segunda-feira, 21 de maio de 2018
Estão por todo o lado
Abre-se o Negócios em papel de hoje e pode ler-se o presidente da BP Portugal a afiançar que existem “tiques de populismo no gás de garrafa” ou Fernando Sobral a garantir que “Bruno de Carvalho está a criar o primeiro movimento populista em Portugal”. Enfim, do gás de garrafa ao futebol, o populismo está por todo o lado e logo parece não estar em lado nenhum. O termo é hoje convencionalmente usado e abusado para descrever qualquer fenómeno, real ou imaginário, de que o seu utilizador não goste.
Obviamente, existem lógicas populistas que podem ser descritas e avaliadas com o rigor possível nestas coisas da política e da economia política, onde factos e valores estão sempre entrelaçados. Pela minha parte, tenho defendido que populismos há muitos, dos bons e dos maus. Fi-lo uma vez mais no primeiro número da nova edição da revista Manifesto. Não sou original, naturalmente.
Por exemplo, na economia convencional Dani Rodrik, que aí refiro, tem ensaiado uma rara economia dos populismos ligada às crises geradas pela globalização. Numa crónica já com alguns meses, mas de que só tomei conhecimento agora, questiona-se sobre os contornos de um “verdadeiro populismo” e chega à conclusão já relativamente batida, mas que vale a pena lembrar, de que o New Deal foi o culminar histórico, nos EUA, de uma tradição populista na economia a resgatar, tratando-se do “bom populismo que contém o mau”.
O espectro do populismo, que pode assustar verdadeiramente certas elites, procurando exorcizá-lo preventivamente, através de associações espúrias, é precisamente o que pode operar mudanças na economia política, de modo a transferir recursos em sentido contrário ao que tem sido dominante: em vez de fluírem de baixo para cima, fluíriam de cima para baixo. Para isso, o medo tem mesmo de ser transferido de baixo para cima.
Presumo que já conheçam este texto do mesmo Dani Rodrik sobre o mesmo tema...
ResponderEliminarhttps://www.project-syndicate.org/commentary/defense-of-economic-populism-by-dani-rodrik-2018-01?barrier=accesspaylog
S.T.
A história do populismo já enerva! Leia-se a definição do conceito de Populismo no livro Populismo e Democracia, Dinâmicas Populistas na União Europeia de José Filipe Pinto, e leia-se o que dizem os maiores intelectuais dos dias de hoje, como Stiglitz ou mesmo Fukuyama, e logo se percebe que a posição intelectual mais séria é ser populista! Relembro as palavras de Christopher Lasch no seu soberbo livro de The Revolt of the Elites and the Betrayal of Democracy: "Populism is the true voice of Democracy!"
ResponderEliminarMas como dizia o General Eanes: Fizemos a Democracia mas esquecemo-nos de criar os democratas!
Populismo tem uma definição simples: exalta-se o bem, ocultando o mal que dele advirá.
ResponderEliminar"O termo é hoje convencionalmente usado e abusado para descrever qualquer fenómeno, real ou imaginário, de que o seu utilizador não goste."
ResponderEliminarFaz lembrar o que acontece com o termo Neoliberalismo!
Mais um texto altamente demagogo, que tenta filtrar o que desagrada e aproveitar o que agrada. Em suma, o populista é um demagogo, alguém que apela aos instintos das massas e não à racionalidade do eleitor-indivíduo. Apela à emoção e não à razão! E por norma, todos os populismos são nefastos, porque quando um político convence o eleitorado através da emoção e não da razão - como faz Marcelo - o eleitorado perde a clareza das ideias. Quando todavia o populista não tem intenções típicas radicais da extrama esquerda ou extrema direita, desde expropriações infames a quem produz e trabalha, até expulsão de imigrantes e ataques a minoriais, o populista torna-se popular. E por isso Marcelo, além de populista, é também muito popular. Apela à emoção das massas, mas não alinha em extremismos ideológicos.
ResponderEliminarEssa da "democracia" como refere o comentador anterior, tem muito que se lhe diga, Hitler ganhou eleições democraticamente. E essa é outra característica do populista, por norma, dá-se mal com a democracia.
Hitler, um tipo que os neoliberais apreciam às escondidas...
