No discurso de encerramento do congresso que a coroou, Assunção Cristas disse (e cito a TSF): "Sabemos que o sistema de pensões irá falhar". É uma afirmação profundamente irresponsável, por dois motivos.
Primeiro, porque não existe fundamento para uma afirmação desta natureza, pelo contrário: o recente relatório sobre o envelhecimento nos países da UE estima que, mesmo sem qualquer alteração de regras e assumindo um cenário económico e demográfico pessimista, a despesa com pensões em percentagem do PIB em 2060 será inferior em Portugal ao que é na actualidade (e muito próxima da média europeia - ver gráfico abaixo). Isto não diz tudo sobre o sistema, mas seguramente não sugere que estamos perante o colapso do sistema de pensões.
Segundo, o único efeito que pode ter uma tal afirmação é fazer aumentar a desconfiança em relação ao sistema público de pensões, sugerindo aos actuais contribuintes que não faz sentido pagar se no futuro não vão beneficiar (e há alguns que caem na esparrela). O resultado pode ser uma deterioração das receitas da segurança social pública - será este o resultado pretendido?
Mas a irresponsabilidade de Cristas vai mais longe: logo a seguir acrescentou que "vai estudar" o "problema". O que me leva a perguntar: não seria melhor guardar a afirmação bombástica que fez até ter estudado o dito problema?
A Sra. De Cristas pelas provas que deu durante 4 anos enquanto ministra daquilo que se não vê – A Agricultura— só poderia inventar…
ResponderEliminarO P. Portas retirou-se pela fresquinha não viesse por ai algum escafandrista a´ procura de vestígios de submarinos… bancos e etc. e tal, deixando-a flutuar em “Mar Morto”
O mal desta senhora ex. reside no seu hereditário ADN político-social. Vem de longe… vem da barbárie germanófila, vem da constituição de 1933. De Adelino Silva
Se não é um falhanço do sistema a sua incapacidade para manter as condições das reformas em pagamento para os próximos e futuros reformados, numa degradação progressiva e inevitável, não sei a que possa chamar-se falhanço!
ResponderEliminarMas disso é que os abrilescos não querem falar e muito menos justificar.
Um espanto é que Cristas era a ministra da agricultura do governo anterior.Ora ao que assistimos é ao implodir quotidiano daquela política e ao emergir dos problemas gravíssimos do sector.
ResponderEliminarCom o silêncio comprometedor,cúmplice e abnegado de quase toda a comunicação social:
"O anterior Governo e a política de direita governaram para o grande agronegócio, enquanto obrigavam a pequena agricultura a inscrever-se nas finanças para vender umas couves.
Foi o Governo para os grandes interesses, defendendo a agricultura de cariz industrial e atacando a agricultura familiar. Por acção do anterior Governo, foi aprovada a lei da eucaliptização, a contento das celuloses, foi destruída a Casa do Douro, para desregular as relações entre a produção e a comercialização de vinho generoso, foram retirados os secadores de arroz de Alcácer do Sal à Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal para os entregar aos grandes proprietários da região.
Nos últimos quatro anos, foram destruídos mais de 153 000 empregos na agricultura. Acentuou-se a distribuição desigual dos apoios — 300 agricultores recebem 60 milhões de euros, receberam mais do que os 120 000 agricultores mais pequenos. Acatou-se o fim das quotas leiteiras que está a asfixiar muitos produtores. Promoveu-se o processo tendente ao fim dos direitos de plantação de vinha e nada de fez para limitar a ação abusiva da grande distribuição, que continua a ficar com 75% do valor produzido pelo sector agroalimentar, enquanto o agricultor fica apenas com 10%."
Cristas que agora toma "conta" do PP. Até que.
Peço desculpa por este comentário lateral ao tema do comentário. Ricardo, como é que aguente a "condescendência" com que o trata aquela aventesma com quem partilha o programa de televisão?
ResponderEliminarTenho a mesma questão que o João Martins
ResponderEliminarUm tipo aí em cima não sabe o que é um "falhanço".
ResponderEliminarEnrodilha a questão, embrulha-a naquela pesporrência habitual para quem Abril é o demónio na terra a justificar jejuns e cacetada. No fundo arrasta a situação para canto.
"Esquece-se" da governança e do saque quotidiano a quem trabalha. Ignora que o tal "sistema" não é filho de pai incógnito e que o assalto à sua sustentabilidade no quadro público tem responsáveis e tem suporte ideológico atrelado.
O caso em concreto é mais grave todavia do que esta "ignorância" sobre o "falhanço". É que o roubo de pensões e de reformas foi saudado, incentivado,aplaudido por quem agora invoca o "falhanço" certo e inevitável. Em prol da sustentação de agiotas e de dívidas publicas oneradas com os negócios privados. Com o suporte ideológico da ordem referida atrás. Da Nova Ordem?
Mas a pieguice face à ex-ministra da agricultura, que obriga a este reflexo pavloviano, oculta um dado. O conselho para "o estudo" atempado e prévio à proliferação de comentários enviesados e ideologicamente afinados.
A este responde o silêncio.
O estudo sempre foi uma coisa contra-natura para certo tipo de gentes.
A Sra. De Cristas parece interessada no tal “Estado Democrático de Direito”, conforme os interesses das classes dominantes interna e externamente.
ResponderEliminarO Sr. De Macedo saiu do “Oásis” em defesa das margens (etárias) niveladoras do estado social.
O Sr. De Santos como criador dos “PEC´s” faz lembrar o que já foi - “ministro enunciador de crises”.
E há tanta gente nova, erudita na área da engenharia económica, sem emprego…De Adelino Silva
Há uma versão em que o sistema de pensões pode na verdade ser considerado não um fracasso, mas um assinalável sucesso.
