Disse ele sobre o SNS:
"O Estado está a cumprir a Constituição? Está a oferecer o acesso a todos de forma tendencialmente gratuito ou o Estado ele próprio não está a cumprir a Constituição?". "Se fizermos um diagnóstico do Serviço Nacional de Saúde, seguramente que temos dificuldade em achar que a Constituição está a ser efetivamente cumprida".
E qual era a prova disso? Diz Rui Rio:
"a melhor prova desse incumprimento é o facto de 2,7 milhões de portugueses terem seguros de saúde."
Ora, estes valores não são correctos. De acordo com a Associação Portuguesa de Seguradores, que representa as companhias seguradoras, existiam em Março de 2018 apenas 686.172 apólices de seguros de saúde, das quais 631.313 individuais. O que havia era 54.859 apólices de grupo, ou seja, feitas por empresas, que abrangem 1,43 milhões de pessoas. As apólices individuais cobrem 909.986 pessoas.
Mas o exemplo é mau: Se as apolíces individuais são uma minoria da população (não chega a 10%), as apólices de grupo têm vindo a subir, sim, porque são promovidas pelo Estado desde o início de 2015, com benefícios fiscais, aprovados pela então maioria de direita (ver mais aqui). Este, sim, é um bom exemplo do tipo de solução que Rui Rio defende para o SNS.
Não um reforço das verbas para o SNS público, não uma maior capacidade de contratação de pessoal, não uma maior atracção dos seus profissionais emigrados, não uma mais eficaz articulação dos seus serviços, não uma lógica que poderá ter sido perdida. Rui Rio defende algo que o Estado possa fazer pelo sector privado, de forma a que lhes absorva as funções na Saúde, bem como receitas fiscais que as tornem sustentáveis. Mas um sector privado financiado pelo Estado, sem risco.
"Abrir o Serviço Nacional de Saúde" e "sem complexos ideológicos". "O debate não é se é público ou privado, é se cumpre a Constituição da República". Ou de outra forma: “Não quero saber se é público ou privado, é como for mais barato”.
"Abrir o SNS" - supõe-se ao sector privado - é uma contradição nos seus termos. Não se pode "abrir" o SNS, senão com mais parcerias público-privadas . Aliás, a mesma ideia defendida pela responsável pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo, na pessoa da ex-ministra socialista da Saúde Maria de Belém Roseira, que foi consultora da Espírito Santo Saúde, sendo desde 2015 membro do conselho consultivo da Luz Saúde. Aliás, uma estranha escolha por parte do governo socialista.
Mas ter como critério para a escolha do operador aquele que for mais barato, para lá de ser o pior critério para um SNS em dificuldade, arrisca-se muito a que pelo caminho se afecte a saúde dos cidadãos e que, como nas obras públicas, haja sempre "trabalhos a mais" no final. E resta saber se as PPP são assim mais baratas. Mas isso fica para depois.
Não nos esqueçamos, entretanto, que estamos a um pouco mais de um ano das eleições legislativas.
Excelente comentário
ResponderEliminarEsta malta só através da manipulação e da aldrabice, amplificadas por um aparelho mediático tremendo, ê que consegue manter-se de pé.
É triste ver a destruição do SNS às mãos dos interesses dos grandes grupos económicos na área e com o prestimoso apoio actvo, cúmplice e conivente da trampa politico-ideológica neoliberal
Até quando deixamos estes vampiros continuarem a chupar o sangue fresco da manada?
Entenda o-nos... quem paga a medicina privada somos praticamente todos quer por intermédio da ADSE ou outros sub-sistemas . Os seguros de saúde suportam uma minoria que apenas uma classe média alta e os restantes donos disto tudo suportam ... Muito teria gostado de ver os nossos empreendedores investirem nos cuidados de saúde sem terem o suporte(como sempre) dos nossos impostos. Alguém acredita possível ? É isto que é necessário entender .... praticamente náo há cuidados de saúde significativos privados ( no sentido de serem os próprios ou os tais ditos de seguros) a suportarem os custos ... directa ou indirectamente sâo “dinheiros” do SNS que sāo sbrepticiamente desviados para os diversos grupos que já há anos pé ante pé foram com a cumplicidadade ou conluio dos diversos governos do “ centrâo” foram arquitetando. Nāo perceber isto é nāo perceber nada!,, O problema hoje põe-se em haver ( ou não) vontade e força política para inverter isto. Nos próximos meses vamos ver a dicotomia clara entre o que António Arnault e João Semedo propuseram ou a alternativa via Maria de Belém ... veremos de que lado ficamos .
ResponderEliminarP.S. Permitam-me uma lágrima de amizade fraterna ao João meu colega que tão bem entendeu tudo isto .....
Eurico Gomes
Sim senhor! Éo que se chama queimar etapas ou aproveitar o "meio caminho andado" com a crise e o vínculo externo associado ao euro a esganar o SNS.
ResponderEliminarÉ que normalmente na cartilha neoliberal há uma fase intermédia de endividamento e degradação dos serviços antes que se apresente ao povaréu a "necessidade" de privatizar para conseguir melhor qualidade a mais baixo custo (dizem eles!).
Assim, como a crise e a asfixia orçamental já fez a primeira parte do trabalho o PSD passa todo pimpão para a fase "reivindicativa" que até pode render uns votitos já que está na oposição. Genial! LOL
Infantilmente transparente!
S.T.
A empresa onde trabalho oferece um seguro de saúde aos seus trabalhadores. É um complemento ao SNS, não é um substituto. E fá-lo desde antes de 2015 (não sei precisar quando) e usa o grau máximo de cobertura que a seguradora oferece. Tanto quanto sei, fá-lo sem buscar optimizações fiscais. O que a empresa busca é a maior satisfação dos seus trabalhadores.
ResponderEliminarE é isso que ouço nas conversas: com o seguro de saúde da empresa temos mais comparticipações nos medicamentos e nos óculos, nos tratamentos dentários, nas lentes de contacto, e mais escolha para fazer exames clínicos mais depressa; as minhas colegas dizem que têm partos em condiçõoes de maior conforto e intimidade familiar. Há algum mal nisso? Não vejo nada.
Poderia a empresa transferir simplesmente esse dinheiro para o salário dos trabalhadores e eles escolheriam o seguro que quisessem? Naturalmente. Só que os descontos para a Segurança Social e o IRS levariam perto de metade desse montante e perder-se-iam os ganhos de escala na negociação e gestão da apólice. É melhor para todos assim. E tanto é que a empresa acolhe na apólice os familiares dos trabalhadores, descontando-se no salário esse custo. Aí não há de certeza qualquer benefício fiscal!
Por tudo isto, não percebo este anátema SNS vs Seguros de Saúde. O resto da discussão é fraca política com superavit de insinuações e presunções e défice de soluções.
Ao anónimo das 00:07 :
ResponderEliminarEntão e no dia em que a sua excelente empresa entre em falência ou deslocalize a produção e v caia no desemprego, de que lhe irá servir o famoso seguro ?
E se entretanto a falta de descontos para a SS e para o IRS já tiver detriorado os serviços públicos e não houver sequer dinheiro para lhe dar um subsidio de desemprego decente, onde estarão nessa altura " os ganhos de escala na negociação e gestão da apolice " que tanto valoriza ?
O problema do aburguesamento do operariado é este mesmo: cresce a barriga e deixa de se enxergar mais longe que o umbigo. Lamentável !
MRocha
Caro jsgm,
ResponderEliminarNão há qualquer anátema em relação aos seguros, desde que não se confundam as coisas.
Seguros de saúde feitos pelas empresas aos seus trabalhadores são uma forma de retribuição salarial e como tal deveriam tributadas e com descontos para a Segurança Social. As empresas quanto optam por seguros em vez de retribuição, têm claramente vantagens:
a) são inferiores às retribuições que teriam de fazer;
b) trata-se de retribuições que as empresas podem retirar a qualquer momento (certamente verá um dia que as suas coberturas já não o que querem... e daí por diante);
c) são retribuições que sobre as quais não fazem descontos sociais; e
d) nalguns casos recebem apoios do Estado, o que não aconteceria se pagassem em numerário.
O que está mal é o facto de não haver uma separação de águas. Seguros de saúde não substituem o SNS. São uma forma de rentabilizar um sector privado de Saúde, alavancado pelos seguros e apoiados pelo Estado, via ADSE, via PPP (através do pagamentos por actos médicos), via benefícios privados. Falar disso como um substituto do SNS é estar a iludir as pessoas, que estão a pagar os seus impostos e a pagar para dois sectores - um público e privado, nalguns casos sem beneficiar dele.
Quem acha que é melhor um sector privado de Saúde deve arriscar. Os investidores devem ser privados, os capitais devem ser privados e não recorrer a fundos públicos. O paciente deve saber com o que conta quando recorre a uma instituição cuja lógica que interessa é que "saia mais barato". O sector privado deve saber com o que conta, nunca considerar o SNS como concorrente, a ponto de querer o seu esvaziamento (como tem acontecido). São lógicas diferentes.
O problema é que PS e direita têm optado por apoiar de diversas formas com fundos públicos um sector privado e desinvestir no público, sem assumir todas as responsabilidades dessa decisão junto dos cidadãos eleitores.
Caro João Ramos de Almeida,
ResponderEliminarpenso que estamos de acordo num ponto fundamental: Seguros de saúde não substituem o SNS. A isto eu acrescento: complementam-no para maior safisfação/felicidade/??? (escolha a palavra que gostar mais) dos seus beneficiários.
Só posso falar pelo caso da empresa onde trabalho mas aí os seguros de saúde
a) não são retribuições porque não dependem do tipo de contrato nem do desempenho de cada trabalhador
b) são opcionais: quem não quiser não tem e não pode pedir esse valor numa compensação alternativa.
c) os benefícios potenciais são iguais para todos e não dependem do nível de actualização salarial.
d) o preço que a empresa paga depende da idade do trabalhador, o que seria incompatível com uma remuneração!
São um benefício social como é o subsídio de transporte (que é variável conforme a distância e não conforme o salário) ou a máquina do café e seria um refeitório ou um campo de férias, se os houvesse.
Quanto à separação das águas, também não vejo qualquer necessidade disso: toda a nossa sociedade mistura o público com o privado, não vejo porque seria necessário isolar os dois sectores: os medicamentos do SNS devem ser fornecidos por empresas públicas? E as análise clínicas? E as próteses? E a fisioterapia?
Num momento em que o SNS parece ter dificuldade em responder a todas as solicitações pode parecer que o fluxo de utilizadores é apenas do público para o privado, mas num sistema mais folgado faria todo o sentido para mim que o fluxo fosse nos dois sentidos. Por exemplo, agora que há menos nascimentos, poderia suceder que os serviços de obstetrícia do SNS oferecessem um serviço mais confortável às parturientes enviadas pelas seguradoras e cobrassem por isso. Seria receita pública que serviria para financiar os demais serviços.
Exigir um serviço público universal e uniforme não só é inviável na prática (começa porque os profissionais não têm todos as mesmas capacidades e há médicos com listas de espera para consulta muito maiores do que outros na mesma especialidade) como acaba por se encaminhar o SNS para um nível mínimo imediatamente acima daquele que levanta o clamor social.
Que as contas sejam claras e não haja financiamentos cruzados e ínvios, de acordo. Que haja estanquecidade entre sectores, não estou de acordo: aumenta os custos por capacidade não utilizada e reduz a satisfação das pessoas que precisam de cuidados de saúde. A título de exemplo, veja-se o caso da Odontologia: o que seria a saúde dentária dos portuguesesse desde 1974 se não houvesse sector privado?
Ao MRocha (10h35), se a empresa falir ou deslocalizar, o seguro deixa de ser útil. Perdemos o complemento, não perdemos a protecção base que vem do SNS.
ResponderEliminarComo expliquei, não houve qualquer subtracção de contribuições à Seg. Social ou nos valores de IRS com a atribuição do seguro de saúde opcional. Portanto, não é por aí que o SNS está ameaçado. Se alguém se queixar serão os accionistas que verão menos lucros ou os clientes que verão preços mais altos.
E recuperando a frase tantas vezes (mal) citada: no longo prazo estamos todos mortos. Até lá, uso um provérbio: enquanto dura, vida doçura.
jsgm tem um seguro pela empresa. Não sabe a partir de quando. Mas sabe que é anterior a 2015 Convenientemente anterior a 2015 para escapar à denúncia dos benefícios fiscais acima denunciados
ResponderEliminarAs conversas que ouve pelos corredores são estranhas. Só fala em vantagens. Mas há plafonds. E também ao que parece há negociações para a gestão das apólices. Com quem se fazem estas negociações? Com que entidades? E ainda por cima descontam o custo dos familiares no ordenado? Mas então as negociações foram excelentes para que os custos não se repercutam muito neste...
João Ramos de Almeida já colocou de forma brilhante os pontos nos is na resposta a este comentador.
Mas há vários óbices
...começa a haver uma forte suspeicao que mais uma vez estejam tais apólices penduradas no SNS
Ou que haja mesmo fuga fiscal
Pior , começa a haver uma ainda mais forte suspeicao que tudo seja treta. Ideologicamente motivada. Com origem na Holanda ou não
É que já ouvimos esta conversa da parte de um sujeito de nome joão Pimentel Ferreira. Estaríamos assim perante o quê?
Continua a ser cada vez mais suspeito
ResponderEliminarUm paleio da treta. Repisado e baptizado. Mais os acionistas que prescindem de lucros só para colorir a estória colorida deste anónimo
Agora são as parturientes. Enviadas pelas seguradoras. Pagas pelo erário público Para que os intermediários ganhem à custa do trabalho publico e com uma medicina dentro do serviço público a dois carrinhos?
Mais as próteses? E a fisioterapia?
Então e a alimentação?
Este tipo ê mesmo o aonio eliphis vulgo joão Pimentel Ferreira
. A que chamar a uma coisa destas?
Ó pimentel.
ResponderEliminarEssa chafurdice entre o público e o privado.... isso é que ê fartar vilanagem. O cacau ficar para os privados e os custos para o público
Cheira mal. Fede mesmo
Se o próprio Estado paga um seguro de saúde aos seus funcionários, porque não o faz a toda a população? E os beneficiários da ADSE não entram nas contas dos 2.7 M?
ResponderEliminarComo?
ResponderEliminarOs seguros de saúde "não são retribuições porque não dependem do tipo de contrato nem do desempenho de cada trabalhador"?
"o preço que a empresa paga depende da idade do trabalhador, o que seria incompatível com uma remuneração!"
"São um benefício social como é o subsídio de transporte (que é variável conforme a distância e não conforme o salário) ou a máquina do café e seria um refeitório ou um campo de férias, se os houvesse."
Mas o que vem a ser isto? Mais fraudes a tentar defender o patronato em detrimento de quem trabalha? Mais idiotices a fazer-se passar por coisas sérias?
"Empiricamente, tem-se assistido a um aumento na frequência com que as retribuições em espécie integram o pacote retributivo global dos colaboradores, compreendendo designadamente a concessão de serviço de cantina, uso de viatura e telemóvel para fins pessoais,pagamento de despesas com deslocação, bolsas de estudo para os filhos, seguros de saúde e seguros vida, descontos em produtos ou serviços comercializados pela empresa, a concessão de empréstimos não remunerados, cedência de habitação (a título gratuito ou
por valor abaixo do praticado no mercado), a atribuição de ações representativas
do capital da empresa, entre outras.
Na maior parte dos casos, trata-se de parcelas da retribuição que beneficiam os colaboradores com rendimentos mais elevados.
No que respeita à categoria A (rendimentos do trabalho dependente)“considera-se rendimento (…) tudo aquilo que o trabalhador receba em razão do seu trabalho, em dinheiro, em espécie, ou sob a forma de quaisquer outras vantagens
.
Na enumeração de rendimentos tributáveis em categoria A, são incluídos vários tipos de retribuição em espécie, como sejam as importâncias despendidas pela entidade patronal com seguros, contribuições para fundos de pensões, a utilização de habitação fornecida
pela entidade patronal, as resultantes de empréstimos sem juros ou de taxa de juro inferior ao praticado no mercado ou as importâncias despendidas com viagens e estadas não conexas com as funções exercidas pelo trabalhador
Também no que respeita aos rendimentos de categoria E (rendimentos de capitais), são mencionados vários tipos de rendimentos em espécie, como sejam p.e. formas de remuneração que proporcionema disponibilidade temporária do dinheiro (contratos de mútuo, abertura de crédito e afins).
O legislador podia ter excluído de tributação os rendimentos em espécie,mas optou por não o fazer"
Estamos na presença mesmo desse tal tipo já aqui citado, esse João qualquer coisa Pimentel. É dos poucos que consegue dizer aldrabices com esta convicção que está a debitar verdades inquestionáveis.
Recapitulando os comentários adversos que recebi, ficarei pela matéria de facto, deixando as insinuações e as desconsiderações com quem as faz. É isso que torna difícil conversar na Internet: só prestamos atenção àqueles que concordam connosco e um diálogo transforma-se em uníssono. Porém , é a mensagem dissonante que transporta mais informação.
ResponderEliminar1. Começando pelo português: comecei escrevendo "a empresa onde trabalho OFERECE um seguro de saúde". Oferece, dá, é grátis, é opcional, quem não quiser não é obrigado a receber. Será difícil perceber o significado de OFERECER?
2. É uma oferta e como tal é independente do posto, salário, horário, desempenho profissional, índice de preços ao consumidor, género, raça, tudo o que quiserem. Pelo lado da empresa só depende da vontade do trabalhador; pelo lado da seguradora depende da idade e da avaliação de saúde dos potenciais beneficiários, que elas assim o exigem. Este é um dos motivos fundamentais para que o seguro de saúde seja sempre um complemento e não um substituto do SNS que assegura uma cobertura universal.
3. Não é um direito. É uma OFERTA. Tal como a máquina do café, a festa de Natal e, se os houvesse - e que bom seria - o infantário e a colónia balnear. Nunca passou pela cabeça a alguém que falte à festa de Natal pedir uma compensaçáo no salário de Dezembro ou a quem não tenha filhos pedir um aumento salarial por não usar o infantário. Porque seria diferente com o seguro de saúde?
4. As OGMA celebraram recentemente 100 anos (Parabéns!) e vi que alguns trabalhadores usavam ufanos um pólo azul a celebrar. Será que algum a quem o pólo não sirva ou que não goste de pólos vai pedir uma compensação no salário? Será que há alguém tão assanhado no Ministério das Finanças que queira vir cobrar IRS e Segurança Social sobre os pólos azuis, os pacotinhos de açúcar subtraídos da máquina do café e as colónias balneares a título de remuneração em espécie? Porque haveria de fazê-lo sobre o seguro de saúde? Existe um plafonamento das isenções sobre os subsídios de alimentação para evitar subterfúgios mas este é um montante bem superior ao do seguro de saúde que não é remível em dinheiro e por isso me parece difícil justificar tal plafonamento.
5. Há ganhos de eficiência na negociação agregada? Quando um trabalhador opta por estender o benefício do seguro de saúde aos seus familiares a partir da apólice da empresa em vez de negociar uma apólice individual , descontando para isso o prémio mensal no seu salário, está a indicar que obtem melhores condições, o que indicia que esses ganhos de eficiência existem e beneficiam os trabalhadores.
6. Se o seguro é opcional e gratuito para os beneficiários, só tem vantagens. Parece-me lógico. Mesmo que haja uma comparticipação mínima anual ("franquia") - que é frequente - ninguém é obrigado a pagá-la: pode sempre recorrer ao SNS. No pior caso, o seguro é neutro para o trabalhador. Nos demais, trará vantagens. Na comparticipação dos medicamentos, por exemplo, as coberturas são aditivas: primeiro o SNS a que todos temos direito, depois o seguro de saúde e finalmente o beneficiário. Não encontro, por isso, qualquer estranheza nas conversas de corredor. É disto que falamos.
7. Quanto às negociaçóes "com que entidades" não têm nada de turvo ou de ilegal: são as seguradoras ou os seus mediadores. Nesta empresa já trocámos de seguro e mudámos de sub-sistema privado de saúde; o novo plano foi-nos apresentado antes de se tomar a decisão e assim recolher ecos de todos. Na altura, olhei para os dois planos de saúde e pareceram-me oferecer coberturas muito semelhantes com uma diferença para melhor num pormenor ou para pior noutro (nas tais conversas de corredor ouvi depois que uns ficaram mais contentes e outros mais tristes com a mudança).
(continuação 2/3)
ResponderEliminarEntão se o seguro de saúde não é uma parte da remuneração, o que é? É um benefício social, como a máquina do café, o infantário, o transporte em autocarro dedicado, o subsídio de transporte e tantos outros que as organizações foram criando ao longo dos anos. E porque o fazem? Todas as organizações, independentemente da sua natureza pública, privada, do "terceiro sector" , etc., existem para satisfazer pessoas (alguns mais draconianos dirão as "necessidades das pessoas", eu prefiro as pessoas). É essa a sua razão de ser na sociedade. E chegaram à conclusão que, por atribuir benefícios sociais aos seus trabalhadores, se tornam mais capazes (ou mais eficientes) de desempenhar a sua função social. Alguns benefícios sociais são iguais ou extensíveis a todos os trabalhadores (por exemplo, o seguro de saúde). Outros são limitados a sectores (uma formaçáo específica, por exemplo) ou até a um só indivíduo (uma ferramenta desenhada para canhotos, por exemplo).
No caso das organizações privadas chamadas "empresas" as pessoas que são a sua razão de ser designam-se normalmente por "clientes" e há um novo agente que é o "investidor" que espera o retorno do seu investimento na organização. Em princípio, se a administração tiver feito bem o seu trabalho, os ganhos obtidos pelos benefícios sociais darão origem a trabalhadores mais satisfeitos, logo a melhores produtos e serviços ou sistemas mais produtivos, logo a clientes mais satisfeitos ou investidores com mais rendimentos, mesmo que a curto prazo os preços dos produtos possam subir e os lucros possam descer pela introdução de um benefício social como o seguro de saúde que custa dinheiro. Se a direcção da empresa fizer um mau trabalho, os clientes votam negativamente afastando-se da empresa e os investidores fazem o mesmo desinvestindo ou expulsando a administração.
(continuação 3/3)
ResponderEliminarSobre o isolamento ou a colaboração entre os sectores público e privado de saúde, a agitação é ainda maior e menos argumentativa.
Quanto à participação de privados como fornecedores de produtos (sim, a alimentação também) e de serviços, folgo em constatar que ninguém parece advogar o exclusivo do sector público. Não há muita gente com saudades das bolachas Tarata. E há-de haver bons profissionais no sector público e no sector privado, alguns deles até são as mesmas pessoas!
Não advogo que as seguradoras mandem as parturientes para os hospitais públicos para serem pagas pelo SNS. Advogo que o SNS possa convidar esses utentes/clientes se as condições forem interessantes para a seguradora e para o SNS. Se há capacidade instalada porque deve ela ficar ociosa? É preferível fechar serviços de saúde materno-infantis no interior do país por falta de partos?
Quem já pariu ou acompanhou uma parturiente sabe bem como é importante o carinho e a proximidade em horas que são normalmente táo felizes quanto ansiosas. Náo é por acaso que se deseja "uma hora pequenina". E se um seguro de saúde propiciar um acréscimo de conforto à qualidade clínica do serviço, só virão daí benefícios. Exigir que todas as mulheres tenham o mesmo nível de serviço vai reduzir a satisfação de 9% a 24% delas (dependendo das diferentes fontes citadas por JRA) sem qualquer benefício para as demais.
As seguradoras não costumam ser donas de hospitais. Contratam hospitais para prestar cuidados de saúde. Porque não haveriam de poder contratar junto do SNS se os beneficiários dos seus seguros ficassem satisfeitos e os preços fossem competitivos com os dos hospitais privados?
Eu percebo quem beneficia com as más contas entre sistemas público e privados de saúde. Já tenho mais dificuldade em perceber quem beneficia com a estanquecidade/isolamento dos dois sistemas. Mas sei quem perde: as pessoas! Quando parti o pé num acidente de trabalho não me preocupei em saber se o hospital era público ou privado (fui bem tratado em ambos). Preocupei-me em recuperar tão bem quanto possível.
Façam boas contas e colaborem (colaborar = trabalhar junto, para quem esqueceu a definição) porque, ao fim ao cabo, as pessoas só querem gozar de melhor saúde. Mais do que pelas teorias, parece-me que era por isto que lutava o João Semedo.
Antes de falarem em melhorar o SNS vão dizendo:
ResponderEliminar- onde vão buscar mais uns milhares de milhões, quem os paga ou empresta e com que consequências.
- em alternativa que despesas cortam; e se pensarem em não pagar aos privados, vão dizendo como substituem os meios de que os privados dispõem, se lhos pagam, se lhos roubam ou se ficam para exportação.
Antecipo que tudo acabar em mantras e chavões e a realidade é para ignorar!
Caro jsgm ( 10:39 ),
ResponderEliminarContinua a parecer-me que olha para a realidade por intermédio de um "funil" : como considera vantajosa a situação da sua empresa, não alcança que a generalização desse modelo só pode ter por resultado a degradação da oferta pública . De resto já é isso que sucede , "fabrica-se" realidade, i.é, financiando os subsistemas privados com fundos públicos e desinvestindo no público, cria-se uma distorção que só pode ter como resultado a degradação a prazo do SNS, resultado que depois é usado como "argumento" para justificar a mais valia dos sistemas privados. Mas claro que para quem não subscreve os valores republicanos, nada disto é problema.