ResponderEliminarMais um texto extremamente desagradável de alguém que ou não percebe o que lê ou finge não perceber
ResponderEliminarAté a invocação de hitler serve de pretexto para mostrar que algo está podre. Por rotina está é outra característica dos vendilhões da feira
Difícil um texto ser tão demagogo como o das 15 h. Tem que estudar mais e tentar perceber o que lê, ó Pimentel ferreira. Ou então serão mesmo de propósito essas tretas ditas assim de tropel?
ResponderEliminarÉ ver os neoliberais tentarem fugir da conotação pejorativa que hoje o termo tem, ou escondendo-se atrás da palavra “ liberal”, ou utilizando guarda-chuvas como a palavra ordo - liberal
ResponderEliminarNão vale a pena citar os auto- designados sociais- liberais porque isso é apenas uma espécie de disfarce travestido para ver se passa
Infelizmente os melhores exemplos do populismo "à italiana" estão em textos na língua original.
ResponderEliminarTambém há bons artigos do Ambrose Evans-Pritchard no Telegraph, mas com paywall.
Seja como fôr o populismo à italiana não está a deixar margem para dúvidas de que vai ser ao estilo "ou vai ou racha".
Até eu que tenho seguido a distância as diversas versões e tendências na contestação ao euro em Itália estou surpreendido por nem sequer haver aquele interregno que precede as tempestades diplomáticas.
Com efeito tem sido sobretudo Salvini a mandar respostas bastante duras e desafiadoras às conversas da treta e "conselhos" dos dirigentes europeus.
Nomeadamente Salvini respondeu às "preocupações" do ministro das finanças francês que "os franceses que metam o nariz nos seus assuntos que dos nossos cuidamos nós". E as outras respostas são básicamente do mesmo teor.
Isto só pode significar que não vai haver tentativas de conciliação diplomática dos interesses com conversas de "chove não molha". O governo italiano quando entrar em funções irá direito ao assunto sem ambiguidades.
Isso significa também que a máquina de resposta italiana às chantagens e ameaças está supostamente bem oleada e pronta a entrar em acção. E parece que os populistas italianos visam também impedir que os eurocratas tenham tempo de organizar a defesa. Consequentemente os acontecimentos vão precipitar-se, seja pela cedência da liga dos países do norte às exigências de reformas da zona euro seja pela rápida saída da Itália da EMU e até da EU.
Recorde-se que os tratados só prevêm a saida de todo o edifício da EU, não prevendo uma saída só da EMU.
Mesmo que se chegue a um acordo para manter a Itália no mercado único e até na EU, saindo só da EMU isto ditará o colapso desta última. A teia de inter-relações encarregar-se-à de fazer implodir o resto do edifício da EMU. Basta um pequeno detalhe: A França não poderia concorrer com os preços de uma economia italiana ali mesmo ao lado que reganhasse a sua competitividade perdida mesmo que na pior das hipóteses fôsse no quadro da OMC.
A Grécia foi vencida pela asfixia, lenta e progressivamente. Os populistas italianos não me parece que estjam dispostos a sofrer a mesma sorte, pelo que repito que antevejo que os acontecimentos se vão precipitar.
Dois artigos em italiano para quem saiba, um deles retomando um outro do Telegraph.
http://vocidallestero.it/2018/05/22/aep-sul-telegraph-in-italia-gli-insorti-fanno-infuriare-la-germania-ma-si-ribellano-alle-minacce-dellue/
http://www.ansa.it/sito/notizie/politica/2018/05/22/ue-italia-avanti-con-politica-bilancio-responsabile_97f601db-759d-4c48-a617-299deb3e5f60.html?t=1&cn=ZmxleGlibGVfcmVjc18y&refsrc=email&iid=52d535a8810d4465adc3ecb60c53f3f3&uid=2172871278&nid=244+285282312
Boa leitura!
S.T.
Já agora convinha ler o post de Jacques Sapir sobre o novo governo populista italiano.
ResponderEliminarPor ele ficamos a saber que Stefano Fassina da Sinistra Italiana espontâneamente declara um apoio crítico ao novo governo. Assim a modos que uma geringonça informal.
Por tudo isso, leiam, senhores(as), leiam!
https://www.les-crises.fr/russeurope-en-exil-le-nouveau-gouvernement-italien-et-lagonie-de-lunion-europeenne-par-jacques-sapir/
S.T.
