António Costa e Alexis Tsipras assinaram uma declaração conjunta em Atenas em que declararam:
A Europa tem de mudar de trajectória. Em vez de apenas se ajustarem a medidas de competitividade e austeridade auto-destrutivas, os nossos dois países tomam a decisão de cooperar estreitamente a todos os níveis, nos planos bilateral e europeu, para promover um programa progressista para uma governação democrática da Zona Euro... Este programa deve arrancar sem mais demoras.Até parece que não se aprendeu nada desde o Verão do ano passado. Que o Primeiro-Ministro grego está desesperado, já se tinha percebido. O FMI só aceita uma reestruturação da dívida se houver "reformas" a sério. Mas isso significa o fim deste governo grego. Pelos vistos, Tsipras vai dar tudo por tudo e voltar à confrontação aberta (ver aqui), o que contrasta fortemente com a linha política de António Costa que, pelo contrário, não quer confrontação, apenas diálogo.
Suspeito que nenhuma das estratégias mudará o que quer que seja nesta Zona Euro germanizada e até acho que ambos têm consciência disso. Se pensam que é desta que vão ter o apoio da França e da Itália, ou mesmo da social-democracia alemã, então é porque estão mesmo muito desesperados. Vêm aí tempos interessantes.
Mais tarde ou mais cedo, as tensões acumuladas por todo o lado (também em França) acabarão por fazer explodir o Euro. É sobre o fiasco da moeda única, a forma de a desmantelar e as políticas de que precisamos para recuperar o país e a Europa que falaremos na sexta-feira, na Conferência 'O PÓS-EURO na Europa e em Portugal'. Ainda há lugares.
‘medidas de competitividade e austeridade auto-destrutivas’
ResponderEliminar‘programa progressista para uma governação democrática da Zona Euro’
Tretas sem conteúdo, ladainhas de pedintes incapazes de definirem um rumo para as suas vidas, eis grande aliança!
Pois muito bem, imaginemos que daí deriva o fim do euro.
Apareça então quem descreva com um mínimo de plausibilidade o que seja o fim do euro e os acontecimentos imediatamente subsequentes.
PS: Antes demais: fim do euro é ou não cada país por si?
Que a declaração conjunta pode não ser mais do que uma mera declaração de boas intenções, estou de acordo. Que o autor desta posta quer que o Euro falhe, com todas as consequências que isso pode ter na ordem política interna, já tínhamos percebido. Eu não gosto do Euro, acho que devemos preparar o nosso País para o pior, mas não desejo certamente que as parcas poupanças das 'pessoas abastadas', como o Jorge Bateira as define, desapareçam, só para que depois do Euro fiquemos numa situação semelhante àquilo que ocorreu na Alemanha de Weimar. O Leninismo de uma certa Esquerda pode bem ajudar a trazer a Extrema-Direita ao Poder. Mas isso o 'fervor revolucionário' dessa Esquerda não lhe permite perceber. Ainda bem que o PCP e o BE já parecem ter ultrapassado essa 'Doença Infantil' que durante muitos anos impediu a convergência e ajudou a Direita a manter-se no Poder...
ResponderEliminar"uma declaração conjunta em Atenas"
ResponderEliminarEsta declaração serviu apenas e só para uma coisa: para que Costa ganhasse internamente mais uns pontos junto do BE. Absolutamente mais nada. Pura táctica política interna. O objectivo é abrir caminho para uma nova aliança, agora só PS + BE, quando vierem as eleições antecipadas.
O que é mais impressionante é a importância que se dá, à esquerda e à direita, a este tipo de declarações. Valem zero na substância, têm impacto nulo e delas resultará nada.
Um pais pobre já e´ triste, dois países pobres torna-se uma tristeza.
ResponderEliminarOra como na EU estão quase todos endividados passou a triste miséria.
Me parece que a Declaração Conjunta destes dois tristes para ter força vinculativa terá de contar com o apoio popular “Referendar”, Que eu saiba não estamos em Regime de Excepção…
Nem em Estado de Sitio.
Há coisas levadas da breca… Esta coisa de dois membros da NATO exigirem mais democracia na EU, trás água no Bico…Querem enganar quem..?