MRocha
Caro jsgm,
ResponderEliminarDe forma muito curta.
1) os seguros "remuneratórios" evidentemente não são negociados como tal, mas se não houvessem as empresas ver-se-iam confrontadas com as necessidades crescentes dos trabalhadores. Assim, evitam-no. Pagam em espécie e não como remuneração.
2) Público-privado: um só exemplo. No meu centro de saúde recomeçaram a fazer-se as recolhas de sangue e fezes no centro de saude e as análises são feitas no sector público hospitalar, sem recorrer a um laboratório privado. Ficam mais baratas! Sim, eu defendo que o sector público não deveria depender do privado. Apenas complementarmente. O recurso ao privado apenas deve acontecer caso o sector público não o possa oferecer porque... sai mais caro (no mínimo paga-se a remuneração do capital). E nem sempre se vem bem servido.
Compreende-se que o sector público não tenha dentistas? Ou foi uma protecção ao sector privado? Está a ver onde estou a querer chegar?
O sector privado está carente dos clientes do sector público e, com eles, com a cobertura orçamental que constitucionalmente o Estado obriga. Acha correcto? Um sector privado que vive sentado à mesa do OE? Para alguma coisa o Estado, e a sua lógica colectiva, existe. Se não, podíamos voltar uns séculos atrás e sermos todos (todos?) servidos pelo sector privado que nunca se preocupou com uma cobertura global e universal...
«Um sector privado que vive sentado à mesa do OE?»… com seus trabalhadores e capitais a remunerar para que possa ser repostos!
ResponderEliminarJá se for uma multidão de funcionários públicos...com emprego prá vida, por conta do mesmo contribuinte, usando capitais fornecidos e a serem repostos pelos contribuintes, é outra coisa completamente diferente!
Alguém ouviu falar em produtividade? Ainda bem que não se fala dessas imbecilidades…
Na Holanda funciona tudo por seguros de saúde. E ninguém se queixa! Caso a pessoa não tenha dinheiro, as seguradoras têm um fundo comum que cobre, como o fundo de garantia automóvel para o caso de Portugal. A saúde na Holanda aparece em #1 em vários rankings internacionais, na qualidade para o utilizador e igualdade de acesso.
ResponderEliminarO João Ramos de Almeida não consegue mesmo compreender que o setor privado, para os mesmos recursos, mesmo considerando que tem de remunerar o capital, consegue ter mais ganhos de eficiência? Porque não se trabalha 35 horas por semana; sim, porque os salários são mais baixos; sim, porque fazem menos greves; porque não têm o Tesouro como último reduto para a incompetência (à exceção da banca); e porque a competência ou incompetência é repercutida nos próprios, e não no todo!
ResponderEliminarMas pode-se ter um sistema social, liberal-social, em que todos tenham acesso a seguro de saúde, independentemente das condições financeiras do indivíduo, tal como se faz na Holanda ou Suécia.
ST, como é que o Euro esgana o SNS? Se não fosse o Euro de onde vinha o dinheiro para máquinas de ressonância magnética ou medicamentos, material totalmente importado?
ResponderEliminar"Poderia a empresa transferir simplesmente esse dinheiro para o salário dos trabalhadores e eles escolheriam o seguro que quisessem? Naturalmente. Só que os descontos para a Segurança Social e o IRS levariam perto de metade desse montante e perder-se-iam os ganhos de escala na negociação e gestão da apólice. É melhor para todos assim. E tanto é que a empresa acolhe na apólice os familiares dos trabalhadores, descontando-se no salário esse custo. Aí não há de certeza qualquer benefício fiscal!"
ResponderEliminarOs camaradas deveriam era agradecer-lhe, pois não entope as filas do SNS. Todavia, de acordo com os camaradas, a empresa deveria ter de pagar essa apólice diretamente ao funcionário em numerário, e se considerarmos que o salário é superior a um determinado valor, como refere, o IRS e a Segurança Social ficariam com metade desse acréscimo. Que seria para financiar a máquina, e o caro teria de se sujeitar ao (ineficiente) SNS. Não se preocupe que os camaradas, como bem demonstrou António Filipe deputado do PCP, também usam os hospitais privados. "Faz o que eu digo..."
Apenas uma nota ao @jsgm
ResponderEliminarAs empresas NÃO OFERECEM NADA! As empresas trocam trabalho por remuneração, que pode tomar várias formas, como já referido, desde víveres, serviços ou numerário. É um benefício que faz parte do salário, mas que tem custos para a empresa. Claro que a empresa consegue fazê-lo por ter um preço competitivo pois tem poder de negociação visto serem vários colaboradores. É como a estória do estacionamento gratuito que a empresa "oferece" para quem traz carro, mas a mesma empresa NÃO OFERECE o passe social a quem não tem carro. As empresas NÃO OFERECEM NADA. Quanto muito as empresas DISCRIMINAM quem não tem carro, quem não tem filhos, quem não bebe café, etc., remunerando mais quem tem carro, quem tem filhos, quem bebe café, etc. com um salário maior. Exatamente como faz no caso dos infantários, neste caso continua a ser uma discriminação, mas positiva, visto que a natalidade é um desígnio nacional.
Aqui na Holanda é comum as empresas darem carros a funcionários médios ou altos na hierarquia. Mas o colaborador PODE SEMPRE optar por querer o dinheiro em vez do carro. Um grande amigo meu que trabalha numa consultora famosa, que só anda de bicicleta, prescindiu do carro e quis o dinheiro, e como tal recebe extra 500 euros por mês. E mesmo quem recebe o carro mais gasolina, tem de pagar os respetivos impostos em sede de IRS.
Logo, sim, o autor da posta tem razão, existe um benefício fiscal para as seguradoras na área da saúde. Mas eu acho que se justifica pois sou social-liberal, como em tempos houve benefícios fiscais para PPR, pois promoviam a poupança.
Mais tretas do joão pimentel ferreira jsgm
ResponderEliminarInsiste ele na oferta da sua "empresa" repisando os argumentos,como se estes pelo facto se voltarem a ver mais uma vez a luz do dia se convertessem em verdades.
E mais uma vez modifica o que diz, tentando vender o seu novo discurso
Vamos a factos
O que disse inicialmente joão pimentel ferreira jsgm?
"Os seguros de saúde "não são retribuições porque não dependem do tipo de contrato nem do desempenho de cada trabalhador"
"o preço que a empresa paga depende da idade do trabalhador, o que seria incompatível com uma remuneração!"
Pimentel ferreira agora muda de disco. Insiste que os seguros são uma Oferta e não um Direito.Onde ele foi buscar a treta do "direito" não se sabe bem. O que se sabe é que se espraia por vinte linhas sem dizer nada de jeito
Provou-se que os seguros de saúde são mesmo considerados pelo fisco como remuneração.
Não adianta pimentel ferreira fazer o seu número de circo em torno dos polos azuis ou os pacotinhos de açucar ou o diabo a sete. De conversa para boi dormir estamos nós fartos
Repete-se: Os seguros de saúde são considerados pelo fisco como remuneração em espécie. E têm que ser comunicadas pela entidade patronal ao fisco e o trabalhador vê este tal seguro dado como "oferta" como fazendo parte do seu rendimento
Depois o bloco central de interesses como denuncia o João Ramos de Almeida promove isenções fiscais a este patronato que assim se bamboleia com estas "ofertas".
O desconhecimento da lei não constitui argumento para a fuga a esta. Se as empresas não cumprem a legislação devem ser penalizadas.Mas até se aposta que o fazem, porque assim têm benefícios fiscais.
ResponderEliminarComeçando pelo português, a conversa sobre o OFERECE e o grátis e o será difícil perceber o significado de OFERECER é pura e simplesmente treta. Pura treta demagógica ca atirar poeira para os olhos e a encher linhas de texto para nada.Tal como o género e a raça mais a vontade do trabalhador, mais a idade e a saúde mais a máquina de café a festa de Natal ,o infantário e a colónia balnear, o trio de copas e os ufanos, a Nadia e os pacotinhos de açúcar.
Ou seja, as finanças estão-se nas tintas para os pacotinhos de açucar. Mas já consideram como rendimentos as remunerações em espécie como os seguros de saúde
Estamos conversados sobre isto
O paleio da treta continua, em tom deveras enjoativo.
ResponderEliminarTemos depois que aturar uma espécie de oração em louvor da actividade empresarial em geral e dos seguros em particular
"obtem melhores condições,ganhos de eficiência,beneficiam os trabalhadores,só tem vantagens, parece-me lógico,as coberturas são aditivas, conversas de corredor... blablabla.
Chegamos até ao típico episódio de se auto-citarem casos pessoais ( neste caso é a própria empresa que já mudou de subsistema privado de saúde...) como exemplos duma suposta veracidade que não prova rigorosamente nada. Uns ficam mais tristes, outros ficam mais alegres. É este tipo de paleio que é usado como argumentação?
Que pobreza confrangedora.
Mas a coisa não acaba aqui.
ResponderEliminarMais uma centena de lugares-comuns paridos num dos manuais de empreendedorismo extraídos talvez do "batedor de punho" a quem Passos Coelho andou a louvar
Como estes:
"as organizações existem para satisfazer pessoa" ou as necessidades, mas eu prefiro as pessoas e é a razão de ser na sociedade, e os mais capazes e os mais eficientes e a formação específica e os canhotos. Mais o caso das organizações privadas chamadas "empresas" e as pessoas e os"clientes" e há um novo agente e o "investidor" e a administração e os trabalhadores mais satisfeitos, e os clientes mais satisfeitos e os investidores mais satisfeitos, e os votos negativos e os investidores ficam insatisfeitos e a administração fica insatisfeita e os clientes focam insatisfeitos
Mas francamente, esta conversa serve para quê? Para vender um produto que fede e que fede tanto quanto sabemos que a apropriação da riqueza por uma muito escassa minoria repousa na exploração duma imensa maioria?
Mas a agitação à medida que o texto se alonga ainda é maior e menos argumentativa.
ResponderEliminarÀ bolacha Tarata ( isto é o quê? Uma private joke ou a taratice em pessoa?) juntam-se os privados como "fornecedores de produtos".
A tentativa de propagandear o produto dá nisto. Dá em aldrabices deste teor. Quando se fala na separação dos sectores público e privado na saúde não nos referimos à alimentação peculiar em Taratas do pimentel ferreira.
Já lá iremos, não sem antes chamar a atenção para a gritante ignorância que pimentel ferreira tem sobre esta questão dos partos. Já antes tentara impingir que o PIB português para a saúde era igual ao holandês. Os factos são tramados para esta malta, que tenta vender um peixe podre como se de alimentação sadia se tratasse.
Segundo o escrito pelo sujeito em causa, o SNS podia convidar as utentes/ clientes ( para esta gente as pessoas são "clientes", isto é, susceptíveis de se ganhar dinheiro com elas)... E, se as condições fossem interessantes...
Deixe-se para lá este resvalar para o apetite de quem vê oportunidades de negócio a florir,
O desconhecimento da realidade é dramático. O SNS, depois do festim neoliberal daqueles criminosos que o tentaram destruir, está por um fio. Desinvestiu-se nas instalações e equipamentos, afastaram-se pessoas, estrangulou-se o nosso serviço nacional de saúde. Tudo em proveito da ganância dos negócios particulares dos grandes particulares do negócio da saúde. A "capacidade instalada" foi degradada pelo próprio governo e seus agentes. Creio que foi ST a chamar já aqui a atenção para este aspecto.
E vem agora este tipo todo pimpão falar em "capacidade instalada"? Qual? A dos aparelhos que ainda restam e que são usados até ao limite humano e técnico para fornecer serviços "especiais" aos "segurados" interessantes? Ou à dos profissionais da saúde que assim seriam postos ao serviço dos lucros particulares de seguradoras?
Mas que trampa é esta?
E este tipo não sabe que quem fechou os serviços de saúde materno-infantis foram os mesmos que promoveram a abertura dos mesmos centros nas mãos dos privados? A mesma trampa neoliberal, com prejuízo exclusivo das populações?
E depois vem a náusea do paleio em torno dos "momentos felizes e da hora pequenina". Um cheiro a fedor em torno desta espécie de anúncio a publicitar seguradoras.
Quando é que esta maltosa percebe que o que se quer é que se garanta a todas as parturientes um serviço de qualidade decente, adequado, clinicamente seguro, com conforto e segurança, independentemente do seu nível económico ou social? Uma hora pequenina e feliz para todas?
E que quem quiser algo mais que utilize os serviços privados. Mas pagos pelo seu bolso.
E que os ditos privados, que vão ganhar dinheiro à custa de tais pessoas, não parasitem o SNS nem o erário público
Infelizmente as aldrabices não param
ResponderEliminarDiz vitor joão pimentel ferreira jsgm:
"As seguradoras não costumam ser donas de hospitais."
As relações entre as seguradoras e os hospitais privados são as que resultam das relações do Capital, que tudo concentra e engole.
Mas mais uma vez, mas desta vez para o pimentel jsgm, as más notícias não param. É que de facto são mesmo donas dos hospitais. Ou vice-versa.
Da simples leitura dos jornais:
"A Apollo, proprietária da Tranquilidade, propõe-se a ficar com todo o capital da gestora de seguros de saúde AdvanceCare. A proprietária da Tranquilidade já tem a maioria do capital mas quer ficar com o restante, actualmente nas mãos da United Health International, dona dos Hospitais Lusíadas, segundo um aviso publicado em jornais nacionais por parte da Autoridade da Concorrência".
"A Fosun Internacional comprou 49% do capital social e dos direitos de voto da Luz Saúde à seguradora Fidelidade. A seguradora detinha até hoje 98% do grupo de prestação de cuidados de saúde".
Uma pergunta se impõe. Pimentel jsgm é apenas um ignorante desta forma gritante ou é algo bem pior do que isso?
E continuam
ResponderEliminarDiz o aonio eliphis jsgm pimentel ferreira:
"Contratam hospitais para prestar cuidados de saúde. Porque não haveriam de poder contratar junto do SNS se os beneficiários dos seus seguros ficassem satisfeitos e os preços fossem competitivos com os dos hospitais privados?"
Paleio vazio e oco.
Aexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), reconhece que "os hospitais têm tido uma grande dificuldade burocrática" em serem ressarcidos do valor aplicado ao tratamento de serviços cobertos por seguros.
Essa cobrança não se tem revelado fácil, de acordo com Alexandre Lourenço. Sobre o montante em questão, este disse que "depende do hospital", mas que rondará entre os cinco a dez por cento do financiamento, o que é "considerável".
A diferença entre a trampa da realidade e a paisagem idílica que pimentel ferreira quer "vender".
E continuam as más notícias para o serviço publicitário de jsgm pimentel ferreira
ResponderEliminar"Eu percebo quem beneficia com as más contas entre sistemas público e privados de saúde"
Nós todos também já sabemos. Sabemos que o privado parasita o público e que isto é inadmissível. Sabemos que 51% da despesa dos hospitais privados é paga pelo Estado. E sabemos que a este respeito o silêncio do sujeito em causa é trovejante.
Em vez disto temos mais choradinhos hipócritas e pegajosos:
"Sei quem perde..quando parti o pé...
E num comovente amplexo aos dois "sistemas", rematará esfuziante e pretensamente conciliador: "fui bem tratado nos dois".
(Temos alguma dificuldade em perceber esta camalionice de pimentel ferreira em estar de acordo sempre com uma pequena amostra de quem o confronta. Cobardia também, ou desejo de vender melhor o produto?)
Duas notas finais, porque JRA já sucintamente o "desmontou"
ResponderEliminarTem joão pimentel ferreira um fetiche. É o dos significados e das definições.As mais das vezes mal aplicados, mas factos são factos.
E mais uma vez pimentel ferreira jsgm não escapa ao seu fetichezinho peculiar:
"...colaborem (colaborar = trabalhar junto, para quem esqueceu a definição).
Uma espécie de assinatura involuntária
Mas há uma nota final que, por constituir um insulto a todos os que, em geral, construíram um serviço nacional de saúde e a João Semedo em particular, não pode passar.
Já a referência às "teorias" demonstra alguma má fé. Mas dizer que Semedo "lutava" para que as pessoas "gozassem de melhor saúde" é um atentado à luta deste que como se sabe sempre se pautou pela separação das águas entre e o público e o privado, sempre denunciou as negociatas dos seguros privados de saúde, sempre criticou a erosão do SNS às mãos da canalha neoliberal. A ele não lhe bastava que as pessoas gozassem de "melhor saúde", neste jeito pequenino e individualista de quem olha para o umbigo e fica satisfeitinho. A ele ( e a tantos outros) interessava e interessa que todas as pessoas tenham direito a um Serviço Nacional de Saúde gratuito e universal,respeitador da dignidade da condição humana e dos direitos sociais do cidadão
Nos antípodas do que expressa este joão pimentel ferreira.
Sem que este tenha um mínimo de decoro e de vergonha
Com a tranquilidade da certeza, regista-se que às 20 e 27, 21 e 04, 21 e 07, 21 e 13, 21 e 32 aonio eliphis pimentel ferreira jsgm regista a sua aparição mais uma vez
ResponderEliminarO tal pimentel ferreira, apareceu por aqui sob o disfarce de jsgm . Depois de desmomtada a treta da oferta e da retribuição, faz este papel de farsante a responder a si próprio. Pelo meio reassume a treta já tantas vezes aqui debatida sobre a saúde na Holanda e outras tretas adjacentes . Já lá iremos
Relembremos apenas que como pimentel ferreira himself, este saiu em estado de estupor (não, não estou a chamá-lo de estupor) praguejando contra o blog e os seus autores. Fitas e fifias que só aqueles personagens marcadamente histriónicos e com falta de coluna vertebral são capazes de prosseguir.
É pois a um blog, a este blog, que joao pimentel ferreira classifica como de "nojento", que o mesmo joão pimentel ferreira volta e volta sempre.
ResponderEliminarCom o seu cotejo de nicks variados e coloridos.
Com o seu cotejo de aldrabices e de manipulações.
Com o seu cotejo de mentiras e de fraudes
Num desejo persistente de propagandear os objectivos político-ideológicos que persegue.
E da forma desonesta como o faz. Que permite indicá-lo como exemplo do que é um exemplo a evitar - sob o ponto de vista não só da sua ideologia e filosofia, mas também sob o ponto de vista ético e de cidadania.
Caro MRocha (20/07, 09h40)
ResponderEliminarAntes de mais quero saudar o aumento de urbanidade do seu comentário face ao anterior. É uma melhoria que muito aprecio e que só pode melhorar o nível de conversa no blog.
Depois, e salvo melhor opinião, o seu argumentário é um non sequitur: como é que "a generalização desse modelo só pode ter por resultado a degradação da oferta pública"?
Se s pessoas, individuais e colectivas, cumprirem as suas obrigações com a Fazenda Pública e a Segurança Sociel e resolverem reservar parte dos meios remanescentes para melhorar a saúde própria ou daqueles que, de uma forma ou de outra, estão na sua dependência, onde é que se degrada o SNS? Se eu até defendo que o SNS possa cobrar às seguradoras por serviços prestados se e quando isso fôr conveniente para cada uma das suas unidades?
Pode explicar melhor?
Isto é fácil de ver nos medicamentos: uma embalagem de um dado medicamento tem um P.V.P. de 4,82€. A comparticipação do SNS é 2,15€ e eu na farmácia pago 2.67€. Se depois eu enviar cópia da receita e da factura para a seguradora e receber um reembolso de 0,89€ onde é que o SNS foi prejudicado? Pode explicar-me?
E nem sequer estou a contar que posso submeter o restante (2,67€-0,89€ = 1,78€) para desconto em IRS. Se não usasse o seguro de saúde estaria a reclamar ao Estado um abatimento superior (sobre 2,67€ em vez de 1,78€), não era?
Diz pimentel ferreira jsgm:
ResponderEliminar"Na Holanda funciona tudo por seguros de saúde. E ninguém se queixa!"
Mentira. Mente e contradiz-se
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/03/do-estado-que-asfixia-economia.html
Neste post está o testemunho de uma "utilizadora" que obriga o pimentel ferreira a confessar impotente:
"Não disse que o sistema de saúde holandês é perfeito. Lido com o mesmo há 5 anos, e conheço as suas deficiências..."
Afinal há quem se queixe. Afinal a impotência de pimentel ferreira vai mais longe que o espectável
É que também se esboroa neste post o paleio da treta sobre a Holanda e as contas sobre o PIB aplicado à saúde. Erros de palmatória a justificar a dificuldade no curso?
Nestes postes é possível ver como pimentel ferreira veste outros nicks, tenta apresentá-los como diferentes personagens, repete ipsis verbis o discurso do social-liberal ou liberal-social, assume que o aonio é outro mas depois embrulha-se e acaba por se identificar como sendo o próprio aonio eliphis , reaparece como Tiago Freitas ...
ResponderEliminartendo como pano de fundo a Holanda.... as tretas sobre a dita, os impropérios contra o país e o rancor contra o mundo do trabalho:
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/10/maquilhagens-ha-mesmo-muitas.html
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2016/12/ciao-renzi.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/06/ate-logo.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/05/merito-e-escolhas-colectivas.html
ResponderEliminarAqui mais tretas sobre o social-liberal e a holanda. Sobre o direito aos negócios privados e o combate ao estado social, a propaganda bacoca às IPSS como exemplo do que deve ser o estado caritativo
E sobre a "competência" dos privados"
Ao Anónimo (20/07 às 00h53)
ResponderEliminar1. Parece-me que o texto que cita é proveniente de uma revista da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Em todo o caso, qualquer que seja a origem, seria curial indicá-la.
2. Eu não tenho por hábito "debitar verdades inquestionáveis". Por isso me dou ao trabalho de ler pessoas de quem discordo, porque as minhas ideias, tal como as suas, são QUESTIONÁVEIS, sem insinuações nem desconsiderações.
3. Admito, por hipótese de especulação, que o seguro de saúde é uma componente retributiva. Olho agora para o trabalhador A que optou por não ter seguro de saúde. Na bancada ao lado está o trabalhador B, com as mesmas funções, a mesma produtividade e a mesma antiguidade na empresa e que optou por receber o seguro de saúde. Será um caso de discriminação salarial? Remuneração diferente para trabalho igual? Deve B declarar o seguro de saúde no IRS? Por que valor? Pelo valor pago efectivamente pela empresa ou pelo valor que B pagaria se procurasse "adquirir" esses serviços pelos seus meios? Ou por um valor abstracto de "ganho de saúde"?
4. Um outro caso mais comum (admito que haja poucas pessoas a recusar o seguro de saúde): o trabalhador A chega a pé ao trabalho porque mora no bairro enquanto o trabalhador B demora uma hora de transportes públicos de manhã e outra à tarde. Procurando mitigar esse desconforto a empresa OFERECE-LHE a assinatura mensal dos transportes públicos no valor de 58,5€. Será justo que B receba um benefício "contável" e A não? Há uma discriminação salarial ou remuneratória? (trabalho igual com remuneração diferente) Deve, nos planos ético e jurídico, B declarar o "passe" no IRS? Ou é A que deve declarar um benefício intangível de viver a dois passos do trabalho, o que lhe permite gozar mais duas horas em cada dia?
Diz aonio pimentel ferreira jsgm:
ResponderEliminar"ST, como é que o Euro esgana o SNS? Se não fosse o Euro de onde vinha o dinheiro para máquinas de ressonância magnética ou medicamentos, material totalmente importado?
Pois aqui já foi respondida a esta questão ; pelo próprio ST
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/05/continua-afirmar-pereira.html?m=1
Uma impotência tramada estar reduzido a este papaguear de assuntos já debatidos, não é mesmo ?
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/a-questao-europeia.html
ResponderEliminarAqui vemos mais justificações do pimentel aonio para a permanência no euro. Assim ao jeito dos "medicamentos"
Mas vemos sobretudo uma coisa muito feia. A manipulação de gráficos e de dados
Aqui
ResponderEliminarhttp://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/12/a-despenalizacao-do-aborto-nove-anos.html
O "corajoso " joão pimentel ferreira a investir, como anónimo , contra a IVG e o SNS. Duma forma verdadeiramente vergonhosa
Aqui, como anónimo e como vitor, atira-se joão pimentel ferreira ao SNS. Tenta louvaminhar Paulo Macedo. Abençoa a governança passista. No final assume nicks de outros, como meio de confundir quem lê. Uma cena por demais triste e miserável
ResponderEliminarhttp://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/05/a-indignidade-atinge-nos-todos.html?m=1
Caro João Ramos de Almeida [JRA],
ResponderEliminarrespondendo ponto por ponto:
1) Não percebo o seu argumento. Deve ser falha minha ou do adiantado da hora (começo a resposta às 4h19).
2) Concordo absolutamente com a decisão do seu Centro de Saúde tal como a descreve. Se a relação qualidade/preço dos meios auxiliares de diagnóstico acessíveis ao seu Centro de Saúde é melhor no SNS do que no privado, o Centro de Saúde deve recorrer aos meios públicos.
