Tudo parecia condensar-se numa tempestade para o Governo, mesmo que se saiba que as suas políticas ainda mal fizeram efeito. Os jornalistas estão ávidos de pontos de inflexão, sobretudo os que são claramente contra a geringonça. Na SIC notícias, José Gomes Ferreira confrontou António Costa com essa realidade. O jornal online que tem um olhar sobre o país e sobre o mundo” de acordo com os "princípios fundadores da Civilização Ocidental" – o Observador - coloca um texto da lusa, mas com uma foto do ministro das Finanças com um ar entre surpreso e admirado. Noutro texto é o próprio ministro da economia que parece um pouco atrapalhado...
Às vezes, as fotos dos artigos dizem mais sobre o que o editor do artigo pensa do que o próprio texto...
Mas o que aconteceu então? Há três maneiras de olhar para a "coisa" para perceber que não foi bem assim: 1) pelos números oficiais; 2) pelos valores oficiais corrigidos de sazonalidade; 3) pelos números não oficiais.
Comece-se pelo primeiro.
Em vez de olhar apenas para os valores do desemprego ou do emprego, olhe-se para a população activa e inactiva.
Mas o aumento da população activa pode significar muitas coisas: nos dois extremos, o desemprego pode estar a subir e o emprego a cair, bem como o contrário. E isso é verdade. Então passe-se ao microfenómeno dos valores do 1º trimestre de 2016.
O emprego continua com variações positivas (continua a
subir) e o desemprego com variações negativas (continua a descer). O que se
passa é que o emprego parece estar a subir menos rapidamente e o desemprego a
descer mais rapidamente. Portanto, estamos a olhar para um pormenor da tendência.
Mas mesmo assim conseguiu-se extrair das análises que o mercado de trabalho
estava pior.
Aqui convém olhar para a sazonalidade.
A nota do INE ajudou à confusão quando, apenas no final,
refere que “nestas estimativas trimestrais foi considerada a população
com 15 e mais anos, não sendo os valores ajustados de sazonalidade”. Ou seja,
os valores não tiveram em causa os efeitos sazonais da actividade económica e
os movimentos cíclicos que habitualmente apresentam. Ora, o desemprego tende a
subir no 1º semestre do ano para descer depois, com o verão. O
primeiro-ministro não respondeu dessa maneira e preferiu sublinhar que a
criação líquida de emprego era positiv. Já o ministro da Economia respondeu
assim, mas não apresentou valores. E tudo deu um ar de estarem à defensiva, a
ver se escapavam da turbulência.
Um amigo meu – que nem sequer está
próximo do Governo - teve o cuidado de me enviar uma série já corrigida de
sazonalidade. E o que se verifica nessa série? Verifica-se que, de todas as
formas de desazonalidade das séries, os valores descem no 1º trimestre de 2016.
Mesmo a taxa de desemprego passa de 12,0 para 11,8%. E no emprego aconteceu o mesmo. Em vez da
descida, temos uma subida.
Faça-se os gráficos.
Tem isto afinal tanta importância assim face ao volume do
emprego e do desemprego?
Possivelmente não, porque se trata de um instante no
ciclo. A questão é saber se se estará
num momento de mudança de ciclo. De inversão.
E é aqui que as coisas ganham mais importância. Porque é
precisamente isso que o Governo da geringonça quer influenciar – influenciar o
ciclo económico quando nos nossos parceiros comerciais a economia está a
arrefecer. E isso que a direita e as instâncias comunitárias parecem tentar ao
máximo evitar que aconteça.
É que se justapusermos a evolução do emprego oficial (e do desemprego
que, nesta fase, funciona como um simétrico do emprego), com a evolução da
procura interna (em volume, ou seja, expurgada dos preços), verifica-se uma
certa sintonia de tendências.
Esta sintonia é normal, tendo em conta
que a procura interna representa, mesmo nos últimos 5 anos, cerca de 100% do
PIB e que nas actividades associadas à procura interna, nomeadamente da área
dos serviços, existe uma correlação muito forte entre crescimento/quebra da
actividade e crescimento/quebra do emprego.
