No passado dia 5 de Julho, o Negócios consultou dois “especialistas na área do direito imobiliário” para se pronunciarem sobre a nova Lei de Bases da Habitação que está em fase de consulta pública. São advogados e sócios de duas grandes sociedades de advogados e “têm visão crítica do projecto para a nova Lei de Bases”.
Quando se apresenta a opinião de “especialistas” está a sugerir-se que a sua apreciação é fundamentada num conhecimento técnico e relativamente isento do ponto dos interesses em confronto, que sempre os há quando se propõe uma alteração legislativa que mexe com direitos e obrigações no acesso a um bem essencial. A posição dos especialistas até parece ponderada. Afinal de contas, também há alguns “pontos positivos” na proposta de lei.
Contudo, as medidas que os especialistas criticam são as que beneficiam inquilinos e as que saúdam são as que concedem ainda mais benefícios fiscais aos proprietários. Ao vaticinarem que o governo poderá estar a “matar as galinhas dos ovos de ouro” quando propõem “novas leis para regular um mercado que está a funcionar em pleno”, como seja a regulação do Alojamento Local e a Lei das Rendas, falam como se não houvesse outros interesses a considerar numa lei. Ou seja, os especialistas/sócios de sociedades de advogados tomam os interesses dos proprietários dos ovos como os únicos legítimos.
Só os interesses dos proprietários parecem merecer protecção do Estado. Mas as galinhas estão a rebentar à custa daqueles que nunca terão acesso aos ovos: certas empresas e muitas famílias, que são despejadas e que canalizam parte cada vez maior dos seus rendimentos para a aquisição de imobiliário a preços especulativos (as que podem) ou para o pagamento de rendas excessivas (as que vão podendo). Entretanto, sobejam cada vez menos recursos para investir em sectores não-rentistas e economicamente produtivos.
O Governo do PS tem a obrigação de não cair na chantagem do sector do imobiliário, incluindo a exercida por especialistas de certas sociedade de advogados, e proteger a parte mais fraca.
Todos, Ana Santos, se proclamam especialistas na venda da sua ideologia como receita infalível para o futuro. Se alguém defende alguma posição (este seu criado incluído), devemos sempre perguntar que interesses tem a defender.
ResponderEliminarSucede que o futuro não é previsível e por isso a melhor maneira de o prever é inventando-o, nalguns casos literalmente e com consequências bem mais trágicas que o caso que cita...
São poucos os que admitem que a política é antes de tudo a arte de navegar à vista... Guterres era um deles...
Com início na ‘longa noite do fascismo’, o Estado Português habituou-se a chular os proprietários de casas para arrendamento.
ResponderEliminarO totalitarismo fascista, de que a esquerdalhada é legítima herdeira, tinha o mérito de poder invocar estar a resolver o problema através de forte investimento em habitação social.
Com a abrilada, tudo é distribuído a clientelas e o investimento em habitação é insignificante.
E com a sua propriedade definida como ‘um bem essencial’ o proprietário vê-se confrontado com ‘ direitos e obrigações no acesso’ ao que lhe pertence por direito, como se de um bem público se tratasse!
E os defensores dos ‘coitadinhos’ dos inquilinos – não fosse pôr-se em causa o direito ao saque da propriedade – juntam-lhe uma ladainha de salmos onde a situação económica do senhorio e o seu direito de garantir a boa conservação do seu património nunca são factores a ter em conta. Bem pelo contrário, há que relevar a sua condição de rentista, pela qual não há mal que não lhe caiba por direito.
Comunada na sua expressão mais óbvia!
Lá está esta linguagem patibular quando qualquer coisa põe em causa os interesses de José
ResponderEliminarDesde o chular à abrilada Até à comunada , a quem agradecia o tratamento conferido pelos Pides a tal gente
Eis como , desta forma quase que choramingas, alguém que passa o tempo a invectivar com o termo “ coitadinhos” se apressa a defender as rendas e as negociatas em torno da habitação
Todo estremecimentos e estremeções. Mas foi um dos que rejubilava com os despedimentos e pedia por mais. Tal como com os despejos
Vale a pena saudar este texto de Ana Santos. Mais uma vez a chamar a atenção para as "galinhas" que estão a arrebentar à custa de todos os demais.