Não creio (é uma convicção, não é uma "verdade inquestionável", talvez o JRA possa investigar mais longe) que a falta de estomatologistas tenha sido uma protecção aos privados. Penso que foi uma opção de administração da escassez nos primórdios da universalização do SNS : sendo uma saúde com custos unitários extraordinariamente elevados, os promotores do SNS optaram por preteri-la porque os mesmos fundos permitiriam trazer benefícios a um leque mais alargado de cidadãos. Mas confesso que não esqueço os jovens do interior do país que já tinham perdido 2 ou 3 incisivos antes dos 30 anos por falta de saúde oral.
3) Nesta conversa, há uma confusão grande - que me parece deliberada - entre "Seguro de Saúde" e "hospitais privados". E daí decorre a confusão simétrica "SNS" e "hospitais públicos". Conceptualmente, parece-me que não tem de ser assim. São as pessoas que lutam pelo isolamento dos dois pares que o promovem. Eu penso exactamente o contrário: os Seguros de saúde devem poder "comprar" serviços aos hospitais públicos pagando-os com contas claras... já o escrevi, não vale a pena repetir-me. Do mesmo modo, o SNS deve poder recorrer a prestadores de saúde privados se e só se isso fôr mais eficiente, podendo definir-se a eficiência em termos de qualidade absoluta, de preço ou da relação qualidade/preço.
O que eu não consigo encontrar é eficiência no isolamento dos dois sub-sistemas.
Eu já não tenho os números de cor, mas lembro-me que o serviço de Obstetrícia de Mirandela fechou por número insuficiente de partos. Foi em 2006, salvo erro, mantendo-se apenas Bragança com a valência de Obstretrícia. Agora, imagine por um instante que 17% das utentes potenciais desse serviço dispunham de seguro de saúde (fiz a média a partir dos números que cita no post inicial) e que isso seria suficiente para manter o serviço aberto, mesmo que por apenas uma década atendendo à população decrescente em idade fértil, se o Hospital de Mirandela acolhesse essas parturientes. Naturalmente, estas esperariam um serviço melhor do que o SNS porque alguém pagou o seguro de saúde com esse objectivo (ou elas ou os seus empregadores). Não seria preferível elas poderem acorrer ao hospital público, terem os cuidados clínicos e as condições de conforto e de proximidade afectiva que procuram (e que algumas pagaram do próprio bolso) do que mandá-las para um pequeno estabelecimento privado com poucos meios para complicações de parto e pouca eficiência de escala ou despachá-las para Vila Real senão para o Porto naquees momentos de aflição?
A quem serve este proposto isolamento?
O Cuco está paranóico. Já vê o Pimentel em todo o lado. Eu acho que é amor.
ResponderEliminarThe Dutch healthcare system was ranked the best in Europe for the seventh consecutive year, according to the annual index complied by Sweden’s Health Consumer Powerhouse. The index is based on 48 indicators, including accessibility, costs, results, patients rights and the use of pharmaceuticals. The Netherlands scores better every year and this year took 927 of the 1,000 points in the survey. Waiting lists have improved sharply but further improvement would boost the score, the organisation said. Second on the list, with 904 points, is Switzerland.
ResponderEliminarAccessibility is a major advantage of the Dutch system, the researchers said. They also valued the relative lack of influence politicians and insurers have on decisions taken in the operating room. Nevertheless, the Netherlands also has one of the most expensive healthcare systems in Europe, averaging out at more than $5,000 per capita. The country also makes above average use of institutionalised mental health and geriatric care, the report said. The Netherlands’ lowest sub-index score is 11th in terms of price-quality. Macedonia, with the second lowest per capita healthcare cost, offers the best value for money, the Swedish report said.
Ao anónimo de 20/07 às 21h32
ResponderEliminarAs organizações (de que as empresas são uma pequena parte) oferecem imensas coisas aos seus trabalhadores. Na relação laboral há uma parte contratualizada e que é uma troca e outra que não é contratualizada e que se traduz por ofertas - nos dois sentidos - entre a organização e os trabalhadores e destes entre si. Querer reduzir a relação laboral à sua componente transaccional é empobrecê-la gravemente e condená-la a estiolar a curto prazo.
Acha que os pólos azuis a celebrar o centenário das OGMA não são uma oferta? E a festa de Natal que muitas organizações celebram, não é uma oferta? E a caneta, ou o relógio ou uma semana de férias ao fim de 25 anos de casa, não serão ofertas? Será que o que distingue as ofertas da remuneração é o seu carácter regular e periódico? É que se for assim, teria de passar a declarar todos os anos em IRS as prendas que recebo no meu aniversário! É sempre na mesma data! ;-)
Ao anónimo de 20/07 às 22h20
ResponderEliminarCitando: "Repete-se: Os seguros de saúde são considerados pelo fisco como remuneração em espécie. E têm que ser comunicadas pela entidade patronal ao fisco e o trabalhador vê este tal seguro dado como "oferta" como fazendo parte do seu rendimento."
Demonstre, por favor. Fui ver aos recibos e à declaração anual de rendimentos para IRS e não estã lá nenhuma verba relativa a Seguro de Saúde. Mesmo que houvesse isenção de tributação, haveria obrigação de declaração, como é o caso do Subsídio de Alimentação que, esse sim, aparece declarado.
Ao anónimo de 20/07 às 23h54
ResponderEliminarPasso por cima dos insultos e adjectivos desagradáveis que me dirige porque leio por prazer de aprender e não por obrigaçção. Se lhe desagrada o que escrevo, basta não o ler.
Mas há um ponto que quero precisar: em tempos que já lá vão, a Manutenção Militar (mais público que isto não há!) tinha o EXCLUSIVO de fornecimento de víveres às Forças Armadas (igualmente a essência do sector público). E desse fornecimento faziam parte as bolachas Tarata e Aspirante (as melhores!).
Não é uma private joke: se quiser aprender, basta ir à Rua da Manutenção em Marvila, Lisboa, ao Museu da Manutenção Militar onde será muito bem acolhido, como eu fui. Acho é que tem de marcar com antecipação. Lá descobrirá muito sobre a nossa história.
E se quiser afastar os antolhos que parecem tolher a sua visão periférica talvez descubra porque motivo acabou o fornecimento exclusivo de víveres dentro do sector público.
Finalmente, nos últimos três parágrafos há algumas proposições com nexo que merecem reflexão e resposta. Cito e numero:
"Quando é que esta maltosa percebe que o que se quer é que se garanta a todas as parturientes um serviço de qualidade decente, adequado, clinicamente seguro, com conforto e segurança, independentemente do seu nível económico ou social? Uma hora pequenina e feliz para todas? (1)
E que quem quiser algo mais que utilize os serviços privados. Mas pagos pelo seu bolso. (2)
E que os ditos privados, que vão ganhar dinheiro à custa de tais pessoas, não parasitem o SNS nem o erário público (3)"
1. Concordo, Estão definidos os limiares de qualidade clínica por indicadores de saúde saúde pública, resta definir os níveis de serviço correspondentes a "decente" e "conforto". O leitor tem propostas de bitolas para este fim? Segurança e clinicamente seguro na mesma frase parece-me um pleonasmo, a menos que se confunda segurança (=safety em inglês) e proteção (=security), o que numa maternidade corresponderia talvez a garantir que os recém-nascidos não são trocados ou roubados.
2. Concordo parcialmente: pode ser pago pelo seu bolso ou pelo do seu empregador - público ou privado - se este assim o entender.
3. Concordo em maioria. Não advogo que os privados "parasitem o SNS ou o erário público". Ao longo das notas que fui escrevendo, nunca defendi a troca de contribuições para a segurança social ou deduções no IRS para financiar seguros de saúde. O que defendi é que, dos fundos disponíveis após cumprir todas essas obrigações, as pessoas (físicas ou colectivas) possam reservar parte dos meios para satisfação complementar em cuidados de saúde sem pagar mais (Segurança Social e IRS) por isso.
Em relação à colaboração entre o sector público e privado na prestação de cuidados de saúde, o que advogo é que havendo capacidade instalada no sector público e nos casos em que esta está a ser utilizada abaixo do seu potencial, o sector público posssa prestar esses serviços às seguradoras, cobrando por isso "em boas contas". Voltando ao caso hipotético de Mirandela, se as 17% de parturientes com seguro de saúde tivessem sido atendidas no hospital público com o nível de serviço que esperam (o "algo mais" que refere em 2), elas teriam ficado mais bem servidas, o SNS não seria prejudicado e as demais parturientes (83%) teriam beneficiado do ganho colateral de ver nascer os filhos mais perto de casa e, se calhar, ainda hoje haveria miúdos nascidos no Hospital de Mirandela.
Este jsgm está um pouco de cabeça perdida
ResponderEliminar"Os camaradas deveriam era agradecer-lhe"? O "financiamento da máquina?" O "caro a sujeitar-se"?"O António Filipe a frequentar hospitais"?
Uma linguagem em uso lá pelo zé manel no Observador ou pela gentinha que lhe usa as caixas de comentários.
Alguém aí deve explicar a este sujeito ( pimentel é?) que a separação das águas entre o público e o privado não passa por quem usa os serviços. Cada um é livre de escolher o que quiser e ir onde quiser. Pode até variar no cardápio. A promiscuidade entre o público e o privado não reside em quem o frequenta,como doente ou como simples utente,mas sim a um outro nível.
Esta mania que têm estes tipos de cercearem os direitos das pessoas, invocando sexo, raça, partido, idade, ideologia ou o que raio seja, para proibirem o que quer que seja, é próprio de camisas negras ou castanhas.A testemunhar a ligação ténue mas firme entre os sociais-liberais e os liberais-sociais com os movimentos fascistas. Imagine-se que no Observador até houve um tipo qualquer com um nome muito esquisito que pretendia proibir que se visitasse a Holanda a quem era crítico do euro.
A propósito desta questão que tem motivado os comentários críticos da tralha neoliberal, por tudo o que é blog manhoso ou órgão de comunicação social avençado, Pedro Tadeu escreveu uma crónica excelente
ResponderEliminarhttps://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/pedro-tadeu/interior/um-comunista-nao-pode-ser-rico-9575267.html
Consta que o zé manel ( fernandes) ficou furioso , teve um ataque de raiva e convocou os colaboradores para atirarem às canelas do Tadeu. Chamou a lena matos, tentou uma cunha à Nadia. Estavam ambas entretidas.
Teve que pedir a outros.
Não percebe jsgm como se degrada o SNS?
ResponderEliminarPobre jsgm...bora lá explicar ao pobre. Já na altura da associação dos colégios privados não percebia como o erário público ficava prejudicado com a fraude legitimada
jsgm ferreira também diz:
"Se eu até defendo que o SNS possa cobrar às seguradoras por serviços prestados se e quando isso fôr conveniente para cada uma das suas unidades?"
Pobre jsgm. Defender defende,ficou demonstrado é conversa para boi dormir
As contas são um assunto lixado. A simples aritmética confunde pimentel jsgm.
ResponderEliminarVejamos as contas dos medicamentos.
Perceberá ele como se processam as coisas entre as seguradoras e o estado, no que diz respeito aos medicamentos?
Saberá ele que se dão benefícios fiscais a estes negócios das seguradoras? E vem falar em cêntimos quando o estado perde muito mais ao permitir estes "acordos"? Como fica o deve e o haver da questão?
Provavelmente as seguradoras fazem estes negócios por motivos altruístas. Para que este pimentel jsgm consiga pagar menos 0.67 centimos. Mais, para que o estado não seja prejudicado pelo abatimento superior exigido pelo pimentel
Este tipo pensará que todos somos nardias
Continua o discurso caritativo de jsgm pimentel ferreira. Pelas 4 e 17
ResponderEliminarE de forma cansativa, consegue encher linhas sem dizer minimamente nada.
Protesta quanto à informação prestada, feito piegas ressabiado, fala em verdades inquestionáveis, admite especulações hipotéticas, embrulha-se com os casos A e B. questiona da justiça ou não
Lamentável tanta treta impotente só para esconder os factos. E os factos passam pela legislação fiscal
Que é clara, para desgosto e ridículo de jsgm. E que se repete.
Os seguros de saúde são mesmo considerados pelo fisco como remuneração. Em espécie. E têm que ser comunicadas pela entidade patronal ao fisco
Agora que jsgm pimentel se deixe de fitas. É degradante estes comportamentos de parlapatão em dia de feira.
As cenas tristes continuam...
ResponderEliminarAgora pelo comentário das 4 e 54 do mesmo jsgm pimentel ferreira
Ficamos sem perceber porque é metida a martelo a referência ao começar da sua resposta às 4 e 19:
-Para ter pena do pimentel ferreira jsgm por estar a "trabalhar" a essa hora?
-Para lhe admirarmos a condição de escrevinhador nocturno?
-Para lhe perdoarmos as limitações cognitivas, atendendo ao avançado da hora?
Nada disto importa. A quem isto pode importar é um qualquer vitor, aonio ou nadia. Mas isso são assuntos pessoais e é bom passar de largo.
Apesar de se tentar caucionar pela hora e pelo seu pensamento embotado, jsgm pimentel aonio ferreira não percebe a falta de estomatologistas no SNS
ResponderEliminarE como não percebe assistimos mais a uma daquelas cenas em que o pimentel ferreira jgmn é fértil.
Foi, pensa ele, que foi "uma opção de administração da escassez nos primórdios da universalização do SNS" . Embora confesse, quase que agarrado ao lenço, que não se esquece dos jovens , ah os jovens, que já tinham perdido os incisivos antes dos 30. Adivinha-se até o soluço incontido
A falta de cultura científica deste tipo é sempre um espanto.
Se não sabe porque se mete a driblar o assunto? Para fazer o seu papel histriónico propagandista?
Enquanto a criação do SNS contou com muitos profissionais empenhados que sacrificaram muito para a sua construção, permitindo que Portugal subisse de forma impressionante os seus indicadores de Saúde (tanto que ultrapassou o Reino Unido e obviamente os EUA), o SNS não contou com a adesão da maioria dos médicos dentistas, bastante escassos na altura,diga-se de passagem. Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos. Não é permitido obrigar ninguém a trabalhar para o Estado. Em 1974 nem sequer havia escola superior de Medicina Dentária. Foram os avanços sociais de 1974-1975 que permitiu avançar no ensino desta área. Em 1975, o Decreto-Lei nº 282/75 de 6 de Junho cria finalmente a Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa e estabelece-se um programa de formação para os Odontologistas (designação utilizada para os profissionais sem formação universitária ou específica e a extinguir). Seguiu-se a criação diferida no tempo, da Escola Superior de Medicina Dentária do Porto (1976), dos Institutos Superiores de Ciências Dentárias de Lisboa e do Porto (1984), da Licenciatura em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina de Coimbra (1986), da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa - Porto (1990) e do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa – Viseu (2004).
Mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos. E a saúde oral ficou no estado em que ficou, para gáudio dos interesses privados de muitos dos odontologistas de então, para contentamento de quem odiava o SNS e para desespero da população que assim se via abandonada. À frente do ministério da saúde depressa se sucederam ministros que depois tentaram destruir o próprio SNS. Há até um ex-ministro da saude, do PSD, do bloco central de interesses, que foi julgado por burla, abuso de confiança e fraude fiscal. Estava ligado ao BPN e negócios afins e a saúde para estas coisas é apenas "negócios"
E mais uma vez a palavra a jsgm pimentel ferreira
ResponderEliminar"Nesta conversa, há uma confusão grande - que me parece deliberada - entre "Seguro de Saúde" e "hospitais privados". E daí decorre a confusão simétrica "SNS" e "hospitais públicos".
Blablabla...
Quem faz afirmações do calibre desta: "As seguradoras não costumam ser donas de hospitais" é um rematado ignorante ou um mentiroso contumaz.
Pelo que se percebe que quem assim procede se tenta esconder atrás das confusões paridas ( e não abortadas) na sua cabeça.
Ninguém confunde nada. Põem-se a nu a ignorância, a desonestidade argumentativa e a ideologia sociopata liberal de quem assim procede.
...e continua
ResponderEliminarContinua jgsm pimentel ferreira a deslizar na maionese,ou seja, a impingir-nos as suas tretas:
Diz ele: "Eu penso exactamente o contrário: os Seguros de saúde devem poder "comprar" serviços aos hospitais públicos pagando-os com contas claras... já o escrevi, não vale a pena repetir-me"
O que se demonstrou foi que as contas ditas como claras, só mesmo nos manuais neoliberais a tentarem impingir trampa como ouro
(O que se demonstra também mais adiante, é que essa coisa da repetição por parte de jgms pimentel ferreira, está reservada para os pólos azuis, as OGMA, a festa, a caneta, o relógio, a semana de férias, os votos renovados, o menage-à trois, o período e o IRS a declarar pelo pagamento dos serviços de menage. Não se sabe se ao aonio ou a quem agora prefira este
Porque quando se trata de aprofundar as "contas claras" dos interesses privados pouco claros, desaparece este afã repetitivo)
E as cenas continuam. Agora sobre a maternidade de Mirandela
ResponderEliminar"Eu já não tenho os números de cor, mas lembro-me que o serviço de Obstetrícia de Mirandela fechou por número insuficiente de partos.... imagine por um instante que 17% das utentes potenciais desse serviço dispunham de seguro de saúde (fiz a média a partir dos números que cita no post inicial) e que isso seria suficiente para manter o serviço aberto, mesmo que por apenas uma década atendendo à população decrescente em idade fértil, se o Hospital de Mirandela acolhesse essas parturientes"
Aqui a ignorância é tanta, a demagogia tão enjoativa, o esforço publicitário tal, que se remete o pobre pimentel aonio ferreira pimentel jsgm para ir estudar os motivos invocados para o encerramento de alguns dos serviços de obstetrícia, os interesses que estavam por detrás destas medidas, as negociatas que se concretizaram e o papel benemérito dos seguros privados na coisa
De ensinar o b-a-ba da coisa a um repetente crónico já estamos um pouco fartos. Ele que saia da sua zona de conforto, que vá estudar e se deixe destas pimentalices
E continua
ResponderEliminarPelas 9 00 temos a confirmação que jsgm é mesmo o vitor pimentel ferreira. Agora como anónimo ( coisa que se repete um pouco mais tarde, às 9 e 07, com as tretas sobre os amanhãs coloridos na holanda )
Se este pimentel ferreira reparar já foi desmontada a veleidade da Holanda, do seu PIB na saúde, do trajecto da holanda e de Portugal, dos benefícios conferidos pelo euro à Holanda, do estrangulamento a que foi ( é ) submetido o nosso, dos buracos na saúde lá nos países baixos and so on
Basta abrir os links aí postados para se ficar perfeitamente elucidados sobre a cassete idiota que está de novo a ser debitada.
Mas esta pequena incursão, agora como anónimo, de joão pimentel ferreira tem uma vantagem. A invocação dum tal Cuco é pertença de dois tipos. Um,o Jose que geralmente não se esconde deste jeito poltrão. Outro, exactamente, o pimentel ferreira
O melhor está para vir. A frase em inglês ali aposta pelo pobre do anónimo é a triste repetição da mesma frase triste a 12 DE MARÇO DE 2018 ÀS 17:41. Só que o autor nessa data deu a "pobre" cara quando a postou
Está aqui
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/03/do-estado-que-asfixia-economia.html
E a frase é da autoria de joão pimentel ferreira, o tal que saiu esganiçado daqui do LdB a chamar cobras e lagartos ao blog e aos seus autores e a prometer não voltar.
(Diz pimentel ferreira jgms ." O Cuco está paranóico. Já vê o Pimentel em todo o lado. Eu acho que é amor".
ResponderEliminarO "acho" do pimentel ferreira é um seu direito legítimo. Infelizmente não quer dizer mais nada do que isso, já que os seus "achados" são uma colecção deplorável de asneiras.
Mas o tema remete-nos para o comportamento privado do pimentel ferreira, algo que não interessa para nada. Infelizmente tem que ser relembrado que um dia,numa manifestação de um inquestionável mau gosto e de uma boçalidade extrema, este sujeito dirigindo-se a S.T. teve o desplante de usar como argumento a seguinte pérola:
"O que faltou ao ST foi ter comido umas holandesas ou alemãs enquanto novo".
Um mimo. A comida de pimentel ferreira, o amor de pimentel ferreira.
Esperemos que ninguém tenha perguntado à entourage amorosa deste sujeito o que lhe faltou ou o que foi comendo nos entretantos.
Por uma questão de nível)
Às 9 e 42 reaparece jsgm que tinha desaparecido oficialmente às 4 e 54 (não sem antes de nos alertar para as horas tardias em que se consumia, lolol)
ResponderEliminarAparece assim de novo jsgm, menos de meia-hora depois de ter desaparecido o anónimo. Anónimo que não é outro senão joão pimentel ferreira, como se viu. Que por sua vez é o próprio jsgm
Um interessante jogo de espelhos . Mas tremendamente desonesto
"Repete-se: Os seguros de saúde são considerados pelo fisco como remuneração em espécie. E têm que ser comunicadas pela entidade patronal ao fisco e o trabalhador vê este tal seguro dado como "oferta" como fazendo parte do seu rendimento."
ResponderEliminarPimentel ferreira exige a demonstração. "Demonstre, por favor. Fui ver aos recibos e à declaração anual de rendimentos para IRS e não estã lá nenhuma verba relativa a Seguro de Saúde. Mesmo que houvesse isenção de tributação, haveria obrigação de declaração, como é o caso do Subsídio de Alimentação que, esse sim, aparece declarado"
A ignorância destas coisas impressiona sempre.
Repete-se ainda mais uma vez.O seguro de saúde "oferecido " pela entidade patronal tem que ser comunicado ao fisco como fazendo parte do rendimento do trabalhador.Sem direito a nenhum ajustamento posterior pelo fisco, no que diz respeito à tributação do trabalhador
O caso do subsídio de alimentação é diferente.
"O valor do subsídio de alimentação em 2018 é de 4,77 euros. Em 2017 o valor já era o mesmo, no entanto parte deste valor estava sujeito a descontos (0,25€). Em 2018 isso já não acontece.
Os valores de subsídio de alimentação pagos em dinheiro e superiores ao montante de 4,77 euros, estão sujeitos a IRS e Segurança Social.
Quando atribuído através de vales de refeição, os valores estarão sujeitos a tributação, se ultrapassarem 60% do valor estabelecido por lei. O montante não sujeito a imposto deste cartão aumentou em 5%.
Assim, os contribuintes que recebam mais de 4,77 euros de subsídio diário de alimentação, ou 7,63 euros (€ 4,77 + 60%) no caso de receber em vale de refeição, serão tributados em sede de IRS"
Daí a obrigação da discriminação do subsídio de alimentação
( é preciso mesmo estar a ensinar ob-a-ba a estas coisas.Quantos anos terá demorado este tipo para tirar um canudo qualquer?)
E continua o estendal de jspg pimentel ferreira
ResponderEliminar-" leio por prazer de aprender e não por obrigaçção "- já lemos esta treta umas quantas vezes. Pelo mesmo personagem e em diversos tons. Já passou a data de validade
-"Se lhe desagrada o que escrevo, basta não o ler".- não é uma questão de agradar ou de desagradar. É uma questão de corrigir as cabotinices, de apontar as desonestidades, de desmascarar as aldrabices, de desmontar a ideologia, de denunciar as mentiras. Uma espécie de serviço público contra a desonestidade neoliberal e a publicidade vil ao neoliberalismo
Continua o rumo de jspg pimentel ferreira:
ResponderEliminar"Tarata...aspirante...manutenção militar ...marvila...eu fui ...marcar com antecipação...a nossa história"
Lolol. Eis aqui confirmada desta forma singela, aquilo que jpsg pimentel ferreira depois tenta negar
Uma private joke.
Mais uma, recheada com os pormenores da treta de conversa de comadres. Também isto é um processo de fuga.E mais alguma coisa.
Mas não pode passar sem um reparo esta tentativa de impingir o exclusivo ( perdão, EXCLUSIVO) fornecimento blablabla mais a essência do serviço publico ( este tipo é mesmo uma fraude, mas fica para depois) e o motivo pelo qual acabou o exclusivo ( perdão, EXCLUSIVO,...ah, perdão de novo, exclusivo) fornecimento blablabla
Um estado social digno e decente não passa sob ou sobre os tarata-tas do pimentel aonio ferreira jgnm. Nem pelo fornecimento, exclusivo ou não.
Passa por concursos públicos claros e transparentes, para todos e com todos os que respeitarem as regras concursais.
É por isso que há que exigir a transparência de tudo o que tenha a ver com dinheiros publicos. Sem subterfúgios escondidos. Quem pratica a grande fraude sabemos nós quem é. Está ligado umbilicalmente ( sem ser exclusiva) a este modelo de sociedade neoliberal em que o dinheiro é o primum mobile ( o primeiro, o segundo, o terceiro..mesmo o único)
Da pequena fraude faz parte por exemplo o valentim loureiro, ex-autarca da trupe de Passos quando passou na tropa. Como faz parte quem tenta manipular o debate a fazer-se passar consecutivamente por outros dentro do mesmo post-
Não são exclusivos. Pelo contrário, andam acorrentados à direita nuns casos, outros fazem serventia aos chefes do Observador
jspg pimentel ferreira continua, já não a escorregar na maionese, mas sim a boiar nela
ResponderEliminarA propósito desta frase "Quando é que esta maltosa percebe que o que se quer é que se garanta a todas as parturientes um serviço de qualidade decente, adequado, clinicamente seguro, com conforto e segurança, independentemente do seu nível económico ou social? Uma hora pequenina e feliz para todas?