A evolução positiva da procura externa
no período anterior a 2015 permitiu atenuar em parte os efeitos negativos no
emprego provocados pela quebra da procura interna. No entanto, a procura
externa representou, nos últimos 5 anos, apenas cerca de 38,5% do PIB. Ou seja:
embora algumas das suas actividades da área dos serviços, com destaque para a
hotelaria, tenham uma forte associação com a criação de emprego, o seu peso
global é insuficiente para influenciar de forma decisiva o andamento do emprego
global na economia. Com a quebra recente da procura externa, o dinamismo do
mercado de trabalho torna-se mais dependente do andamento da procura interna.
Olhe-se para o sintonia das linhas:
Quer dizer, há uma sintonia, mas as coisas parecem estranhas.
Não se trata de uma sintonia muito correlacionada. Em 2014, por exemplo, o
emprego parece ter crescido mais do que proporcional face à evolução da procura
interna. Tal como em 2015.
Talvez conviesse olhar para os valores de outra forma. Para
outros valores mais reais. Em épocas de crise, nem sempre os indicadores
oficiais são os mais fidedignos em termos de tendência.
Os valores estatísticos oficiais seguem critérios
estatísticos harmonizados ao nível da UE e têm tido, ao longo do tempo – obviamente
- critérios políticos. A Comissão Europeia não é um organismo acéptico. E vão
se impondo conceitos estatísticos que desvalorizam, subavaliam a realidade do
mercado de trabalho, nomeadamente a dimensão do desemprego. A Europa não lida
bem com o desemprego e, sobretudo, não lida bem com os números que revelam a
ineficácia das suas políticas.
Em vez dos conceitos oficiais, tente-se ir mais além. Em vez
do número de desempregados oficiais, considere-se igualmente como desempregados
todos aqueles que trabalham pelo menos uma hora por semana e que gostariam de
trabalhar mais horas (subemprego visível); os desempregados que não procuram
trabalho (desencorajados que são por isso considerados inactivos); os desempregados
que declararam estar – por diversas razões - indisponíveis para trabalhar
(sendo por isso considerados inactivos); e ainda os “desempregados ocupados”
pelo IEFP em estágios e que, após 2011, segundo as regras comunitárias, são
considerados como inequivocamente empregados. Esta última parcela é a mais
polémica porque se trata de uma estatística administrativa do IEFP, cujo valor
se está a somar a um valor estimado por amostra, no inquérito ao emprego do INE.
Mas pressuponha-se que a amostra do INE, usada para o inquérito do Emprego, está
bem calibrada e que tem em devida conta esses desempregados “ocupados”.
Subtraia-se então ao número dos empregados os subempregados
e os estagiários do IEFP; some-se essas duas categorias de pessoas ao desemprego
oficial, bem como todos aqueles inactivos anteriormente mencionados; e
subtraia-se aos inactivos esses desempregados tidos como inactivos. E agora
tente olhar-se para o que aconteceu desde 2011.
Para evitar em parte o problema da sazonalidade,
construiu-se as variações homólogas em cada trimestre, em valores absolutos
(milhares de pessoas).
Quando se considera essas novas realidades estatísticas, em
que a sintomia parece mais ajustada, é óbvia a leitura:
1) A retoma do emprego só aconteceu um pouco mais tarde,
quase no final do 2013;
2) o desemprego gerado pelas políticas adoptadas pela troika
e pelo governo PSD/CDS foi mais pronunciado do que o mostrado pelas
estatísticas oficiais;
3) a queda do emprego foi mais pronunciada do que as
estatísticas oficiais mostraram;
4) a recuperação do emprego foi menos pronunciada do que
mostraram as estatísticas oficiais, não abrandando após as eleições e não
estando com uma tendência de descida, pelo menos até ver;
5) a descida do desemprego não está a abrandar como mostram
as estatísticas oficiais, pelo menos até ver;
6) a evolução do emprego (e do desemprego) parece estar numa
maior sintonia com o andamentoda procura interna.
A evolução do desemprego nas diversas formas de o
quantificar – incluindo as novas inscrições de desempregados nos centros de
emprego – mantém a mesma tendência: de decréscimo.