ResponderEliminarUma das questões que é também denunciada, é a questão dos "peritos". Não se trata de saber que todos os " que se proclamam especialistas ( estão ) na venda da sua ideologia como receita infalível para o futuro"
É mais fundo e mais perverso do que isto, embora quem o diga pretenda minimizar o denunciado no post. É que a comunicação social apresenta mesmo tais tipos como "especialistas". Está a "sugerir-se que a sua apreciação é fundamentada num conhecimento técnico e relativamente isento do ponto dos interesses em confronto". Está a apresentá-los como aquilo que não são. Está a impingir-nos cúmplices das galinhas que estão a rebentar,como isentos fiscais do galinheiro
E isto não pode passar sem ser denunciado
“Nunca aprendemos nada. Se calhar foi pena termos pedido o resgate quando o pedimos. Mais um ou dois meses e falhavam os pagamentos aos funcionários públicos. Se isso tivesse acontecido talvez se tivesse aprendido de vez”.
ResponderEliminarOuvi aqui há uns tempos este desabafo a alguém que não esconde o seu desencanto com o rumo do país. A alguém que conhece a diferença entre estar bem e parecer estar bem – ou seja, a diferença entre parecer ter as contas certas e ter uma economia capaz de sustentar as contas públicas.
Infelizmente vivemos num país de aparências, onde parecer é mais importante que ser. E onde há uma permanente penalização de quem procura falar sobre as dificuldades e um prémio de popularidade para quem promete facilidades.
Qual é o nosso problema? É que mesmo com todos os ventos a soprarem a nosso favor crescemos pouco. Este ano, de acordo com as previsões da Comissão Europeia, devemos ter o quinto crescimento mais baixo da União. Mais, e pior: Bruxelas prevê que a Lituânia, a Eslováquia e a Estónia ultrapassem Portugal em 2018 no que diz respeito à riqueza por habitante. O que significa que nos arriscamos a terminar este “ano de rosas e festejos” como o terceiro país mais pobre da zona euro, só à frente da Letónia e da Grécia. E a manter-se esta tendência não tardará muito que também a Hungria e a Polónia nos ultrapassem (em 2019 prevê-se que Portugal 2%, contra 3,2% da Hungria e 3,7% da Polónia).
Se tivéssemos aprendido realmente alguma coisa com o que nos aconteceu em 2011, se uma boa parte do país não continuasse a pensar que os anos duros que se seguiram foram apenas fruto da teimosia “ideológica” de um governo de malandros, nunca teríamos tido um debate público dominado pela urgência das reversões, antes um debate focado no essencial – e o essencial é que, mesmo tendo voltado a crescer, Portugal cresce menos do que os outros e, sobretudo, cresce menos do que aquilo de que precisa para sustentar o nível de serviços públicos a que se habituou, serviços públicos que os políticos não param de prometer expandir ainda mais.
É este quadro que devíamos ter bem presente agora que começamos a debater o Orçamento do Estado para 2019, ano de eleições. A pergunta que todos deveríamos ter na boca devia ser só uma: como vamos crescer mais e mais depressa? A pergunta que temos na boca é, infelizmente, outra: como vamos calar os parceiros da geringonça e fazê-los engolir as contas públicas do próximo ano?
É assim que vivemos da espuma dos dias. “Não mudamos nem uma palavra, nem uma letra”, grita Jerónimo de Sousa, pedindo mais dinheiro para tudo. O Bloco sobe a parada no debate do pacote laboral, considerando-o “decisivo” antes do Orçamento. E o PS sente necessidade de avisar para que ninguém “ceda à tentação de fazer ultimatos”. Mesmo sabendo que há nestas coreografias muito dos jogos florais típicos de quem procura posicionar-se o melhor possível para um ano eleitoral, a verdade é que este aparente nervosismo tem como pano de fundo uma mudança no discurso do Governo que começou há alguns meses.
Primeiro foi Mário Centeno a falar, no Parlamento, do passado, como se este “não tivesse mostrado riscos, avisos, consequências e lições”. Depois foi o próprio António Costa a confessar aos deputados que “não temos dinheiro”. Adoptado o novo tom, fosse em entrevistas ou em intervenções em Bruxelas, não faltou quem atribuísse a nova dureza de Mário Centeno à sua condição de presidente do Eurogrupo, ou então o desconcertante realismo do primeiro-ministro ao ombro amigo de Rui Rio. Tão habituados que estamos a estes jogos de corte que evitámos olhar para o essencial: apesar da irresponsabilidade com que prometeram mundos e fundos nos três últimos anos, tanto Centeno como Costa sabem que caminham sobre gelo fino. Tal como sabem que nem sempre se tem toda a sorte do mundo e os ventos todos a favor.
