Aqueles valores verdadeiramente astronómicos correspondem a cerca de 1/4 do rendimento gerado anualmente em todo o mundo. É riqueza que permanece quase integralmente oculta, quase sempre com objectivos pouco honrados - que vão da evasão fiscal à lavagem de dinheiro com origem criminal, passando pelo financiamento da corrupção e do terrorismo.
Os impostos que ficam por cobrar todos os anos correspondem a um valor próximo do PIB português (189 mil milhões de dólares). São receitas perdidas que têm de ser compensadas com mais impostos sobre quem efectivamente os paga e/ou com a redução dos serviços públicos.
Quem ainda julga que isto é um problema causado por práticas adoptadas em destinos exóticos - Panamá, Ilhas Caimão e outros que tais - desengane-se. Países como os EUA, o Reino Unido, a Suíça e o Luxemburgo são responsáveis por uma parte substancial dos impostos que ficam por cobrar devido à opacidade de alguns dos serviços financeiros que prestam.
É precisamente por terem os seus principais actores no seio dos países mais ricos que os offshores continuam a existir - e que as medidas anunciadas após cada escândalo (LuxLeaks, SwissLeaks, Panama Papers, etc.) ficam sempre muito aquém do que seria necessário para acabar com esta pouca-vergonha.
É preciso lembrarmo-nos disto cada vez que nos exigirem que apertemos o cinto.
Caro Ricardo Paes Mamede:
ResponderEliminarÉ por causa destes «casinos» que não há investimento produtivo, só há investimento especulativo.
E bem pode o Passos e seus acólitos apregoar que é preciso criar condições favoráveis para atrair investimento (baixar salários, reduzir impostos às empresas).
Só isto (estes «casinos») explica que, apesar de 4 anos deste discurso passista inconsequente (e da respectiva prática: baixar salários, reduzir impostos às empresas), o investimento em Portugal tenha atingido o nível mais baixo desde 1985.
O novo ministro da cultura explica muito bem, no poema abaixo, porque muitos de nós continuam a pensar o que pensam, a repetir acriticamente mentiras (que ouvimos na televisão e na rádio ou lemos nos jornais) como se fossem verdades:
«O quotidiano não cega
Nós é que andamos distraídos.
Não pensamos, ouvimos falar na televisão
pessoas que pensam que estão a pensar
e assim ganham a sua vida.
Dói-nos a vida mas dizem que merecemos,
porque pensámos em viver do mesmo modo
que as pessoas que pensam que estão a pensar
e falam na televisão.
Agora as pessoas que pensam que estão a pensar
e ganham a vida na televisão
dizem-nos que perdemos a nossa
e é bem feito
e ainda devia doer mais!
O quotidiano não cega: nós
é que estamos distraídos».
(Luís Filipe Castro Mendes, próximo Ministro da Cultura)
"É preciso lembrarmo-nos disto cada vez que nos exigirem que apertemos o cinto."
ResponderEliminarTambém é preciso lembrarmo-nos disso antes de assinar declarações conjuntas contra a austeridade na Europa (http://www.tsf.pt/politica/interior/costa-e-tsipras-assinam-declaracao-conjunta-contra-a-austeridade-na-europa-5120471.html): não era preferível assinar declarações conjuntas contra os offshores?
E eu pensar que andava a viver acima das minhas possibilidades.
ResponderEliminar«Não era preferível assinar declarações conjuntas contra os offshores?»
ResponderEliminarE uma coisa invalida a outra...? Não me parece.
Sendo já oficial que somos iguais à Grécia, fica clara e confirmada a utilidade dos offshores: pôr a salvo de políticos treteiros e vigaristas as poupanças de quem não quer dar para tais peditórios.
ResponderEliminarSomos iguais à Grécia?E é oficial?
ResponderEliminarAhahah!
Pobre tipo. Não lê, treslê. Ou nem isso.
Entretanto digam-lhe que o SNI já acabou e que as notícias já não têm confirmação deste tipo. Agora restam apenas tipos com tais informações
Registe-se o apoio dum a este sistema que desvia "valores verdadeiramente astronómicos (que) correspondem a cerca de 1/4 do rendimento gerado anualmente em todo o mundo. É riqueza que permanece quase integralmente oculta, quase sempre com objectivos pouco honrados - que vão da evasão fiscal à lavagem de dinheiro com origem criminal, passando pelo financiamento da corrupção e do terrorismo."
ResponderEliminarA direita-extrema a assumir-se a si e aos seus objectivos. Curiosamente a mesma direita-extrema que acusava os portugueses de gastarem demais e que berrava em voz alta pela troika, em vários dialectos,incluindo nos dos colonizadores.
"Os impostos que ficam por cobrar todos os anos correspondem a um valor próximo do PIB português (189 mil milhões de dólares). São receitas perdidas que têm de ser compensadas com mais impostos sobre quem efectivamente os paga e/ou com a redução dos serviços públicos.