Ou seja, tentar criar obstáculos à expansão da procura
interna, vai se traduzir num menor emprego e num maior desemprego. É isso que
quer a direita nacional e internacional? Em princípio, diríamos que não. Ninguém
em seu perfeito juízo pode defender algo parecido. Mas que mal haveria se isso
acontecesse às mãos do Governo da geringonça? Até talvez calhasse bem, não era?
Irmãos desavindos desfazem governo e a direita salvadora viria recuperar o
poder...
E já nem falo de ter sido a subida do desemprego precisamente
o objectivo da política seguida pela troika e pelo Governo PSD/CDS – como forma
de criar uma pressão objectiva no “custo” da força de trabalho. Está nos
documentos oficiais do FMI. Veja-se o desastre que nos aconteceu ao longo deste
período de reinado da direita, de uma direita nacional devidamente enquadrada
pelas noções da direita europeia, patente nas linhas de intervenção da troika.
Parta-se do momento zero: o 1º trimestre de 2011. A partir
daí, o desemprego em sentido lato subiu exponencialmente à medida que iam ser destruídos
postos de trabalho. Depois, começou a ser absorvido, mas não sobretudo à custa
de um maior emprego, mas mais de uma maior emigração. Para se atingir o nível
de 2011, aida teremos de criar 400 mil postos de trabalho e ainda fazer subir a
população em 200 mil pessoas, potencialmente mais 200 mil activos. E com isso nem
teremos absorvido os choques da crise de 2008/09. De dimensão semelhantes. Ora,
se isto não foi premeditado, foi uma imensa incompetência.
Portugal está à abeira de um desastre e a direita apenas
sonha com reganhar o poder, à custa da queda do emprego e da subida do
desemprego. Novamente.
PS: Há alternativa às políticas da PaF dentro dos compromissos europeus.
ResponderEliminarAguardemos portanto.
A redução de cobertura das exportações sobre as importações deverá também ter tres explicações. Que são?
ResponderEliminarO progresso está aí.
ResponderEliminarTodos são burros menos a geringonça!
O entusiasmo é contagiante!
A rendição dos credores é o passo seguinte!
http://5.fotos.web.sapo.io/i/N0508bad7/19614893_EDMMc.jpeg
ResponderEliminarCom a direita portuguesa a tentar destabilizar política e socialmente, e a U.E. a manobrar por fora a economia do país, se juntarmos a incerteza da capacidade dos partidos que apoiam este governo
ResponderEliminarse aguentarem no essencial, e ainda numa conjuntura político-económica internacional desfavorável, o mais que pode acontecer e´- de duas uma - sair da U.E. de cabeça erguida ou ser vergonhosamente atirado para o meio da rua.
A meu ver somente a primeira hipótese tem viabilidade. De Adelino Silva
ó das 17 e 33:
ResponderEliminarTodos são burros?
O entusismo é contagiante?
A rendição dos teus é o passo seguinte?
Mas são estas alarvidades em letra de forma que dão resposta ao post de João Ramos de Alameida?
Cerca de uma hora depois, ciente da vacuidade da sua vacuidade argumentativa resolve o das 17 e 33 postar um outro post. Pelas 18 e 44.
ResponderEliminarSó que não é um post. É um gráfico Um gráfico. Logo ele, que tem centenas de diatribes contra os gráficos.
Mas mais uma vez? É "isto" a resposta ao texto fundamentado do JRA? Um gráfico à procura da porta dos fundos com que se tenta apagar as evidências, fugindo feito poltrão para os braços do BCE?
O gráfico das 18;14 tem um factor distintivo essencial: a simplicidade!
ResponderEliminarNão tem pressupostos, inquéritos, combinações de variáveis: é tão só uma cotação sobre o as políticas da geringonça.
No essencial testemunha a palermice alternativa que dá pelo nome de política geringonçosa.
O gráfico tem a "simplicidade dos "simplesmente Maria"
ResponderEliminarFalta-lhe o substracto. A ánálise. O processo analítico. O estudo. O senso crítico
No essencial testemunha a palermice de quem anda a arrastar-se atrás do "senso comum" dos medíocres e dos politiqueiros da PAF.
