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post abaixo, o João Ramos de Almeida comenta o
Relatório Global sobre os Salários da OIT chamando a atenção para o facto do relatório mostrar que, “na Europa, o aumento dos salários tem ficado bem abaixo da evolução da produtividade”.
A este propósito, deixo-vos um gráfico que mostra a relação entre as duas variáveis em causa, salários reais e produtividade, mas apenas em Portugal.
Dezassete anos depois da criação da moeda única, a produtividade do trabalho aumentou cerca de 15% e os salários reais (ou seja, os salários nominais corrigidos do aumento de preços) menos que nada.
O Euro é, também, senão mesmo sobretudo, isto.
Como o euro foi criado a 1 de janeiro de 1999 e os valores do gráfico suponho que correspondem à média ou ao final dos respectivos anos, seria mais correto tomar como base de partida (para o índice 100) o ano de 1998. Assim não se perderia o primeiro ano do euro e se faria melhor a comparação com a situação anterior. No caso de valores no final do ano, o de 1998 corresponderia ao verdadeiro momento zero do euro.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarUm comentador anónimo deixou às 22:26 de 31 de Março de 2017 um comentário que, por engano, removi mas que reponho abaixo:
ResponderEliminar"Tem toda a razão, o euro é mesmo isso. O euro é sinónimo de agravamento da exploração (e, simultaneamente, de contenção do investimento). Mas no final de 2016 a moeda única ainda só tinha dezassete anos, não dezoito."
Agradeço o comentário acima. Post corrigido. Abraço.
ResponderEliminarUm texto que traduz uma capacidade de síntese notável
ResponderEliminarUm gráfico duma espantosa clareza.
Uma conclusão lapidar
Venham mais!
De facto o €uro foi um mau negócio para nós portugueses que tralhamos e vivemos do nosso salário.
ResponderEliminarQuem se der ao trabalho de ver o relatório da OIT poderá verificar que a perda de rendimento do factor trabalho (a partir de 2000) aconteceu na generalidade dos países desenvolvidos, como por exemplo no Reino Unido e nos EUA, e não apenas nos países da Zona Euro como alguns pretendem fazer crer.
ResponderEliminar.....
Os mesmos parece terem esquecido que a crise financeira de 2007/2008 teve origem nos EUA, cuja moeda é o dólar (e não o euro).
A produtividade vista como tendo por causa única a qualidade/desempenho do trabalho?
ResponderEliminarSerá que há memória do que era o dia a dia de quem trabalhava antes da chegada do euro?
Não seria honesto assinalar os ganhos e tornar claro quanto de errado resultou, não do euro, MAS DAS POLÍTICAS ERRADAS QUE O EURO VIABILIZOU?
Por termos políticos compradores de votos e guiados a grito, vamos culpar o euro?
Percebe-se a afobação do das 18 e 58.
ResponderEliminarExalta-se. Exige o uso da memória.Berra em defesa do euro. Diz aos gritos que o euro não é culpado, embora se distraia e admita depois que o euro é afinal culpado pelas políticas que permitiu viabilizar.
Depois, esquecido da sua própria gritaria, ai o temos a invectivar políticos guiados ao grito, não se sabe se os dele, ou da sua laia ou se o grito mais suave que constitui o dinheiro.Talvez esteja esquecido que os políticos que nos têm governado são da sua fornalha querida,pacotes de neoliberais,agentes dos interesses duma classe possidente venal que culminou com esses trastes de má memória de nome Coelho e Cavaco.
A memória é uma coisa tramada.
Cuco, fica-te com as tuas afobações e gritos, que a tua ladainha só me merece um esclarecimento que nem a ti - na tua permanente treteirice - é dirigido, mas aos incautos adormecidos pelos mantras esquerdalhos.
ResponderEliminarApós Abril, democratas são alguns, abrilescos todos os partidos, como abrilesca é a Constituição.
Isto implica manter a ficção de que a felicidade e a fartura está aí à mão, é só questão de 'medidas imediatas'.
A correcção desta cretinice é a dívida que com o euro tem problemas graves.
Daí o ódio ao euro.
Com uma moeda nacional a cretinice abrilesca poderia continuar indefinidamente e a esquerdalhada continua a pensar que o abrilesco os levará ao poder como nos bons tempos das quarteladas..
Em desespero de causa serve-lhes a geringonça com euro, UE e seus regulamentos, e vão adicionando doses cada vez mais escassas de tiradas abrilescas, que o odor a poder tudo justifica.
Vamos pôr os dois índices iguais a 100 em 2015. O que é que o gráfico diz agora? Os salários reais convergiram finalmente para a produtividade real do trabalho. Santo Euro!
ResponderEliminarEsta conclusão é tão válida como a do texto assim que vamos com calma com a sugestão e puxar um bocadinho pela cabeça antes de dizer que a diferença de taxas de crescimento diz alguma coisa sobre níveis
Herr jose invoca um cuco. Ainda por cima de forma familiar.
ResponderEliminarSe herr jose foi habituado a isto , a repetir em tom coloquial os recados que ouvia e ouve no locus familiar, na caserna ou onde quer que seja... que fique com eles
Mas não venha para aqui despejar o seu verniz educativo desta forma dúbia e mal assumida.
Passemos todavia a assuntos mais sérios.
Herr jose posiciona-se onde se posiciona. Pode fazê-lo desde que respeite os princípios constitucionais saídos da liberdade. Mas entendamo-nos. Herr jose foi apanhado com as calças na mão a 25 de Abril de 1974. É ele próprio que o diz. Não quer ser apanhado com as calças na mão de novo. Mas não pode para aqui vomitar impunemente o seu ódio a quem venceu o regime tenebroso em que viviamos.
