«Fazia falta um livro como este. Um livro que analisasse a economia portuguesa de um ponto de vista diferente do pensamento dominante na União Europeia. Um livro que respondesse e desmontasse várias das premissas a que esse pensamento dominante tem recorrido para sustentar a sua narrativa da crise. Um livro que nos dissesse que não foram os portugueses os culpados pelo pedido de ajuda internacional em 2011. Um livro que nos mostrasse que esta foi uma crise diferente, que a estrutura produtiva nacional não saiu fortalecida dela e que não nos devemos iludir com as bases em que assenta o crescimento de 2,6% em 2017. Enfim, fazia falta um livro como este, que contivesse uma análise global (económica, social...) dos efeitos da crise e que não se limitasse a olhar apenas para os resultados financeiros do programa de ajustamento. Este é um livro corajoso e imprescindível, para quem quer dispor de outro olhar sobre o que efetivamente aconteceu em Portugal desde o início do séc. XX - e deseja conhecer a resposta à pergunta crucial que José Reis coloca: para que serve um país pobre?»
Do prefácio de Nicolau Santos ao recente livro de José Reis, A Economia Portuguesa - Formas de economia política numa periferia persistente (1960-2017), que será apresentado em Faro na próxima sexta-feira, 6 de abril, por Adriano Pimpão, professor e ex-Reitor da Universidade do Algarve, e Hugo Pinto, investigador do CES (Coimbra) e professor na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. A sessão de apresentação realiza-se na FNAC de Faro, a partir das 21h30. Estão todos convidados, apareçam.
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