ResponderEliminarOs abrilescos sacaram e, com o pequeno intervalo do PaF, sacam ao limite.
Mais uns anos de geringonça e podem podem declarar-se bem sucedidos e, como sempre,quem vier atrás que feche a porta!
José,
ResponderEliminarPobretana de espírito.
E tu, vives de quê?
Aqui plantado a debitar baboseiras todos os dias, não és pensionista abrilista?
Salazarento como és, devias ter a pensão que o teu querido botas instituiu e generalizou à população portuguesa, numa das duas modalidades: a fome ou a emigração clandestina.
Ao José
ResponderEliminar“Mais uns tempos de geringonça” e vossas senhorias direitinhas nunca mais piarão…Sabendo que o povo abriu os olhos, se calhar ate´ vão contra os actos eleitorais que tanto adoram e tentarão impor uma nova ditadura.
Mesmo na posse dos meios de comunicação social, sentem-se inseguros com a dita. Esta já não lhes chega… e tem dificuldade em recriar novos métodos de perversão politica para isso.
Bastou o povo abrir um pouquito a pestana… e adeus “Paf”, Puf !
Como e´ de seu dever saber - o Estado deve a´ Segurança Social alguns milhares de milhão porque
Governo, PSD/CDS, obstruiu transferências legais e obrigatórias para esta S. Social. Défice obliged… de Adelino Silva
O regime político instituído pela Constituição Actualizada da Republica tornou-se oligárquico - é promiscuo e não democrático. Claro, não é ainda um regime tipo “Estado Novo” totalitário, longe disso, que proibia a Liberdade de Reunião, Liberdade de Expressão etc. e de Comunicação. É um regime mais hábil, que trabalha praticando-a mas distorcendo-a enormemente.
ResponderEliminarCom a última revisão constitucional criaram-se uma vasta gama de mecanismos de contrapeso para esvaziar qualquer processo de mudança social efectiva…
Ela foi reconfigurada dividindo o Estado entre dezenas de grupos de interesses particulares, que se reproduzem como cogumelos – “Os mais hábeis, os mais fortes e os mais ricos” vivendo basicamente às custas dos recursos públicos.
Não admira, portanto, que os Coelhos, Relvas, Portas e Cristas, só para citar alguns, tenham a sua Ressurreição
De Adelino Silva
Ao José
ResponderEliminar“Mais uns tempos de geringonça” e vossas senhorias direitinhas nunca mais piarão…Sabendo que o povo abriu os olhos, se calhar ate´ vão contra os actos eleitorais que tanto adoram e tentarão impor uma nova ditadura.
Mesmo na posse dos meios de comunicação social, sentem-se inseguros com a dita. Esta já não lhes chega… e tem dificuldade em recriar novos métodos de perversão politica para isso.
Bastou o povo abrir um pouquito a pestana… e adeus “Paf”, Puf !
Como e´ de seu dever saber - o Estado deve a´ Segurança Social alguns milhares de milhão porque
Governo, PSD/CDS, obstruiu transferências legais e obrigatórias para esta S. Social. Défice obliged… de Adelino Silva
cagalhão zé
ResponderEliminaro que tu não dizes é que os teus amigos foram os que mais medidas tomaram para descapitalizar o fundo da Segurança Social e tinham ainda mais na calha
o negócio da saúde é muito apetecível para as famílas Mello e Espirito Santo - meninos que tu amas
portanto toca de fazer tudo para lhes entregar a coisa
Um tipo aí em cima fala agora numa nova versão para o sistema de pensões. Do fracasso muda para um "assinalável sucesso"
ResponderEliminarA iliteracia tem destas coisas. A lógica aprendida na escola faz-lhe falta e não consegue ainda entender que a negação de falhanço" não é "assinalável sucesso".
Tudo isto será para esconder o quê? O seu silêncio sobre o denunciado perante a sua defesa do roubo de pensões e de salários? Perante a sua defesa do enriquecimento dos abutres que nos sangram?
O seu reflexo condicionado perante o denunciado (da ex-ministra da agricultura) aparece-nos aqui mais uma vez patente. O odio aos "abrilescos" é testemunha que reage duma forma imtempestiva.Escondendo um verdadeiro comportamento piegas para com esta senhora?
Escondendo isso e mais muito mais coisas.
A conversa não adianta muito. As solidariedes e os seus ódios d eestimação persistem
"fazer aumentar a desconfiança em relação ao sistema público de pensões, sugerindo aos actuais contribuintes que não faz sentido pagar se no futuro não vão beneficiar (e há alguns que caem na esparrela)."
ResponderEliminarE não há motivos para desconfiar? a relação de contribuinte:beneficiário está de quase 1:1, ou seja, cada contribuinte serve 1 pensionista a pagamento, além dos restantes beneficios.
Com o decréscimo dos contribuintes, a relação vai piorar.
As declarações da srª ex-ministra da agricultura foram bombásticas e isso foi demonstrado.
ResponderEliminarForam irresponsáveis e tal também foi demonstrado.
As suas declarações vão no sentido de "fazer aumentar a desconfiança em relação ao sistema público de pensões, sugerindo aos actuais contribuintes que não faz sentido pagar se no futuro não vão beneficiar (e há alguns que caem na esparrela)."
E tal foi também demonstrado
Se o EU pretende tomar as dores da ex-ministra é um direito que lhe assiste, embora tenha que admitir então que o sistema público de pensões vai falhar mas que deve ir estudar o assunto para casa.
Se pretende dizer que tem motivos para desconfiar então deve também na mesma onda atribuir a responsabilidade pela presente situação aos verdadeiros responsáveis por esta e estudar mesmo mais o problema.
É sair da zona de conforto e do paradigma criminoso do neoliberalismo