segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Temas que o governo não pode ignorar: política industrial e reestrutração da dívida

No seu habitual registo de moderação e assertividade, Rui Peres Jorge lista no Jornal de Negócios vários desafios que o governo enfrenta para se confirmar como uma alternativa de qualidade.

Eu sublinho dois temas, que até agora não vi tratados pelo governo: a política industrial e de inovação; e a reestruturação da dívida.

Escreve RPJ sobre o primeiro:"embora bem-vinda e urgente face à perda de quase 600 mil empregos nos últimos anos, não basta a aposta numa recuperação dos rendimentos para acelerar a recuperação. O país necessita de uma estratégia de requalificação das práticas de gestão, tanto no sector público como no sector privado, e de uma política industrial assente na valorização do conhecimento, da tecnologia e do mérito."

E sobre o segundo: "Financiar 15 a 20 mil milhões de euros por ano de dívida pública como se fará em 2016 provar-se-á uma missão quase impossível quando o BCE deixar de comprar dívida a partir de 2017; e na banca o marasmo espelha-se nos elevados níveis de crédito mal parado. Torna-se por isso essencial negociar estratégias de amortização e reestruturação das dívidas pública e privada."

Tem toda a razão.

5 comentários:


  1. A democrática ditadura financeira portuguesa registou-nos há 30 anos na CEE, hoje UE - União Europeia e já antes muito antes, seculo XX, a não-democrática ditadura fascista entregou-nos a´ OTAN… Vistas Grossas, e para quem não viveu esses tempos a coisa ate parece não estar mal…Só que a “hegemónica democracia ocidental” agoniza, por muito que se tentem remédios para prolongar essa agonia, e de que maneira... Este 2016 vai ser um ano chave para a nova ordem financeira internacional que deixa o Ocidente à margem e, em especial, a UE.
    Esta democrática e pacífica EU-OTAN que destruiu a Jugoslávia, em solo europeu, que combate no Afeganistão, invadiu e destruiu o Iraque, a Libia e etc. e tal, que recusou saber se eu, português dos sete costados, tinha ou não que decidir sobre o meu terrão natal, o meu pais, a minha pátria, parece estar destinada a levar-nos ao Caos… Não sei bem se foi Luís de Camões que disse que “morria com a Pátria”. de Adelino Silva

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  2. Ambos os desafios são pertinentes, mas ocorre-me um terceiro: libertar definitivamente José Sócrates das malhas da Justiça; e reabilitá-lo após ter admitido viver como lorde à conta da esmola alheia, e (sobretudo) após enterrado o país em calotes criminosos.

    Como irá o nosso PM descalçar a bota? E em quanto teremos de indemnizar o distinto engenheiro sanitário / filósofo parisiense / vendedor de sangue? Creio que, mais ainda que a economia ou a dívida, é isto que realmente preocupa muita gente.

    Desde já agradecimentos, caso o comentário passe a esquerdista-democrática censura.

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  3. Dificilmente passa um mês sem que a dívida seja reestruturada; se o caso é não pagar capital ou juros, melhor que se diga claramente.

    Quanto à política industrial, para além do popularíssimo despejar de dinheiro em universidades, mestrados, doutoramentos e investigação, o que se pode pôr no terreno que esteja a salvo da irresponsabilidade dos gestores públicos e privados?
    Pelo menos que, onde houver dinheiro do contribuinte, os gestores não beneficiem da suspensão do35º do CSComerciais.

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  4. Gestores privados e publicos, vulgo boys do Capital.
    Agora querem-nos esconder atrás de artigozitos de leis? Precisamente aqueles que fazem coro contra a Lei Fundamental, a CRP? Enquanto se arremte em jeito de chefe de facção contra o conhecimento. Salazar deixxou escola entre a sua tropa fandanga
    O dinheiro dos contribuintes foi sugado pelo Coelho e pelo Portas, com a benção do Cavaco. Em prol da banca, dos boys e do capital

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  5. Do que precisamos e´ de ´Independemcia Nacional´ digo eu. O resto vem por acrescimo!
    A politica de desenvolvimento desde há duas decadas que e´ ditada por Bruxelas, capital da Belgica, cujos, impuseram moeda única e cotas a´ produçao nacional desde a agropecuaria ate as pescas, passando pelo desmantelamento do parque industrial.
    Parece que foram condescendentes nas auto-estradas e campos de futebol.
    A interinidade do governo portugues não da´ para mais!
    Onde estao os novos Aeroportos, Entrepostos e Comboios de Alta Velocidade?
    A vassalagem tem destas coisas, pois e´..!
    E´ facto que precisamos agir e ousar desde o aqui e o agora, porque o futuro e os caminhos a ele se fazem no caminhar.
    Enfim, esta é uma condição sine qua non para uma maior emancipação da cidadania diante da ditadura dos mercados e da especulação financeira, que vai ditando nosso futuro, nosso modo de viver em busca de bem-estar e sustentabilidade, compartilhando espaços e riquezas entre todos. De Adelino Silva

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