quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Ver o país, não esquecer o país

No domingo, cinco pessoas morreram intoxicadas numa casa miserável aquecida a gerador. Na segunda, uma estrada desaparecia entre duas pedreiras e, perante a sucessão trágica, muita gente terá feito a interrogação-lamento: “É isto que nós somos”? É. É isto que também somos, mesmo que nem sempre o vejamos e quase sempre o esqueçamos. Um país onde há gente que continua a esgadanhar para viver e um país onde a incúria e a ganância matam.

Para variar, o editorial de hoje do Público, da autoria de David Pontes, cruza a questão social com a sua declinação territorial: um país de múltiplas formas fracturado, em suma. Um país, não o esqueçamos.

2 comentários:

  1. Poizé, somos um país de que estamos a dar cabo muito pela calada, rastejantes. Que raio de país! Ia dizer que merda de país - mas não digo, parece mal e não é politicamente correcto...

    O avô do Vicente Ferreira

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  2. Dois casos de incúria, uma pessoal outra pública, que logo são aditivados de miséria - a propósito de uma inacabada casa ocupada ao fim de semana - e ganância - que não se sabe a que respeita no caso.
    Quanto ao esgravatar não se vê que seja trabalho indigno.

    Tudo vem ao caso de que incúria é mal bastante que não carece de aditivos.

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