Temos o seguinte comentário de jspg pimentel ferreira::
"Concordo, Estão definidos os limiares de qualidade clínica por indicadores de saúde saúde pública" (sic)
Como? Estão definidos os limiares de qualidade por "indicadores de saúde"
Este tipo sabe do que fala? sabe o que são indicadores de saúde?
Este tipo devia-lhe ser confiscado o canudo, tal como fizeram com Relvas
E para "tapar" o disparate vem outra vez o choradinho a escorregar na referida maionese
ResponderEliminar"resta definir os níveis de serviço correspondentes a "decente" e "conforto". O leitor tem propostas de bitolas para este fim? Segurança e clinicamente seguro na mesma frase parece-me um pleonasmo, a menos que se confunda segurança (=safety em inglês) e proteção (=security), o que numa maternidade corresponderia talvez a garantir que os recém-nascidos não são trocados ou roubados. "
Uma miséria que deve envergonhar até o zé manuel e o pedro. Myses esse deve dar saltos debaixo da tumba. Um verdadeiro pimentel ferreira a debitar versos adequados ao seu perfil
(Terá este tipo sido trocado na maternidade e ficado com este complexo assim tão vincado?
O motivo porque é tão violentamente contra a IVG terá alguma coisa a ver com um recear pela sua condição?)
E continua o dito pimentel ferreira jgms
ResponderEliminar"...advogo capacidade instalada no sector público, nos casos em que esta está a ser utilizada abaixo do seu potencial, prestar esses serviços às seguradoras, "em boas contas". ( percebemos omotivo das aspas, lolol)
E volta a Mirandela. Num registo espantoso entre o ignorante, o demagogo, o choramingas, o aldrabão e o tribuno um pouco rasca
É altura de chamar o nome aos bois por mais que isso seja penoso para alguns
"O setor privado da saúde está a crescer de uma forma explosiva em Portugal. Os últimos
ResponderEliminardados da Conta Satélite da Saúde, publicados este ano pelo INE, provam de uma forma
clara isso
Entre 2000 e 2016, o peso do setor privado da saúde na despesa corrente de saúde
aumentou de 29,5% para 33,6% e, a nível de despesa hospitalar, o crescimento foi
explosivo pois subiu de 13% para 26,4% (mais que duplicou em 6 anos).
O crescimento do negócio privado da saúde em Portugal tem-se concentrado fundamentalmente nos 4 maiores grupos privados da saúde (crescimento orgânico através
da aquisição de muitas unidades de saúde de média dimensão e por meio de grandes
investimentos) que dominam, com um poder de mercado enorme, o setor privado de saúde
(neste campo caminha-se para uma crescente concentração, ainda maior que a atual).
Este crescimento explosivo do setor privado de saúde resulta, a meu ver, por um lado
das dificuldades crescentes do SNS em satisfazer as necessidades da população pelas
razões que se analisarão neste documento e, por outro lado, devido ao importante
financiamento público do setor privado da saúde (cerca de metade das suas receitas têm
atualmente como origem o financiamento público como foi afirmado em recente debate organizado pelo IGAS)."
"Um dos grandes problemas atuais do Serviço Nacional de Saúde, a meu ver, que põe em
ResponderEliminarcausa a sua sustentabilidade e agrava as suas dificuldades facilitando assim o
crescimento do setor privado da saúde em Portugal, é a promiscuidade público-privado,
nas suas várias vertentes, no seio do próprio SNS.
Eu não sou contra as empresas e grupos privados da saúde. Eles têm o seu lugar no
sistema de saúde português. A sua existência é garantida pela Constituição da República, e os portugueses têm todo o direito de escolher entre o sistema privado ou o
sistema público de saúde, nomeadamente aqueles que têm dinheiro para pagar a saúde
ou que optem pelas empresas privadas de saúde. É preciso que isto fique claro para que
a opinião expressa neste documento não seja incorretamente interpretada ou atacada.
Mas uma coisa é admitir a liberdade para existir um sistema privado de saúde, e outra
bem diferente é aceitar e até promover a promiscuidade público-privado no setor público
de saúde, é defender que o sistema privado de saúde floresça e se desenvolva à custa e
em prejuízo do Serviço Nacional de Saúde, e financiado pelo Orçamento do Estado.
E isto até porque o negócio privado de saúde e o serviço público de saúde têm lógicas de
funcionamento diferentes. Quem os conheça por dentro de uma forma concreta conhece
bem essas diferenças.
A lógica de funcionamento do setor privado de saúde é a comum a todo o setor
privado como não podia deixar de ser (seria muito estranho que isso não acontecesse), ou
seja, faturar o máximo para obter a máxima rentabilidade (recorde-se, a este propósito,
como muitas unidades privadas de saúde remuneram a maioria dos profissionais de saúde).
Ninguém tem certamente a ingenuidade de pensar que um acionista privado estrangeiro
ou mesmo português, investiria na saúde em Portugal se não fosse com o objetivo de
rentabilizar, ou seja, de obter retorno financeiro do seu investimento. E ninguém deve
ficar surpreendido ou chocado com isso. É a lógica genética de existência e de
funcionamento do setor privado. O que é estranho é que depois se esqueça isso. O setor
privado pode também obter ganhos em saúde, e certamente obtém, mas os ganhos em
saúde no setor privado de saúde são mais um meio para atingir aquele fim, que é a
rentabilização do investimento realizado.
A lógica de funcionamento de um Serviço Nacional de Saúde público como o português é, a meu ver, diferente. O objetivo fundamental são obter ganhos de saúde para toda a população, ricos e pobres, sem atender à sua capacidade económica de os poder pagar, com a utilização mais eficiente e eficaz dos recursos públicos, que são sempre escassos, que lhe são disponibilizados pelo Orçamento do Estado, e não rentabilizar e obter retorno financeiro do investimento realizado"
"É por esta razão que a promiscuidade público-privado no seio do Serviço Nacional de
ResponderEliminarSaúde, com lógicas de funcionamento e objetivos diferentes, acaba por afetar e subverter
profundamente o funcionamento do SNS, reduzindo a sua eficácia e eficiência,causando o desperdício de recursos público, e pondo em perigo a sua própria sustentabilidade. A promiscuidade público-privado no seio do SNS, a meu ver, corrói e destrói por dentro o SNS.
Quando falo promiscuidade público-privado no seio do SNS estou a pensar nas suas
várias vertentes e não apenas numa, ou seja, estou-me a referir nomeadamente: (1) aos
profissionais de saúde que trabalham simultaneamente no setor público e no setor
privado; (2) à entrega da gestão de unidades de saúde publicas ao setor privado que tem
objetivos e lógicas de funcionamento diferentes do setor público; (3) à compra maciça de
serviços e bens ao setor privado pelos serviços públicos em que uma parte deles,
certamente não todos, podia ser realizado no setor público de saúde com investimento e
planeamento adequado entre as várias unidades públicas de saúde visando a utilização
eficiente das capacidades disponíveis em todas elas em beneficio de todo o SNS.
O facto de muitos profissionais de saúde trabalharem simultaneamente no setor público e
no setor privado, reduz significativamente a capacidade, em termos de produtividade e
eficiência, do SNS para satisfazer as necessidades da população (recorde-se, a este
propósito o livro esclarecedor “A doença da saúde” de Manuel Antunes , diretor dos serviços de cardiologia dos HUC, portanto um profissional de saúde que conhece profundamente por dentro do SNS) e facilita comportamentos incorretos conhecidos como sejam os desvios de
doentes do SNS para o setor privado para melhorar a remuneração e, inversamente, o seu reenvio para o SNS quando o plafond do seguro se esgota, etc.,etc.. Esta promiscuidade e estes comportamentos são, a meu ver, causadas, pela inexistência de uma carreira e de remunerações dignas no SNS para os profissionais de saúde, matéria que a pré- proposta de nova lei de bases de saúde não aborda com a necessária profundidade e dignidade que a situação exigiria. "
"A entrega da gestão de unidades públicas de saúde ao setor privado, que é outra forma
ResponderEliminarde promiscuidade público-privada, contribui, a meu ver, para o agravamento desta situação.
É evidente, e ninguém deve ter a ingenuidade de pensar o contrário, que se o setor privado está interessado em gerir unidades públicas de saúde é porque obtém proveito com isso. Como existe um contrato programa que limita os preços e as quantidades de atos que podem ser faturados (o que não acontece quando é uma unidade privada de saúde e o pagamento é feito pela ADSE ou pelo próprio doente), então para obter lucro desejado terá de ser à custa da redução da despesa. E isso é só possível não só através de uma melhor eficiência, que penso que pode ser obtida por uma gestão pública diferente da atual, mas também pagando pior a muitos profissionais de saúde como acontece e reduzindo a qualidade dos materiais e consumíveis utilizados. Também aqui não há milagres."
"Outra forma de promiscuidade público-privado é a aquisição maciça de bens e serviços ao setor privado pelo SNS. A meu ver, uma melhor utilização e um melhor planeamento dos meios existentes nas várias unidades públicas de saúde, com base levantamento visando identificar subutilizações e capacidades instaladas não utilizadas, levantamento esse que não se conhece publicamente que tenha sido alguma vez feito, certamente poderia reduzir as despesas, que são enormes, das unidades públicas de saúde com aquisições a privados (o aproveitamento e a expansão das capacidade do Laboratório militar poderia dar um contributo importante para a redução da promiscuidade e da despesa).
ResponderEliminar"A meu ver, um problema grave que existe atualmente no SNS, que põe também em causa a sua sustentabilidade do SNS e a qualidade dos serviços prestados à população,é a promiscuidade público-privado a nível de profissionais de saúde, que se traduz no facto de muitos profissionais trabalharem simultaneamente no setor privado e no setor público, com as consequências para o SNS que são bem conhecidas mas que ninguém tem a coragem de falar e muito menos de enfrentar e resolver.
ResponderEliminarA meu ver o SNS só será sustentável e só prestará à população os serviços de saúde de
qualidade que os portugueses necessitam, se os seus profissionais trabalharem em
exclusividade para o SNS. Neste campo é fundamental acabar com a promiscuidade,separando o que é público do que é privado. Os profissionais de saúde devem ter a liberdade de optar por um ou por outro, mas não simultaneamente pelos dois como atualmente sucede.
Mas para que isso seja possível é indispensável que se ofereça a esses profissionais
carreiras e remunerações dignas no SNS, o que atualmente não sucede, e deve ser um
processo gradual mas com objetivos claros expressos na própria lei".
Eugénio Rosa
Excertos de um excelente trabalho
https://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2018/36-2018-critica-da-pre-proposta-nova-Lei-Bases-Saude-Bases.pdf
"O SNS é, sem qualquer dúvida, uma das mais importantes conquistas da Revolução de Abril.
ResponderEliminarDefendê-lo e consolidá-lo é um dever de todos os portugueses. Sem ele as desigualdades
seriam muito maiores em Portugal, e a miséria atingiria certamente muitos mais milhões de
portugueses. Não reconhecer isso, é ignorar o que se passa no mundo e, nomeadamente,
nos países que não possuem um SNS público, universal, e tendencialmente gratuito"
Não reconhecer isto pode ter outras origens. Ficará para mais tarde
O debate está a ficar impossível devido à forma pouco cordata (animalesca?, troglodita?) com que certos anónimos estão a descrever o que eu anteriormente escrevi. Estão a deturpar-me e a ofender-me, ultrapassando todos os limites aceitáveis da urbanidade. Apenas, porque tenho ideias díspares das dos demais comentadores, que consideram que o SNS deve ser o único prestador de serviços de saúde, esquecendo-se que a alimentação ou o vestuário são bens mais fundamentais, mas também são fornecidos à população, não pelo estado, mas quase exclusivamente por privados. Anda a população famélica e nua na rua? Não! Então é porque os privados prestam um bom serviço. Agora imaginem o que seria, ter o estado a providenciar o vestuário, e a alimentação! Com as mantras das 35 horas e dos 10001 direitos adquiridos e todos os custos inerentes, a par com as greves, seria a fome generalizada, mas só para os pobres, porque os ricos ou comiam lá fora, ou arranjavam expedientes. Aliás, a Venezuela é um bom exemplo, com a perda geral de peso na população!
ResponderEliminarAliás, o exemplo anteriormente dado da manutenção militar como único provedor de mantimentos para as forças armadas, e o motivo pela sua não utilização, é paradigmático da ineficiência crónica do estado, como prestador de serviços. A Venezuela é um bom exemplo.
ResponderEliminarCita-se notícia do jornal de referência Público
https://www.publico.pt/2018/02/21/mundo/noticia/crise-economica-e-fome-causa-perda-de-peso-preocupante-a-venezuelanos-1804040
Os venezuelanos perderam, em média, 11 quilos de peso corporal durante o último e ano e quase 90% da população vive agora em situação de pobreza, segundo aponta uma investigação sobre o impacto da devastadora crise económica e da consequente escassez de alimentos no país.
O relatório anual, publicado nesta quarta-feira por três universidades, é uma das avaliações que mais de perto aferiu o bem-estar dos venezuelanos. O documento surge numa altura em que o Governo mantém fortes restrições à circulação da informação, e revela um aumento constante da fome e pobreza nos últimos anos.
Mais de 60% dos venezuelanos entrevistados disseram que, nos últimos três meses, acordaram com fome porque não tinham dinheiro suficiente para comprar comida. Cerca de um quarto da população come apenas duas ou menos refeições por dia, conta ainda o estudo. No ano passado, as três universidades descobriram que os venezuelanos disseram ter perdido uma média de oito quilos em 2016. Desta vez, o estudo conduzido por uma dezena de investigadores olhou para 6168 venezuelanos, com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos, de um universo de 30 milhões de pessoas.
O estudo divulgado esta quarta-feira aponta ainda a deterioração da qualidade da dieta venezuelana, cada vez mais pobre em vitaminas e proteínas. O controlo das trocas comerciais do país restringe as importações de alimentos; a hiperinflação continua a consumir os salários e prolongam-se as filas para conseguir bens tão básicos como um pacote de farinha.
"Os rendimentos estão a ser reduzidos a pó", disse Maria Ponce, uma das autoras do estudo, durante uma entrevista na Universidade Católica Andres Bello, nos arredores de Caracas. "A disparidade entre o aumento dos preços e os baixos salários da população é tão generalizada que praticamente não existe um único venezuelano que não seja pobre", disse.
O estudo calculou a taxa de pobreza a partir de 13 indicadores diferentes, como renda e o acesso a serviços. Se a média desses indicadores fosse superior a 25%, os pesquisadores definiriam alguém como pobre.
Os preços na Venezuela aumentaram 4068 por cento nos últimos 12 meses até o final de Janeiro, de acordo com estimativas da Assembleia Nacional liderada pela oposição do país. As conclusões estão em linha com os números de economistas independentes.
O estudo mostrou que 87% das pessoas na Venezuela, uma das nações mais ricas da América Latina na década de 1970, viviam em situação de pobreza em 2017 — um aumento em relação a 2016 (82%) e um salto muito significativo face a 2014 (48%).
Desde o primeiro semestre de 2015 que o Governo venezuelano não divulga dados sobre a pobreza, data em que o instituto nacional de estatísticas reportou uma taxa de pobreza de 33%.
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Após conquistar a Presidência em 1999, Hugo Chávez alcançou uma melhoria dos indicadores sociais do país através de políticas sociais financiadas pelas receitas petrolíferas. Mas o mandato de seu sucessor, o Presidente Nicolas Maduro, desde 2013, coincidiu com uma profunda recessão, devido a políticas económicas fracassadas e à queda dos preços mundiais do petróleo.
O Governo não comenta este estudo, sendo no entanto uma prática comum a de identificar os autores de pesquisas do género com a agenda a oposição, e de se acusar os académicos de manipular dados. Caracas atribui as actuais dificuldades económicas a acções levadas a cabo pela oposição política, as grandes empresas e os Estados Unidos.
O caro anónimo preocupa-se ainda que as seguradoras demoram a pagar aos hospitais, mas o pior pagador a fornecedores é o estado:
ResponderEliminar"Os pagamentos em atraso dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores atingiam os 739 milhões de euros no final de maio. O número, avançado na edição de domingo do Diário de Notícias, representa um agravamento de 195 milhões de euros, ou de 36%, face ao valor registado no final do ano passado que era de 544 milhões de euros.
O DN cita os números do reporte mensal da Administração Central do Sistema de Saúde que confirmam a tendência de agravamento nos atrasos, já sinalizado por outros agentes do setor. A indústria farmacêutica já tinha avisado que as dívidas dos hospitais, que em junho ascendiam a 930 milhões de euros, estavam a um nível comparável ao alcançado em 2012, quando Portugal estava sob os efeitos do resgate financeiros.
A dívida total em maio dos hospitais aos fornecedores é de 1.592 milhões de euros, mas os valores com um atraso de mais de 90 dias representam quase metade do total. A nova derrapagem nos pagamentos por parte do Serviço Nacional de Saúde já tinha levado o CDS e o PSD a questionarem o ministro Adalberto Campos Fernandes no parlamento."
https://observador.pt/2017/08/13/hospitais-pagamentos-em-atraso-a-fornecedores-atingem-739-milhoes-em-maio/
jspg agora muda de registo
ResponderEliminarE inicia o choradinho da vitimização
Estão a ofendê-lo e a deturpá-lo veja-se lá. E isto porque o pobre pimentel ferreira jspg tem ideias dispares dos outros comentadores
A realidade é tramada, a cobardia repelente e a desonestidade uma imagem de marca.
Vejamos.
Começou o referido pimentel ferreira jsgm por fazer afirmações idiotas e mentirosas. Desde a sua "empresa" até aos pólos e aos brindes de Natal. Depois andou com o subsidio de alimentação às costas. Pediu até uma demonstração. Mergulhou em seguida na maternidade de Mirandela. Não sem antes fazer a rábula do desfalque do estado se os fundos de pensões não dessem a sua contribuição para os medicamentos do pimentel ferreira.
Os disparates do jpgn pimentel ferreira aí estão em cima em todo o seu esplendor.
A esses o coitado do pimentel ferreira nada diz. Cala-se. Desapareceu-lhe a empresa e o seguro. Sumiu-se a holanda. Engoliu a ausência de queixas e os dramas sobre os pequenos momentos da espera na maternidade de Mirandela.
Mas pimentel ferreira jsgm tem outro enorme lapso. Confrontado com o facto de jsgm, um anónimo,joão pimentel ferreira serem exactamente a mesma pessoa, usando nicks diferentes, o pobre coitado nada diz. Cala-se. Tapa as evidências. Prefere conversa da treta choramingas e pusilâmine.
A falta de tomates ainda lhe vai causar problemas com a renovação dos votos. No Observador?
E com a serenidade de ter a certeza que joão pimentel ferreira é o anónimo que andou aí a postar em inglês e a fazer fitas um pouco acanalhadas sobre António Filipe.
ResponderEliminarE com a serenidade de ter a certeza que jsgm é afinal joão pimentel ferreira e poder assim afirmar que este não passa de um aldrabão
Posso também serenamente afirmar que joão pimentel ferreira mente com todos os dentes.
Quando diz que os outros comentadores "consideram que o SNS deve ser o único prestador de serviços de saúde" a quem concretamente se está a referir este tipo?
Quem é que disse aqui esta idiotice exposta desta forma mentirosa por pimentel ferreira?
Ou pimentel ferreira jsgm concretiza aqui esta afirmação ou não passa de outro valentim loureiro , diferindo deste apenas pelo seu bigodinho à hitler
Eugénio rosa sintetizou de forma brilhante o que se tem aqui discutido. Pelo que é por demais idiota ver o que se segue à aldrabice mentirosa de pimentel ferreira
ResponderEliminarPerante a ruína do seu castelo de cartas, pimentel ferreira abandona a tralha que disse e volta-se para a pura treta, Nos seus termos característicos:
"quase exclusivamente por privados... a população famélica nua na rua...os privados prestam um bom serviço..."
Blablabla
Pindérico?
Mas pimentel ferreira jsgm não está satisfeito.
Investe contra a alimentação e o vestuário. Neste jeito pesporrento (troglodita? animalesco?)
Diz jsgm: "Agora imaginem o que seria, ter o estado a providenciar o vestuário, e a alimentação! Com as mantras das 35 horas e dos 10001 direitos adquiridos e todos os custos inerentes, a par com as greves
Comete outro erro. Porque volta a vestir o fato completo do pimentel ferreira que diz exactamente o mesmo naquelas suas odes desesperadas de publicitário neoliberal.
Repare-se. O mamar doce de jsgm desapareceu. Assomou ao seu texto o verdadeiro neoliberal furioso, amante de Myses e do Mercado, saudoso dos tempos em que os colaboracionistas holandeses pactuavam com o regime nazi, que proibia os tais 10001 direitos adquiridos e as greves. Pois foi precisamente com uma greve que os patriotas holandeses se levantaram contra os nazis que lhes ocupavam o país. Com a mortandade subsequente que se lhe seguiu
O ódio pelo mundo do trabalho espelha-se agora em toda a linha no neo-discurso de pimentel ferreira. Já não se trata da separação entre o público e o privado. Trata-se do assumir de uma ideologia sinistra, com ligações patentes e tão fortes à escumalha da humanidade
O que resta ao pobre jsgm pimentel ferreira depois desde seu destrambelhamento contra simples direitos democráticos?
ResponderEliminarAquilo que sempre acontece quando esta cambada é confrontada com a realidade e posta perante os factos.Tal como o algodão não engana, a impotência também não.
E esta tem um encontro sempre marcado com a venezuela. É já tão habitual que já é comum gozar com a tralha quando esta sem argumentos se volta para a venezuela.
Em quase 50 (cinquenta) linhas de texto temos a venezuela como testemunho da impotência argumentativa do pobre pimentel ferreira. Estranho como não fala no Haiti onde não há sequer estado. Ou na Líbia onde a pandilha neoliberal destruiu o estado.
Estranhas fugas a sublinhar mais uma vez que estas impotências ainda o podem tramar.
Será que passa por aqui este desespero tão desesperado do jsgm pimentel ferreira?
O que resta agora?
ResponderEliminarMais aldrabices.
jsgm pimentel ferreira, entre muitas tretas sobre o assunto, dizia que as "seguradoras não costumam ser donas de hospitais".
(Antes já tinha tentado equiparar os seguros de saúde aos Pólos azuis...)
Mas pimentel ferreira jspg foi de motu próprio mais longe: "os Seguros de saúde devem poder "comprar" serviços aos hospitais públicos pagando-os com contas claras... "
O que se demonstrou foi que as contas ditas como claras, não o eram e que escondiam uma outra coisa muito menos clara. Da parte das seguradoras
A que agora se vem agarrar o pimentel ferreira jspg?
Não se riam por favor.Às dívidas dos hospitais, não se importando até de citar o Observador do zé manel onde tem sistemático assento e onde bebe a doutrina que tenta aqui despejar.
Até cita no seu afã os seus correlegionários do PSD e do PP
E aqui é tempo de voltar a um texto claro de um comentador aí em cima
O texto é este:
ResponderEliminar"É que normalmente na cartilha neoliberal há uma fase intermédia de endividamento e degradação dos serviços antes que se apresente ao povaréu a "necessidade" de privatizar para conseguir melhor qualidade a mais baixo custo (dizem eles!).
Assim, como a crise e a asfixia orçamental já fez a primeira parte do trabalho o PSD passa todo pimpão para a fase "reivindicativa" que até pode render uns votitos já que está na oposição. Genial! LOL
Infantilmente transparente!"
Infantilmente transparente. Uma pergunta se impóe todavia. Foi o zé manel que deu indicações para agora este se vir queixar das dívidas dos hospitais aos fornecedores, quando foram os governos de índole neoliberal que asfixiaram os ditos hospitais?
Mas este pimentel ferreira jspg pensa que somos todos burrinhos, como os seus interlocutores no pasquim do observador?
Ui-Ui, já cá faltava a Venezuela...
ResponderEliminarE o Zimbabué? Ninguém fala no Zimbabué?
Os trolls do antro do neoliberalismo português estão a esmerar-se.
Os negócios com privados implicam sempre uma margem de lucro que com as técnicas de gestão actuais de qualquer serviço público bem administrado bem podem ser poupadas.
Os privados fazem milagres? Em Inglaterra nos caminhos de ferro já descobriram que como se atribui a Santo Agostinho a respeito de "milagres": "As coisas ilógicas nem Deus as pode fazer!"
Alguém se convence que os privados conseguem o "milagre" de distribuírem lucros aos accionistas e fornecerem serviços mais baratos?
Por que milagre?
S.T.
Depois dos esclarecimentos notáveis de Eugénio Rosa, que massacraram todo aquele argumentário tosco de pimentel ferreira jspg, na sua defesa da concubinagem público/privado, é altura de voltarmos ao mesmo Eugénio Rosa
ResponderEliminar( não, não vou falar de "indicadores de saúde" à moda do pimentel aonio, lolol)
"Uma questão importante que merecia um tratamento adequado, devido à sua dignidade e importância, é o financiamento do SNS, e a necessidade de pôr cobro ao seu subfinanciamento crónico, que o degrada impedindo que ele satisfaça as necessidades da população, e afasta (expulsa) muitos dos melhores profissionais de saúde do SNS, criando assim também as condições propicias ao crescimento e florescimento do setor privado da saúde em Portugal, e a necessidade de estabelecer um sistema de financiamento adequado e estável .