Existe um elemento comum a todas as formas de populismo, mesmo na modalidade de um Bruno de Carvalho, João Rodrigues, e que é a recusa da legitimidade de instâncias de moderação entre o povo e os seus líderes políticos, como sejam os tribunais, parlamento ou uma burocracia independente (no Sporting isto toma a forma do discurso do 'Presidente adepto').
ResponderEliminarÉ interessante que refira o caso do 'New Deal' porque, justamente, Roosevelt violou a Lei e ignorou por diversas vezes as decisões de tribunais superiores chegando ao ponto de, durante a II Guerra, ter encarcerado cidadãos do seu próprio País porque calhavam de ser de origem japonesa (tais detenções eram ilegais à luz do direito da época).
Cabe-me ainda lembrar-lhe que a CRP determina que a soberania reside no povo, que a exerce através dos seus representantes, segundo as formas previstas nessa mesma CRP. Ou seja, a soberania nunca é absoluta, até porque ela nunca é exercida pelo povo no seu conjunto mas pela maioria de turno. Quem gosta de andar com a dita CRP na lapela deveria lembrar-se disto porque representa justamente a rejeição dessa característica detestável de todos os populismos referida acima.
Cabe-me finalmente lembrar-lhe que a legitimidade dos ditos representantes deriva de eleições livres e justas e que em todas as eleições desde 1975 os Portugueses têm, por larga maioria, com ou sem razão, sufragado programas políticos que defendem a pertença à UE em particular e a uma comunidade de nações que se inserem na tradição do constitucionalismo liberal em geral.
Só quem tem uma visão simultaneamente romântica dos chamados nacionalismos populares e se esquece que todos eles redundaram em despotismo, miséria e corrupção, de Angola a Cuba, da Nicarágua à Venezuela, e meramente instrumental da democracia representativa (a chamada 'democracia burguesa' na boca de alguns) é que pode vir agora tecer loas aos populismos quando eles são todos negros como o às de espadas, da Direita à Esquerda.
Ah e quanto a medo, não é quem assim fala que nos mete medo algum... Cá estaremos para defender a Democracia de quem quer tomar só para si o Patriotismo (o populista Orbán também gosta de dizer que a nação não pode estar na oposição).
Aproveito para chamar a atenção para a qualidade dos comentários ao blogpost de Jacques Sapir, onde se esgrimem argumentos de uma forma racional e civilizada.
ResponderEliminarIndependentemente das opiniões de cada um há pensamento organizado e boa capacidade de expressão escrita em quase todos os comentários.
Convido-vos pois a ler também os comentários.
https://www.les-crises.fr/russeurope-en-exil-le-nouveau-gouvernement-italien-et-lagonie-de-lunion-europeenne-par-jacques-sapir/
S.T.
Atenção aos comunas da casa. Os maçons não gostam de comunistas e vice-versa.
ResponderEliminarA propósito de populismos:
ResponderEliminar(...)
"Comecemos com o facto de os choques económicos - por exemplo, espirais inflacionistas, depressões e crises bancárias - serem desafios para todos os governos, em todos os lugares e SEMPRE.
Insegurança económica e dificuldades convencem as pessoas de que qualquer regime deve ser melhor do que o actual.
Esta é uma lição óbvia não apenas dos anos de Weimar, mas também de um grande corpo de investigação sobre a lógica económica da democracia.
Uma segunda lição chave é que, sob condições económicas extremas, a representação proporcional (RP) pode piorar as coisas.
Quando a política de um país está fragmentada, é mais provável que a RP ofereça uma maioria eleitoral incoerente, geralmente composta por partidos da Extrema Esquerda e Extrema Direita que querem rejeitar "o sistema", mas que NÃO DIVERGEM em muito mais do que isso."
(....)
in Dez lições de Weimar - H. James
Ricardo Pimentel Ferreira posta uma espécie de pimentalice. Mas por aqui prezam-se ideias e praxis e posturas e verticalidades E não chavões idiotas a tentar denegrir pessoas e a dividir gentes
ResponderEliminarMas isso é algo que não cabe na cabeça de quem é desonesto
A conversa está interessante mas há coisas que são curiosas:
ResponderEliminar"Populismo tem uma definição simples: exalta-se o bem, ocultando o mal que dele advirá."
Chamar de populistas no presente a coisas como passos e cavaco é uma coisa curiosa.
Tal como chamar populista a salazar, agora num retrocesso ao passado que ilumina a frase em questão:
exaltava-se o "bem" salazarista e ocultavam-se todos os crimes do mesmo perverso regime e do seu chefe de fila.
