Cinquenta e três dias depois das eleições legislativas de 4 de Outubro, tomou hoje posse o XXI Governo Constitucional, liderado por António Costa, com apoio maioritário da esquerda parlamentar. Para a História ficará a quebra de um tabu - o do entendimento entre as esquerdas - e um processo muito interessante de confluência de vontades e de identificação de denominadores comuns, necessários à formulação de uma solução de governo que permita virar a página da austeridade e devolver a esperança ao país, com realismo e determinação.
Este é pois um bom dia para sublinhar e enaltecer o esforço de todos quantos, no Partido Socialista, no Bloco de Esquerda, no Partido Comunista Português e no Partido Ecologista «Os Verdes», contribuíram, com o seu empenho e abertura, para que se tivesse chegado aqui. Considerando a «prata da casa», uma menção especial ao José Gusmão e ao Pedro Nuno Santos, dois «ladrões» que estiveram sentados à mesa das negociações, como assinalava a Suzete Francisco no jornal «i», em meados do mês passado (recordando, de caminho, as origens deste blogue).
Eu também estou de parabéns. Ninguém me conhece, mas contribui e empenhei-me a sério depois de 2011, apesar dos ressentimentos, das feridas abertas.
ResponderEliminarA evidência do mal que estes meliantes fizeram aos cidadãos ajudou, claro.
Mas é sempre difícil lutar contra a propaganda milionária, contra o ressabiamento, o tachismo, a inveja.
No final ganhámos, porque todos nós passámos a contar neste país.
Desse modo, muito vos agradecia que me congratulassem igualmente e a milhares de outros para quem a esquerda foi sempre a opção e o caminho.
(fomos todos um bocadinho "ladrões" durante estes anos cinzentos)
Um dia especial.
ResponderEliminarE parabéns aos Ladrões, grande equipe!
É bom não esquecer a luta dos trabalhadores e do povo, centenas, milhares de lutas, pequenas e grandes, que contribuíram decisivamente para a derrota do governo PSD/CDS, para a derrota do PàF, para a derrota da tentativa de golpe que pretendia perpetuar as políticas de direita, consubstanciadas no "não-há-alternativa"!
ResponderEliminarO duo já foi e só falta mais um para a "trindade" acabar.
Mas a luta continua, que não faltarão candidatos a substitutos.
me congratulassem ???????
ResponderEliminarCaros leitores «Anónimos», Dias e Edgar, embora fazendo sobretudo referência a uma fase mais institucional (a dos entendimentos e da convergência entre os partidos à esquerda), fazem muito bem em assinalar que o processo de mudança foi um processo muito mais amplo, gradual, colectivo e reticular, sem o qual a dita fase mais institucional dificilmente poderia emergir por si só. Um processo que se constituiu através dos movimentos mais diversos, de todas as lutas do trabalho e da cidadania. Um dos grandes méritos das esquerdas partidárias foi também justamente esse: o de saber interpretar, e de dar expressão institucional, a essa vontade e expectativa de mudança.
ResponderEliminarParabéns a todos os que contribuíram para tornar este acordo possível, e em particular aos nomes da casa que refere. Foi um bom dia para a nossa Democracia. Confesso que há 50 dias não acreditava de todo que isto seria possível. Mas ainda bem que me enganei. Agora é preciso lembrar que numa bicicleta, se parar de se pedalar, ela não apenas pára como cai. Por isso, peço-vos apenas, 'atrevam-se'! Com realismo e sentido de prudência, mas igualmente com boa fé e confiança...
ResponderEliminarna viagem nova a pedalar a bicicleta do governo que hoje começa, ajudem-se (ajude-mo-nos todos!) de boa fé para que esta tão desejada coligação à esquerda seja um sucesso e que sirva para tirar a verdadeira ladroagem liberal da gestão da nação - eles que emigrem... - e que mostre que portugal pode ser um país bom, solidário, um estado social onde todos somos importantes! que não se desperdice esta oportunidade que tantos de nós esperávamos ver um dia concretizar-se!
ResponderEliminar26 de novembro de 2015 às 22:44, saudações de outro anónimo tem toda a razão, comno Nuno Serra bem lembra. Estivémos cá muitos, em sucessivos fora, encontros, manifestações. Felizmente, os Ladrões estiveram bem firmes neste caminho. Obrigado.
ResponderEliminarSó espero que dê certo e que as esquerdas mostrem inteligência e bom senso porque a navegação vai ser procelosa.