O subfinanciamento crónico do SNS, a aleatoriedade e a opacidade como ele é fixado em cada ano, causa de grande instabilidade e de graves ineficiências e enormes custos ao Estado, desresponsabiliza administrações e direções de nível intermedio e está também a contribuir para a destruição doo SNS e para a explosão do setor privado de saúde.
Tenha-se presente que a partir de 2010, observa-se um corte sequencial pois a partir deste ano, o Orçamento do Estado deixou transferir para os subsistemas de saúde os montantes
que depois estes transferiam para o SNS, passando as transferências do OE para o SNS a incluir os montantes que antes eram transferidos para os subsistemas para estes depois “pagarem” ao SNS.
As transferências previstas no Orçamento do Estado de cada ano para o SNS foram, em todos os anos do período considerado, inferiores a 5% da riqueza criada no país (PIB) variando entre 4,3% e 4,9%.
(a propósito da percentagem do PIB aqui e na Holanda, ler os comentários no post indicado abaixo, onde se apanha -mais uma vez- pimentel ferreira a aldrabar com todos os dentes
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/03/do-estado-que-asfixia-economia.html
Portanto, o que acontece é que face ao subfinanciamento crónico anual do SNS, as unidades de saúde pública para poderem funcionar endividam-se ao longo do ano, e no fim de cada ano o Ministério da Saúde concede normalmente um reforço para pagar uma parcela da divida acumulada. E no ano seguinte começa de novo a saga no período como revelam os dados do Ministério das Finanças"
Como se vê, deterioram-se as condições dos serviços para depois aparecer o gang neoliberal à volta do sangue fresco da manada
Uma nota ainda para nos debruçarmos sobre o caso das 35 horas, aqui trazido ao debate por jsgm desta forma tão irritável
ResponderEliminarE fala-se deste caso por três motivos principais:
- porque confirma a identidade de jsgm. Pimentel ferreira tem centenas de comentários, em seu nome e nos adjacentes, sobre o tema. É uma sua fixação e uma das suas principais fontes de trabalho.
- porque confirma o ódio descabelado que este tem perante o mundo do trabalho
- porque toda a tralha neoliberal e partidária, de direita e de extrema-direita, faz o chinfrim adequado em torno desta questão, replicando de forma animalesca e troglodita as suas indicações propagandistas
Voltando às origens da questão,sabemos que foi o governo de Passos, de Portas, de Cavaco e da troika que desencadeou o assalto em forma ao mundo do trabalho,mercê do roubo de salários, de pensões, de feriados. E prolongando para um largo sector da função pública o horário de trabalho das 35 para 40 horas. Sem qualquer aumento salarial. Ou seja, violando os acordos estabelecidos e roubando também por este processo
"Desenvolve-se nos órgãos de comunicação social ( e nos blogs adjacentes) uma campanha contra a reposição do horário de trabalho de 35 semanais na Função Pública, com o pretexto que isso criaria uma situação de desigualdade em relação ao setor privado. Interessa, por isso, analisar estas duas questões de uma forma objetiva e com rigor, para repor a verdade.
ResponderEliminarO MITO DE QUE NO SETOR PRIVADO O HORÁRIO DE TRABALHO SEMANAL É 40 HORAS
Comecemos então pelo mito de que vigora no setor privado o horário semanal de 40 horas. Para isso observem-se os dados sobre o “Emprego por número de horas semanais trabalhadas”, publicados no Boletim Estatístico de Dezembro de 2015 do Banco de Portugal
Como revelam estes dados do Banco de Portugal, em Setembro de 2015, 19,8% dos trabalhadores em Portugal tinham um horário efetivo igual ou inferior a 30 horas por semana; 56,5% trabalhavam entre as 36 horas e as 40 horas por semana (entre 36 e 40 horas significa que mesmo muitos destes trabalhavam menos de 40 horas por semana, e a sua percentagem diminuiu, entre Dez.2010 e Set.2015, de 58,5% para 56,5% do total); e 23,7% tinham horários semanais iguais ou superiores a 41 horas. Afirmar, como alguns fazem nos órgãos de comunicação social, que o horário de trabalho semanal no setor privado é de 40 horas, só pode ser ou por ignorância ou com o objetivo de manipular a opinião pública utilizando a mentira para virar esta contra os trabalhadores da Função Pública. São os próprios dados do Banco de Portugal que provam isso.
A REDUÇÃO DO DÉFICE ORÇAMENTAL FOI CONSEGUIDA ATRAVÉS DE CORTES ENORMES NAS DESPESAS DE PESSOAL QUE CAUSOU A DEGRADAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
ResponderEliminarA redução do défice orçamental pelo governo PSD/CDS foi conseguida fazendo um enorme corte nas despesas de pessoal das Administrações Públicas, o que causou, como é evidente, uma degradação profunda nas condições de trabalho na Função Pública e na prestação de serviços públicos essenciais, sentida por toda a população, que foi urgente reverter como o próprio governo de António Costa reconheceu e afirmou.
Dados do INE, da DGAEP e do DGO do Ministério das Finanças mostram os resultados e os efeitos dramáticos desse enorme corte das despesas de pessoal nas Administrações Públicas, que atingiu todos os trabalhadores deste setor fundamental para o bem-estar dos portugueses e para o desenvolvimento do país, pois sem trabalhadores qualificados e motivados não é possível a prestação de serviços públicos essenciais de qualidade e de acordo com as necessidades da população. É importante que os portugueses nunca esqueçam isso.
Durante a “troika” e o governo PSD/CDS o numero de trabalhadores das Administrações Públicas diminuiu em 91.197, as despesas com pessoal de toda a Função Pública foram reduzidas em 4.930 milhões € (passou de 13,7% para apenas 10,9% do PIB, o que significa que 2,8 p.p. de redução do défice orçamental foi conseguida à custa dos trabalhadores), e a despesa de pessoal anual por trabalhador reduziu-se em quase 3.000€ (mais precisamente em 2.933€).
"MAIS DE 137 MILHÕES DE HORAS DE TRABALHO GRATUITO POR ANO NAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS CORRESPONDENDO A 804,4 MILHÕES €/ANO
ResponderEliminarO aumento do horário de 35 horas para 40 horas semanais nas Administrações Públicas traduziu-se num gigantesco volume de trabalho gratuito, já que não deu origem a qualquer acréscimo de remuneração para os trabalhadores.
Este aumento gigantesco de trabalho gratuito na Administração Pública – 137,5 milhões de horas por ano – que corresponde a um valor de remunerações de 804,4 milhões € por ano (calculado com base na remuneração média ilíquida mensal dividida por 30 dias, e não no valor hora extraordinária) dá bem a dimensão da espoliação dos trabalhadores da Função Pública pela politica de austeridade da “troika” e do governo PSD/CDS. No Relatório do Orçamento do Estado de 2014, o governo PSD/CDS previa que, com o aumento do horário semanal de trabalho de 35 para 40 horas, obtivesse uma redução de 153 milhões € na despesa, determinada pela “redução de efetivos por aposentação e redução do trabalho suplementar”, portanto um valor consideravelmente inferior ao valor do trabalho gratuito anual dos trabalhadores da Função Pública. Mas no relatório do OE-2015 não apresentou quaisquer dados relativos ao impacto real dessa medida em 2014 nem previu quaisquer efeitos para 2015. E isto até porque o aumento significativo das aposentações antecipadas prematuras se deveu às alterações profundas feitas todos anos no regime de aposentação, o que criou uma grande insegurança em toda a Função Pública. O efeito do aumento do horário semanal na redução de custos foi residual como o próprio governo reconhece nos relatórios do OE, não trouxe qualquer melhoria aos serviços, mas representou um enorme sacrifício para os trabalhadores da Função Pública a nível de condições de trabalho e descanso, e com efeitos negativos nas relações familiares."
Eugénio Rosa
https://aviagemdosargonautas.net/2016/01/20/o-mito-do-horario-semanal-de-40-horas-no-sector-privado-e-a-reposicao-do-horario-de-35-horas-na-funcao-publica-por-eugenio-rosa/
Se eu imaginasse a confusão que iria despertar com o primeiro comentário, não teria escrito nada. Lamento que tanta gente se zangue e perca o sangue-frio ao ler opiniões na Internet.
ResponderEliminarLamento também - e isto, deve acontecer-me pela primeira vez na vida - só ter quatro iniciais no meu nome porque hoje apareceram outros comentadores com as mesmas iniciais, o que pode causar confusão. Por esse motivo, assinarei este comentário - e se houver seguimento farei o mesmo - como jsgm0007 em atenção à hora da primeira publicação.
Faço questão de frisar que são de outra pessoa com as mesmas iniciais os comentários de hoje, 21/06 às 21h07, 21h10 e 21h12 que incluem referências à Venezuela.
Não conseguirei responder a todos os comentários, e muito menos em ordem cronológica, mas vou recorrer à ajuda de alguns comentadores que desde já agradeço.
Sobre as "boas contas"
Li comentários que dizem que eu me espraio em considerações irrelevantes e que quando chego às "boas contas" ponho aspas e passo como gato sobre brasas. Pois bem, o anónimo de 21/07 às 17h28 explica o que são "boas contas" e eu assino por baixo:
"Passa por concursos públicos claros e transparentes, para todos e com todos os que respeitarem as regras concursais.
É por isso que há que exigir a transparência de tudo o que tenha a ver com dinheiros publicos. Sem subterfúgios escondidos."
E acrescento: reguladores com poderes inspectivos e sancionatórios reais, legisladores com poder de avaliação do trabalho dos reguladores e grupos de curadores ou acompanhamento por parte de cidadãos interessados ou autarquias e organizações locais de relevo, pelo menos nos casos de proximidade.
Sobre as horas de redacção da nota das 04h54.
Não procurei consolo ao escrever aquilo. Estava cansado, custou-me não perceber o primeiro argumento de JRA e aquilo saiu-me. Peço desculpa. E noto que e essa nota tem mais gralhas do que as outras. Amplio o pedido de desculpas por esse motivo.
Sobre João Semedo
Um dos maiores atributos de João Semedo era lançar pontes para todas as pessoas e organizações, à esquerda e à direita, que estivessem interessadas em "lutar pelo direito à felicidade" como li numa citação de Francisco Louçã. Por isso foi tão unanimemente aplaudido na sua morte e confio que essa expressão de sentimentos foi sincera. Devo, neste momento, estender a minha homenagem a outro dirigente do Bloco de Esquerda que também já morreu e que, sendo muito mais jovem, partilhava muitos traços com João Semedo, entre os quais este de fazer pontes. Falo de Miguel Portas.
Ora na humilíssima condição das minhas quatro iniciais, gostaria de contribuir para este bom combate do "direito à felicidade" para todos e é por isso que busco a satisfação como motor das organizações, incluindo as empresas, públicas e privadas, e que me daria imensa alegria que as parturientes de Mirandela pudessem ter a sua hora pequenina perto de casa.
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Para evitar confusões com outros autores com as mesmas iniciais informo que tentarei abordar em apenas mais 2 notas 2 temas que me parecem merecedores de diálogo:
1. A evolução da saúde oral no SNS
2. O fecho do serviço de obstetrícia do Hospital de Mirandela
Se a discussão não cessar entretanto, procurarei inquirir na empresa onde trabalho sobre a ausência de declaração do seguro de saúde nos meus recibos de vencimento e na declaração anual de IRS, alguém está certamente errado. Esta nota deve demorar mais uns dias.
Queria rematar com uma nota de bonomia: se as bolachas Tarata foram produzidas na Manutenção Militar (como poderá aprender que lá fôr) isto nunca poderia ser uma private joke, no melhor dos casos seria uma public (ou state!) joke.
Mas não é, é parte da nossa história que cruza partes amargas com as saborosas. E se olharmos para as pirâmides etárias do INE, ainda deve haver mais de um milhão de portugueses vivos que provaram bolachas Tarata (60% dos homens com idade superior ou igual a 55 anos).
Repare-se agora no contraste entre o jsgm inicial e o mesmo jsgm depois de ter sido identificado como quem é, ou seja, como joão pimentel ferreira
ResponderEliminarAntes :
"Todas as organizações, independentemente da sua natureza pública, privada, do "terceiro sector" , etc., existem para satisfazer pessoas (alguns mais draconianos dirão as "necessidades das pessoas", eu prefiro as pessoas). É essa a sua razão de ser na sociedade. E chegaram à conclusão que, por atribuir benefícios sociais aos seus trabalhadores, se tornam mais capazes (ou mais eficientes) de desempenhar a sua função social"
"As organizações (de que as empresas são uma pequena parte) oferecem imensas coisas aos seus trabalhadores."
Depois:
"Imaginem o que seria, ter o estado a providenciar o vestuário, e a alimentação! Com as mantras das 35 horas e dos 10001 direitos adquiridos e todos os custos inerentes, a par com as greves, seria a fome generalizada"
Lá se foram os hinos ao bom desempenho da função social e da satisfação das pessoas e outras tretas de publicidade enganosa.
Ficou apenas a fera à espera de abocanhar o seu pedaço do saque
O camarada ST fala-nos de serviços públicos bem geridos. Pode-nos dar um exemplo?
EliminarEu sei que a Fertagus custa ZERO ao contribuinte, já a CP é um sorvedouro de dinheiros públicos e com serviços cada vez piores.
Quer mais exemplos?
A evolução da saúde oral no SNS (1/2)
ResponderEliminarCaro comentador Anónimo de 21/07 às 15h07: muito obrigado pelo seu trabalho de pesquisa e de informação.
Aquilo que eu escrevi de forma qualitativa e impressiva vem o caro Anónimo explicar de forma documental que aproveito:
"Enquanto a criação do SNS contou com muitos profissionais empenhados [...] o SNS não contou com a adesão da maioria dos médicos dentistas, bastante escassos na altura,diga-se de passagem. Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos. "
Isto é exactamente o que eu digo em "Penso que foi uma opção de administração da escassez nos primórdios da universalização do SNS : sendo uma saúde com custos unitários extraordinariamente elevados, os promotores do SNS optaram por preteri-la porque os mesmos fundos permitiriam trazer benefícios a um leque mais alargado de cidadãos"
Como os salários dos médicos estomatologistas eram mais elevados do que os salários praticados no SNS, o custo unitário de cada acto médico tornar-se-ia extraordinariamente elevado e os promotores do SNS optaram por empregar os meios noutras especialidades enquanto criavam as escolas que aumentassem a oferta de profissionais, a maneira mais eficaz de baixar o preço do trabalho em sectores de escassez. Mas isso leva tempo: mais de uma década. Recupero o seu texto: "Seguiu-se a criação diferida no tempo, da Escola Superior de Medicina Dentária do Porto (1976), dos Institutos Superiores de Ciências Dentárias de Lisboa e do Porto (1984), da Licenciatura em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina de Coimbra (1986), da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa - Porto (1990) e do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa – Viseu (2004)." E foi esse atraso que eu vi na boca dos meus concidadãos e que aqui descrevi.
Seguem-se as considerações sobre os interesses privados: "Mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos. E a saúde oral ficou no estado em que ficou, para gáudio dos interesses privados de muitos dos odontologistas de então."
Aqui deixa-me confuso. Não são os estomatologistas trabalhadores como os outros? Não vivem eles da sua força da trabalho? Se passam a ser agentes de "interesses privados" por recusarem trabalhar por salários inferiores, toda a luta laboral, do direito de associação ao direito à greve, se torna uma expressão de "interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos."
Há um comentador anónimo que inicia às 17h56 a transcrição de um texto de Eugénio Rosa no seu blog (que também leio intermitentemente mas desconheço o documento citado que vi ser recente).
Eugénio Rosa indica na página 6 e é citado pelo comentador anónimo "A meu ver, um problema grave que existe atualmente no SNS, que põe também em causa a sua sustentabilidade do SNS e a qualidade dos serviços prestados à população, é a promiscuidade público-privado a nível de profissionais de saúde, que se traduz no facto de muitos profissionais trabalharem simultaneamente no setor privado e no setor público, com as consequências para o SNS que são bem conhecidas mas que ninguém tem a coragem de falar e muito menos de enfrentar e resolver.
A meu ver o SNS só será sustentável e só prestará à população os serviços de saúde de qualidade que os portugueses necessitam, se os seus profissionais trabalharem em exclusividade para o SNS.
Neste campo é fundamental acabar com a promiscuidade, separando o que é público do que é privado. Os profissionais de saúde devem ter a liberdade de optar por um ou por outro, mas não simultaneamente pelos dois como atualmente sucede. Mas para que isso seja possível é indispensável que se ofereça a esses profissionais carreiras e remunerações dignas no SNS, o que atualmente não sucede, e deve ser um processo gradual mas com objetivos claros expressos na própria lei."
A saude oral no SNS (2/2)
ResponderEliminarSegundo a opinião ("a meu ver") de Eugénio Rosa a promiscuidade tem "as consequências para o SNS que são bem conhecidas mas que ...". Ao contrário de um blog, no texto de Eugénio Rosa não se enquadram os exemplos particulares, por isso penso que não faria sentido pedir exemplos, mas eu vivi à minha volta múltiplos exemplos desta promiscuidade, ou "colaboração", em que as pessoas trabalham simultaneamente no sector público, no sector privado e no "terceiro sector" (associações, cooperativas, etc.) com excelentes resultados. Nunca notei que tratassem melhor os doentes por eles provirem de um sector ou de outro, nem que decidissem actos médicos em benefício próprio. Haverá casos maus e casos bons: corrija-se (e puna-se, se fõr caso disso) os primeiros e encorajem-se os segundos.
Como o próprio Eugénio Rosa reconhece " é indispensável que se ofereça a esses profissionais carreiras e remunerações dignas no SNS, o que atualmente não sucede", ou seja é preciso aumentar os custos unitários do SNS.
Se a economia não fosse a ciência de administrar a escassez eu subscreveria. Como é, vejo que esta "colaboração" para uns "promiscuidade" para outros, traduz-se em custos unitários mais baixos no SNS, logo mais actos médicos e mais pessoas assistidas com os mesmos meios, logo melhor saúde, melhor satisfação e maior felicidade.
E para rematar, pergunto: será que os trabalhadores do SNS que lutam por melhores salários são tão agentes de "interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos" como os trabalhadores-estomatologistas que recusaram trabalhar no SNS por acharem o salário baixo demais?
Como corolário, uma saúde que isole os dois sectores torna-se uma saúde com custos laborais unitários superiores.
O fecho do serviço de obstetrícia do Hospital de Mirandela
ResponderEliminarJá me lembro mal dos pormenores mas com um pouco de paciência consegui encontrar pelo menos estas notícias:
https://www.jn.pt/arquivo/2006/interior/maternidade-de-mirandela-fechou-568694.html
https://www.rtp.pt/noticias/pais/maternidade-de-mirandela-encerra-a-11-de-setembro-autarquia-vai-recorrer_n34848
A segunda notícia refere 1500 partos por ano como "número mínimo de segurança" indicado pela Administração Regional de Saúde do Norte. Ora nesta outra notícia:
http://www.brigantia.pt/noticia/aumentou-o-numero-de-nascimentos-na-maternidade-de-braganca-mas-mantem-se-tendencia-de
refere-se que no Distrito de Bragança foram registadas 718 crianças em 2015. Nesse ano, tinham nascido 481 crianças na Maternidade de Bragança (2/3 do registado no distrito, seria interessante saber quantas nasceram no Hospital público de Vila Real).
Eu leio numerosas insinuações sobre os interesses escondidos no fecho das maternidades mas, até prova em contrário, acredito nas explicações dos funcionários públicos altamente formados e diferenciados, que implementam políticas decididas por governos escolhidos por deputados eleitos pelo povo. A cadeia de responsabilidades é clara.
Se estes funcionários do Estado afirmam que 1500 é o número mínimo de segurança e com um terço desse valor se mantém aberta a Maternidade de Bragança sacrificando-se a de Mirandela, eu vejo um forte indício que, por muito que nos doa, o fecho da segunda concentrando-se os nascimentos na primeira foi uma decisão de gestão económica dos fundos públicos e não uma negociata com interesses obscuros; quem afirmar o contrário, tem a obrigação moral de o provar.
(dados INE, Pordata , JN e Brigantia)
Pois é.
ResponderEliminarO joão pimentel ferreira mostra mais uma vez de que é feito.
Aldraba e manipula nicks. Compartilha nicks alheios. Traveste-se de outros personagens.Entra em menage-a-trois com o aonio e deixa indecisa a pobre Nadia que prefere outro tipo de arranjinhos.
Pois é. O boicote ao debate está na alma da tralha neoliberal.
Pimentel ferreira mostrou que é pimentel ferreira apresentando-se como jsgm. jsgm confessa que , embora sob o seu nick ( ele pensa que adicionando 007 vai impedir a desonestidade proverbial do pimentel ferreira) não lhe correspondem uma série de tiradas; as da Venezuela pela certa; provavelmente as mais caceteiras também.
O debate valeu por algumas muito boas intervenções. O autor do post desmascarou os números errados do circulo de Rio. Eugénio Rosa colocou os pontos nos is.
Quanto ao verdadeiro jsgm lastimo que tenha sido arrastado para este jogo sujo de joão pimentel ferreira.
Pode ser que noutra ocasião o debate seja mais elevado e merecedor dos comentadores que são intrinsecamente honestos
O Comrade Anónimo do comentário de 22 de julho de 2018 às 09:45 está a insinuar que todos os administradores de empresas públicas são incompetentes?
ResponderEliminarEstou chocado! :)
È que em Inglaterra são os privados que são ajudados pelo estado...
https://www.theguardian.com/uk-news/2017/nov/29/east-coast-rail-franchise-terminated-three-years-early-virgin-trains
E não é uma chafarica de vão de escada, é a Virgin.
S.T.
Será que jsgm percebe o que ele escreve e o que se discute?
ResponderEliminarNão são as insinuações que agora invoca que estão em causa, embora mereça uma abordagem mais atenta a forma como tudo se processou
O que se apontou,denunciou e considerou de uma ignorância a toda a prova foi a forma como tivemos direito a um autêntico choradinho sobre a maternidade de Mirandela associada aos seguros e outras tretas.
""Eu já não tenho os números de cor, mas lembro-me que o serviço de Obstetrícia de Mirandela fechou por número insuficiente de partos.... imagine por um instante que 17% das utentes potenciais desse serviço dispunham de seguro de saúde (fiz a média a partir dos números que cita no post inicial) e que isso seria suficiente para manter o serviço aberto, mesmo que por apenas uma década atendendo à população decrescente em idade fértil, se o Hospital de Mirandela acolhesse essas parturientes"
Isto chama-se conversa da treta. Ignorante. E demagógico
Mais uma vez jsgm na sáude oral passa ao lado e não assume o que diz.
ResponderEliminarEntre esta frase:
"Penso que foi uma opção de administração da escassez nos primórdios da universalização do SNS: sendo uma saúde com custos unitários extraordinariamente elevados, os promotores do SNS optaram por preteri-la porque os mesmos fundos permitiriam trazer benefícios a um leque mais alargado de cidadãos"
e esta:
"Enquanto a criação do SNS contou com muitos profissionais empenhados [...] o SNS não contou com a adesão da maioria dos médicos dentistas, bastante escassos na altura,diga-se de passagem. Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos. "
Vai alguma distância que importa detalhar
Não foi uma escolha voluntária dos"promotores" do SNS. Foi a recusa da maior parte dos odontologistas aceitarem participar no SNS.
Pelo que o parágrafo que se seguiu sobre :" os salários dos médicos estomatologistas eram mais elevados do que os salários praticados no SNS, o custo unitário de cada acto médico tornar-se-ia extraordinariamente elevado e os promotores do SNS optaram por empregar os meios noutras especialidades ...
ResponderEliminarÉ pura e simplesmente conversa da treta. O SNS não contou com os odontologistas porque estes se recusaram maioritariamente a nele participar.
A filosofia da criação do SNS passa por outro lado
Mas mais uma vez a falta de rigor conspurca o texto de jsgm
ResponderEliminarO afirmado:
"Em 1974 nem sequer havia escola superior de Medicina Dentária. Foram os avanços sociais de 1974-1975 que permitiu avançar no ensino desta área. Em 1975, o Decreto-Lei nº 282/75 de 6 de Junho cria finalmente a Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa"
O cozinhado pelo jsgm:
"os promotores do SNS optaram por empregar os meios noutras especialidades enquanto criavam as escolas que aumentassem a oferta de profissionais, a maneira mais eficaz de baixar o preço do trabalho em sectores de escassez"
Conversa da treta para ocultar mais ignorância. Isto começa a ser cansativo.
O SNS nasceu em 1979, 15 de Setembro de 1979. Os promotores do SNS não criaram as escolas que aumentassem blablabla.
Quem deu o pontapé da saída para a criação das escolas superiores de Medicina Dentária foi o governo em 1975. Aquele governo tido como revolucionário.
Percebido ou temos direito a mais uma centena de linhas para dizer que foi isso que disse?
"Mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos. E a saúde oral ficou no estado em que ficou, para gáudio dos interesses privados de muitos dos odontologistas de então."
ResponderEliminarAcha jsgm confusa a frase.E temos direito até a considerações filosóficas sobre a expressão dos direitos privados e dos interesses públicos
Mais uma vez a manipulação do afirmado.
O que se afirmou:
"Não é permitido obrigar ninguém a trabalhar para o Estado".
Mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos. E a saúde oral ficou no estado em que ficou, para gáudio dos interesses privados de muitos dos odontologistas de então, para contentamento de quem odiava o SNS e para desespero da população que assim se via abandonada.
