«Por alguma razão as relações laborais são reguladas pelo Código do Trabalho, não pelo Código da Colaboração.
Por alguma razão na Constituição da República Portuguesa o seu artigo 58 fala em Direito ao Trabalho e não em Direito à Colaboração.
Por alguma razão o feriado do 1º de Maio que celebra as conquistas laborais se chama Dia do Trabalhador e não Dia do Colaborador.
Parece-me cada vez mais claro que a utilização do termo colaborador em vez de Trabalhador serve, por vezes sem que quem o utiliza se dê conta, para mascarar a existência de classes sociais dentro de uma empresa ou organismo do Estado. Vai na linha da utilização da expressão, Entidade Empregadora, que tenta reduzir unicamente ao positivo a verdadeira expressão, Entidade Patronal.
Um trabalhador vende a sua força de trabalho tem, como os seus patrões, direitos e deveres. Um colaborador não vende necessariamente a sua força de trabalho e não tem nada na lei que regule a sua colaboração.
Bom dia de trabalho para todos.»
Pedro Mendonça, Pensamentos avulsos sobre Colaborador Vs Trabalhador
Muito bom
ResponderEliminarMuito bem! Plenamente de acordo.
ResponderEliminarPatrão e Trabalhador!
Capitalista e Proletário!
Nada de mariquices.
A questão subsequente é saber onde o máximo ganho comum e onde começa a perda comum.
Chame-se colaboração ao esforço de determinação desses limites.
Chame-se estupidez ao ignorarem-se esses limites.
Sempre pertinentes e esclarecedores estes "post". Obrigada.
ResponderEliminarHá uma boutade clássica para rematar esta discussão: "Numa organização, infelizmente nem todos os colaboradores trabalham nem todos os trabalhadores colaboram".
ResponderEliminarSe é verdade que as palavras trabalho e trabalhador têm um valor político enorme, parece-me que a expressão colaborador é mais promissora como bem ilustra uma vinheta imortal do Astérix e Cleópatra:
https://www.herodote.net/Dossier/AsterixCleopatre.php
É possível matarmo-nos a trabalhar sem produzir nenhum fruto ;-( enquanto o que queremos é que todos, trabalhadores e colaboradores trabalhem menos para produzir bens e serviços mais valiosos e assim viverem uma vida mais realizados.
Aprendi no Alentejo: "cada patrão, cada cabrão" será que têm razão?
ResponderEliminarcid simões:
ResponderEliminarTão apropriado para certos patrões.
Bastante pertinente este post mas existe o reverso entre patrão e gestor sendo que este ultimo urge em tomar forma jurídica adequada pois o que temos visto são demasiados patrões na verdadeira concepção da palavra (incapaz de planear a medio/longo prazo; organização deficiente maioritariamente de estilo familiar; feudal e sectária por defeito cultivando o fosso entre administração e produção olhando o trabalhador como um peso e nunca uma mais valia) para que a nossa economia passe a ser vista com respeito e competitiva.
ResponderEliminarDemasiados "sotôres" incompetentes encostados à competência das chefias intermédias e estas empurrando com a barriga a desmotivação dos trabalhadores reféns da porta que é a serventia da casa e que outro espera para entrar.
Tudo sempre na perspectiva de enaltecer "os de cima" e desprestigiar "os de baixo". Os sinais de decadência desta sociedade são perceptíveis e estão em todo o lado.
ResponderEliminar"A questão é saber onde o máximo ganho comum e onde começa a perda comum".
ResponderEliminarO que tem de comum quem tenta aproveitar ao máximo a exploração do trabalho alheio com quem vê assim expropriado o seu trabalho?
Sejamos frontais: quem fala em "colaboração" no esforço para a determinação desses limites é um patrão escolhido como perito para as questões laborais. E escolhido pelos grandes patrões.
Este tipo defendeu como "colaboração" o roubo de salários. E de pensões. E defendeu o roubo de feriados. E de dias de descanso. E defendeu o direito ao saque e a fuga aos impostos. E defendeu n coisas a favor dos tipos que lhe pagavam para defender a sua "colaboração".
Eram os limites dos ventrudos patrões a tentarem estabelecer os seus limites.
E chamavam "estupidez" aos que ignoravam esses limites com que que forçavam o "colaborar".
Um dos exemplos desta colaboração máxima ficou assim definida quando este mesmo sujeito tentou definir a máxima colaboração entre por exemplo banqueiros e depositantes e que se cumpria nesta frase lapidar:"os banqueiros são os seus depositantes"
Eis os limites a estabelecer para garantir a vida à tripa forra dos banqueiros, tendo como álibi...os depositantes.
( e para quem não respeitasse tais "colaborações"...este fulano defendia a aplicação da força bruta )
Num estudo de 8 de Dezembro de 2016, Eugénio Rosa demonstra que:
ResponderEliminar"1) Em Portugal, o nível de escolaridade da maioria dos patrões é inferior à dos trabalhadores (55,8% têm o ensino básico e apenas 21,7% o ensino superior, enquanto os trabalhadores 45,5% têm o ensino básico e 27,2% o ensino superior);
(2) Na UE o nível de escolaridade dos patrões é muito superior à dos patrões portugueses (apenas 17,5% têm o ensino básico);
(3) A baixíssima escolaridade dos patrões portugueses constitui um obstáculo sério à recuperação económica e ao desenvolvimento do país mas, apesar disso, ninguém fala nem se preocupa"
A falta de instrução dos patrões portugueses é um factor essencial à dinâmica empreendedors.
ResponderEliminarSe conhecessem todos os circunstancialismos daquilo em que se metem provavelmente pensavam noutra qualquer solução para as suas vidas.
Desde a comunada ao politicamente correcto são classificados do pior que pode ser-se em sociedade, e o Estado e os Tribunais sempre os acompanharão para que entreguem o que sempre é suposto ter sido roubado.
Desde a comunada ao politicamente correcto? Mais o estado e os tribunais?
ResponderEliminarE o das 09 e 55 assume-se como antítese dos comunas. E como politicamente incorrecto?
Pede-se ao sujeito em causa para se deixar de choraminguices e pieguices. O Estado foi posto ao serviço, não ao dso trabalhadores ou das pequenas e médias empresas mas ao serviço do grande patronato. De resto a posição de defesa da concentração do capital há muito que tem sido um dos leit-motiv do das 9 e 56.
E não há fiscais para acompanhar os desmandos dos patrões
Alguém já perguntou: não há nenhum estudo sobre a iliteracia dos peritos ao serviço da CIP , pois não?
Mas aquilo que diz o sr Jose justifica alguma coisa do denunciado por aqui?
ResponderEliminarCircunstancialismos e patati-patata