ResponderEliminarSão esses os meus votos
Parabens sim e agradecido pelo espaço que dao a esta nobre luta de informar verdade, tambem ela soberana.
ResponderEliminarTodavía, temo-nos de precaver do desafio que representa para as sociedades humanas em nossos dias, o controlo da informaçao por poderosos grupos, cujos interesses estao ligados a factores de dominaçao e controlo político-financeiro a nivel mundial. Parabens, De Adelino Silva
ResponderEliminarOutro artigo muito bom. Tão bom que obriga a partilhar:
http://www.publico.pt/politica/noticia/o-governo-e-o-novo-ps-1715681
Agora já não são só "...de bicicletas", lá conseguiram passar a ser de outras coisas...
Espero e desejo que haja bom senso em todo o espectro da Esquerda a partir deste momento. Que o Partido Socialista cumpra os compromissos estabelecidos e que os outros Partidos lhe dêem espaço de manobra. Não adianta nada estar a quer tomar posição como sendo o mais interventivo ou estatégico na situação, o importante é conseguir cumprir os desígnios que foram estipulados. E isso pode conseguir-se se houver mesmo vontade de os realizar.
ResponderEliminarFolgo que muitos tenham ido ao barbeiro ontem.
Para mim é muito simples, contenção e inteligência.
A partir deste momento, quem furar os acordos, quem os puser em causa, coloca-se perante toda a Esquerda como o inevitável pagador da factura que possa daí advir.
Viva o Futuro, viva a Esperança, viva a Inteligência ao serviço dos Portugueses.
“Hoje em dia, a grande luta política e ideológica que devemos travar, é convencer os setores que ainda conseguem sobreviver com alguma dignidade a se unir aos que não conseguem, para combater os que detém a maior parte dos recursos produzidos que, se fossem melhor distribuídos, faria de Portugal um lugar muito melhor”
ResponderEliminarCom o advento do novo governo, em boa hora empossado, com um Parlamento maioritário de esquerda, novas esperanças renasceram no proletariado português e com certeza não as queremos esmorecer… Compete a cada um de nos, mulheres, homens e a juventude do povo de esquerda, elucida-los…
Penso estarem criadas condições para uma nova era progressista em Portugal. Para tanto, cabe aos intelectuais e quadros técnicos com operários das fábricas dos campos, dos mares e dos ares se disponibilizarem! Deixemos nossas desinteligências passadas no “Bau Passadiço”, porque a hora e´ de todos. De Adelino Silva
Caros "Ladrões de Bicicletas" (Nuno Serra) não era minha intenção menosprezar o papel dos que, individualmente e em conjunto, lutaram para derrotar as políticas de direita e se esforçaram com perseverança para encontrar e negociar uma alternativa; na nobre tarefa de unir forças para derrotar esta direita predadora, na defesa da Constituição e do 25 de Abril, todos os contributos são de louvar.
ResponderEliminarDesejo-vos igual empenhamento pela mudança tão ansiada e para a qual foi dado um importante passo.
Bom trabalho!
Só um aparte:
ResponderEliminar-Este País tratado "cirúrgicamente" pela clique Cavaquista, transformou-se num Oásis tão convidativo, tão agradável, que nem os refugiados Sírios querem vir para cá!...Entre 5.000 refugiados contactados, só 50 aceitaram vir.
Claro. Porque antes da cirurgia oo oásis era muito convidativo.
EliminarEsta postura da esquerda vs direita " a minha ideia é melhor que a tua" só da merda. Merda dos dois lados e quem leva com ela é o cidadão ( ou povo se preferir).
É que nem tudo deve ser tendencialmente gratuito nem tendencialmente renda para privado. E num país de velhos há pouquíssima sabedoria. Da direita a esquerda
Já percebi "caríssimo" anónimo das 15:10 que é um dos independentes, apolíticos, arreligiosos, assépticos, mas sempre de Direita. É dos que nunca se assumem seja para o que fôr para assim poderem cair para o lado mais conveniente, no momento mais adequado...E sempre com a Moral de poderem afirmar que nunca estiveram com ninguém -a não ser consigo próprios- como todos verificamos...Nas Assembleias de Condóminos ou em circunstâncias semelhantes, votam sempre em último lugar e de preferência abstendo-se, caladinhos, para logo a seguir nas conversas informais que se seguem criticarem tudo e todos...Mas sempre equidistantes. Farsolas!
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