segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Prioridades para um país decente: combater as desigualdades e recuperar a confiança na governação

No Society at a Glance 2016, um compêndio de indicadores sociais publicado bienalmente pela OCDE, Portugal surge destacado pelos piores motivos em dois domínios: a concentração do rendimento e da riqueza pelos 10% mais ricos da população; e a baixa confiança dos cidadãos na governação (ver gráficos abaixo). Estes dois indicadores surgem frequentemente associados: a percepção de que o Estado é incapaz de combater a concentração da riqueza nas mãos de uns poucos (ou que contribui activamente para essa concentração) desligitima a acção dos poderes públicos aos olhos de uma parcela significativa da população. O problema é que isto gera um círculo vicioso, pois quanto menos confiança se tem no Estado, mais difícil se torna mobilizar a população para as reformas sociais que importa levar adiante. É por isso que um governo transformador não pode deixar de trabalhar nas duas frentes: distribuir melhor os recursos sem nunca menosprezar a importância de se credibilizar aos olhos dos cidadãos.




9 comentários:

  1. O segundo gráfico é uma treta, vale tanto como uma má sondagem.

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  2. Recomenda-se pois ao Governo em funções que se concentre na implementação das políticas e no objetivo de reestabelecer a dignidade das pessoas concretas (o que já se sabe será sempre insuficiente para alguns) e mantenha aqueles que gostam de excessos retóricos a um bom braço de distância... Não vale a pena gastar capital político em medidas que são anunciadas por pessoas que não fazem sequer parte do Governo e que desatam a dar tiros no pés da Maioria (incluindo nos seus)...

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  3. E eu convencido que aumentar a riqueza do país era a prioridade máxima!!!!

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  4. Aquele primeiro gráfico é um testemunho da bondade das percentagens:
    1o% de muito vale o mesmo que 10% de pouco.
    Quase comovente!

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  5. "O segundo gráfico é uma treta, vale tanto como uma má sondagem."
    Entre os 34 países que fazem parte da OCDE é mera coincidência que países como a Suíça, Luxemburgo e Noruega estejam no topo e Eslovénia, Portugal e Polónia estejam no fundo!
    Algumas pessoas são tão ridículas que até deveriam pagar imposto sempre que opinassem de forma tão ignorante e politizada.

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  6. E´ de facto assim, e já vem de longe, muito longe!
    Uma cultura predominantemente religiosa-católica que tem como principio e fim ignorar as capacidades do homem como fazedor de deuses e das coisas terrenas, de que os únicos poder e hierarquia estão no “além” - os Estados e respetivos governos não serão mais que paus-mandados desse “poder abstrato”.
    Cultura centenária desde o púlpito até a´ escola, mas reacionária e imperialista de “quanto menos estado melhor” tem a figura Reguladora do estado como “o inimigo número um”. Hoje, de uma forma ou outra todos, desde o multimilionário ao proleta a acolhem. De Adelino Silva

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  7. É um velho problema das democracias, em particular da democracia portuguesa, que este estudo, e os indicadores que ele mostra, de certo modo evidenciam: a força do poder político, ou a ausência dela, perante o poder económico concentrado nas mãos de uns poucos.
    Só instituições fortes e credíveis podem superar a desconfiança dos eleitores e, assim respaldadas pelo apoio e cconfiança dos mesmos, efetuar as reformas que se impõem e que permitem fazer face a este estado de coisas.

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  8. E porque é que o autor no primeiro gráfico não abordou os pontinhos pretos quadrangulares? Esqueceu-se?

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  9. Ora aí está uma boa pergunta de Ferreira.

    Talvez por não estarmos numa aula de estudos sobre gráficos mas sim a debater o tema que Ricardo Paes Mamede achou por bem trazer aqui, utilizando os meios e os dados que quis.

    Se quiser aduzir algo ao tema esteja Ferreira à vontade. Se não pode escrever para a posta restante nº 356 4787

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