ResponderEliminarO que seria necessário para acabar com esta pouca-vergonha?
É preciso lembrarmo-nos disto cada vez que nos exigirem que apertemos o cinto".
Ora o das 15 e 14 passou o tempo a dizer isto, em variadíssimos blogs e em variadas formas. Também em prosa, também em poesia. Geralmente aos berros, quase sempre agastado, oasionalmente piegas.
E quando o contrariavam por vezes respondia assim:
"Não tens vergonha nas trombas, sabujo, vigarista!...
Pobre esquerdalho demencial, a minha crispação equipara-se à que ocorre quando vejo um vómito no meu caminho".
Uma auto-definição precisa para um que se assume como defensor do terrorismo económico
A ignorância militante imagina os paraísos fiscais como grandes cofres cheios de notas, moedas e ouro, uma espécie de Tesouro nas Caraíbas.
ResponderEliminarTodos esses valores estão espalhados pelo mundo, a alimentar dívidas de Estados de treteiros e a pagar impostos sobre rendimentos.
O que não correm é risco de confisco, o que evitam são os cretinos dos impostos sobre a fortuna, o que acautelam é que a penhora decorrente de avales e outros riscos garantam a subsistência de quem corre riscos de investimento.
Também acolhem a corrupção de funcionários públicos e seus associados e cobrem outras actividades criminosas.
Mas nada como meter tudo no mesmo saco e fazer públicas proclamações da gana com que o povinho de esquerda ambiciona deitar-lhes a luva, para consolidar e promover a sua existência!
Rir no Casino Estoril o maior antro de corrupção e de traficância de influencias, investiguem o pagamento de casas a juízes através de OFFSHORES para desmantelar o despedimento colectivo ilegal.e como o homem do cachimbo tenta nos média dar ar de boa pessoa.
ResponderEliminarAh!
ResponderEliminarEstas pieguices face aos offshores com que pieguicimamente o das 19 e 34 trata os usurários dos ditos cujos.
As lágrimas afloram os olhos perante este espectáculo comovente desta pieguice lamechas face aos desvalidos da vida obrigados a aferrolhar o seu dinheiro nos offshores.
O que levanta dúvidas legítimas sobre os particulares interesses de quem assim fala.
Este, enquanto chora por estes "coitados" exprime o seu ódio a quem vive do seu trabalho e que no linguarejar destes amantes do crime vivem acima das suas possibilidades.
Cada vez mais claro
Muito ricos, ricos, remediados, pobres e muitos pobres são todos necessitados de ter mais e mais Pilim. E´ patologia?! Esta´ no ADN do ser humano?!
ResponderEliminarEsta coisa chamada de “Panamá Papers” veio demonstrar, pela enésima vez, que o capitalismo e´ objectivo na sua ansia de ser senhor do mundo “O Capital não tem pátria”.
Como sairemos deste sistema?
Por vezes falo em Revolução… mas a Historia esta´ cheia de revoluções…sendo que estas são localizadas, continuando o resto da humanidade no seu ritmo pachorrento…de Adelino Silva
Acolhem a corrupção de funcionários públicos?
ResponderEliminarMas com toda a certeza que sim.Há-os também,corruptos. Mas e as outras actividades criminosas?
Porque a maior parte são empresários que fogem aos seus deveres fiscais. Ou são empresários corruptos.Ou são empresários ligados ao tráfico de drogas.Ou são empresários ligados ao tráfico de armas.Ou são empresários que se comportam como canalhas.
Depois a corrupção de membros do governo e de altas entidades governamentais não é de "funcionários públicos". São de funcionários de grandes interesses económicos em governação a mando de tais interesses.Por exemplo ninguém se lembraria de dizer que Relvas é um funcionário público.Ou Maria Luís Albuquerque. Ou Mexia.Ou Catroga. Ou Paulo Portas. Ou o banqueiro agora apanhado, um tal Conde.
Mas cá para nós,esse odiozito aos FP faz lembrar o ódio dos nazis aos judeus. Que como se sabe também se consideravam acima dos demais. Que de resto procediam como se fossem donos do planeta,pois precisavam do tal espaço vital.
O algodão não engana.Eis o retrato bestial da besta
Um insuspeito comentador , José Pacheco Pereira, dá a resposta ao sujeito que defende os offshores:
ResponderEliminar"Os offshores são, antes de tudo, do crime, da lavagem de dinheiro, da fuga ao fisco, uma questão que significa para as democracias a perda de um princípio básico – o de que o poder político legitimado pelo voto e pelo primado da lei se sobrepõe ao poder económico. Por isso, tratar a questão dos offshores apenas como sendo de natureza fiscal e andar às voltas por aí é já um mau ponto de partida.
A questão que muitas vezes é iludida é que não existe uma única razão económica sólida para que hajam offshores. Para que é que eles servem para a economia, para a produção, para o emprego, para a indústria, para o comércio, para o investimento limpo? Nada. Tudo aquilo para que os offshores servem é para esconder dinheiro e os seus proprietários, para esconder a origem do dinheiro, através de um conjunto de fachadas anónimas que depois vão desaguar aos grandes bancos sediados na Suíça ou em Londres".