O facto relatado sobre a sobreposição dos interesses privados não permite inferir que esta posição dos odontologistas não seja respeitável, injusta ou ilegal. Respondem por eles próprios. Também se sabe que nos tempos actuais a integração ( ou pseudointegração, segundo alguns) dos médicos-dentistas no SNS é contestada por numerosos profissionais que contestam o acordo recente da respectiva Ordem para a integração daqueles no SNS.
Pelo que eles não serão "agentes" de interesses privados, ditos desta forma manhosa, mas sim dos seus próprios interesses privados.
Uma questão de "agentes". Mas não passa
Mais uma nota:
ResponderEliminar"toda a luta laboral, do direito de associação ao direito à greve, se torna uma expressão de "interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos."
Mais uma vez a mania de arredondar processos e fazer generalizações pode levar ao erro. Se este é consequência de ignorância ou de postulado ideológico isso não sei
A luta laboral, do direito de associação ao direito à greve, pode ser ( e é provavelmente na na maioria dos casos) uma expressão de interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos.
Mas dizer que toda a luta laboral o é, é como tentar impingir o Rossio a caber na rua da Betesga.
Há numerosos registos de lutas laborais travadas por interesses públicos. E em que os interesses privados coincidem com os interesses públicos. Contra por exemplo os interesses de um patronato predador que arruína o ambiente.
Ou que destrói uma comunidade
Ou que destrói uma fábrica, fechando-a de modo fraudulento
Fica para mais tarde a discussão sobre o que é isso de interesse publico. Mas que se evita para não enveredar numa prosápia pateta sobre bitolas, pleonasmos, segurança, protecção (em inglês of course) e recém-nascidos trocados e roubados.
Sobretudo para não termos que corrigir os "indicadores de saúde" à moda da ignorância
As palavras de Eugénio Rosa são de facto oportunas e certeiras.
ResponderEliminarPelos vistos também incómodas. Porque esclarece de forma superior a necessidade de se separarem as águas e de colocar um ponto final nesta promiscuidade abjecta.
Repare-se que tal desiderato não é só defendido por perigosos elementos de esquerda. Pessoas conservadoras, como o médico citado por Eugénio Rosa, defendem há muito este caminho.
E aqui entroncamos nesta velha pecha de jsgm voltar à sua casuística pessoal, feita de pólos azuis, maternidades que não fechavam se aceitassem a bênção das seguradoras e conversas de corredores.
Diz jsgm: "eu vivi à minha volta múltiplos exemplos desta promiscuidade, ou "colaboração", em que as pessoas trabalham simultaneamente no sector público, no sector privado e no "terceiro sector" (associações, cooperativas, etc.) com excelentes resultados. Nunca notei que tratassem melhor os doentes por eles provirem de um sector ou de outro, nem que decidissem actos médicos em benefício próprio"
Volta à casuística pessoal. Mas importa reportar o que Eugénio Rosa diz expressando de facto uma "casuística" mais fundamentada
"O facto de muitos profissionais de saúde trabalharem simultaneamente no setor público e
no setor privado, reduz significativamente a capacidade, em termos de produtividade e
eficiência, do SNS para satisfazer as necessidades da população (recorde-se, a este
propósito o livro esclarecedor “A doença da saúde” de Manuel Antunes , diretor dos serviços de cardiologia dos HUC, portanto um profissional de saúde que conhece profundamente por dentro do SNS) e facilita comportamentos incorretos conhecidos como sejam os desvios de
doentes do SNS para o setor privado para melhorar a remuneração e, inversamente, o seu reenvio para o SNS quando o plafond do seguro se esgota, etc.,etc."
Queixas sobre o envio de doentes privados para os hospitais públicos quando o seguro faz Puf são diárias. Já motivaram até tomadas de decisão da parte do ministério. Queixas de desvios de doentes do SNS para o privado ainda mais.Uma cirurgia que não é urgente no SNS passa a urgente só para o doente poder ser operado "urgentemente" na privada. Queixas de doentes de subsistemas de saúde (como a ADSE) serem prejudicados na realização de exames em clínicas ou hospitais privados face aos que pagam de pronto sem a intermediação do pagamento do Estado, idem, idem ,aspas, aspas. Queixas de ocupação de tempos públicos para actividades privadas em hospitais publicos igualmente
Por onde andará jsgm? Pelas suas conversas de corredor? Pelos seus felizes pólos azuis?
Será melhor jsgm passar a estar de olhos mais abertos ou começar a informar-se melhor.
O que o camarada ST se esquece, é que as empresas privadas mal geridas vão à falência (à exceção da banca), nas empresas públicas está lá sempre o Tesouro, sejam bem ao mal geridas, deem lucro ou prejuízo, sendo que os respetivos funcionários públicos recebem todos o mesmo tabelado, sejam bem ou mal geridas, produzam muito ou pouco. O resultado é a desmotivação, as constantes greves e a ineficiência crónica. Em suma, o regabofe.
ResponderEliminarOra mais um exemplo a propósito da saúde:
O melhor hospital do país, de acordo com a avaliação da Entidade Reguladora para a Saúde, é uma parceria público-privada (PPP). O Hospital de Braga, cujo contrato com o Estado tem reavaliação marcada para este ano, foi considerado, entre 160 unidades públicas, privadas e sociais analisadas, o melhor do país.
Os dados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (que afere a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, neste caso das unidades com internamento), ontem divulgados, põem a PPP gerida pelo grupo José de Mello Saúde no topo da lista com mais especialidades a atingir o nível máximo de excelência clínica (3+) - resultado atingido em oito áreas (14 submetidas), incluindo enfarte agudo do miocárdio, cirurgia de ambulatório, cirurgia do cólon, unidades de cuidados intensivos, partos e cuidados pré-natais, artroplastias totais da anca e do joelho, tratamento cirúrgico da fratura proximal do fémur e tromboembolismo venoso no internamento.
Também em segundo lugar na lista surge uma PPP gerida por aquele grupo de saúde, com sete estrelas em excelência clínica (11 áreas), o Hospital Vila Franca de Xira, a primeira unidade de saúde visitada pelo Presidente da República - que em março fez questão de a destacar como "um bom exemplo" no Serviço Nacional de Saúde. O top 3 completa-se com o Hospital Pedro Hispano, que conseguiu seis notas máximas em 13 áreas submetidas.
https://www.dn.pt/sociedade/interior/duas-ppp-no-top-3-dos-melhores-hospitais-do-pais-5584808.html
Quer mais exemplos ST? Ou precisa de um desenho?
Chegamos ao naco apetitoso económico-político
ResponderEliminar"Se a economia não fosse a ciência de administrar a escassez eu subscreveria. Como é..."
Como é? Assim de cátedra?
Então agora não temos direito ao "trabalho de ler pessoas de quem discordo, porque as minhas ideias, tal como as suas, são QUESTIONÁVEIS"?
E mais às restantes palavras a adornar o texto?
A economia é ciência? E ainda por cima definida desta forma? Assim à modos que à dogmática da economia que nos levou até à "felicidade" em que nos encontramos?
É ver o rigor com que a economia ciência tem contribuído para a presente situação. Ou como nos conduziu leda e cega até à crise do subprime
( com as excepções que se conhecem, entre as quais a dos autores deste blog)
O modo como se tenta vender conceitos questionáveis ( é inútil o uso aqui do berro. Apenas má educação) no meio de uma outra discussão muito mais prolixa pode ser involuntário. Mas mais uma vez não passa. Ficará para um outro post
Mais ainda há a dizer sobre o proxenetismo que o privado faz dos recursos públicos.
ResponderEliminarRemata assim jsgm:
"E para rematar, pergunto: será que os trabalhadores do SNS que lutam por melhores salários são tão agentes de "interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos" como os trabalhadores-estomatologistas que recusaram trabalhar no SNS por acharem o salário baixo demais?"
Mais uma vez a demagogia barata não passa, Mais uma vez é necessário colocar os pontos nos is
Para rematar:
os trabalhadores do SNS que lutam por melhores salários defendem os seus legítimos interesses. E ao fazerem-no defendem também um serviço nacional de saúde que esteja à altura do gizado pelos seus progenitores
Porque o "SNS só será sustentável e só prestará à população os serviços de saúde de
qualidade que os portugueses necessitam, se os seus profissionais trabalharem em
exclusividade para o SNS. Neste campo é fundamental acabar com a promiscuidade,separando o que é público do que é privado. Os profissionais de saúde devem ter a liberdade de optar por um ou por outro, mas não simultaneamente pelos dois como atualmente sucede.
Mas para que isso seja possível é indispensável que se ofereça a esses profissionais
carreiras e remunerações dignas no SNS, o que atualmente não sucede, e deve ser um
processo gradual mas com objetivos claros expressos na própria lei".
A tentativa de desviar o que se debate é um facto
ResponderEliminarAgora é a Fertagus. E vemos idiotices plasmadas aqui que são de bradar aos céus
"Eu sei que a Fertagus custa ZERO ao contribuinte"
Esta propaganda aqui à Fertagus resulta de quê? A que propósito esta coisa aqui metida a martelo?
Pelo facto da concessão à Fertagus terminar no próximo ano? Esta PPP?
A empresa do grupo Barraqueiro opera, desde 1999, a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e, em 2010, acordou com o Estado a extensão da PPP até 2019. Neste caso, a questão que se coloca é se se deve manter esta linha nas mãos de privados ou valorizá-la através da CP – que até é a proprietária dos comboios que asseguram este serviço. Este é um dos operadores (tal como o Metro Sul do Tejo, da mesma Barraqueiro) que se colocou de fora do passe social da Área Metropolitana de Lisboa e pratica preços por quilómetro muito superiores aos das linhas suburbanas da empresa pública.
Relembra-se que a auditoria do Tribunal de Contas Europeu a 12 projectos em parceria público-privado (PPP) com co-financiamento da União Europeia tem como primeira recomendação a imediata suspensão de novos projectos nestes moldes, pelo menos até resolvidos os muitos problemas identificados.
ResponderEliminarDe acordo com o Público espanhol, estão em causa «insuficiências generalizadas», «gastos ineficazes», «falta de transparência», «atrasos consideráveis» e «derrapagem nos custos». A análise foi feita a projectos em Espanha, França, Grécia e Irlanda.
O Tribunal dá o exemplo de três auto-estradas gregas construídas em PPP que, por causa da crise económica, acabaram por ter um atraso na sua conclusão entre 37 e 52 meses, que custaram mais 1,2 mil milhões de euros aos cofres do Estado helénico e que acabaram por ser apenas parcialmente construídas (nalguns casos, apenas metade dos troços entraram ao serviço).
A auditoria sublinha ainda que os riscos financeiros pela menor procura dos serviços prestados através de PPP são maioritariamente suportados pelo parceiro público. Ou seja, os privados entram neste negócio com uma certeza, de que nunca vão perder dinheiro.
Vemos que a afirmação que a fertagus custa zero ao contribuinte só mesmo nos delírios de algum interessado neste negócio das PPP
ResponderEliminar«ao contrário do que alguns pretendem fazer querer, este é um serviço ferroviário que se efectua com comboios públicos, a circular em linhas públicas e utiliza estações públicas», sendo depois explorado por um operador privado [Fertagus] que, «arrecada os lucros e ainda se recusa a pagar o mesmo que os outros operadores ferroviários pela taxa de uso da infra-estrutura».
Foram concedidos apoios indirectos à Fertagus que «nunca foram concedidos à CP», enquanto operador público, e que «representam muitos milhões de euros». Entre os exemplos, temos a exploração dos parques de estacionamento e de lojas nas estações por parte da Fertagus.
É necessária a integração deste serviço ferroviário na CP; ganha o País, que vê reduzido o esbulho de recursos públicos em favor dos grupos privados», mas também os utentes e os trabalhadores da Fertagus que, «ao serem integrados na CP e na EMEF, melhoram as suas condições de trabalho, rendimentos e direitos».
Os números do «esbulho» encontram-se numa auditoria do Tribunal de Contas, entre 1999 e 2013, onde se confirma que o País perdeu nesse período mais de 77 milhões de euros.
15h e 55 m aparece de novo joão pimentel ferreira. Aquele que andou a passar-se por outro, como aliás por vezes costuma fazer.
ResponderEliminarUm aldrabão é um aldrabão. O que esperar que um aldrabão faça? Que faça uso do seu regabofe ético e cívico.
Já há dez anos, a primeira PPP da área da Saúde terminava com o fim do contrato: a do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra). Construído em 1995 e entregue ao grupo Mello Saúde, os resultados foram de tal forma negativas que o mesmo governo do PS que promovia as actuais PPP no sector, com Correia de Campos (actual presidente do Conselho Económico e Social) como ministro da Saúde, acabou por o recuperar para a esfera pública, a partir de Janeiro de 2008.
ResponderEliminarParece que o esbulho é do agrado de alguns
ResponderEliminar"sendo que os respetivos funcionários públicos recebem todos o mesmo tabelado, sejam bem ou mal geridas, produzam muito ou pouco. O resultado é a desmotivação, as constantes greves e a ineficiência crónica. Em suma, o regabofe"
A tralha neoliberal tem destas coisas. Tem um ódio de morte às funções sociais do estado. Invectiva tudo o que seja funcionário público. E apaixona-se pelas PPP
Percebe-se. Viver de rendas sempre foi um desiderato desta cambada.
Entretanto, quanto à desmotivação e às greves:
Os enfermeiros da parceria público-privada (PPP) de Braga marcaram uma greve de 5 dias,em Julho, exigindo a harmonização das suas condições de trabalho com as dos restantes colegas do SNS.
A 3 de Julho os enfermeiros do Hospital de Braga suspenderam a greve de 5 dias depois de terem recebido a comunicação da administração daquela unidade de saúde de que aceitava voltar às negociações, indicou fonte do sindical.
«Já assumiram as 35 horas, mas apenas a 01 de janeiro», referiu o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Martins, referindo que a administração do Hospital de Braga vai «na próxima sexta apresentar uma nova proposta para as 35 horas, os compromissos para o pagamento de horas extraordinárias e o pagamento de 1200 euros».
Este tipo que vem aqui todo empenhado a falar nas PPP é um aldrabão. Pimentel ferreira é o seu nome?
Aquele que se faz passar por outros?
Entretanto
ResponderEliminarNa dimensão de excelência clínica, dos 160 estabelecimentos abrangidos - sendo 87 do setor público, 47 privados e 26 do setor social -, 127 unidades hospitalares tiveram classificação e destas 111 (87%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação, revelando que genericamente as entidades portuguesas prestadoras de cuidados de saúde cumprem critérios de qualidade.
Entretanto
Quantas vezes o Ricardo Salgado foi considerado o melhor do país de acordo com a avaliação da Entidade Reguladora para a Saúde,do ministro da economia, do zé manel fernandes, da teodora cardoso, do presidente da república, do governo, da CIP...
O descaramento com que esta gente quer incrementar o sector público tem um só fumdamento: mamar num orçamento construído pelo saque ao sector privado.
ResponderEliminarA homenagem dos que partem é algo bonito e justo. Todavia devo confessar que a unanimidade que por vezes se ouve após a morte tem muito de hipócrita. Por já não incomodar, opta-se por lhe lançar um par de elogios, uma missa de defuntos e dizer que era um tipo porreiro. Arruma-se o assunto e fica-se bem no boneco.
ResponderEliminarConheci e fui amigo do João (Semedo). Sendo um homem fraterno que como se disse estabelecia pontes e sabia ouvir, era também um homem que escolhia o lado pelo qual combatia. Sem sectarismos mas com a firmeza dos homens justos.E detestava hipócritas. Também na promiscuidade público/privado. Por isso quem quer negociatas que as defenda por si próprio e não insulte a memória de quem sempre a combateu intransigentemente.
Vou tentar rever os comentários sobre a minha nota sobre a saúde oral e responder-lhes de forma agregada. Em relação ao uso de maiúsculas, não é minha intenção berrar mas na ferramenta que uso não consigo usar as tags HTML que permitiriam dar ênfase a certas palavras. Passarei a usar asteriscos se voltar a ser preciso.
ResponderEliminarTem razão o Anónimo de 22/07 às 13h40 quando diz que o SNS só começou a 15/09/1979 por despacho de António Arnaut, ministro dos Assuntos Sociais que saiu quando o governo caiu em 1978, um ano antes (veja-se como estes actos legislativos demoram a ter efeito!). Mas antes do SNS existiu o Serviço Médico à Periferia [SMP] lançado em pleno Verão Quente (Julho de 1975, quanto tempo antes terá sido decidida esta política?) e que foi o percursor da universalização dos cuidados de saúde a toda a população. O SMP esteve activo até 1982. A RTP passou há uns meses um documentário sobre o SMP que passava pelo Avelal, Sátão, Viseu, uma aldeia que conheço situad na região onde por essa época eu observava os problemas de saúde oral que descrevi.
Em resumo, simplifiquei demais, devia ter desdobrado a história para descrever o SMP mas, substantivamente, o raciocínio mantém-se: não havendo dinheiro para pagar os salários exigidos pelos trabalhadores-estomatologistas avança-se sem saúde oral no serviço universal de saúde e reforça-se o número de profissionais de saúde oral a médio/longo prazo. A isto eu acrescento "pois atenuar a escassez de mão de obra a forma mais eficaz de baixar os preços unitários".
Sobre este tema vale a pena ler a dupla entrevista de João Semedo e António Arnaut ao jornal i:
https://ionline.sapo.pt/612900
... e outra mais curta de António Arnaut ao jornal Eco:
https://eco.pt/entrevista/antonio-arnaut-ha-dinheiro-para-o-sns-com-vontade-politica-e-so-ver-quanto-gastamos-nos-bancos/
Sobre a natureza dos interesses dos trabalhadores-estomatologistas e dos trabalhadores do SNS por melhores salários sublinho que nunca pus em dúvida que esses interesses são legítimos. As restrições ao direito de associação sindical, ao direito à greve, as leis de serviços mínimos e de requisição civil baseiam-se na afirmação da natureza privada os interesses dos trabalhadores que devem ceder diante de interesses públicos superiores. Eu concordo com os princípios gerais das leis laborais e com as excepções restritivas citadas (entre outras) mas é raro ler no Ladrões de Bicicletas" que "mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se ao interesse público" aplicado a trabalhadores. Daí a minha estranheza, nada mais.
Sobre as lutas laborais travadas por interesses públicos, sim. é verdade, elas acontecem, mas não é disso que trata a legislação laboral. E aliás, não recordo qualquer luta laboral em que os trabalhadores lutassem pelos interesses públicos e simultaneamente contra os seus interesses privados.
O anónimo de 22/07 às 16h pergunta-me se falo de cátedra ao definir economia como administração da escassez. Não, não falo; falo de memória e de dicionário: economia vem do étimo grego *oiko+nomos*, a *ciência* (nomos) da *casa* (oiko) ou, no sentido interpretativo a ciência de bem administrar a casa. E como só se administra o que é escasso, a economia é a boa administração da escassez.
Para rematar, sublinho que ninguém contestou o meu corolário de que a separação dos dois sistemas conduzirá ao aumento dos custos laborais unitários dos actos de saúde. É um facto político importante de que a população deve estar ciente para tomar decisões fundamentadas (incluindo o voto).
Sob este o fecho do serviço de obstetrícica do Hospital de Mirandela tratei dois temas diferentes e expus os meus pontos de vista. Vou sumariá-los e depois passarei à justificação:
ResponderEliminar1. A colaboração dos subsistemas de saúde público e privado pode ser benéfica, por exemplo, por via da utilização mais eficiente da capacidade instalada. Esta colaboração e os seus benefícios podem ser bidireccionais.
2. As decisões dos gestores públicos do SNS, incluindo o encerramento de unidades ou valências, são orientadas por critérios de interesse público na boa gestão dos (escassos) meios existentes e não por motivações iníquas ou até criminosas.
A fundamentação da ARS-Norte para o fecho do Serviço de Obstetrícia foi a insuficiência de partos. Isto é, a capacidade existe mas é sub-utilizada e o custo de um parto em Mirandela é excessivo para o SNS. Não se pode baixar o número de profissionais sem comprometer a segurança, não é aceitável reduzir os salários individuais para baixar os custos e não cabe na filosofia do SNS solicitar às parturientes um co-pagamento para reduzir os custos individuais do SNS com cada parto. Se do lado da despesa, estamos numa situação de incompressibilidade, resta actuar do lado dos benefíciários: são precisas mais parturientes. Também não se encontraram meios eficazes para persuadir as famílias transmontanas a aumentar a fecundidade e não se convenceram as beneficiárias do SNS do resto do país do interesse de irem até ao Hospital de Mirandela.
A única fonte de procura sobejante seriam as mulheres da região de Mirandela que preferiam realizar os seus partos fora do SNS para beneficiarem de "algo a mais", como um comentador Anónimo definiu.
Quantos partos se realizavam em Mirandela quando a decisão de fecho foi tomada? Não sei. Mas dizem as notícias que o Presidente da Câmara referia serem mais do que os realizados em Bragança. Ora nove anos depois realizavam-se 481 partos em Bragança (muitos deles provenientes de Mirandela, o segundo concelho com maior fecundidade) e atendendo à proximidade de Vila Real, se calhar muitas parturientes de Mirandela optaram por encaminhar-se para lá. Vamos admitir que seriam 365 partos por ano (um por dia, em média). Voltando à minha hipótese, as 17% das parturientes da zona de influência de Mirandela que desejam usufruir de um parto apoiado pelo seu seguro de saúde para ter o "algo a mais" no seu parto representariam cerca de 75 partos ano. Se estas pessoas aceitassem o serviço com "algo a mais" no Hospital de Mirandela, este passaria a realizar 440 partos por ano. Seria suficiente para se manter aberto o Serviço de Obstetrícia? Talvez... Com 481 partos (números de 2015) mantém-se aberto o serviço em Bragança. E estando os custos fixos do SNS já pagos (trabalho e capital) o dinheiro cobrado às seguradoras serviria para reforçar o orçamento do Hospital.
Este exemplo hipotético ilustra o potencial benefício mútuo da colaboraçáo público privado, com benefícios económicos para os prestadores de serviços e de qualidade para as beneficiárias.
A segunda justificação é mais curta: se a democracia é o melhor sistema político possível, se o povo envia para o Parlamento os melhores candidatos possíveis, se estes aprovam um programa de governo de acordo com o mandato do povo e um governo para o executar, se os gestores do SNS que executam a política do governo são excelentes (como afirmam Eugénio Rosa e António Arnaut), não posso admitir sem provas que os decisores do SNS estão a soldo de interesses escuros que não decorrem do mandato político popular.
A minha convicção política sobre o bom cumprimento do interesse público e de administração da escassez é reforçada pela decisão da ARS-Norte de manter aberta a Maternidade de Bragança com um número departos anual inferior a um terço do que a mesma Administração tinha definido como limiar de segurança uma década antes: se os decisores na ARS-Norte ou no Ministério da Saúde "estivessem no bolso" de interesses privados teriam a desculpa ideal para fechar Mirandela *e* Bragança.
Das proibições (1/2)
ResponderEliminarOs resultados deManuel Antunes nos HUC são extraordinários e isso é reconhecido, arrisco-me a dizer, "consensualmente". A sua experiência à frente de uma equipa com rotinas muito exigentes leva-o a defender a separação total dos sub-sistemas público e privado (ver citações de Eugénio Rosa).
Não duvido que essa separação funcione bem no contexto e no modo como Manuel Antunes opera. A minha dúvida é outra: será que o que é melhor para a Cardiologia dos HUC é o melhor para todos os contextos em todo o País? E é nesta pergunta que deveremos deter-nos ao pensar na proibição de colaboração entre os sub-sistemas público e privado.
Há dois tipos de fundamentos das proibições:
1. o que se quer proibir é intrinsecamente mau (ex: a escravatura é intrinsecamente má, logo qualquer forma de escravatura é proibida)
2. o que se quer proibir pode ser bom e pode ser mau e a proibição visa impedir as ocorrências prejudiciais, aceitando-se o prejuízo da perda dos bons casos. Para que a proibição seja justa, é necessário que a avaliação agregada dos maus casos e dos bons casos tenha uma resultante negativa.
Na segunda categoria, logo que se decreta uma proibição, há a perda imediata dos bons casos, pois as boas práticas andam maioriatariamente de mão dada com os cidadãos cumpridores das leis. Mas nos maus casos, não é assim: os cidadãos que vivem de explorar os interstícios da leis e de preverter o seu bom uso, procurarão manter os seus ganhos injustos (ou ilegítimos ou ilegais) por outras formas, contornando as leis. À medida que a malha proibicionista se aperta, o custo da "injustiça" aumenta mas também se torna mais difícil desmascará-la porque a teia de protecção se torna mais complexa. O exemplo provavelmente mais conhecido deste processo foi a Lei Seca nos EUA ("Prohibition") que proibiu as bebidas alcoólicas entre 1917 e 1933.