ResponderEliminarSe pensarmos um pouco no “milagre Centeno” – redução do défice 3% do PIB em 2015 para uns previstos 0,3% em 2018 –, fazemos as contas e verificamos que isso representou uma redução do défice de 4.5 mil milhões de euros. Parece imenso, mas não é: metade deste valor resulta apenas da redução da despesa com juros e do aumento dos dividendos do Banco de Portugal, o que significa, entre outras coisas que qualquer flutuação nas taxas de juro podem atirar borda fora a tão falada mestria do “Ronaldo das Finanças”.
No entanto, em vez de discutirmos o que fazer para termos mais crescimento, fazemos exactamente o contrário.
Primeiro exemplo: revisão das leis laborais. O Governo sabe, mas nem às pedrinhas confessa, que o dinamismo do mercado laboral e a excepcional criação de emprego a que temos assistido é muito fruto das mudanças legislativas dos últimos anos, que começaram ainda no tempo de Sócrates e foram das poucas reformas a sério dos anos da troika. A oposição também sabe, mas curiosamente parece ter vergonha de o assumir. O resultado é um debate cego à realidade e centrado exclusivamente na obsessão da precariedade.
Segundo exemplo: a lei das rendas. O Governo sabe, as autarquias também sabem, que a reanimação e recuperação dos centros históricos, a criação de condições para o boom turístico e o reaparecimento do mercado do arrendamento é fruto da nova lei das rendas. Por isso, mesmo chamando-lhe António Costa pela frente “lei dos despejos”, pelas costas desdobra-se em esforços para evitar que seja alterada a não ser em detalhes (e mal alterada). É muito fácil estragar o que se progrediu mesmo que esse progresso tenha dado origem a distorções especulativas. Quem quiser defender o crescimento devia defender o aumento da oferta de habitações, pois isso faria baixar os preços; quem vive no passado e na estagnação quer congelar o velho e afastar novos investimentos. Falar de preocupações sociais é pior do que atirar areia para os olhos: é remeter para os senhorios as funções sociais do Estado, uma prática com um século que deu o resultado que deu.
Terceiro exemplo: os bloqueios da Justiça. Não há um só inquérito sobre o que tolhe o investimento em Portugal que não coloque à cabeça o nosso sistema de Justiça. Mesmo assim foi na Justiça que o principal partido da oposição, o PSD, decidiu surpreender-nos pelas piores razões. E se chega mesmo a assustar no que se refere aos direitos fundamentais, como explicou o Luís Rosa, o que o partido de Rui Rio parece ter como agenda é a sua própria obsessão com… reversões. Pior: uma agenda que tem pouco de político de muito de corporativo, sendo que desta vez a corporação (ou uma parte dela) está dentro da própria direcção, por via da antiga bastonária da Ordem dos Advogados.
ResponderEliminarMas há mais, muito mais, pois a especialidade dos nossos dirigentes parece ser a de passarem sempre entre os pingos a chuva enquanto dão dois pés de dança. De facto, que dizer do silêncio de Marcelo sobre o impacto nas despesas do Serviço Nacional de Saúde da lei das 35 horas? Há dois anos, quando promulgou a lei, ameaçou levá-la ao Tribunal Constitucional se houvesse aumento da despesa. Agora que essa despesa se materializa, silêncio absoluto – até porque o hábil argumento da eventual inconstitucionalidade ficou fora de prazo. Em vez disso sobe ao palco do Rock in Rio de braço dado com António Costa, Ferro Rodrigues e Catarina Martins para trautear uma canção que, não fosse este o elenco de personagens, cairia por certo sob o cutelo censório do politicamente correcto, se não fosse mesmo acusada de salazarismo.
Entretanto, do lado que verdadeiramente interessa, o do crescimento económico, as luzes que se acendem vão exactamente no sentido contrário do desejado. No primeiro trimestre deste ano tivemos um crescimento anémico (0,4% em cadeia, 2,1% homólogo) que ficou aquém das expectativas. Quantos minutos levámos a debater este tema? Seguramente menos minutos do que as horas dedicadas à momentosa parolice dos estacionamentos da Madonna e muito menos do que os dias dedicados a um tresloucado que esteve aos comandos do Sporting.