Mas mantém-se a pergunta:
ResponderEliminarÉ "isto" a resposta ao texto fundamentado do JRA? Um gráfico à procura da porta dos fundos com que se tenta apagar as evidências, fugindo feito poltrão para os braços do BCE?
Agora travestido de slogan em jeito de gráfico?
Mas são estas alarvidades em letra de forma que dão resposta ao post de João Ramos de Alameida?
Por falar em BCE, diz que já lá tem cerca de 1/3 da dívida pública portuguesa e daí não pode passar.
ResponderEliminarPor cá vai crescendo o potencial 'grupo dos lesados da dívida pública', coisa para daqui a cinco anos, já fora da protecção da afamada política alternativa.
Sabe-se que o servilismo perante o BCE põe alguns em cuidados redobrados para o citar em todas as ocasiões de propaganda a preceito.
ResponderEliminarMas o silêncio sobre o apresentado pelo João permanece e não deixa de ser cómica este atirar para o canto em que se fala de coisas como o "não pode passar" e o "potenciar e os lesados da dívida pública e a afamada política alternativa"
Mas esperem. Não foi este tipo, que anda agora a arranjar rodriguinhos made in BCE, que andou a potenciar mais a dívida pública à custa dos negócios privados dos colégios?
Caro José,
ResponderEliminarNão se convença de que estou a tentar convencer alguém - e a si - com ideias mastigadas e enxertadas. Estou a tentar encontrar caminhos alternativos porque há década e meia que vemos o nosso desemprego crescer, sem que seja devidamente atacado. E esse deve ser o nosso assunto: como acha que podemos crescer e gerar emprego?
Neste capítulo, se a direita foi este PSD/CDS, acho que provaram que nada tinham preparado, ao contrário do que dizia Catroga em 2011. Tudo correu mal, até que abandonaram o seu programa. Que não nos convençam agora que temos de retomar o que abandonaram em 2014.
Não acha que devíamos pensar juntos nalguma coisa diferente?
Senhor Cristóvão:
ResponderEliminarPerguntou: «A redução de cobertura das exportações sobre as importações deverá também ter tres explicações. Que são?»
Pode encontrar aqui mais do que três explicações, pois a desaceleração da economia portuguesa e das exportações já se faziam sentir ao longo de todo o ano de 2015, como nos diz o jornalista de economia João Silvestre, num excelente artigo, muito sereno e muito explicativo, sobre a evolução da economia portuguesa (Ver jornal Expresso, Caderno de Economia, p. 6).
Angola, menos 45%
China, menos 32,9%
EUA, menos 9,6%
Alemanha, menos 4,5%
Para além da paragem pontual na refinaria da Galp em Sines neste período.
E da Autoeuropa ter eliminado um turno de produção devido ao abrandamento do mercado chinês que absorve a maior parte da sua produção.
O senhor Cristóvão deveria conhecer o papel destas duas empresas e produtos nas exportações da frágil economia portuguesa.
Manelzinho, então? «ao longo de todo o ano de 2015»?
ResponderEliminarSerá que a austeridade estava a ser progressivamente diminuída, aumentando a procura interna, quando as exportações só desaceleram a partir de Agosto?
ResponderEliminarA governança falhou. Com todo o fragor.Para mal de todas as ambições dos que andaram e andam a vendê-la como única alternativa.
ResponderEliminarPor exemplo a 29 de Setembro de 2015, em vésperas de eleições dizia o das 21 e 22:
"Talvez mais útil fosse continuar com a troika". Um suspiro conivente com os mandantes do país e com as políticas austeritárias, claro está, a ansiar por mais do mesmo. E mais alguma coisa que agora não interessa.
Mas relembremos o passado recente:
A direita foi ao ponto de acusar que um governo do PS apoiado à esquerda seria um "golpe de Estado". Mas um "golpe de Estado" contra quê? Contra "a tradição"! De cabeça perdida, escudou-se nos mais atamancados argumentos com o objetivo de destruir a hipótese de um governo que corrigisse alguns dos desmandos da direita no poder e consequências da austeridade"
Isto são factos.
