A investigação em vários campos da Ciência Social tem mostrado que o ensino da Economia, sobretudo no que toca à forma como entende o ser humano, o seu comportamento e a sua racionalidade, torna os alunos mais propensos a um comportamento egoísta e até imoral.
Um académico e investigador do fenómeno da corrupção escreveu uma carta à Real Academia das Ciências da Suécia pondo em causa o seu apoio ao Banco da Suécia na atribuição do chamado prémio Nobel da Economia. Nessa carta afirma o seguinte:
Vários relatórios de investigação, independentes, mostram que aqueles que estudam Economia são mais propensos à corrupção, e outras formas de comportamento eticamente condenáveis, do que aqueles que estudaram outras matérias.É disto que falo no primeiro vídeo de uma série que espero poder editar semanalmente. Um modesto contributo para a divulgação de um olhar crítico sobre o pensamento dominante na Economia, na perspectiva de uma Economia Política na tradição do Institucionalismo Original, o de Thorstein Veblen.
Existe uma longa tradição de crítica ao consumismo pela Esquerda. Marx falava, creio, no fetiche da mercadoria. Mas depois, vai-se a ver, e qual é a receita dessa Esquerda para a solução dos males do nosso tempo? Crescimento económico, num planeta que já não aguenta com a exploração de recursos levada a cabo pelos humanos.
ResponderEliminarEu sei que o objetivo é o pleno emprego, e não o lucro, mas a diferença é assim tão grande, Jorge Bateira, se o resultado é parecido? Ninguém bateu o Socialismo Real no que diz respeito à depredação ambiental, por exemplo.
De boas intenções, está o Inferno cheio...
É interessante observar como um arauto da livre iniciativa e da prosperidade adopta os mitos do crescimento zero quando isso serve de arma de arremesso contra as aspirações a um mais equitativo uso dos recursos existentes.
ResponderEliminarOs últimos 20 anos demoliram o mito de que uma sociedade liberal e democrática é condição sine qua non para o crescimento económico. Mais recentemente começa a demolir-se outro mito: De que é necessária a existência de uma opinião pública forte para reclamar medidas de protecção ambiental. Ambos estes mitos foram e estão a ser desfeitos pela China e pelo seu todo poderoso Partido Comunista. Eu, que nem sou comunista gozo como um preto com estas ironias. E mais gozo ainda com o desnorte de alminhas com Jaime Santos, incapazes de porem em questão os dogmas que lhes venderam e que tão desfasados se mostram da realidade. È tão "passé" esse seu pensamento malthusiano! Benza-o um deus (menor) não o lamba o gato, Jaime Santos! LOL
S.T.
Já que por aqui passo, congratulo o Prof Bateira por mais esta iniciativa, que tem um formato muito digerível. Bom trabalho!
ResponderEliminarS.T.
Muito interessante este snack. Um bom ''alimento'' para se pensar sociedades mais inclusivas e decentes.
ResponderEliminarO comentário de Jaime Santos é de um despropósito total.
ResponderEliminarEu até já tinha molhado a sopa no comentário retrógrado e limitado do Sr Jaime Santos, mas parece-me que perante tamanha hipocrisia não chega.
ResponderEliminarÉ que são alminhas como este Sr Jaime Santos que recusam os investimentos necessários à redução das emissões de carbono e a uma evolução para tecnologias mais limpas e ambientalmente sustentáveis. E depois ainda têm o despudor de advogar o uso de arriscadas técnicas de geoengenharia para poderem manter o actual modelo de produção energética centralizada e baseada nos combustíveis fósseis. Mas para eles o problema são os assalariados que "querem consumir demasiado". Já aqui dei o exemplo francês em que se tenta penalizar o diesel mas não se taxa o querosene de aviação. Não faltarão exemplos semelhantes.
Por muitos problemas que sociedades como a chinesa tenham, uma coisa é certa: Quando as estruturas políticas decidem que o ambiente é uma causa a defender surgem bateladas de carros eléctricos nas ruas das grandes metrópoles chinesas, convertem-se frotas inteiras de autocarros e transforma-se um logo na maior central fotovoltaica do mundo.
Isto é investe-se, não se procura asfixiar a procura e reduzir a qualidade de vida dos assalariados.
E depois há uma semelhança deliciosa entre o anti-consumismo de Jaime Santos e os racionamentos do consumo da era soviética.
S.T.
Reparo agora que o meu comentário anterior tem uma gralha . Eu queria dizer que na China se tranforma um lago na maior central fotovoltaica flutuante do mundo.
ResponderEliminarLink para artigo:
https://cleantechnica.com/2017/05/26/china-activates-worlds-largest-floating-solar-power-plant/
Também um artigo sobre o solar fotovoltaico na China, na Forbes:
https://www.forbes.com/sites/jillbaker/2018/06/18/solar-leader-china-is-slashing-its-subsidies-on-solar-power-what-you-need-to-know/#dce6fb22f9a2
O ponto essêncial é que os miserabilistas austeritários criam obstáculos e entravam estúpidamente a transição para formas de produção energética com muito menor impacto ambiental, enquanto uma sociedade aparentemente menos livre e que era suposto padecer da rigidez associada ao totalitarismo avança na direcção certa a todo o vapor.
Serei só eu a perceber a ironia?
S.T.
Excelente vídeo e texto! No entanto tenho algumas preocupações em relação à Economia. A Economia digamos, ortodoxa, aceita os critérios Popperianos, de demarcação entre Ciência e Pseudociência, e tenta supera-los. Receio que uma Economia à Boaventura Sousa Santos do CES de Coimbra, antipositivista, anti-empírico esqueça para sempre este objectivo, que para mim deverá continuar a orientar o esforço e o programa de investigação na disciplina.
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