Mas não nos incomodemos. Ao menos as redes sociais já não fervem de indignação, antes nos vão mostrando como os portugueses voltaram às praias, aos bons restaurantes, às viagens ao estrangeiro e às doçuras da silly season. Ao menos isso, pelo menos até ao próximo sobressalto, ou ao próximo “diabo”, continuaremos a ser silly todo o ano.
Ora ora ora
ResponderEliminarAlguém, assumido troikista, a fazer a propaganda da governança criminosa da troika sob a batuta de Passos
Para paleio verborreico de um adorador dos anos de chumbo a conversa está gasta e fede. Ao observador ou a outro equivalente pasquim intelectual da direita. Que até convoca a Madonna e o Sporting
A demagogia desta gente é tramada
Registe-se para já esta solidariedade do sujeito com os senhorios. E desta forma tão pungente.
ResponderEliminarTambém será um perito na matéria? E também escamoteará todo o peso de quem quer viver de rendas enquanto foge aos impostos devidos?
O direito â habitação está inscrito na nossa constituição. As funções sociais do Estado têm sido roídas pela cambada que nos governou. . Com o apoio e incentivo da trampa da troika. Não faz sentido que quem viva de rendas pague menos impostos que quem trabalha. Não faz sentido que esta gente queira mais. E se babe por mais.
Outro que ouve desabafos com a memória que lhe permite transcrever historietas contadas nos antros que frequenta?
ResponderEliminarQue se passa?
E ainda por cima montado nas tretas sobre o diabo já cavalgadas por aquele genio de nome Passos Coelho?
ResponderEliminarPost muito bom!
ResponderEliminar« As funções sociais do Estado têm sido roídas…» pela cambada que mama no orçamento.
ResponderEliminarA direita que bebe na direita do PSD quer que louvemos as mudanças legislativas em relação à área laboral
ResponderEliminarAté tem a ousadia de dizer que “ a oposição também sabe”. Das virtudes dessa legislação.
Mas que argumentos são estes? Empurrar para outros os mitos que lhes nascem nas suas cabecinhas?
Uma espécie de adivinhadores que até sabem o que sabem os outros ? Com a insinuação que os outros no fundo até partilham a mesma trampa de ideias que os próprios têm?
Já não estamos no debate mas no reino da farsa? Das aparições e dos espelhos.? Foi, é, criminosa a política laboral do neoliberalismo. Que defendam esta trampa os beneficiados por ela, os patrões trauliteiros, os passistas ressabiados, os troikistas uberalles, os que vivem da exploração dos demais, os que vão regurgitando com a riqueza saqueada
Mas tentar atribuir ao inimigo as virtudes da trampa que defendem?. Isso é que só na cabeça de alguém tão demagogo como desonesto
Lá está o mesmo treteiro do José a tentar fazer o que mais sabe.
ResponderEliminarE a rezar mais uma vez em torno das “mamas”
Seria está a linguagem que usava nas reuniões pagas pela confederação patronal, quando em reunião sobre as relações laborais?
E nunca lhe perguntaram para deixar as suas mamas e as da sua referência em paz?
Como ê possível esse tipo que defende a troika reproduzir tanta banha da cobra do Observador e não ter uma palavra sobre o Euro?
ResponderEliminarVeja-se como este post de Ana Santos mexe também com os interesses que este post denuncia
ResponderEliminarAvançam na defesa dos seus interesses. "Só os interesses dos proprietários parecem merecer protecção do Estado. Mas as galinhas estão a rebentar à custa daqueles que nunca terão acesso aos ovos: certas empresas e muitas famílias, que são despejadas e que canalizam parte cada vez maior dos seus rendimentos para a aquisição de imobiliário a preços especulativos (as que podem) ou para o pagamento de rendas excessivas (as que vão podendo). Entretanto, sobejam cada vez menos recursos para investir em sectores não-rentistas e economicamente produtivos".
Os bravos rentistas e os que ideologicamente os sustentam não gostam mesmo nada
É mesmo a voz do Observador que é trazida aqui por um "anónimo"-16 e 14; 16 e 15.
ResponderEliminarPodia ter melhor gosto. Podia ter postado alguém que merecesse algum crédito. Não, é apenas o do antigo homem de mão para a comunicação social de Belmiro, o antigo director do Público, que tanto fez em prol da serventia dos órgãos de comunicação social.
