O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil aceitou os argumentos estapafúrdios da equipa de Bolsonaro e abriu um inquérito... ao cantor Roger Waters, ex-Pink Floyd! Ver aqui.
Os argumentos judiciais da acusação não são originais como forma de intimidação. Cá em Portugal também funcionam quando acusam os jornalistas de má-fé e de difamação e as instâncias judiciais superiores corroboram as queixas dos visados pelos jornalistas em artigos.
Mas este caso no Brasil é paradigmático do discurso circular-contraditório em que caem aqueles que não gostam de discutir ideias.
Isso acontece ao acusar-se o oponente (neste caso, o cantor Rogers Waters) de conluio com um partido (o PT) quando Waters acusa Jair Bolsonaro de ser um dos protagonistas do neofascismo e quando as suas mensagens contra Bolsonaro "são de extrema gravidade e demonstram a premeditação e o explícito propósito de denegrir sua imagem e causar nos telespectadores/fãs uma forma de repulsa, pela evidente campanha negativa, o que não condiz com a realidade".
Nada como uma mensagem de teor democrático para conseguir um efeito anti-democrático que - por acaso - condiz com a acusação original do cantor e nega os próprios argumentos da queixa do visado...
O Jair ao pé do Waters é um peido de vida.
ResponderEliminarSobre a liberdade de rotulagem na política e na ténue fronteira para o insulto.
ResponderEliminarSó não vê que a serpente está à espreita quem manifestamente é cego, distraído ou cúmplice com esta situação
ResponderEliminarBolsonaro bolsa como aquilo que é. Mas ao seu lado tem todo um aparelho mediático - económico - judicial, ao seu serviço e ao serviço das ideias que perfilha
Por cá os nossos bolsonariozinhos sentem-se já suficientemente fortes para saírem das vestes de virgens em que se acoitaram
E é ver Jaime Nogueira pinto e Paulo Portas a assumirem sem pudor a sua condição de.
E os seus comensais, convivas e parceiros cada vez gesticulando com maior agressividade e ódio. Contra a democracia e todos os que não lhes bebem a água infecta.
Basta também ler os comentários nas caixas de comentários
http://ositiodosdesenhos.blogspot.com/2018/10/brasil.html
ResponderEliminar"Mas não há imparcialidade na ponderação diante de fascistas. Isso é adesão mal disfarçada. A grande imprensa fomentou por quase duas décadas um partidarismo virulento e irresponsável para chegar a essa temperança relativista diante do que há de mais pernicioso na política nacional. Os editoriais hipócritas de última hora não mudarão nada.
ResponderEliminarResta o consolo de saber que as posições ficarão delimitadas para juízo histórico. Antes que todos passem para o famigerado coro dos inocentes, cabe denunciar a tolerância da mídia corporativa com o fascismo, questioná-la a respeito, forçar a antecipação vexatória das narrativas arrependidas e desmascarar o álibi do cinismo ideológico".
Guilherme Scalzilli
http://observatoriodaimprensa.com.br/eleicoes-2018/a-midia-naturalizou-o-fascismo/
No decurso da digressão europeia para apresentar em Itália, França e Alemanha as traduções do seu mais recente romance "Descobri que estava morto", e, antes de regressar ao Brasil, o escritor João Paulo Cuenca estará hoje na Livraria Barata, em Lisboa, para falar sobre a sua obra e sobre o Brasil de Bolsonaro.
ResponderEliminar«Em seu giro pela Europa», escreve a RFI-Brasil (Radio France Internacionale-Brasil), João Paulo Cuenca «tem-se deparado com uma plateia interessada em discutir não apenas sua obra, mas a realidade política brasileira», e em que o tópico «principal é Jair Bolsonaro».
Em entrevista à emissora francesa o autor reconhece a complexidade da popularidade do novo presidente do Brasil mas, refere a RFI-Brasil, «argumenta que a ascensão do candidato é resultado também de uma falta de posicionamento mais efetivo da mídia e de vigilância de diversas instituições com seu discurso».
Falhanço dos mídia e do Estado na raíz do êxito de Bolsonaro
Mais do que um «fenómeno do antipetismo», João Paulo Cuenca responsabiliza a imprensa, os tribunais e o Congresso brasileiro pela «naturalização» sem consequências «do discurso de extrema-direita e fascista», que o futuro ocupante do Palácio do Planalto produz «há 20 anos», sem merecer da imprensa brasileira mais do que a púdica classificação de «polémico».
«As instituições», afirma o autor, referindo-se aos tribunais e ao Congresso, «viram o Bolsonaro cometer crimes durante anos e nada fizeram», denuncia, explicando que «o processo de amnistia depois da ditadura fez com que o Brasil sofresse um apagamento histórico».
«Imagine se na Argentina um deputado no Congresso faz uma apologia a um ditador?», interroga-se João Paulo Cuenca, referindo-se à declaração de voto de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados por ocasião da votação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em que homenageou a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura militar. «Ele iria apanhar na rua, ser preso. Não existe isso. No Uruguai, um militar que expressa uma opinião política vai preso», conclui.
O autor, com a liberdade que lhe confere o facto de ser «um crítico do PT desde a primeira eleição do Lula», considera que aquele partido «virou uma espécie de ameaça vermelha, comunista, o que é ridículo», afirma, sobre o «antipetismo» da sociedade brasileira actual. «O PT não ameaçou as instituições democráticas», nem é «uma força disruptiva» como Bolsonaro, defende".
Liberdade de rotulagem na política? Ténue fronteira para o insulto?
ResponderEliminarJose a 2 de Maio de 2017:
"São fdp encartados em tonalidade de rosado a vermelho".
Quando jose diz esta alarvidade à bolsonaro em pele de patrão, está a exercer o seu direito de liberdade de rotulagem ou a ultrapassar o véu da fronteira salazarista?
«...uma falta de posicionamento mais efetivo da mídia e de vigilância de diversas instituições com seu discurso»
ResponderEliminarNão podia estar mais de acordo.
Deixando o discurso correr livremente correm-se riscos extraordinários…
O corretês é um descanso!
Corretês?
ResponderEliminar«...uma falta de posicionamento mais efetivo da mídia e de vigilância de diversas instituições com seu discurso»
"Isto" é corretês?
A iliteracia é lixada. Patronato medíocre este
O discurso dos nazi-fascistas não pode passar.E é sobre isso que se fala. Não deixar a serpente eclodir do ovo. E não deixar que a canalha regresse, como está a acontecer no Brasil.
E como este jose quer que ocorra em Portugal?
Uma farsa ( e um farsante) em três actos:
ResponderEliminarPrimeiro acto:
Jose:
"Sobre a liberdade de rotulagem na política e na ténue fronteira para o insulto"
Uma espécie de corretês político na defesa de bolsonaro
Segundo acto:
Jose:
"São fdp encartados em tonalidade de rosado a vermelho".
Uma espécie de destapar da hipocrisia anterior, revelando-se o verdadeiro jose. Sem paninhos quentes nem corretês que o valha.
Terceiro acto:
Jose:
"O corretês é um descanso!"
Uma espécie de dar o não dito pelo dito, enquanto atira para o lado
Tudo em prol da cumplicidade dos media ( e do poder judicial) com bolsonaro
( e com uma amostra do verdadeiro...que é)