quarta-feira, 23 de maio de 2018
Memória (XXVII)
Como muito oportunamente recorda o «Uma Página Numa Rede Social», foi esta a «fundamentação da direita, em 1979, para votar contra a criação do Serviço Nacional de Saúde (...), criticando a sua "filosofia colectivista"» e alegando que um «SNS universal e tendencialmente gratuito seria um atentado contra a liberdade». Na mesma linha, como é também oportunamente lembrado, PSD e CDS pretendiam, há poucos anos, «proceder a uma revisão constitucional, para retirar a expressão "tendencialmente gratuito" do artigo 64.º, que garante o direito à protecção da saúde». Talvez por isso, sem surpresa - e apenas eventualmente com um pouco mais de subtileza - os sinais que chegam do atual PSD apontam no mesmo caminho, como demonstra a proposta de criação de uma espécie de «cheque-saúde camuflado», indispensável para a expansão das lógicas de mercado.
Muito bom e oportuno
ResponderEliminarO SNS é tendencialmente vitimado pelas corporações de funcionários públicos que crescentemente o povoam.
ResponderEliminarJunte-se-lhe esse 'admirável mundo novo' dos cuidados «gerais, generalizados, continuados, ilimitados e tendencialmente gratuitos» e não virá longe o tempo das eutanásias promovidas na velha tradição das abafadeiras.
Como sempre a esquerdalhada só reconhece por limites os desastres.
Um Serviço Nacional de Saúde ao serviço das populações e não ao serviço dos interesses privados de meia dúzia de grandes potentados?
EliminarNão pode ser e por isso o registo de José, a lembrar os registos odientos e cheios de gula que a direita e os seus acólitos expressavam aquando da criação do SNS.
O ódio expresso de jose também aos que, contra-ventos e marés, mantêm o sistema a funcionar, e com uma qualidade assinalável.
Esta gente da gente de José está com o SNS atravessado no gasganete. Essa história de promoção da saúde causa-lhes impressão. Os cuidados gerais não o deviam ser, só para os mais iguais do que os outros. Nem os cuidados continuados, porque o dinheiro é para Swaps de misses swap, para a dívida que eles insuflaram, para as PPP que criaram, para os bordéis tributários que defenderam e defendem
E então os negócios com a morte que lhes deram e dão proveito e herança?
Eis as verdadeiras abafadeiras da saúde da população portuguesa.
Esta mesma fundamentação podia muito bem estar a ser utilizada ainda hoje, a direita quer sangue, suor e lágrimas de todos os que não fazem parte da "classe", transferem com orgulho os custos para os de baixo e os lucros para os de cima, quando o grosso da população realizar que esta gente não interessa e que não vai ser com eles que se irá construir algo decente vão ganhar a força que falta para agarrarem as suas vidas com as próprias mãos.
ResponderEliminar«quando o grosso da população realizar» que para uns tantos de baixo poderem substituir uns tantos de cima é preciso passar pela miséria de quase todos, talvez se resolva a agarrarem as suas vidas com as próprias mãos em vez de ficarem à espera que lhas resolvam.
ResponderEliminarPara já, os que se decidem, emigram.
«Quando o grosso da população realizar»
ResponderEliminarRealizemos os factos
É que quem está por baixo são multidões, multidões imensas sobre as quais assenta a riqueza e a exploração duma elite predadora e sem escrúpulos.
É natural que , entre os tais 1% que detém a riqueza de quase todo o planeta, suscite preocupação o facto de poder ser posto em causa o seu estatuto de usurpadores. Porque a miséria existe, porque a distribuição da riqueza é o que é, porque uma extrema minoria vive do trabalho de quase todos, porque os custos são transferidos para os de baixo e os lucros para os de cima, há que mudar tal estado de coisas-
A invocação da "miséria para quase todos" se lhes mudarem esta pirâmide, faz parte do esforço para que tudo fique na mesma e que os tais 1% continuem como 1%
Antes a classe possidente era-o porque se assumia como deus. Depois a aristocracia tentou fundar a sua natureza de acordo com uma qualquer delegação divina. Hoje em dia pregam a desigualdade como substracto para serem mais iguais do que os outros.
O que os move é a sua posição nesta luta de classes entre quem explora e quem é explorado. Porque de uma luta sem quartel se trata, adivinha-se o seu suor de medo se as pessoas tomarem consciência da trampa em que vivem e resolverem agarrar as suas vidas com as próprias mãos.
Como há dias disse por aqui alguém ( in vivo veritas?) reproduzindo a conversa entre os joses desta vida, "no dia em que ganharmos todos o mesmo, é o dia em que todos ganharemos muito pouco".
Tão explicitamente revelador
( mas repare-se como fundadamente se foge do tema em debate. O SNS incomoda mesmo quem vive dos negócios da doença, do sofrimento e da morte)
Cuco & Associados, SPL, constituem a maior cambada de retardados imunes a qualquer representação do real.
ResponderEliminarEspécie de jihadistas do abstruso, senão se viram para Meca, não deixam de curvar-se em permanente contemplação do umbigo ideológico, onde sempre vislumbram radiosos horizontes.
Depois de um tal José explanar toda a sua frustração pelo facto de ver desmontados os seus arremedos argumentativos, podemos passar ao que se debate e ao desmascar sereno do que são os interesses privados ( à custa da doença, do sofrimento e da morte) no seu jeitinho de lógica dos mercados ?
ResponderEliminarAgradecendo que o dito José suba o nível argumentativo e abandone este ranger de dentes, que apenas o ridiculariza pelo estado tão evidente em que fica
Esse tal de José recorda-me aquela neófita e ingénua gestora que perante as câmeras das tv’s se descuidou e disse algo do género ——“Ah! Não sabe ? A seguir ao negócio das armas e da droga , a saúde é o negócio mais rentável” . Estava tudo dito . .. seu jose.
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