Adivinham-se interesses ocultos pessoais por detrás desta defesa dos offshores
" Trata-se de comparar o dinheiro dos offshores com o dinheiro dos terroristas. Um rouba, em grande escala, Estados e povos, o outro mata. Um mata à fome em África, outro nas ruas de Paris ou em Nova Iorque. Um destrói economias, poupanças, classes médias criadas com muitos anos e esforços para progredir, outro escraviza povos e reduz a ruínas países já muito pobres. É uma comparação que admito ser excessiva, mas, se partirmos dela, talvez possamos compreender (ou não) por que razão aquilo que se admite em termos de recursos de investigação, penalizações duríssimas, confisco de bens do crime ou da droga, ou da corrupção ou da fuga ao fisco, e se aplica ao dinheiro do terrorismo, se pode aplicar ao dinheiro ilegal dos offshores. Ah! Já estou a ouvir em fundo: «Mas muito desse dinheiro é legal.» Ai é? Então, qual é o motivo por que em vez de estar inshore vai para os offshores?"
ResponderEliminarJosé Pacheco Pereira.
As ligações da extrema-direita com as várias formas de terrorismo mantêm-se.
Os offshores têm sido tão úteis para os revolucionários, resgatadores de pátrias. ingratos!
ResponderEliminarEsteve absolutamente preciso no programa "numeros do dinheiro" desta semana, há uma luta de classes em curso e a maioria dos que estão na base nem se quer tem a noção disso. A democracia é hoje tida como uma utopia, o poder já ganhou legitimidade por si só, os debates já não são sobre a forma de subverter esta lógica de poder mas sim sobre a melhor forma de nos adaptarmos. É bom saber que mesmo neste contexto de mediocridade há ainda vozes determinadas que procuram fazer valer um ideal de justiça e razoabilidade no mundo em que vivemos. É sempre um prazer encontrarmos um de nós.
ResponderEliminarJá se percebeu ó das 1 e 39
ResponderEliminarOs offshores têm sido úteis sim mas a gente da tua laia.
Aos que viam os seus salários roubados, as suas pensões saqueadas este tipo pulava de alegria e com todas as ganas pedia mais. Chegou até a congratular-se com o número de desempregados e a querer mais.
Em contraste, para os dos offshores, sobram as pieguices. A agenda dos coitadinhos aparece abetra de par em par para coisas deste quilate. Que diacho, é preciso garantir a "subsistência de quem corre riscos de investimento", quer este resulte do tráfico, quer resulte do assalto ao erário público e da fuga ao fisco.
Já se percebeu ó das 1 e 39
Os offshores têm sido úteis sim, mas a gente da tua laia.
O “Números do Dinheiro” sem o Ricardo seria uma coisa absolutamente intragável. E por outro lado, o trabalho que tem a desmontar o Sabujão réptil “monte dos Frades” e da enguia “não há dinheiro para pagar os ordenados e foi boa ideia o Draghi vir cá” ainda o destaca mais. Toda a resistência contra o manobrismo neoliberal e convencional é de saudar vivamente.
ResponderEliminarOs mundo é realmente hipócrita e triste. existe sem dúvida uma classe poderosa, acima da lei, ou melhor ainda dentro da lei mas fora de qq tipo de moralidade.
ResponderEliminarVendem-nos arquétipos de culpa, com raises católicas milenares, que o nosso povo bem "comeu" ainda há poucos anos.
Temos exemplos como o do BPN com offshore em cabo verde, que tanto escândalo provocou na comunicação social, para mais tarde ser vendido ao Banco BIC que acaba por comprar o mesmo offshore pelo mesmo preço que pagou pelo BPN (livre de todo o crédito suspeito). Uma maravilha!
Sinceramente tenho total descrédito em relação á nossa sociedade. Espero apenas não viver, e que os meus filhos não presenciem momentos extremos da nossa gula por poder, momentos que descambam em guerras e atrocidades sem nome.
Estes anónimos são uns boicotadores do progresso das ciências sociais!
ResponderEliminarDificultam seguir de forma ordenada o pensamento de bestuntos verdadeiramente originai cuja análise muito contribuiria para o avanço das ciências sociais.
Se o nome do registo não vos serve adoptem uma qualquer alcunha que facilite a vida aos investigadores.
Ciências sociais?
ResponderEliminarÓ das 19 e 55. Não diga asneiras que nem isso sabe.Geralmente o seu discurso é de esconjurar as ditas cujas que nem Torquemada de trazer por casa ou pseudo-freira com um ataque de histerismo.
Há assim que deixar esta choraminguice para que lhe facilitem a vida.É seguir os mandamentos do patrão.
Tal como ele também tem negócios nos offshores? Adivinha-se que sim e a companhia faz jus ao cheiro