Curiosamente José manuel fernandes começa a sua croniqueta pafista passista troiksita com uma aldrabice, já aí em cima denunciada. Cita ( com aspas e tudo ) uma conversa que ouviu a alguém. Treta. Não se cita ipsis verbis uma conversa. Isto é apenas fogo de vista para melhorar o enquadramento
Mas ainda mais curiosamente quem andava a essa mesma hora pelo Observador ( 16 e 10) era precisamente o aonio pimentel ferreira, frequentador assíduo do observador e compulsivo militante da brigada do reumático.
Que se exprimia deste jeito no mesmo pasquim de que falamos:
"Não sou sádico, mas acho que um animal irracional só aprende com os instintos. Como a turba é marcadamente irracional, considero mesmo que o melhor que poderia ter acontecido ao país, é não ter tido ajuda internacional e deixado os funcionários públicos e pensionistas sem salários durante uns meses. Seria o melhor antídoto contra a esquerda demagoga"
Fica uma certeza e uma dúvida. A certeza que estamos perante a sabujice de alguém; a dúvida se não terá sido o pimentel ferreira a musa inspiradora para a bacorada inicial de JMF, já que é ele que nos traz aqui a voz do dono, directamente do Observador para o LdB
Lemos a caixa de comentários do Observador e é surpreendente a série de autêntico viúvos do passismo mais desbragado. Que oscilam ente as atitudes de velhos saudosistas defensores da lei e da ordem salazarento/pafista, até aos que exigem sangue e vingança, num retorno ao revanchismo característico da governança de Passos.
ResponderEliminarFede o local. Fede JMF. Fedem também muitos dos comentadores que gostam do cheiro, onde parece que.
Pimentel ferreira tem lá cartão assegurado.Com os seus múltiplos nicks. Agora sob a forma de aonio eliphis e com uma foto tipo-passe que sacou numa publicidade. (não, agora não usa a máscara).
Sempre de uma lisura a toda a prova
Vejamos o que nos diz jose manuel fernandes :
ResponderEliminar" alguém que não esconde o seu desencanto com o rumo do país"
Quem será? O esqueleto apodrecido de alguém que prosperou durante os tempos do estado novo? Alguém que viu denunciadas as suas actividades nos offshores? O pimentel ferreira himself?
Oh, que dúvidas angustiantes.
( e a seita do Observador baba, em torno do mestre)
Continua JMF:
ResponderEliminar"A alguém que conhece a diferença entre estar bem e parecer estar bem – ou seja, a diferença entre parecer ter as contas certas e ter uma economia capaz de sustentar as contas públicas".
No tempo de chumbo da governação troikista, tão admirada por JMF, havia uma diferença de peso. É que nem se estava bem , nem se parecia estar bem. Não havia esta espécie de estados de alma próprios dum fadista de terceira apanha. A miséria e os despedimentos não permitiam estas nuances. O roubo dos salários e das pensões também não. Estava-se deveras mal. Mas JMF sabe de quem fala e para quem fala
( e a seita do Observador baba, em torno do mestre)
Quanto às contas certas... é pena tirar lá da sua actividade onanista o JMF...mas o que se viu é que a governança passista/troikista foi uma fraude.Tanta incompetência a dela, que se suspeita que o seu completo fracasso foi mesmo de propósito. Para arruinar ainda mais o país, hipotecando-o aos novos donos que serviu
( e a seita do Observador, com pimentel Ferreira incluído, baba, em torno do mestre)
Continua JMF:
ResponderEliminar"Infelizmente vivemos num país de aparências"
Uma referência maldosa ao pimentel ferreira, mais as suas mil e uma mascaras?
E continua JMF:
"E onde há uma permanente penalização de quem procura falar sobre as dificuldades e um prémio de popularidade para quem promete facilidades".
Aí não é possível o engano. Trata-se de um choradinho, em homenagem a quem anda sempre com os "coitadinhos" debaixo da boca
"Em estudo anterior já havia sublinhado que o forte crescimento da dívida agregada privada, observada nas principais economias capitalistas na segunda metade do século XX, se deveu ao crescimento do crédito à habitação, que se tornou a principal atividade da banca, crescendo de um terço para dois terços, substituindo a sua tradicional vocação de financiamento às empresas.