Não passava de um populista, coitado
A propósito de populismo e a somar aos exemplos dados por João Rodrigues, podemos somar o exemplo de Harold James.
ResponderEliminar"o populismo está por todo o lado e logo parece não estar em lado nenhum." E aqui cabe por inteiro H.James.
O historiador-economista(ou vice-versa) que falava num grande corpo talvez se estivesse a incluir a si próprio. Lembra-se que ele (de forma populista?) afirmava há um ano que a Europa podia ganhar um novo impulso com Emmanuel Macron. Que teria obviamente de fazer reformas a nível interno, segundo os padrões ( agora anti-populistas?) dos senhores da Europa.
À semelhança do denunciado por João Rodrigues também H James é especialista nessas coisas de denúncias contra os populismos. E vejam como ele, de forma verdadeiramente anti-populista, falava sobre os francos e os germânicos: "A relação entre a França e a Alemanha tem estado desequilibrada devido às debilidades francesas e é a Alemanha quem tem conduzido, sozinha, a Europa"..." Mas isso requer algo ao nível da frente europeia, e vai obrigar a substanciais reformas, ao nível interno, da França."
Um verdadeiro craque a dar as ordens ao plantel. Macron cumpriu e cumpre as ordens. A Alemanha vê reconhecidos os seus esforços ( anti-populistas?) e sacrifícios perante a comunidade internacional. Sob a batuta, claro, da Alemanha. Anti-populista, como sucede de resto com o próprio Harold.
E para combater a "insegurança económica e dificuldades e para derrotar quem convence as pessoas de que qualquer regime deve ser melhor do que o actual" tem propostas muito concretas. E verdadeiramente anti-populistas. Para além das já citadas :"Macron está certo quando menciona a necessidade de haver mais esforços concertados ao nível europeu, em áreas como a da defesa".
Eis o rosto de mais um anti-populista a combater contra o populismo. Estranha-se como não tenha mencionada nesta altura a Republica de Weimar
E chegamos irremediavelmente ao medo
ResponderEliminarHarold mais uma vez:
"O verdadeiro inimigo da Europa é o medo, ligado à incerteza sobre o futuro, e as políticas europeias têm de saber responder a esses receios".
E como combater este medo?
Fazendo mais medo, para que as pessoas tenham mesmo medo de mudar e não vão nos tais "populismos":
H James: "A maioria das respostas apresentadas pelos populistas não são coerentes e levariam a um aumento da inquietação e insatisfação, à perda de mais postos de trabalho. Veja-se o caso da ideia de tirar a França do euro, isso teria um resultado desastroso. Há uma escolha, neste momento, entre um projecto que está em construção, e que precisa de mais esforços para ser melhorado, e algo que é completamente incoerente"
Harold, o populismo e o medo. Medo este transferido de cima para baixo, como se vê pelas dez lições de Weimar, perdão de Harold James.
O espectro do populismo, que pode assustar verdadeiramente certas elites. Harold James procura exorcizá-lo preventivamente, através de.
Chamo a vossa atenção para a resistência do aparelho europeista infiltrado no Estado Italiano.
ResponderEliminarResistência sobretudo à nomeação de Paolo Savona como ministro das finanças.
No entanto o curriculo de Savona além de anti-euro é um verdadeiro lençol de cargos e funções em tudo o que é instituição financeira em Itália.
Ver em italiano:
https://www.investireoggi.it/economia/perche-paolo-savona-alleconomia-sarebbe-il-migliore-profilo-possibile-per-litalia/
E também em italiano:
https://www.investireoggi.it/economia/il-piano-b-di-savona-per-uscire-dalleuro-e-il-risiko-di-salvini-e-di-maio-contro-la-ue/
POr últino, para os que não percebem italiano, um texto de um autor alemão, Daniel Stelter, bem elucidativo da posição de força em que a Itália fica se Paolo Savona tomar as rédeas do Ministério das finanças.
https://www.theglobalist.com/italy-elections-eurozone-ecb-economy/#.WwZkDNggHa0.twitter
(Não se assustem com o nome The Globalist. O texto é bonzinho! LOL)
(Se o link não carregar no navegador "normal", usem o TOR!)
S.T.