Penso que a proposta de isolamento dos dois sub-sistemas de saúde público e privado cai na segunda categoria de proibições e sofrerá dos mesmos problemas. A proibição do que eu chamo "colaboração" e diferentes comentadores chamam "promiscuidade", "proxenetismo", "concubinato", "negociata", "saque", e dispenso-me de citar os adjectivos associados, numa análise globalizante, *e "a meu ver"*, terá cinco consequências:
1. Aumento dos custos laborais unitários dos actos de saúde,
2. Aumento de eficiência dos serviços do SNS que não conseguem dar resposta à procura latente no regime actual,
3. Perda dos bons casos (incluindo aqueles de que eu fui testemunha ao longo da vida),
4. Complexificação das teias que encobrem os maus casos e dos custos dos processos de controlo e repressão,
5. Redução da taxa de utilização do capital instalado no sector da saúde.
Destas cinco consequências, apenas a segunda é claramente positiva para o bem público. Para que a medida seja globalmente boa, é preciso que esses ganhos de eficiência sejam excepcionais a nível nacional para compensar as perdas nas demais consequências.
Das proibições (2/2)
ResponderEliminarOutra das consequências das proibições é fazer tábua rasa dos contextos locais. Penso que isto é consensual e não vou trazer exemplos de outras áreas para não incomodar os leitores.
Mas, atendo-me ao caso do SNS, é preciso observar que os casos dos HUC e de Mirandela são contextualmente diferentes. Se a proibição da colaboração dos sub-sistemas público e privado parece ser eficaz no caso da Cardiologia dos HUC - e penso que é o caso nos cuidados muito diferenciados e nos grandes centros urbanos - porque a procura potencial é superior à oferta e a concentração de meios num único sistema coordenado permite aumentar a eficiência, nos casos em que a capacidade de oferta é superior à procura potencial, não encontro estes ganhos, pelo contrário, o aumento dos custos unitários laborais levará as ARS a reduzir as valências ao fazer a boa administração dos (escassos) meios disponíveis.
Diz António Arnaut na entrevista ao ECO, que o dinheiro nunca faltou, o que falta é vontade de o empregar no SNS (citação aproximada). Não discuto a veracidade da afirmação. Mas constato que todos os representantes das mais diversas cores políticas eleitos pelo povo nos últimos 30 anos aprovaram programas de governo e orçamentos de estado em que "o subfinanciamento é crónico" (António Arnaut dixit).
Se *acredito na democracia representativa como melhor forma de administração da res publica, tenho de acreditar que não há subfinanciamento e que este nível de financiamento é a expressão da vontade popular* que sopesa os benefícios do SNS (e da demais despesa pública) com os custos nos impostos.
Tribunal de Contas elogia renegociação da concessão Fertagus
ResponderEliminarDe acordo com a auditoria de gestão às PPP hoje divulgada, a concessão da ligação ferroviária entre Lisboa e Setúbal, ao grupo Barraqueiro, ainda representa um risco para os dinheiros públicos, uma vez que existe um pedido de reequilíbrio financeiro em curso no montante de mais de um milhão de euros por ano.
Em causa está um diferendo, entre o Estado e a concessionária, relativo à responsabilidade pelo pagamento da taxa de utilização da infraestrutura ferroviária cobrada pela REFER de valor superior a um milhão de euros anuais.
A concessão Fertagus custou, desde 1999, 77 milhões de euros e, a partir de 2011, o Estado deixou de ter encargos com esta concessão, como contrapartida da prorrogação do contrato até 2019, o que o Tribunal considerou "positivo".
Na concessão Fertagus, o serviço de transporte começou por custar ao Estado cinco cêntimos em média por passageiro-quilómetro, valor que baixou para cerca de dois cêntimos entre 2005-2010, deixando de ter custos a partir de 2011.
Apesar de menos crítico em relação a esta parceria ferroviária, em comparação ao Metro Sul do Tejo, que continua a representar encargos anuais superiores a oito milhões de euros, o Tribunal de Contas realça "o elevado risco para o concedente [Estado] da utilização de um sistema de bandas de tráfego, que não estava fundamentado numa base histórica da procura e que é prejudicial numa economia que atravessava um ciclo de contração económica significativo".
"Aquando da assinatura dos contratos, admitiu-se que a procura seria suficiente para garantir o serviço ferroviário sem encargos para o Estado, embora se tenha previsto a possibilidade de o parceiro público vir a suportar o risco de tráfego, caso este não viesse a atingir determinados limites, o que veio a acontecer", explica.
No caso da concessão Fertagus, "aquela situação já foi corrigida", com a renegociação concluída em 2005 que substituiu o sistema de bandas de tráfego por um sistema de pagamentos fixos pela prestação do serviço público e introduziu a partilha de receitas de bilheteira com o Estado.
No 'comboio da ponte', a procura em 2013 ficou abaixo da verificada oito anos antes, em 2005, pelo que o Estado deixou de auferir as receitas de bilheteira.
A redução da procura também provocou uma diminuição dos resultados da concessionária que foram negativos nesse ano - o último abrangido pela auditoria.
O Governo, através dos ministros das Finanças e da Economia, tem agora 60 dias para transmitir ao Tribunal, por escrito, as medidas a adotar para dar cumprimento às recomendações, e, um prazo de 180 dias, para dar a conhecer as medidas adotadas e os resultados obtidos.
https://www.jn.pt/nacional/interior/tribunal-de-contas-elogia-renegociacao-da-concessao-fertagus-mas-ainda-ha-risco-4663430.html
Já a CP é um sorvedouro de dinheiros públicos. O último aumento de capital
ResponderEliminarA CP e o Metro de Lisboa receberam uma injeção de capital de 298 milhões de euros no final de novembro para reforçar o seu capital estatutário. A operação foi publicada esta quarta-feira em Diário da República e toma efeitos no momento da publicação. A Comboios de Portugal – CP recebeu a maior fatia deste reforço. Ao todo, a empresa ferroviária nacional conta com mais 212.191.523,48 euros, numa operação “a realizar pelo Estado por conversão de créditos detidos pelo Estado/Direção-Geral do Tesouro e Finanças, que vencer em 30 de novembro de 2016”.
Nos meses de março, junho e setembro de 2015 já tinham sido aprovados aumentos do capital estatutário na CP, a subscrever pelo Estado em numerário: o primeiro, no valor de 84,683 milhões de euros, foi integralmente realizado entre março e abril de 2015; o segundo, no valor de 535,5 milhões de euros, foi integralmente realizado entre junho e julho de 2015, e o terceiro, no valor de 63,3 milhões de euros, foi realizado entre setembro e novembro de 2015. A rubrica de registou, assim ao longo de 2015, um aumento de 683,483 milhões de euros, como detalha o último relatório e contas anual. Por sua vez, o Metro de Lisboa recebe agora um reforço de 86.809.543 euros, em numerário. A empresa contava no final do ano passado com um capital de 1,82 mil milhões de euros depois de ter recebido um reforço de 189,3 milhões face a 2014, mostra o relatório e contas.
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/estado-injeta-300-milhoes-na-cp-e-metro-de-lisboa/
Francamente.
ResponderEliminarNão haverá nenhuma forma de jsgm respeitar o que ele próprio diz?
É deveras lamentável o rigor ( ou melhor, o pretenso rigor) para umas coisas e o tom displicente para outras.
Raia a desonestidade. E isso é muito feio para quem tentou distrair o pagode acima dos 55 anos com as bolachas tarata.
Comecemos pelos factos objectivos e directos:
Diz jsgm:"Tem razão o Anónimo de 22/07 às 13h40 quando diz que o SNS só começou a 15/09/1979 por despacho de António Arnaut,blablabla...
e assistimos a mais a uma série de palavreado fátuo. Atá ao documentário da RTP se vai, Santo Deus
O anónimo não só tem razão nisso, como tem razão naquilo que disse quando apontou a discrepância factual traduzindo a respectiva ignorância
Entre esta frase:
"Penso que foi uma opção de administração da escassez nos primórdios da universalização do SNS: sendo uma saúde com custos unitários extraordinariamente elevados, os promotores do SNS optaram por preteri-la porque os mesmos fundos permitiriam trazer benefícios a um leque mais alargado de cidadãos"
e esta:
"Enquanto a criação do SNS contou com muitos profissionais empenhados [...] o SNS não contou com a adesão da maioria dos médicos dentistas, bastante escassos na altura,diga-se de passagem. Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos. "
Vai alguma distância que importa detalhar
Não foi uma escolha voluntária dos"promotores" do SNS. Foi a recusa da maior parte dos odontologistas aceitarem participar no SNS.
Mais. A questão do apontar com precisão a data da criação do SNS radica desta patética falta de rigor. E desta espécie de "pedantismo" como, de cátedra, mais uma vez se arrogou a falar naquilo que não sabe.
Com uma agravante agora. Mais uma vez tenta atirar para canto, desvia para a data da criação do SNS, quando o objectivo de me ter referido a ela derivou directamente de me ter apercebido que estava diante de alguém que não sabia o que dizia e que ainda por cima se dava ares de rotunda sapiência
E continua com, e pede-se desculpa mas a frontalidade assim o obriga, o paleio de "gestor" a repetir chavões desse modo impróprio para blogs adultos
Repetindo os mesmos temas e introduzindo agora subrepticiamente outro:
"substantivamente, o raciocínio mantém-se: não havendo dinheiro para pagar os salários exigidos pelos trabalhadores-estomatologistas avança-se sem saúde oral no serviço universal de saúde e reforça-se o número de profissionais de saúde oral a médio/longo prazo."
Mais uma vez se repete. Foram os médicos estomatologistas que se quiseram colocar de parte em relação a este processo. Há dados a esse respeito e não há nenhum que consubstancie a exigência salarial de tais odontologistas, com propostas e contrapropostas concretas. Verdade se diga que não era preciso ser muito inteligente para se saber até onde se poderia ir. Também verdade se diga que se cometeram erros aquando da criação do SNS. E também se diga que os meus comentários não tiveram a ver com os resultados práticos da coisa mas sim com o modo como o processo foi apresentado por jsgm
Resumindo. Esta visão composta a régua e esquadro é pura e simplesmente uma treta. Tal como a referência ao reforço da saúde oral a médio e a longo prazo. Viu-se que esta decisão fora tomada antes. Tenha ao menos a honestidade de respeitar quem merece os créditos
Mas há uma novidade. É a frase: "pois atenuar a escassez de mão de obra a forma mais eficaz de baixar os preços unitários"
ResponderEliminarMais uma vez se repete. O que eu quis foi registar as idiossincrasias ( uma palavra simpática) de um "discurso" de alguém que apresentava os buracos que indiquei. Não estou interessado em, num processo de pescadinha de rabo na boca, partir para um outro tipo de discussão. Porque não me agradam fugas, porque este não é o tema do post, porque a deriva para assuntos que merecem uma abordagem séria não pode ficar limitada a umas "bocas" aqui ou ali.
A frase supracitada tem muito que se lhe diga. Esta frase é das tais que merece mais discussão, já que assim dita, se trata, na minha opinião, de um chavão.Ora como o acrescento de jsgm é, para ele, suficientemente importante para o acrescentar, fiquemo-nos pelo acrescento de jsgm e pelo registo do chavão.
"Sobre a natureza dos interesses dos trabalhadores-estomatologistas e dos trabalhadores do SNS por melhores salários sublinho que nunca pus em dúvida que esses interesses são legítimos. As restrições ao direito de associação sindical, ao direito à greve, as leis de serviços mínimos e de requisição civil baseiam-se na afirmação da natureza privada os interesses dos trabalhadores que devem ceder diante de interesses públicos superiores"
ResponderEliminarComeça mal este parágrafo de jsgm. De resto já era visível nos seus textos anteriores embora eu pensasse que tal teria ficado mais esclarecido quando me referi que a maior parte dos odontologistas trabalhava na altura na privada
E porque começa mal?
Porque há muito boa gente que, como profissional liberal que se orgulha de ser, não se considera trabalhador assalariado. Ou seja, recusa a ideia que recebe salário.
Já antes se dissera taxativamente:
"Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos. "
"Não é permitido obrigar ninguém a trabalhar para o Estado".
(Até se citou a Ordem)
Ou seja,sendo interesses legítimos em ambos os casos, não se devem confundir e misturar as duas situações.
E temos mais uma vez que assistir à chuva no molhado. Não satisfeito com o já dito ( por ambos, entenda-se) temos que contemplar de novo todo discurso ao lado, que passa pela deselegância de se afirmar ser "raro ler no Ladrões de Bicicletas" que "mais uma vez o vil metal e os interesses privados a sobreporem-se ao interesse público" aplicado a trabalhadores".
Vamos mais uma vez colocar os pontos nos is:
-As minhas opiniões não se confundem com as dos autores dos posts do LdB.
-Aqui no LdB vê-se de tudo. Esta afirmação que refere é apresentada, no seu conceito mais geral, com alguma frequência por pessoas bem e mal intencionadas, até sistematicamente por um pobre de espírito que por aí se refere ao "mamar" qualquer coisa do orçamento. E tal tipo de afirmações têm um pico quando o assunto passa pelo direito à greve
Pelo que o seu "raro" não é apenas deselegante como mais alguma coisa. Adiante
Infelizmente a deturpação do que se disse ( e do modo como se disse) continua:
Diz jsgm:
"Sobre as lutas laborais travadas por interesses públicos, sim. é verdade, elas acontecem, mas não é disso que trata a legislação laboral".
Mais uma vez o tiro ao lado. Eu sei que é verdade. Fui eu aliás que fiz tal afirmação. Mas depois temos "Não é disso que trata a legislação laboral". Mas quem invocou a legislação laboral em tais termos?
O que se apontou foi que esta frase do mesmo jsgm:
"toda ( toda, repito) a luta laboral, do direito de associação ao direito à greve, se torna uma expressão de "interesses privados a sobreporem-se aos interesses públicos."
É simplesmente falsa. Não corresponde à verdade.
Por favor ,assuma o que diz em vez de arranjar rodriguinhos à volta a tentar auto-justificar-se ou pior, a tentar passar por cima das suas próprias afirmações
Infelizmente o processo continua:
ResponderEliminarMais uma vez jsgm : "O anónimo de 22/07 às 16h pergunta-me se falo de cátedra ao definir economia como administração da escassez"
Começa mais uma vez mal.
O que eu questionei, foi a frase do mesmo jsgm:
"Se a economia não fosse a ciência de administrar a escassez eu subscreveria. Como é..."
E questionei deste modo: "Como é? Assim de cátedra?"
Ou seja a "cátedra" não se refere à economia como administração de escassez, mas sim ao conjunto da frase. Ou seja ao facto não só da economia ser considerada como "administração da escassez", como também à afirmação de ser considerada como"ciência".
E sobretudo esta última, como se depreende do que eu disse a seguir:
"A economia é ciência? E ainda por cima definida desta forma? Assim a modos que à dogmática da economia que nos levou até à "felicidade" em que nos encontramos?"
E o que vemos a seguir da parte de jsgm?:
"falo de memória e de dicionário: economia vem do étimo grego *oiko+nomos*, a *ciência* (nomos) da *casa* (oiko) ou, no sentido interpretativo a ciência de bem administrar a casa. E como só se administra o que é escasso, a economia é a boa administração da escassez."
O que dizer sem ser ofensivo?
A palavra "economia" tem origem grega, deriva de palavras como, οικονομία, "aquele que administra um lar", οικος, "casa", e ainda νέμω, "distribuir". Da palavra οικονóμος, derivou-se οικονομία, que não tem apenas o sentido de "administração de um lar ou família" mas também de "direcção", "administração", "acordo", ''frugalidade'' e "renda pública de um Estado".
O primeiro significado registado para a palavra "economia" foi encontrado num trabalho, possivelmente, feito em 1440 e significava "a gestão de assuntos económicos".
Um outro autor:
"O elemento “eco” vem do grego oikos e significa “casa, lar, domicílio, meio ambiente”. Na sua origem, portanto, economia é a arte de bem administrar a casa.
Ainda uma gramática brasileira:
A palavra “economia” tem sua origem no latim OECONOMIA, que por sua vez é derivada do grego OIKONOMIA, ambas tinham o significado de “administração de uma casa, lar”. A palavra em grego era composta por OIKOS, “casa” e NOMEIN, “gerenciar”, está ultima, por sua vez, tem sua origem em NOMOS, “lei”.
Ou seja "ciência" uma ova. E é inútil ir buscar à etimologia da palavra porque dela não consta. Já agora a palavra ciência vem do Latim scientia, “conhecimento”, de scire, “conhecer, saber”.
E é exactamente o que contestei,de caras e de frente. Ao que parece não tendo sido perceptível por jsgm
E a minha contestação da economia como ciência não me deixa sozinho. Estou muito bem acompanhado,inclusive por autores deste blog. Pelo que se para jsgm a economia é uma ciência, eu não a considero como tal.E rejeito totalmente este falar de cátedra,ainda por cima feito de memória e de dicionário
Mais uma vez se conclui. A referida afirmação é ( imensamente) questionável ( aceito a boa fé da sua afirmação sobre os berros)
Tal como é questionável essa história de "a economia ser a boa administração da escassez".
Mas como estou farto de dizer, não estou interessado em derivar para outros debates paralelos, se já este demonstra tanta dificuldade em ser levado a qualquer porto. Adam Smith terá que ficar para outra altura, tal como o mito da economia como ciência.
(É ver o rigor com que a economia ciência tem contribuído para a presente situação. Ou como nos conduziu leda e cega até à crise do subprime)
E continua:
ResponderEliminar"Para rematar, sublinho que ninguém contestou o meu corolário de que a separação dos dois sistemas conduzirá ao aumento dos custos laborais unitários dos actos de saúde. É um facto político importante de que a população deve estar ciente para tomar decisões fundamentadas (incluindo o voto)"
Ninguém contestou uma ova. Esta é mais uma afirmação desonesta que se tenta centrar no tal "custo unitário do acto de saúde"
Ora a magna questão não passa por este render da guarda ao "custo unitário do acto de saúde" A determinação de tais custos têm as mais das vezes na sua génese a objectividade e o carácter "científico" da economia. Ou seja, são objectivamente tretas revestidas de um polimento pseudo-científico.
A prova está no aproveitamento político, demagógico e idiota ( não estamos num blog manhoso) como a seguir se diz que a "população deve estar ciente...decisões fundamentadas...voto)
Ninguém contestou que 51% da despesa dos hospitais privados é paga pelo Estado. Que vê assim desviado uma grossa maquia para a sobrevivência de tais "agentes" privados, que não só sobrevivem assim , como têm bons lucros à custa de tal parasitismo
Porque ao desviar o dinheiro para tais actividades privadas, é dinheiro que se está a subtrair directamente ao SNS. Já não é uma actividade complementar, é uma actividade de parasita
Pelo que a imitar o aproveitamento político de jgsm poder-se-ia dizer que "É um facto político importante de que a população deve estar ciente para tomar decisões fundamentadas (incluindo o voto)"
( onde está o registo sobre os pólos e o tarata mais a felicidade e outras tretas que adornavam o discurso de jgsm? Desapareceram e foram substituídos por estas questões que lhe são mais fundamentais, político-ideológicas sim , mas já com a tentativa de arrebanhar votos, fazendo propaganda a um registo neoliberal da saúde
Confessemos que é feio)
E continua
ResponderEliminarAgora com uma gravidade maior
Tudo o escrito pelo jsgm às 09:43 é uma mistificação de todo o tamanho. Não pelo conteúdo em si, embora a maioria das coisas seja puro e simples fado hipotético, mas por ser mais uma vez e de forma objectiva uma reeeeeeeeeeesssssppppppooooosssstttttaaaaa ao lado
Repito mais uma vez
O que se apontou,denunciou e considerou de uma ignorância a toda a prova foi a forma como tivemos direito a um autêntico choradinho sobre a maternidade de Mirandela associada aos seguros e outras tretas.
"Eu já não tenho os números de cor, mas lembro-me que o serviço de Obstetrícia de Mirandela fechou por número insuficiente de partos.... imagine por um instante que 17% das utentes potenciais desse serviço dispunham de seguro de saúde (fiz a média a partir dos números que cita no post inicial) e que isso seria suficiente para manter o serviço aberto, mesmo que por apenas uma década atendendo à população decrescente em idade fértil, se o Hospital de Mirandela acolhesse essas parturientes"
Isto chama-se conversa da treta. Ignorante. E demagógica
Ou seja, se em vez destas afirmações gratuitas, jsgm tivesse ido estudar o assunto, ter-nos-ia poupado a todas estas tretas a tentar justificar as asneiras demagógicas e ignorantes sobre a realidade das maternidades que fecharam.
Mais uma vez a falta de verticalidade e o voltar atrás ao que se disse, tentando até corrigir, não os seus próprios números, mas avançando já com hipotéticos cenários para estes, com o esboço dos "talvez" da ordem, é manifestamente incompreensível
O que já não é o "talvez" do jogo de números com que se entretém é a afirmação mais que dúbia assente no jogo hipotético:
"Este exemplo hipotético ilustra o potencial benefício mútuo da colaboraçáo público privado, com benefícios económicos para os prestadores de serviços e de qualidade para as beneficiárias".
Qual benefício mútuo qual carapuça. Aproveitar a mão-de-obra pública e os serviços públicos para dar dinheiro para a engorda de seguradoras que não fazem mais do que o seu esforço ( legitimo) de ganharem dinheiro com a saúde, só mesmo de quem gosta desta parasitagem do SNS pelos negócios das seguradoras.
Já tivemos exemplos como estes, quando o ministério autorizou que os directores de serviço dessem consultas privadas nos hospitais. A troco de qualquer coisinha
Foi o regabofe que se adivinhava. Também houve na altura quem dissesse que estavam os custos fixos do SNS já pagos (trabalho e capital).
Mas mais uma vez uma coisa se torna patente.
A referência ao caso de Mirandela foi feita por quem não sabe do que falava. Foi feita com a preguiça própria dos pedantes e com o apelo à lágrima própria dos demagogos.
Foi com isto que se confrontou jsgm
E perante tal confronto, que fez jgsm?
Refugiou-se mais uma vez nos exercícios matemáticos para pacóvio ver, completamente ao lado da realidade que desconhecia, e não teve outro remédio do que apelar aos exercícios hipotéticos sobre os ganhos mútuos.
Passando como um fantasma sobre a acusação das más contas das companhias de seguros.
E continua
ResponderEliminarContinua mais uma vez a deturpar afirmações e depois a construir aquele discurso oco e vazio à volta de tal deturpação
"A minha convicção política sobre o bom cumprimento do interesse público e de administração da escassez é reforçada pela decisão da ARS-Norte de manter aberta a Maternidade de Bragança com um número departos anual inferior a um terço do que a mesma Administração tinha definido como limiar de segurança uma década antes: se os decisores na ARS-Norte ou no Ministério da Saúde "estivessem no bolso" de interesses privados teriam a desculpa ideal para fechar Mirandela *e* Bragança."
Antes dissera uma coisa assim:
"Eu já não tenho os números de cor, mas lembro-me que o serviço de Obstetrícia de Mirandela fechou por número insuficiente de partos.... imagine por um instante que 17% das utentes potenciais desse serviço dispunham de seguro de saúde (fiz a média a partir dos números que cita no post inicial) e que isso seria suficiente para manter o serviço aberto, mesmo que por apenas uma década atendendo à população decrescente em idade fértil, se o Hospital de Mirandela acolhesse essas parturientes"
O que eu disse?
"Aqui a ignorância é tanta, a demagogia tão enjoativa, o esforço publicitário tal, que se remete ... jsgm para ir estudar os motivos invocados para o encerramento de alguns dos serviços de obstetrícia, os interesses que estavam por detrás destas medidas, as negociatas que se concretizaram e o papel benemérito dos seguros privados na coisa"
O número insuficiente de partos foi um dos motivos invocados para o encerramento de Maternidades. Mas não foi o único, um facto comprovado aliás pelo "discurso"posterior de jsgm.
Sugeriu-se a jsgm ir estudar os motivos invocados, os interesses por detrás destas medidas, as negociatas que se fizeram, o papel benemérito and so on
Com um esclarecimento importante:
Não foi feita a referência a tal estudo dirigido especificamente à maternidade de Mirandela. Taxativa e expressamente falou-se de "alguns dos serviços de obstetrícia". De alguns dos serviços de.
É que eu ainda por cima nem sequer referi aqui o limiar tido como adequado à manutenção das maternidades.
Mas basta ir procurar os inúmeros casos em que se contestou as decisões de tal encerramento.
Basta ir verificar que, enquanto fechava maternidades do SNS provocando o encerramento de outras especialidades ligadas ao bloco de partos, aliás ao contrário do que fora prometido, assistiu-se à manutenção sem qualquer questionamento do funcionamento de muitas unidades privadas que dispunham de blocos de partos
Basta pensar no caso da Maternidade Alfredo da Costa e das nojentas manobras para o seu encerramento
Pelo que o debitar sobre as virtudes dos "escolhidos pelo povo", o a "soldo de interesses obscuros", o no bolso de interesses privados" é pura e simplesmente treta.
Porque ninguém utilizou tal terminologia. Porque de facto os "escolhidos pelo povo" não têm esse pronto a vestir de impolutas personalidades.
Como se viu de resto com alguns dos maiores representantes políticos do país. Desde o PR, Cavaco Silva , até chefes de governo como Sócrates ou Passos Coelho
Quanto às orientações das ARS...elas emanam directamente do governo.
E já há um caso de um ex-presidente da ARS detido por corrupção. Vamos ver o que o julgamento nos traz
Pelo que as convicções políticas de jsgm podem ser legítimas, mas não passam de evocações da "treta" que a realidade desmente a cada passo
E para propaganda eleitoral já basta
E basta mesmo. Pelo menos por hoje.