O ódio, a raiva, o rancor a Abril está aqui desmesuradamente patente nas palavras desbragadas, tolas e tontas de herr jose.
ResponderEliminarVejamos até onde vai o seu extremismo :
" abrilescos todos os partidos"
A fúria anti-democrática é tanta que lhe dá para isto. Preferiria herr jose que só existisse a União nacional (Heil)?
Herr jose está a tentar esconder uma coisa muito simples.Os partidos representam classes sociais e seus interesses. Têm bases de apoio concretas , que podem ser mais ou menos precisas.
Quem detinha o poder a 24 de Abril e os seus serventuários, legionários, pides, patrões sem escrúpulos, colonialistas, criminosos de guerra, optaram pela sua representação nos novos partidos. Escolheram a "via" por onde viam os seus interesses continuar a ser defendidos. Uns é claro que optaram por tentativas de golpe de estado e por bombas. Outros optaram por uma via legal. Continuaram o seu trajeco. Pouco depois o poder económico dos Donos de Portugal voltava aos mesmos donos.
São factos. A prova provada é como Jose, um confesso admirador da pide e da sua "eficácia", defendeu e defende os ("abrilescos" no seu linguajar) que ocuparam o poder depois de Abril. As odes a Cavaco ou a Durão , a Santana ou a Relvas, a Nuncio ou a Portas, a Coelho ou a Cristas, a Borges ou a Albuquerque, aí estão para provar a falácia argumentativa do dito sujeito. Os passarões do anterior regime vão-se adaptando aos novos tempos. Como o fez herr jose, que de passeante com a bandeira nacional nas manifestações de desagrado aos canalhas que nos governavam, se assumiu agora como prosador ao serviço da Alemanha e dos seus interesses
Cai assim por terra a tentativa de imputar ao 25 de Abril a responsabilidade pela presente situação. Vivemos no capitalismo.Governado pelo lucro e pela exploração da mão-de-obra alheia. Em que a corrupção é endémica. E em que os passarões do anteior regime e seus descendentes vão tomando conta de toda a economia, pondo-a ao seu serviço e usando o seu poder político para o concretizar
O resto é o mantra dum ressabiado que tenta recuperar na íntegra (e se possível ir mais além) todas as regalias dum patronato reles e discricionário.
ResponderEliminarVeja-se como se expressa:
"manter a ficção de que a felicidade e a fartura está aí à mão":
-A felicidade sempre foi algo que as forças da Nova Ordem e da mão levantada abominaram. Os amigos de Salazar, os franquistas, tinham como berro de ordem o "viva la muerte". Está tudo dito.
-A "fartura" sempre foi algo procurado pelos que vivem da exploração do trabalho alheio. Por isso estes gestos pueris a esconjurar a "fartura" por quem quer que seja, menos para eles próprios, os "escolhidos", os donos disto tudo, os néscios e ventrudos grandes capitalistas. Quem não se recordará dos hinos tecidos por herr jose aos bordéis tributários, onde a fartura da sua classe pode estar confortavelmente a salvo?
A fartura é para "eles". Só com eles. De seu uso exclusivo e pessoal.
Quem se gabava com rancor de, em plena crise, ganhar numa tarde o equivalente ao salário mínimo nacional é precisamente aquele que agora faz o choradinho em torno da "fartura".
A luta de Classes a espreitar por detrás deste ódio desbragado
Mas vai mais longe herr jose.
ResponderEliminarDe súbito avança para uma declaração de amor pelo euro. Acusa os demais de "ódio ao euro".
Eis, desta forma desconexa, trapalhona e desbragada, como herr jose se contradiz e se desmascara.
Euro? Mas o euro não foi filho dos "abrilistas" como gosta de citar? Então agora herr jose está a defender filhos dilectos de partidos "abrilistas"?
E jose conclama o seu "amor" pelo euro?
O que se passa?
O ódio a Abril passa pelo ódio por quem o apanhou com as calças na mão . O seu amor passa por quem lhe garanta o status quo em que uns poucos usurpam todos os rendimentos. Um ódio de classe. E um amor de classe.
Duma clareza espantosa
Herr jose fala também em "dívida".
ResponderEliminarPergunte-se-lhe sobre qual dívida e qual a sua origem, que ele perde as estribeiras quando confrontado com dados concretos.
A dívida gerada pelos bancos laranja? BPN? BPP? BES? Banif? Swaps? PPP? Perda de receitas fiscais pelos perdões às grandes empresas? Perdas pelas privatizações para benefício de interesses privados?
Herr jose: A dívida privada que foi convertida em publica?
Herr jose. A dívida que gera mais dívida e pela qual herr jose se bate desta forma, qual verdadeiro representante dos interesses dos agiotas e dos credores?
Mas herr jose mais uma vez se denuncia.
ResponderEliminarDuma forma "candida" assume que os seus amores pelo euro têm não só a ver com o seu amor pelo neoliberalismo execrável, ocmo também pelo seu ódio a tudo o que cheire a independência de Portugal. Quer-nos subjugados, dominados, aperrados a um poder estranho, sujeitos ao porrete do Capital de que esta UE é o farol e o guia.
Inveterado, irritado, destrambelhado, com raiva e rancor , conclama :
"cretinice", "abrilesca", "quarteladas", "geringonça"," odor"
Eis a face vísivel dum vulgar vende-pátrias. O odor que cita denuncia-o.
Infelizmente para os seus objectivos ideológicos
"Vamos pôr os dois índices iguais a 100 em 2015"
ResponderEliminarPois é. Mas que fazer? O euro não nasceu em 2015 , mas sim... em 1999?