Já que aqui estou e como provávelmente pouca gente mete o dente nos primeiros dois artigos em italiano, aqui fica mais um do zerohedge:
ResponderEliminarhttps://www.zerohedge.com/news/2018-05-26/raul-ilargi-meijer-end-euro
Mantêm-se as prevenções do costume: Muitos artigos neste site são de pendor ordo-liberal, da direita libertária ou ainda pior. Portanto requer-se que os cavalheiros (e as senhoras) saibam interpretar o que estão a ler e tenham faro para detectar a orientação do artigo só pelo cheiro. :)
Boa leitura!
S.T.
ST
ResponderEliminarEm relação a Itália, estive a investigar e olhe que a Itália não está muito mal. Tem problemas com os bancos, um forte fluxo de emigração jovem qualificada (a derrota de Renzi no referendo constitucional de Dezembro de 2016 foi devido aos jovens,70% votaram "não"), problemas com a imigração de refugiados ou não de África (tal como a Grécia, perante a indiferença de Bruxelas, que é motivo de forte contestação). O crescimento da economia foi de 0,8% do PIB em 2015-2016 e de 1,5% em 2017, a balança comercial é tradicionalmente positiva e cumpre a regra de déficit abaixo de 3%. Tem dívida pública elevada na casa dos 130-140% do PIB mas a dívida externa é baixa (10% do PIB).
Por isso não fique esperançado. Hoje ficamos também a saber que o PM indigitado já disse que não ia formar governo. Essa é outra característica dos populistas, por norma mentem descaradamente sem qualquer receio, tipo Trump, pois sabem que as suas ideias primárias suplantam a racionalidade do eleitor para valorar a Verdade. Concordo em absoluto com Jaime Santos, outra característica dos populistas, é terem um enorme desprezo pelas instituições não executivas e independentes, como tribunais, sociedade civil, ONGs ou entidades reguladoras, acusando-as de conspirarem com alguma coisa.
O cavalheiro é que mente descaradamente ao caracterizar assim os populistas italianos.
ResponderEliminarPorque a razão de não se formar governo foi o veto do presidente Matarella, europeista que supostamente deveria ser neutro mas que vetou o nome proposto para a pasta das finanças: Poalo Savona, homem experiente e assumidamente anti-euro.
É apenas a tralha europeísta a tentar ganhar tempo e quiçá a planear urdir alguma trapaça que falseie os resultados eleitorais nas inevitáveis eleições que se vão seguir.
Felizmente, o responso parece bem rezado: A Lega deve canibalizar a Forza Itália e M5S pelo menos deve manter senão aumentar a votação à custa do europeísta PD.
Aguardemos serenamente. Este até era um resultado considerado melhor que a formação de um governo porque permite precisamente o reforço das forças populistas.
O primeiro milho é para os pardais!
S.T.
Já me esquecia do link para um artigo relevante para o caso em apreciação.
ResponderEliminarMattarella é afecto ao anterior governo e partido, (PD, europeísta) portanto apesar de o cargo ser supostamente "neutro" as pressões de Bruxelas levaram-no a tentar protelar o mais possível a tomada de posse de um governo com uma ampla maioria parlamentar.
https://www.zerohedge.com/news/2018-05-27/toxic-coup-narrative-why-italys-political-crisis-may-be-set-explode
S.T.
O cavalheiro que mente assim descaradamente é não outro que pimentel ferreira.
ResponderEliminarDirão e com razão, que isso é de somenos e o que interessa é o conteúdo do que se escreve.
Mas interessa desmascarar quem por norma é desonesto, até na forma como tenta manipular o debate.
A desonestidade do que afirma em relação à formação do governo já foi denunciada por S.T.
Continua o folhetim italiano.
ResponderEliminarWolfgang Munchau no seu blog Eurointelligence publicou um texto (com paywall) que merece ser meditado. "Bemvindos de volta à Alemanha de Weimar".
Como de costume o texto é retomado em italiano no VOCIDALL'ESTERO.
E Munchau não poupa Mattarella por não querer dar posse a um governo com uma clara maioria parlamentar por supostamente ser "populista" e "contrário à estabilidade".
Estranha ideia esta de democracia, que Munchau classifica como um voltar à Alemanha da Republica de Weimar mas desta vez como farsa.
http://vocidallestero.it/2018/05/28/eurointelligence-sulla-decisione-di-mattarella-bentornati-nella-germania-di-weimar/
S.T.