Cobrindo uma lacuna do mercado, alimentado por uma gama de clientes cada vez mais alargada, já existem diversas marcas de produtos adaptados a uma "economia de marmita", em linhas atenuadas e elegantes, de design de qualidade, que aproveita os curtos espaços para a comida - não se deve comer muito entre dois turnos, que dá sono - e para os talheres, a guardar em pequenos estojos de borracha que podem ser laváveis quando chegar a casa.
E tudo em cores alegres, vivas, umas mais vermelhas, outras mais cristãs-democratas, outras anarquistas, dependendo das cores do clube ou do coração, que até dá gosto mostrar a marmita aos outros camaradas.
É tão bom o capitalismo...
Dantes eram só os trolhas, agora nesse transporte 'proleta' que é o metro, veem-se paletes de marmitas para além das escondidas na mala das senhoras. A maior parte delas não custarão tanto como é dito no post, mas é mais um nicho de oportunidade para alguns ganharem dinheiro à custa da austeridade. E com o apoio entusiastico dos nutricionistas do 'regime'...
ResponderEliminarNos kolkhozes a partir de 1966 os trabalhadores passaram a ter um salário para além da ração de batatas.
ResponderEliminarÉ tão bom o socialismo...
Caro Jose,
ResponderEliminarPor que será que eu sabia que ia reagir dessa maneira? Mas apraz-me pensar que, reagindo dessa maneira, está comigo contra esta ideia de que não se deve tornar os trabalhadores pobres. Quem trabalha deveria ter una remuneração que o impeça de ser pobre. Tentando, acho que conseguiremos concordar em muita coisa.
Caro João,
ResponderEliminarSeguramente estamos de acordo nesse ponto.
Mas a solução é melhor negócio e melhor trabalho, não são milagres de tirar do puco muito.
ResponderEliminarOxalá fosse a marmita o maior problema dos mais desfavorecidos!
Uso marmita porque a oferta de refeições por menos de 10€ é, em geral, muito má. Agora , as empresas com determinado número de trabalhadores deviam ter cantinas e com menus decentes.
Usar marmita não quer dizer... ganhar mal.
ResponderEliminarNem em Portugal nem em 1 ou 2 outros países da Europa que conheço melhor.
Anónimo das 13:49, recomendo-lhe a Província; por 10€ o nível é de dia de festa.
ResponderEliminarQuanto às cantinas, creches, habitações sociais, tudo isso é do tempo em que o Estado permitia que se lucrasse muito dinheiro e havia toda a flexibilidade para desfazer o que se tornasse insustentável.
O nível é de dia de festa?
ResponderEliminarInfelizmente as recomendações de jose não são de fiar.
A última vez tentou vender a ideia que nas "cantinas" da Legião portuguesa era um regalo e que serviam muito bem aos "clientes" do clube.
As restantes perguntas a propósito não tiveram resposta.
Partiu à desfilada
Quanto aos milagres... e o tirar do pouco muito
ResponderEliminarO que dizer de quem usa os bordéis tributários e os defende, mais os proxenetas em curso?
Parece que são precisos pelo menos 200 000 euros para o seu usufruto.
Estes tipos roubam. O pouco está reduzido a muitos. O muito a poucos.
E depois virão com o choradinho sobre o insustentável..
Para os outros claro. Porque para eles,o que é preciso é "melhor negócio" nas exactas palavras dum que também defende a fuga fiscal do grande patronato
"É tão bom o socialismo"?
ResponderEliminarIsso parece um grito desesperado de alguém desesperado.
Quando confrontado com a incapacidade do capitalismo dar respostas concretas e fazer sair da pobreza um cada vez maior número de pessoas (passa-se exactamente o contrário) o que faz este Jose?
Foge para os kolkhozes de 1966 e finge-se de lucas. Parece que por lá os kolkozianos só tinham direito a uma ração de batatas até 1966 Uns bandidos. E a injecção atrás da orelha esperava os mais velhos pela certa.
Quão desespero traduz este desespero para recuar mais de 50 anos para tentar limpar a trampa do capitalismo?
E não era que a sua "fuga " habitual era já esperada?
Mas temos aqui a marca indelével da trampa da sociedade que nos querem vender como boa fonte de negócios ( para eles) e de trabalho ( para os outros ...e quanto menor o custo deste, melhor para o lucro deles).
ResponderEliminarSem o querer e nas entrelinhas:
"Quanto às cantinas, creches, habitações sociais, tudo isso é do tempo..."
É isso que têm a oferecer. Um monte de nada para quase todos . Um monte de tudo para uma mão-cheia deles
E porquê?
O capitalismo chegou a uma situação em que a grande maioria das pessoas, os 99%, estão cada vez mais pobres e inseguros, com menos direitos, enquanto uma minoria de 1% detém 50% da riqueza mundial, controla a economia, as finanças, a opinião pública, o poder político, segundo os seus interesses, num regime que apesar da fachada democrática, não passa de um indisfarçável totalitarismo. O capitalismo tornou-se incompatível com o crescimento económico, com o desenvolvimento, com a própria democracia.
Há uma coisa que deixa esta gente lixada e que nunca foi desmentida:
ResponderEliminar"Não há memória de que algum dia um porta-voz dos capitalistas tenha admitido de boa mente que a produtividade aumentara o suficiente, que os negócios iam bem e que, por isso, havia espaço para aumento real dos salários e redução efectiva dos horários de trabalho".