Para repor a legalidade democrática em Portugal e´ necessário que se faça uma consulta popular – Referendo, sobre se os portugueses desejam ou não continuar na EU. De Adelino Silva
Antes de mais:
ResponderEliminarQuando alguém fala naquele modo pesporrento habitual em "tretas sem conteúdo"o que é isto?
Um reflexo pavloviano típico ou um atestado atribuído pelo Sr Tretas que resume a esta indigência intelectual o seu argumentário ideológico?
Isto são ladainhas de pedinte incapaz de definir um rumo para a sua vida,numa santa alinaça com a canalhada alojada em offshores.
Mas o antes "demais" continua:
ResponderEliminarÉ o sujeito que anda por aí a justificar a ladroagem dos offshores que nos oferece esta ladainha nauseabunda sobre o euro e a sua inevitabilidade?
Parece alguém saído da baixa idade média a pregar a sua ladainha em torno da inevitabilidade da escravatura.
A plausibilidade tem destas coisas.É ou não aceitável de acordo com os interesses em jogo. Os criminosos que colocam o seu dinheiro em offshores podem fazer exactamente a mesma pergunta : "Apareça então quem descreva com um mínimo de plausibilidade o que seja o fim dos offshores e os acontecimentos imediatamente subsequentes".
Embora já se façam descrições com um mínimo de plausibilidade sobre a catástrofe da continuação do euro e os acontecimentos subsequentes.
Antes "demais" final. O "fim do euro não é cada país por si". mas para o compreender há que sair da zona de conforto e ler mais sobre o assunto. Aqui mesmo, no LdB.
A deslocação de António Costa a Atenas tem dois propósitos principais.O primeiro é o de acentuar a condenação das políticas de austeridade a que os dois países foram submetidos e o segundo o de corrijir a trajectória da sobranceira postura dos anteriores responsáveis pela política portuguesa quando, alinhando com as imposições da CE e do FMI,declararam a condenação das propostas e posições do governo grego e trataram de aumentar a distância, já por si longa, entre Lisboa e Atenas.A aproximação das posições dos dois governos, que ressalta do comunicado final e da conferência de imprensa conjunta, poderá ser um passo na conjugação das posições anti-austeridade dos países designados por periféricos.
ResponderEliminarEstá a ser preparado pelos ministérios competentes a apresentação no próximo conselho da Europa de uma versão coreografada que associa o Fado ao Hasapiko.
ResponderEliminarO objectivo definido para o evento é o de sensibilizar o Conselho para as potencialidades da aliança Lisboa-Atenas.
Portugal na sua pequenez tem de se virar não deve ser pais amarrado dentro da EU.
ResponderEliminarNaturalmente ira sofrer as consequências dos seus erros.
A independência foi fácil de vender!
Adquiri-la não vai ser fácil!
Além do senhorio estrangeiro ainda temos que nos confrontar internamente!
Vai ser difícil!
Todavia e´ possível. Assim o queiramos …
Todos os esforços feitos e a fazer serão necessários…. Sabemos que os adversários não vão dar tréguas.
Chamar o povo a´ razão e´ um dever dos que amam a sua Pátria. E´ uma obrigação da esquerda militante. De Adelino Silva
Até naquele (pseudo)humor catarral e adunco, com o seu cheiro peculiar, se adivinha a cerviz mole e caída, na obediência ao poder e aos poderosos.
ResponderEliminarO "Está a ser preparado pelos ministérios competentes a apresentação no próximo conselho da Europa" significa isso mesmo. A obediência canina a Salazar foi substituída nos nossos dias pela mesma obediência a (outro) dono e ao (mesmo)Capital. O Presidente do"Conselho" permutado pelo "Conselho", com o mesmo levantar do sofá de modo reverencial,interesseiro e viscoso
Miserável e patético espectáculo este.
sinceramente não percebo tanto entusiasmo com o implodir do euro ou com a nossa saída
ResponderEliminaro problema de Portugal continua por resolver
o problema de Portugal é a corrupção e as falsas elites
Portugal não precisa do escudo nem do euro, precisa de rumo
e com estes meninos que se revezam no poder só existe o curto prazismo dos senhores doutores da "treta", como diria o cagalhão zé, não há estratégia, não há verdadeiro patriotismo
um evento numa sexta-feira em horário de trabalho
ResponderEliminarnão é para o povo que trabalha de certeza
tristemente sintomático