"A diatribe de P. Portas à saída de Belém, dizendo que "um governo PS pode ter expressão numérica mas é ilegítimo", mostrou a desorientação da direita que não conseguia articular um raciocínio lógico e ainda menos conforme à Constituição, que procurava tripudiar a seu contento.
ResponderEliminarMuito simplesmente a direita não aceitou a vontade expressa de 2,7 milhões de eleitores contra as suas políticas não hesitando em fazer apelos a conflitos das instituições da UE e outras com um governo que não fosse o seu. Para a direita, o acordo do PS seria contra o voto dos portugueses, ou seja 1 milhão de eleitores não só não teria direito a ser governo como nem sequer lhes admitiam apoiar um governo! O recurso ao absurdo e o hábito de mentir da direita tornou-se uma segunda natureza"
É inútil citar aqui a raiva e o ódio que a direita e a extrema-direita têm a esta solução governativa.Chamam-na ainda de "geringonça". E mal conseguem pronunciar o nome sem lhe aconchegarem um ou dois insultos soezes. É ler o que se escreve no bas fond das ditas ou o que escreve por exemplo o das 21 e 22
Pois bem, vejamos então o que justifica o que se diz da Direita:
ResponderEliminar1 - O PS que governa não representa a maioria dos seus votantes; é bem mais esquerdo e só é suportado pelo partido, porque manda a regra de que vale tudo para alcançar o poder e prover de lugares os militantes.
2 - Os acordos da geringonça traduzem bem o quanto se trata de um acordo discordante, algo novo e inusitado que, sendo antes demais de recusa do PaF, incorpora uma mera partilha de medidas a gosto das partes componentes: os soungbytes para o BE, os transportes para o PC e a treta para os treteiros.
3 - Trata-se assim de um projecto em que o país é o terreno de partilha de interesses e nenhuma política é definida e acordada que aponte um caminho que a prazo e coerentemente o conduza a uma situação de soberania e bem-estar.
Sendo isto a Geringonça que hoje se pode confirmar ser, não era preciso grande talento para prever o que ela seria aquando do seu anúncio.
Os 2,7 milhões não são chamados a suportar aquilo que os partidos em que votaram não alcançam em definir, salvo a exclusão do PaF. Que isso legitime políticas idiotas ou suicidas, vai a distância entre a legalidade e a legitimidade.
Em conclusão, a Geringonça é um aborto político e vai dar um mau resultado.
A prova provada da indigência democrática de alguns está aí em cima plasmado às 10 e 57.
ResponderEliminarExigem-se conhecimentos mínimos do funcionamento da democracia. Conhecimentos também da legalidade constitucional.E conhecimentos cívicos básicos.
Compreende-se que a formatação ideológica do sujeito remonte ao tempo do fascismo, de que não esconde nem a admiração nem a subserviência. Mas desta compreensão não se pode passar nem à aceitação nem ao silêncio perante estas tretas anti-democráticas
Arranjar patetices à Portas, sobre o que o PS representa ou não, nem merece resposta. São os eleitores que validam ou não a praxis dos vários partidos. No passado, agora e no futuro que se adivinha. Pelo que a frase "a regra de que vale tudo para alcançar o poder e prover de lugares os militantes" é um juízo boçal e malcriado, pesporrento e com a carga ideológica típica referida acima. Não traduzindo nada mais do que o rancor pelos resultados eleitorais. Estamos a julgar factos e não o breviário salazarista/ passista
Os acordos da referida geringonça têm uma tradução política, numérica, real e concreta na assembleia da república, logo na formação do governo.
ResponderEliminarA tradição que se invoca, escondida atrás dum acobardado "algo novo e inusitado" é o reflexo da cabeça perdida citada aí em cima. As soluções encontradas encontram substância na legalidade, na legalidade democrática e na legitimidade.
O que incorpora está escrito. O seu âmbito também.
O mais do resto são manifestações patetas do ponto de vista formal, sem conteúdo do ponto de vista substantivo e rancorosas, com aquele hálito ideológico característico.
Quanto ao aborto, isso é algo do foro pessoal do dito ressabiado e com o seu perfil salazaristo/passista.