"É tão bom o capitalismo"
ResponderEliminar5 700 000 000€ é o que o Sector privado de Saúde factura anualmente. Fazendo "negócio" com a nossa saúde.
Após a tentativa de liquidação do SNS pela dupla Passos Coelho/ Paulo Portas.
São só negócios. É vê-los a salivar
É tão bom o capitalismo:
ResponderEliminar"A companhia aérea espanhola exigia o teste de gravidez às candidatas a funcionárias antes de as contratar".
Que querem? São oportunidades de negócio e a Iberia precisa de aumentar as suas taxas de lucro
E assim não serão precisas mais creches
Um contributo para o combate à inanidade mental:
ResponderEliminarOs porta-voz dos trabalhadores representam pessoas, unidades tomadas por iguais a quem é proposto agirem em unidade.
Os porta-voz dos patrões representam empresas, unidades tomadas por diferenciadas a quem é proposto agirem em competição.
Sempre fica difícil a quem sempre se vê no meio do rebanho, entender a quem compete escolher o caminho.
Ahahah!
ResponderEliminarIsto nao é a sério pois não?
Mas não há ninguém que mostre a este Jose que a pedantice enfatuada misturada com a pieguice camuflada dá estas figuras tão tristes como cómicas?
Então e as associaçoes patronais?
Entao a CIP e quejandos? Entao e os interesses de classe defendidos acerrimamente pela classe possidente?
Isto tem que ser mesmo s brincar. E um exemplo para as pequenas empresas que se têm que libertar destes tubarões agora armados em vítimas tao pretensiosas como patetas
Para Herren Josés e quejandos o que deveria haver era QIMG: o Quociente de Inteligência Mínimo Garantido. Juntar-se-ia, assim. o útil ao desejável: o Estado praticaria, tão ao gosto do filantropo Herr José, uma obra de caridade e nós, por aqui, livrar-nos-íamos dos constantes enxurros de cloaca da amiba impenitente.
ResponderEliminarQuanto a oportunidades de negócio, ele há que esperar que alguma alma "empreendedora" lance o "kit de sobrevivência diária": meia carcaça dura com meia dúzia de azeitonas (pretas, para grande desgosto de Herr José que, certamente, as preferiria mais arianas) mal curtidas e, quando o rei fizesse anos, um naco (fino, muito fino, que isto não se pode habituar a gentalha a luxos de boca orientais) de toucinho.
Não contribuo para o combate à iliteracia.
ResponderEliminarRemeto para as Novas Oportunidades ou uma qualquer sinecura do género.
Unidades diferenciadas?
ResponderEliminarDiferenciados são os trabalhadores. Segundo os registos o primarismo e a iliteracia dos patrões são assustadores
A quem compete escolher o caminho?
ResponderEliminarIsto faz lembrar a competência das nobres e antigas famílias muito honradas e muito ricas, assim tipo Espirito Santos, tão a ver, a quem diziam que competia escolher o caminho.
Assim um caminho tipo BES, tão a ver?
Antes havia a nobreza, convertida num monte de parasitas , enfatuados e vazios.
ResponderEliminarAgora os patrões, convertidos nuns coitadinhos que têm a esmagadora tarefa de indicarem o caminho.
Para os offshores e para a concentração da riqueza, como dizia Marx.
Percebe-se. Eles são mais iguais do que os demais. E reivindicam os privilégios de classe.
Parasitas emproados, a arrotarem o mando do mundo
E se fossem tomar um café?
ResponderEliminarSempre ficam com energia para comentar mais uns posts, ou trabalhar se fôr o caso.
Ganham anos de vida e ainda ajudam a multinacional que plantou a notícia nos media internacionais.
No consumir é que está o ganho. E se não poderem ao menos comam brioches.
(TAEG 24,6%, não inclui seguro contra inanidades)
Mas contribuo eu para o combate à iliteracia e bebo de seguida um café. Algo que aconselho todos os demais a fazer
ResponderEliminarE se não PUDEREM ao menos não fiquem abespinhados com o curso do debate. Seguro contra as inanidades não há, embora se fique na dúvida se há quem os tente impingir
Definitivamente, Herr José está hoje com a veia literária agigantadíssima e brindou-nos com mais uma novíssima e brilhantíssima figura de estilo: a antonomásia. Não contribuir para a iliteracia alheia, caríssimo? Impossível, pois Vossa Excelência é, com as suas brilhantes e elucidativas intervenções, a consubstanciação da própria contribuição para a iliteracia.
ResponderEliminarQuanto a pausas para cafezinhos - e que me perdoe o anónimo comentarista se me escapa alguma intenção irónica na sua redação - o único problema do avanço civilizacional que é a utilização da marmita é o de esse avanço civilizacional poder ser imediatamente compreendido por aquilo que realmente é (um retrocesso civilizacional) caso a marmita fosse aquela, de cores menos berrantes e muito mais fria, porque de alumínio, que era utilizada pelos explorados operários e camponeses de antanho. Ou seja, a boa da classe-média deste país proletarizou-se definitivamente e bem podem, por motivos de "marketing", dourar a pílula com marmitas "cool"...
De avanço civilizacional em avanço civilizacional, os que hoje podem pouco e comem "brioches" vão amanhã poder nada: passarão do mastigar ao abocanhar, farão suceder ao "comer brioches" o "fazer brioches" à beira da estrada para ganharem uns trocados. É o "cool" efeito ascensional da colossal espiral descendente que assaltou a UE.