ResponderEliminarPorque a demagogia continua. Continua no registo intitulado pomposamente "das proibições"
Voltaremos ao seu descascar se tivermos paciência para tal. Por enquanto basta, já que o tempo é demasiado precioso para continuamente se estar a corrigir pequenas e grandes aldrabices. Desde os indicadores de saúde, até à economia apresentada como ciência, para ver se assim consegue fazer passar os seus dogmas e crenças, por verdades e por leis.
Por enquanto basta, também porque o espectáculo dado por alguma "intelectualidade" é surpreendentemente medíocre. Inicialmente paternalista e pedante , converteu-se depois em promotora não só de uma desagradável deturpação factual do que se disse, como também num rondó esquisito girando à volta de inanidades.
Pelo meio um processo de assumpção política que oscilou entre a pueril evocação das nossas virtudes democráticas e a muito menos pueril defesa da promiscuidade público/privada.
A diferença que há entre os que defendem o serviço público e os que defendem os negócios privados. Mas essa diferença acentua-se quando os primeiros, nomeadamente ER, se mostram como estudiosos competentes. Os últimos como uma espécie de vendedores de banha da cobra interminável
ResponderEliminarParece-me que todos os Anónimos que comentaram entre as 23h24 e as 03h53 são a mesma pessoa. Não tendo tempo para responder a tudo, trato por ora do comentários sobre a natureza de ciência da economia (comentário das 01h38)
ResponderEliminarAceito perfeitamente que o autor não considere a economia uma ciência. É a opinião dele. Daí a "ciência uma ova" vai uma distância.
Foi para evitar as complexidades dos étimos que só citei os diciionários e a memória das aulas de economia. Quem quiser reflectir sobre o carácter "explicativo" e moralmente " normativo" de nomos pode ir à Britannica:
https://www.britannica.com/topic/nomos-Greek-philosophy
Pareceu-me que isto seria complexo demais para o blog. Em relação à diferença para o étimo latino, não fui o primeiro a fazer esta simplificação: como se chamou o ISEG entre 1930 e 1972?
Como se chamava o núcleo de I&D criado nesse estabelecimento de ensino por Bento de Jesus Caraça e Mira Fernandes, entre outros? Concorda que se fazia lá ciência?
Temos assim que inicialmente para jsgm:
ResponderEliminar"O anónimo de 22/07 às 16h pergunta-me se falo de cátedra ao definir economia como administração da escassez. Não, não falo; falo de memória e de dicionário: economia vem do étimo grego *oiko+nomos*, a *ciência* (nomos) da *casa* (oiko) ou, no sentido interpretativo a ciência de bem administrar a casa. E como só se administra o que é escasso, a economia é a boa administração da escassez."
Como os factos ( mais uma vez os factos) não davam a bota com a perdigota, nomeadamente com a filiação etimológica da palavra "economia", tivemos direito a um outro round:
"Foi para evitar as complexidades dos étimos que só citei os diciionários e a memória das aulas de economia. Quem quiser reflectir sobre o carácter "explicativo" e moralmente " normativo" de nomos pode ir à Britannica"
Ficámos assim a saber que a memória ( e os dicionários) têm coisas lixadas. E que quando as complexidades são tais, só estes devem ser citados.
Mas quem quiser ir mais além (das ditas complexidades, da memória, dos dicionários) pode então reflectir sobre o carácter explicativo e moralmente normativo de nomos:
Nomos, (Greek: “law,” or “custom”, )plural Nomoi, in law, the concept of law in ancient Greek philosophy. The problems of political authority and the rights and obligations of citizens were a major concern in the thought of the leading Greek Sophists of the late 5th and early 4th centuries BC. They distinguished between nature (physis) and convention (nomos), putting laws in the latter category. Law generally was thought to be a human invention arrived at by consensus for the purpose of restricting natural freedoms for the sake of expediency and self-interest. This view of law as arbitrary and coercive was not conducive to social stability, however, and thus was amended by Plato and other philosophers, who asserted that nomos was, or at least could be, based upon a process of reasoning whereby immutable standards of moral conduct could be discovered, which could then be expressed in specific laws. The dichotomy between the negative and positive views of law was never actually resolved."
Isto só pode mesmo ser brincadeira. Ou, a memória já não é o que era e os dicionários também não. Ou, quando os dicionários ( e a memória) não cumprem a sua função de suporte de coisa nenhuma, vamos todos reflectir sobre o carácter explicativo e moralmente normativo de nomos ( ámen).
Confirma-se a rejeição absoluta deste falar de cátedra,ainda por cima feito de memória e de dicionário. E nem o "carácter explicativo e moralmente normativo de nomos", provavelmente usado como expediente de fuga para se não ser sincero e assumir os disparates, consegue dar a mão à pérola supra-citada
(1/2)
ResponderEliminarCaro Anónimo de 23/07 às 23h24, venho agora responder-lhe ao seu comentário sobre saúde oral, Serviço Nacional de Saúde (SNS) e interesses privados. Vou tentar ficar tanto quanto possível por factos e citações, mas a exigência de rigor que o Caro Anónimo me faz, obriga-me a ser mais extenso.
A parte melhor é que, como já disse em comentário anterior, não há oposição entre nós neste tema, e se diferenças houver, são superficiais e não essenciais.
O II Governo Constitucional tomou posse 23/01/1978 e cessou funções a 29/08/1978. Segundo a entrevista dupla de António Arnaut (AA) e João Semedo [JS] ao jornal "i" citada, o primeiro diz que "A criação do SNS era um compromisso que eu tinha com a minha consciência. Quando aceitei ser ministro dos Assuntos Sociais do segundo governo de Mário Soares, pus como condição inscrever no programa do governo a criação do Serviço Nacional de Saúde." Portanto, pelo menos na cabeça deste promotor do SNS (há até quem lhe chame o "Pai do SNS") , o projecto já existia pelo menos em 1977. E é nessa altura que (citando o comentário de 21 de Julho às 15h07 que presumo ser seu) "o SNS não contou com a adesão da maioria dos médicos dentistas,
bastante escassos na altura,diga-se de passagem. Trabalhando na privada, pensaram que a adesão ao SNS lhes fosse tirar rendimentos."
Como poderiam os promotores do SNS em 1977-78 ganhar a adesão dos trabalhadores-estomatologistas que defendiam os seus interesses privados, alinhando-os com os interesses públicos na universalização da saúde oral? Aplicando as políticas hoje preconizadas nos documentos citados por Eugénio Rosa {ER], AA e JS, entre outros:
"É inadiável uma revalorização salarial no SNS. Será difícil fazê-la de um dia para o outro mas é urgente estabelecer um compromisso com os profissionais do SNS. Não o fazer é um convite à desmotivação, ao desinteresse, à perda de qualidade na prestação, à instabilidade e ao conflito, tudo coisas de que o SNS não precisa." [JS]
"Este projeto pretende dignificar as carreiras. Os profissionais de saúde ganham muito mal, trabalham até à exaustão. [...] A justificação para pagar mal é que “vão para o privado ganhar o resto”, mas vão para o privado precisamente porque ganham mal. É um ciclo vicioso. Já há muito tempo que sugeri que deviam ser equiparados nos vencimentos aos magistrados sociais. " [AA]
"é indispensável que se ofereça a esses profissionais carreiras e remunerações dignas no SNS, o que atualmente não sucede" [ER}
Ou seja: proporem condições laborais competitivas com as do sector privado. Mas como a discrepância de rendimentos era muito maior em Estomatologia do que na média das outras especialidades, aumentar um trabalhador em Estomatologia representaria uma redução superior a um trabalhador comparável nas outras especialidades.
O que disse eu? Que "os promotores do SNS optaram por preteri-la". Foi uma opção, com a qual eu concordo, de resto**. Dir-me-á que havia necessidades muito mais prementes - e eu volto a concordar: "porque os mesmos fundos permitiriam trazer benefícios a um leque mais alargado de cidadãos."
A.A. diz na entrevista ao "i" que achava possível lançar um SNS com 5% a 5,5% do PIB. Está definido aí o "tecto" da escassez. Da boa administração dessa escassez resultou a opção de preterir a saúde oral em favor de outras especialidades mais graves ou mais urgentes.
Salvo melhor opinião, não há divergências substantivas entre nós neste ponto.
**há neste ponto uns argumentos de segunda ordem que poderei explanar, se houver interesse, mas que omito por ora para não maçar os leitores.
(2/2)
ResponderEliminarMas há mais boas notícias: com um nível de transferências do OE para o SNS que anda pela ordem de grandeza de 4,63% do PIB segundo a tabela da pág. 7 do documento de ER em que a soma extraordinária de 2012 foi diluída por 11 anos (parece que este exercício vai sendo uma necessidade periódica), já é possível encarar como hipótese séria a opção que em 1977-78 pareceu inviável: tornar a carreira exclusiva no SNS tão interessante como a carreira na medicina privada. Significa que estamos melhores e mais ricos como povo.
Eu não sei quanto são as receitas próprias do SNS, mas se forem da ordem de 0,5% do PIB, já estamos dentro do intervalo que A.A. definiu como o desejado para o financiamento do SNS.
Perguntar-me-á se eu gosto de ver esta irregularidade no gráfico: não, não gosto e neste ponto concordo com ER. Gerir é prever e a forma de reagir a esta variabilidade é gerir com dívida, o que implica custos financeiros avultados. Portanto, a correcção de 2012 é um mau curativo que deveria ser evitado e antecipado por meios preventivos regulares.
Mas, repito, quem decide estes números são os governos eleitos pelos representantes do povo. Se votamos, temos de aceitar a vontade dos nossos concidadãos. Se não votamos, nem sequer tentamos mudar este estado de coisas.
P.S.: na presunção que se trata da mesma pessoa que fez o comentário de 24/07 às 01h38 e que é a mesma que fez o comentário na tarde do mesmo dia às 19h37 e me acusa de fugir aos factos, vamos a factos: como se chamou o ISEG entre 1930 e 1972? Como se chamava o núcleo de I&D criado nesse estabelecimento de ensino por Bento de Jesus Caraça e Mira Fernandes, entre outros? Concorda que se fazia lá ciência?
Tentando rematar este debate sobre as minhas posições, enfrento dificuldades porque tive o azar de me cruzar com outras pessoas com as mesmas quatro iniciais. Verdade seja dita, também não sei quantas pessoas diferentes são autoras dos comentários anónimos. Portanto, eu jsgm0007, afirmo a autoria dos comentários seguintes:
ResponderEliminar19/07 às 00h07, 13h32, 13h49
20/07 às 01h04, 01h08 e 01h09 (3 partes)
21/07 às 03h36, 04h17, 04h54, 09h42, 09h51, 10h36
Depois como jsgm0007, para evitar confusões:
22/07 às 01h13, 02h09 e 02h13 (2 partes), 02h48
23/07 às 09h43, 09h50, 10h48 e 10h49 (2 partes)
24/07 às 08h59
Acabo de enviar mais um texto em 2 partes que ainda aguarda moderação.
Se alguém se der à maçada de reler tudo isto poderá verificar:
1. Em nenhum momento defendi a transferência de 1€ sequer do SNS para a medicina privada. Constato que as transferências existem e interrogo JRA se quer acabar com elas (19/07 às 13h32).
Só propus fluxos financeiros do sector privado para o sector público, nunca o simétrico (ver ponto 9).
2. Em nenhum momento defendi a prestação de serviços ao SNS por parte da medicina privados. Constato que essa prestação existe e que os três especialistas citados, António Arnaut, João Semedo e Eugénio Rosa, reconhecem a sua necessidade e utilidade embora em moldes muito mais restritos do que a situação actual.
3. Secundo a posição de JRA sobre a decisão do seu Centro de Saúde de realizar meios complementares de diagnóstico num hospital do SNS em vez de o fazer no sector privado.
4. Em nenhum momento defendi a redução da carga fiscal ou das contribuições para a Segurança Social ou sequer o seu plafonamento ou o "redireccionamento" desses montantes para outros sub-sistemas. Sei que eles existem do passado mas não os abordei.
5. O que defendo é que uma vez cumpridas todas as obrigações junto da Segurança Social e da Fazenda Pública, as pessoas (físicas e colectivas) possam reservar parte dos rendimentos disponíveis para complementar os cuidados de saúde pagando a entidades autónomas ao SNS sem pagarem mais (Segurança Social e IRS) por isso.
6. Nunca defendi benefícios fiscais para os Seguros de Saúde.
7. Nunca disse que os hospitais privados podem substituir o SNS. Só disse que o Seguro de Saúde pode complementar as coberturas do SNS.
8. Defendo que os profissionais possam trabalhar nos dois sectores. Faço-o porque constatei na vida as vantagens dessa prática. Reconheço que há inconvenientes e proponho que se controlem e punam as transgressões. Parece-me melhor para a saúde das pessoas do que a proibição cega e universal.
9. Defendo que havendo capacidade instalada no SNS que não está a ser utilizada por falta de procura latente, que o SNS possa prestar serviços, cobrando-os, aos Seguros de Saúde privados.
As últimas duas políticas parecem-me especialmente importantes para as zonas mais desertificadas de cuidados médicos. É fácil falar de apoiar o interior mas os resultados práticos do Ministério da Saúde em fixar profissionais nessas zonas são, na melhor das hipóteses, anémicos :-) Por isso, deixo aqui o humilde apelo ao legislador para que pense nos contextos locais e que se é difícil fixar um médico em Mourão, em Resende ou em Santa Cruz das Flores, será mais díficil (logo mais caro!) fixar dois, um do SNS e outro do sector privado!
Apesar de todos os processos de intenção que me foram movidos, reitero que me interessa que as pessoas (a começar por mim) tenham boa saúde e não saber se o hospital a que recorri era público ou privado. Nasci e cresci no SNS, frequento o SNS e os cuidadores de saúde privados consoante os casos e não tenho qualquer procuração de nenhum dos sectores para denegrir o outro. Acredito que ambos têm como objectivo melhorar a saúde das pessoas, são ambos servidos por pessoas de bem (com as excepções que existem em todas as actividades humanas) e por isso defendo que vivam em saudável colaboração, a bem da saúde de todos nós.
Mais pontos nos is
ResponderEliminarOra bem, aonde íamos?
Ah, falávamos no mau uso etimológico da palavra "economia" e de como a tentativa de lhe enxertar à força a expressão "ciência", derivava directamente de um mau uso da memória e ou de maus dicionários. Ignorâncias que se tentaram esconder com o que se lhe seguiu, como já vem sendo hábito.
Talvez jsgm não tenha percebido uma coisa, mas que infelizmente sou obrigado a explicitar, por desafio do próprio jsgm.
Parei onde parei para não continuar a expor as fragilidades de alguém que manifestamente as tem.
E que continuou a dizer, perdoe-se a acusação, inanidades
"Pareceu-me que isto seria complexo demais para o blog. Em relação à diferença para o étimo latino, não fui o primeiro a fazer esta simplificação: como se chamou o ISEG entre 1930 e 1972?"
Como se chamava o ISEG entre 1930-1972?
(Este tipo de perguntas, género interrogatório de mestre-escola é francamente idiota. Façamos todavia a vontade a jsgm)
Em 1930, o designado Instituto Superior de Comércio foi rebaptizado como Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF). Este veio a mudar a sua designação para Instituto Superior de Economia em 1972
Tal Instituto, ISCEF, ( está dada a resposta?) resultou assim da transformação do referido antigo Instituto Superior de Comércio, que fora criado pelo governo da República em 1911.
Tal mudança de nome esteve associada a uma importante transformação substantiva:
Não só este Instituto passou a estar integrado na universidade como passou de uma escola de dominante liberal a uma escola alinhada com a visão corporativa dominante após a institucionalização do Estado Novo em 1933.
De como alguém se socorre deste exemplo para tentar adicionar a palavra "ciência" à economia é francamente confrangedor.
A mudança dos nomes e das designações são fruto da época e respondem pelo "estado da arte" nesta. Mas também respondem pelos condicionalismos ao tempo, bem como reflectem as imposições político-ideológicas dominantes na altura
Para fugir à complexidade da coisa ( ah, estes dicionários, esta memória) , para tentar sacudir a discrepância para o étimo latino (!) jsgm defende-se com o facto de não ter sido o primeiro a fazer tal simplificação (!)
E?
Utilizar o nome de baptismo em 1930, à época no estado Novo, crismado pelo mesmo estado novo, como suporte para a legitimação da simplificação feita por jsgm parece-me francamente excessivo.
Sigamos prazenteiros o raciocínio de jsgm. A retirada em 1972 do termo "ciências" da novel designação "instituto superior de economia", seria o corolário da tese diametralmente oposta de jsgm?
Infelizmente a "coisa" continua.
ResponderEliminarE continua pelos vistos até na colecção de itens com que jsgm tenta apagar os disparates que disse e com os quais foi confrontado. Um processo de fuga para a frente, tentando esconder que as discrepâncias iniciais tiveram a ver com a constatação dum facto. jsgm patinava irremediavelmente nas suas afirmações grandiloquentes e taxativas. Estávamos perante alguém que driblava os factos com puro e simples paleio
Ora foi este o principal motivo para colocar os pontos nos is.
A publicação generosa posterior de jsgm do que entende serem as suas posições, não permite esconder que afinal o reizinho caminhava demasiado desnudado para tanta pretensa acertividade. E se há pontos de acordo e de convergência, não se pode deixar passar impune o encavalitar dos factos e dos dados.
Voltarei a isto mais tarde, se estiver para isso. Francamente o que é demais cansa, para os outros sobretudo, mas também para mim, porque exige um permanente rectificar entre o que se disse antes e o que se disse depois e um alerta permanente para a sonegação dos pontos de desacordo, com a introdução de novas premissas
Como é o caso de Bento de Jesus Craça e Mira Fernandes que surge em forma de desafio mais uma vez um pouco pueril
"Como se chamava o núcleo de I&D criado nesse estabelecimento de ensino por Bento de Jesus Caraça e Mira Fernandes, entre outros? Concorda que se fazia lá ciência?"
ResponderEliminarMais uma vez jsgm começa mal. A utilização do termo I&D para o núcleo criado pelo Caraça e pelo Mira Fernandes é claramente desfasada no tempo. Porque tal aparente simples designação tem aspectos controversos, nomeadamente do que se cola a tal expressão que, podendo ser discutidos hoje, não fazem nenhum sentido quando em referência ao passado.
Nem sequer irei por aí, bastando-me o apontar de como estas modas contaminam de forma célere tudo à sua volta, num processo de hegemonização dos conceitos e dos termos. Se é moda os modernos gestores, políticos, economistas ou pseudo-economistas, vendedores de sonhos e de ilusões, comerciantes de marketing e de orçamentos, utilizarem estes e outros termos, a expressão I&D não existia ao tempo de Caraça. Respeitemos assim os tempos em que os tempos não tinham estes trejeitos da moda.
Ressalvando contudo que jsgm é livre de fazer o que quiser. As catalogações deste e doutro tipo são necessárias para a estruturação do pensamento de determinadas pessoas
Com a devida vénia a Jorge Rezende :
ResponderEliminar"Em 1936 é fundado o Núcleo de Matemática, Física e Química, em Lisboa, cujos principais impulsionadores são António da Silveira, Manuel Valadares e António Aniceto Monteiro. Com o Núcleo dá-se início a um movimento muito mais amplo de renovação científica em moldes modernos e com padrões internacionais que, na matemática, veio a ser conhecido como Movimento Matemático e que só foi aniquilado em 1946-1947 com as expulsões de muitos professores universitários.
O Núcleo contava também com a colaboração muito activa de Bento de Jesus Caraça, que foi um dos seus fundadores – o único que não tinha feito estudos de doutoramento no estrangeiro – tendo sido ele a dar início às suas actividades em 16 de Novembro com a primeira lição de um curso sobre Cálculo Vectorial.
Criado com ambições mais vastas, nomeadamente no que diz respeito à investigação científica, o Núcleo limitou-se essencialmente a ministrar cursos de elevado nível, o primeiro dos quais foi o de Bento Caraça. A ideia era a de serem publicados em livro, o que só acabou por ser feito com os ministrados por Bento de Jesus Caraça, Ruy Luís Gomes e Amorim Ferreira, em edições de muito boa qualidade. Embora o fascismo lhe tivesse movido perseguições diversas, entre as quais dificultando a utilização das Universidades, o Núcleo acabou por se dissolver, por divergências internas, em 6 de Novembro de 1939.
Mas o Movimento Matemático – cujas principais figuras foram António Aniceto Monteiro, Bento Caraça e Ruy Luís Gomes – tinha já dado início a mais iniciativas que, essas, continuaram. Destacarei apenas aquelas em que Bento Caraça participou. Com Aureliano de Mira Fernandes e Caetano Maria Beirão da Veiga fundou, em 1938, o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, no ISCEF, onde os três eram professores. Foi seu director até à sua extinção, por decisão ministerial, em Outubro de 1946."
O núcleo criado no ISCEF por Bento de Jesus Caraça e Mira Fernandes, entre outros, é o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia
Ora bem. É preciso dizer mais?
A matemática aplicada trata da aplicação do conhecimento matemático a outros domínios.
Tais domínios podem ser os mais variáveis possíveis. Mas infelizmente para jsgm, tal aplicação não confere de per si o carácter de ciência aos domínios onde ela é aplicada.
Nem vale a pena explicitar que até nos jogos de azar a matemática aplicada a estes pode ser muito útil. Mas só os mais fanáticos entre os jogadores defendem que tais jogos são ciência
O resto fica para depois. Tal como soube bem ler Eugénio Rosa, também o rememorar essa grande figura que foi Bento de Jesus Caraça caiu bem. E é bom dar as boas noites em beleza, sem acrimónia, neste momento inútil
Está visto que deturpa completamente o meu argumentário e o contexto em é que proferido, conferindo-lhe um tom jocoso numa lógica pouco construtiva.
ResponderEliminarOutro tema interessante será o da lógica
ResponderEliminarMas tal como a separação das águas é importante ( e aqui falo nas grandes questões que interessam ), também é aconselhável pensar antes de escrever
Ou seja, os meus últimos comentários derivaram directamente da espécie de desafio em duplicado que me fez em género de perguntas, como de de algibeira se tratassem
Mais uma vez em modo colateral. E mais uma vez um pouco coxos
Ora, na minha opinião, tal como na substância da coisa, Rosa e Ramos de Almeida têm razão, jsgm não a tem no que confere à lógica argumentativa.
Porque também teria que mostrar onde o meu tom pretensamemte jocoso se diferencia do seu tom pretensamente sisudo, em géneros tipo polos azuis e pacotinhos de açúcar
Ou seja, quem não quer ser Lobo não lhe veste a pele
Muito mais haveria a dizer, desde a decisão do fecho das maternidades ao bolso enorme dos interesses privados que parasitam o SNS
Fica para depois
Cumprimentos. E,repete-se, sem qualquer acrimónia
O que nos deveria indignar a todos, é que o estado apologista e defensor do SNS, para os seus próprios funcionários, tem um seguro de saúde idêntico ao setor privado. E porque tem muitos funcionários, consegue ter poder de negociação com os privados, que mais nenhum seguro de saúde privado tem. Mas concede-o não ao povo, mas apenas ao funcionalismo. Já o povo tem de se reger pelo SNS, e caso queira um seguro, tem de o pagar do seu próprio bolso, e um valor por norma superior àquele que os funcionários pagam pela ADSE (3% do salário).
ResponderEliminarPorque motivo o PCP/BE não defende a extinção da ADSE e a utilização do SNS por parte do funcionalismo?
Aparece o aonio Ferreira Pimentel a espumar pela boca e a atacar desta forma o SNS
ResponderEliminarDepois da Venezuela , o mesmo que se dissera passar por jsgm reaparece
A identificação é a mesma.
A propaganda pro- seguros também
Mas continua o mesmo
Dá-la naquele jeito de aldrabão da treta sobre o povo?
Ó Pimentel Ferreira, povo ê quem é da ADSE e quem não é. Ê a Fátima e o Pedro. A Nadia e o Gonçalves
Funcionalismo só os funcionários do Myses que diziam que o PIB da Holanda para a saúde era o mesmo que o português Lolol
É tempo do estado deixar de pagar via ADSE o funcionamento da privada
ResponderEliminarÊ tempo do SNS receber o dinheiro que é desviado para o apetite desmesurado dos interesses privados na saúde
É tempo de lhes cortarmos as fontes da parasitagem
É tempo de apontarmos o dedo a quem faz da saúde um negócio.
A saúde é um direito, não é um negócio. E a ADSE deve ser reestruturado no sentido de fazer entrar o dinheiro pago pelos funcionários dentro do SNS
O resto ê conversa da treta de quem anda aqui a mentir e a aldrabar. Liquidar o SNS sempre foi o objectivo da tralha neoliberal. Votaram contra o SNS. Agora choram lágrimas de crocodilo pelo SNS e pela ADSE.
E não. A a ADSE não se compara com nenhum seguro de saúde. Como se sabe os seguros de saúde “adoecem gravemente” quando os segurados adoecem de facto.
ResponderEliminarToda a gente sabe que os seguros de saúde são uma forma de fazer dinheiro à custa da doença e do sofrimento. E quando deixam de dar lucro,as pessoas são chutadas para fora do sistema
Estas comparações têm na sua base única e exclusivamente propaganda aos negócios.
E o povo não tem dinheiro para seguros. O povo o que quer é um SNS universal
E que seja garantida esta função social do estado.