demasiado contentes a atacar a UE para se preocuparem com a extrema direita que está a dirigir esse ataque.
Ainda não repararam ? Trump, Bolsonaro, Le Pen e todas as organizações nazis estão a a subir e a atacar a UE.
Isto dá que pensar.
Infelizmente fanáticos que tratam de troll quem quer que seja que discorde seja com o que for da linha do partido, simplesmente não pensam.
A menos que seja de propósito.
Ate parece que estão apenas a defender o imperialismo russo ou chinês…
Caro Marco
ResponderEliminarImporta—se de ser mais especifico? Estamos no Euro há 20 anos. Nos primeiros anos, o Euro trouxe—nos taxas de juro mais, de facto, que favoreceu o endividamento. Com a crise de 2007/2008 tivemos uma deflação um pouco por todo o mundo e taxas de juro sobre a dívida pública substancialmente mais elevadas.
Ahahahah
ResponderEliminarPedro de novo a fazer-se de mais idiota do que o que é. Com aquele tom de serigaito proclama que "Já aqui falámos da aliança que os comunistas fizeram com os nazis
Lolol. Quem falou foi o pobre pedro. Com os resultados que se podem ver no post anterior de João Rodrigues
Mas há mais motivos para esta correria apressada do pedro pelo que pedro falou:
Porque o pedro pimentel ferreira se descaiu e confessou a sua simpatia pelos métodos dos torcionários nazis
Foi de resto o único que por aqui se mostrou em sintonia com a barbárie.
Pedro ipsis verbis:
"Acrescento que isso já não vai lá só com comprimidos - recomendo choques eléctricos, mangueiradas de água gelada e uma lobotomia á antiga maneira, com remoção de pelo menos 80% da massa encefálica. A que pelo visto não dão utilidade."
Heil,heil, pedro aonio eliphis?
Daqui decorre inevitavelmente que todo o paleio de pedro é uma fraude. A sua discursata cheia de chavões idiotas está para a argumentação, como o pedro pimentel ferreira está para a idoneidade.
ResponderEliminarPor isso é com inegável gozo que se assiste a asnices deste teor:"ajuda da extrema-direita e que não é a UE mas sim os estados que a compõem o neoliberalismo, mais os partidos que ganham as eleições e que por causa disso podiam não ser isso e que não é por acabar a UE que os países vão deixar de ser neoliberais.
Lololol
Ó pedro, essa é mesmo à joão pimentel ferreira.
Se se acabar com a desonestidade do pedro, não é por isso que vai acabar a desonestidade
A "tal senhora" que por sinal se chama Claire Cox é extremamente clara no porquê das suas opções.
ResponderEliminarQual é a parte da frase seguinte que não percebe? "Sem democracia, somos súbditos sem voz. Mas com ela (democracia, N.T.), somos cidadãos armados com o poder de mudar nossos destinos".
Para mim é óbvio que a forma como os eurocratas decidem questões que afectam as vidas de milhões de europeus, sem escrutínio e à revelia dos parlamentos nacionais não pode ser considerada democrática.
E no UK estavam habituados a responsabilizar os parlamentares pelas suas acções políticas com um grau de escrutínio muito maior do que os portugueses. Pode censurá-los?
E houve um referendo. Não seria suposto o governo respeitar o seu resultado em vez de andar a tentar sofismá-lo?
A questão que se coloca no UK é que a liberdade, a democracia e a soberania se sobrepõem a ser ou não neoliberal. E esses valores são hierarquicamente superiores porque são condição sine qua non para que possa depois haver escolhas entre esquerda e direita.
Eu até diria que o texto do discurso de Claire Fox é exemplar pela limpidez e verticalidade, concorde-se ou não com a sua opção.
As suas diatribes sobre a extrema-direita são fait-divers inconsequentes. A extrema-direita é alimentada por políticas da direita neoliberal. E são estas políticas socialmente injustas que são perigosos e deitam mais gasolina para a fogueira, não os acordos para defender o processo e ética democráticos.
Ao contrário do que diz, mesmo que partidos de esquerda ganhassem as eleições na UE esta continuaria alegremente a ser neoliberal porque as regras e tratados da EU determinam que dentro da EU não se pode ser outra coisa senão neoliberal, quer se queira quer não. O caso da Grécia é paradigmático.
Dentro da EU as cartas estão viciadas. Não pode haver escolha verdadeiramente democrática. Ganhe a esquerda ou a direita as eleições, as políticas têm que ser de direita e isso é uma perversão da democracia.
S.T.
As sandices continuam
ResponderEliminar"Temos os exemplo de países de fora da UE, como os EUA e o Brasil, que descem cada vez mais para a extrema-direita. E vocês estão demasiado contentes a atacar a UE para se preocuparem com a extrema direita que está a dirigir esse ataque"
Lolol
Não mete dó? O rato escondido com o rabo de fora.
Lolol. A santa madre UE não é para ser atacada. Nós(?) ficamos demasiado contentes e o pedro aproxima-se perigosamente do que aquele traste do pimentel ferreira diz. Tanto que se arriscam a ser confundidos um com o outro
Isto dá que pensar.
Pela UE tudo? Tudo,tudo , tudo...
A linha do partido do pedro permite-lhe fazer a apologia de métodos nazis, enquanto invoca os nomes dos seus Santos em vão?
Um ultimo rabo de rato de fora, enquanto o pimentel ferreira se esconde:
ResponderEliminarDiz o pedro pimentel ferreira:
"Ate parece que estão apenas a defender o imperialismo russo ou chinês…"
Umas linhas atrás o mesmo pedro dizia que estão a defender o Trump, Bolsonaro, Le Pen...
...e outras idiotices emparelhadas
O que faz um tipo fazer estas cenas acanalhadas?
Ainda por cima um tipo que se arrastou penosamente nos estudos informáticos e que até desenvolveu um algoritmo para manipular a informação?
Caro ST, veja este gráfico
ResponderEliminarhttps://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/Wages_and_labour_costs
O custo do trabalho por hora em Itália é superior ao Reino Unido, com um PIB per capita bem menor.
Deduza o resto sobte a competitividade de Itália.
Deduzimos bem o trabalho do vitor pimentel marco ferreira a tentar vender a patranha da competitividade italiana mercê do custo do trabalho/hora
ResponderEliminarSempre foi um sonho da tralha neoliberal o preço da mão de obra ser o da uva mijona
Mas já lá iremos.
O que se regista com curiosidade é que não era bem isso que se debatia. E que continuam sem resposta as questões levantadas.
Tal como continua ensurdecedor o silêncio sobre o denunciado aqui por Vicente Ferreira.E bastante barulhenta a dança do ventre do dito marco para atirar para canto