segunda-feira, 21 de maio de 2018
Neoliberalismo: História, Teoria, Economia
Empregue com alguma frequência no âmbito do combate político, o termo ‘Neoliberalismo’ presta-se a vários equívocos. Desde logo, o seu uso comum aponta tanto à descrição de um determinado estado de coisas – fazendo-o funcionar enquanto ferramenta de periodização histórica – como à identificação de um posicionamento favorável à concorrência e à iniciativa privada – reduzindo-o a uma mera apologia da desigualdade. No entanto, diversas investigações no âmbito das ciências sociais têm sustentado a necessidade de estudar o Neoliberalismo enquanto um objecto historicamente situável, dando conta da complexidade e variedade de ideias, propostas e discursos que lhe deram forma. Este seminário abordará o Neoliberalismo de uma perspectiva transdisciplinar, reunindo investigadores/as que se têm dedicado ao estudo de problemas relacionados com as oscilações ao nível do pensamento económico, o funcionamento do Banco de Portugal, os debates sobre a história do capitalismo ou a desindustrialização. Cada apresentação terá a duração aproximada de trinta minutos, seguida por um comentário breve por parte de outra/o investigador/a. A frequência desta sessão de trabalho é aberta a todas e todos os/as interessados/as.
Programa
10h00 | Era uma vez em Setúbal: notas críticas sobre o conceito de «desindustrialização» — João Santos (IHC – NOVA FCSH) Comentário de Luís Trindade (IHC – NOVA FCSH)
11h30 | O Banco de Portugal, a disseminação de ideias económicas e o neoliberalismo — Ana Costa (DINÂMIA’CET-IUL) Comentário de Paulo Coimbra (CES – Universidade de Coimbra)
14H30 | O Neoliberalismo e os Historiadores — Ricardo Noronha (IHC – NOVA FCSH) Comentário de Paula Borges Santos (IHC – NOVA FCSH)
16H00 | Nova Economia, Economia Neoliberal? — João Rodrigues (CES – Universidade de Coimbra) Comentário de Luís Aguiar Santos (GHES-CSG, ISEG-ULisboa)
Consulte aqui outros detalhes do evento.
Um tema fundamental. Recomendo vivamente o neoliberalismo de David Harvey, assim como Rene Remond, introdução à História do nosso tempo, que torna nítida a semelhança entre o liberalismo do passado e o neoliberalismo do presente!
ResponderEliminarQuerem perceber o neoliberalismo, leiam Milton Friedman e não neomarxistas parciais.
ResponderEliminar"(...) the channels envisioned by Milton Friedman have seemingly not been operating in the other advanced economies. As mentioned, the transmission channels at play in the recent QE experiences are indeed different from the traditional quantitative view". https://www.ecb.europa.eu/press/key/date/2014/html/sp140619.en.html
ResponderEliminarO neoliberalismo não se percebe lendo apenas Milton Friedman. É uma tese económica, filosófica, moral, societal, política. Leia-se o texto do link que revela o pântano que sobrevem pela análise apenas no campo da Ecónomia:
ResponderEliminarhttp://www.alexrose46.com/posts/2016/5/22/paul-krugmans-philosophy-of-economics-and-what-it-should-be
Poderiam transmitir ao vivo esta sessão, ou então disponibilizar depois o vídeo, para que aqueles que não vão poder estar presentes terem acesso ao conteúdo.
ResponderEliminarAnónimo 21 de maio de 2018 às 18:59, escreveu:
ResponderEliminar"...Querem perceber o neoliberalismo, leiam Milton Friedman e não neomarxistas parciais..."
Para entender o que é o neoliberalismo, deve-se primeiro ler quem criou essa ideologia.
O que é essa estória de "neomarxistas parciais"?
ResponderEliminarParece um esconjuro para impedir outras abordagens que não a dos fiéis.
E que disparate é este de ler primeiro quem"criou" a ideologia? E ainda por cima por baixo de uma referência a Friedman...
Voltámos à instrução primária?
Anónimo 22 de maio de 2018 às 22:21, escreveu:
ResponderEliminar"...E que disparate é este de ler primeiro quem"criou" a ideologia? E ainda por cima por baixo de uma referência a Friedman..."
Pape uma hóstia que isso passa.