ResponderEliminarNum novo estudo, para uma amostra de 16 países e cobrindo um período de 150 anos, de 1870 a 2015, Jordá e colegas mostram que a habitação é o ativo com a maior taxa de rendibilidade em termos reais (isto é, sem o efeito da inflação), superando a taxa de rendibilidade das ações na generalidade dos países, apesar da sua menor volatilidade, contrariando assim as previsões da teoria económica convencional. Em termos médios, para o conjunto dos países, a taxa de rendibilidade da habitação é 8.0%, enquanto a taxa de rendibilidade das ações é de 6.7%, sendo a taxa de rendibilidade das Obrigações do Tesouro de 2.5%. Estes valores são, respetivamente, 8.5, 7.1 e 2.8 para Portugal.
Suportando a conclusão de Piketty, o mesmo estudo mostra que a taxa de rendibilidade do capital tem sido sistematicamente superior à taxa de crescimento do PIB em todos os países (exceto durante as duas Grandes Guerras), o que significa que a riqueza cresce proporcionalmente mais que o PIB. Como esta está concentrada nos mais ricos, o crescimento desproporcional da riqueza (6.8%) face ao PIB (2.9%) significa o aumento continuado da desigualdade. Portugal não é exceção, registando um crescimento do PIB de 3.4% e uma taxa de rendibilidade de 7.6%.
A inclusão da habitação na análise da evolução das taxas de rendibilidade de longo prazo dos vários tipos de capital não só reforça as conclusões de outros estudos, como mostra que a habitação é parte integral do processo de geração de desigualdade. No atual contexto de baixas taxas de crescimento e de baixas taxas de juro é cada vez mais evidente a metamorfose da habitação em ativo financeiro, ganhando peso crescente nos portfólios de investimento dos muito ricos.
No caso português, estes incluem estrangeiros que enriquecem não só por se tornarem proprietários, mas também porque beneficiam de importantes apoios do Estado, ou seja, enriquecem à custa daqueles que vivem do rendimento do trabalho desigualmente distribuído"
( Ana Santos)
Mais um ou dois meses e falhavam os pagamentos dos salários?
ResponderEliminarÓ pimentel ferreira por intermédio do zé manel ou vice-versa:
O mesmo país que estava a semanas da bancarrota ( o alarido que os crápulas fizeram com esta ameaça) foi capaz de esperar meses pela primeira transferência vinda da “troika” internacional, e que sobreviveu sem ruptura das contas públicas, pagando não apenas salários e pensões como as rendas pornográficas das PPP ou os juros agiotas a que já se encontrava submetido. A esfarrapada desculpa da bancarrota é uma mentira tão mentirosa como a promessa de Passos Coelho de não mexer nos subsídios. E historieta do um a dois meses, a tentativa de corrigir a pulhice anterior. Mas debalde
JMF continua:
ResponderEliminar"Qual é o nosso problema? Crescemos pouco..."
A desgraça alheia foi o que sucedeu com a governança da tralha neoliberal. O povo português sofria. Os anos de chumbo da governação Passos/Portas/Albuquerque /Cristas pautaram-se por um garrote asfixiante sobre o país. O desemprego galopava, assistia-se ao roubo de salários e de pensões, tiravam-se feriados e férias para a engorda de um punhado de neoliberais em trânsito patronal,saqueavam-se as riquezas do país, privatizando-se ao preço da uva mijona, salvavam-se os prejuízos duma banca predadora à custa do erário público, tentava-se sabotar o ensino público,arruinava-se o SNS,a miséria crescia,eram desviados para os offshores milhares de milhões de euros sob a comandita de elementos do próprio governo
O nosso problema sabemos nós qual é, O problema de JMF é o de esconder a ruína criminosa da sua amada governação
A taxa de rendibilidade do capital, depois que sobre ela desabe a sanha tributária, os direitos dos inquilinos, a irresponsabilidade dos gestores, os custos e as baldas judiciais, são um mistério...
ResponderEliminarMistério?
ResponderEliminarMas qual mistério qual carapuça
Que choraminguice enjoativa para com o Capital, de um tipo que passa o tempo a azucrinar-nos com a trampa do Passos Coelho e a sua ladainha dos “ coitadinhos”.
Sabemos perfeitamente que a parte destinada aos salários diminui a cada ano, enquanto a do Capital aumenta.
Ponham este tipo a falar sobre salários ou sindicatos e vejam- lhe desaparecer estas tremuras e assomar o patrão do século XIX
A perguntar porque é que o trabalhador tem subsídio de férias e precisa de pausa para o almoço
E se for preciso, até citará os tempos em que a PIDE mantinha bem oleada a máquina com que o patronato engordava
Que saudades, não é mesmo?