quinta-feira, 24 de maio de 2018

Hoje, no Porto

«Este livro é sobre o Portugal de hoje. Em vez da ansiedade que marca o debate corrente ou da busca de uma sentença singela, propõe-se uma atitude detida em que se juntem as várias dimensões de um problema complexo. Assenta em ideias simples: uma economia deve ser encarada como um sistema de produção e provisão capaz de criar riqueza, de a repartir de modo justo e de satisfazer as necessidades coletivas; a valorização do trabalho constitui o mais sólido mecanismo de inclusão social; a evolução resulta de deliberações explícitas ou implícitas, isto é, de formas de economia política.
Percorrem-se as caraterísticas estruturais da economia portuguesa, desde que nos anos sessenta se industrializou sem considerar o trabalho, coagindo a emigrar, passando pela democracia, que pela primeira vez criou massivamente emprego, e pela integração europeia, chegando à UEM e à financeirização que ela representa. É nestas últimas que se encontra a chave para compreender os problemas dos nossos dias.
»

Sessão sobre A Economia Portuguesa - Formas de economia política numa periferia persistente (1960-2017), com a presença do autor, José Reis, e apresentação por Carlos Pimenta (professor na FEUP). É na UNICEPE (Praça Carlos Alberto, 128-A), a partir das 18h15. A entrada é livre, apareçam.

3 comentários:

  1. "uma economia deve ser encarada como um sistema de produção e provisão capaz de ... satisfazer as necessidades coletivas; ..."
    Concordo com esta descrição, mas não faria sentido também referir "capaz de satisfazer necessidades e preferências individuais"?

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  2. «à UEM e à financeirização que ela representa»
    Eis o passa-desculpas geral da esquerdalhada, e de como o complexo se torna simples!

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  3. "...à UEM e à Financeirização que ela representa"

    Como pode uma evidência tão simples, provocar este reflexo condicionado que obriga ao uso do léxico habitual de jose?

    Fogo de vista para esconder factos ou passa-desculpas para abafar o que é evidente?

    Estas coisas tão, tão complexas que em nome da dita complexidade não querem crer que lhes denunciem uma coisa tão simples...A UEM e a financeirização que ela representa

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