segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A 6ª condição de Cavaco

Das seis condições enumeradas por Cavaco para indigitar Costa como primeiro-ministro, há quatro que não são novidade (estabilidade política, viabilização dos Orçamentos de Estado, compromissos europeus e NATO) e servem apenas para o ainda inquilino de Belém fingir que não está a perder a face.

Há outras duas condições que não haviam sido antes explicitadas: concertação social e estabilidade financeira. Ambas parecem ir ao encontro das preocupações que foram transmitidas ao PR pelas pessoas que quis ouvir nas audiências da semana passada: patrões e banqueiros.

No que respeita à concertação social, eu consigo perceber o que está em causa: os patrões querem ter uma palavra a dizer sobre a subida do salário mínimo, alterações às leis do trabalho, etc. - e Cavaco quis dar-lhes voz. Quanto à sexta condição - a estabilidade do sistema financeiro - não é para mim tão claro o seu propósito.

Sem dúvida que fica bem a Cavaco preocupar-se com a estabilidade do sistema bancário português, tanto mais tendo em conta o seu envolvimento pessoal com o BPN (cujo colapso custou milhares de milhões de euros aos portugueses) e as garantias que deu sobre o BES pouco tempo antes de também este colapsar (não sendo ainda claro quantos milhares de milhões de euros custará aos portugueses).

Na verdade todos temos razões para nos preocupar com a estabilidade do sistema financeiro português, a julgar pelo conteúdo do Relatório de Estabilidade Financeira publicado pelo Banco de Portugal na semana passada. Esse relatório dá conta da situação frágil em que se encontram os bancos portugueses (apesar das melhorias recentes na sua rendibilidade), bem como dos vários riscos que enfrentarão nos próximos tempos. A lista de riscos é longa: fracas perspectivas macroeconómicas, continuação das baixas taxas de juro, elevado endividamento de empresas e famílias, possibilidade de fuga dos investidores para paragens que garantam maiores retornos, peso excessivamente elevado de empréstimos imobiliários e de títulos de dívida soberana, exposição elevada a países como Angola, Brasil e China, etc.

Menos claro é o motivo específico pelo qual o PR considera que um governo do PS dá, a este nível, garantias inferiores às que seriam dadas por um governo PSD/CDS - a quem Cavaco não hesitou em dar posse, sem quaisquer condições. Note-se que os acordos entre PS e os partidos à sua esquerda não incluem quaisquer medidas relevantes neste domínio, o que é sinal de que os socialistas estão pouco dispostos a considerar penalizações fiscais específicas sobre a banca (como várias vezes foi defendido pelos partidos à sua esquerda). Note-se também que, embora o sistema bancário português esteja a precisar de uma limpeza semelhante à que aparentemente anda a ser pensada em Itália (o que implicaria perdas para os donos dos bancos), nada indica que o PS estivesse disponível para a fazer em Portugal. Por fim, o desafogo que os acordos entre os partidos de esquerda criam junto da classe média só pode ser boa notícia para uma banca que está afogada em crédito mal-parado, devido ao prolongamento da crise económica em Portugal.

Talvez os banqueiros tenham receio que o Estado português queira ter uma palavra a dizer sobre a gestão dos bancos cada vez que usar dinheiro dos contribuintes para lhes dar ou emprestar. É normal. Já não é tão normal que o Presidente da República Portuguesa pense da mesma forma que os banqueiros a este respeito.

Enfim, se calhar o problema é só meu. Provavelmente, continuar à procura de racionalidade nas acções de Cavaco é uma pura perda de tempo.

23 comentários:

  1. As seis condições servem para "o ainda inquilino de Belém fingir que não está a perder a face."

    O PS pode fazer facilmente uma carta a responder aos 6 pontos (sem dizer nada de novo) e assim encerrar definitivamente o processo. O problema não é o PS, nem sequer é o BE (que, julgo eu, também assinaria a tal carta): o problema está principalmente no PCP, pouco dado a ceder em questões simbólicas em nome do pragmatismo, como se viu pela recusa em estar presente na mesma sala ao mesmo tempo do BE (mesmo que a assinar documentos diferentes). Nunca o PCP estará na mesma fotografia (literalmente) ao lado do PS e do BE. Nunca o PCP assinará um documento conjunto com PS e BE. Para o PCP o pragmatismo tem limites.

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  2. Definitivamente, Cavaco Silva decidiu. Vai sair da Presidência como o pior Presidente de que há memória neste país.
    Além, disso, demonstra que é pessoa que nunca mereceu o lugar que, infelizmente, ocupou durante tanto tempo.
    Em boa verdade, ele não tem culpa, culpa tem quem o lá meteu. É que o homem sempre demonstrou não prestar para o lugar ( para este ou para qualquer outro e sempre foi um autênticoi bluf...com ares de grande sabedoria... mas puf...paf...).
    Agora, para fazer a vontade á direita e á extrema-direita a que ele pertence, vem com exigências que só podem ter lugar nos seus delirios. Então um partido que tem uma maioria que o apoia na AR é um governo minoritário.!? Ó senhor Anibal - o Algarvio - esta não lembra ao Diabo. Lembra, isso sim, ao homem do 24 de Abril que nunca esteve de acordo com o 25 de Abril mas que, neste país, deve ter sido das pessoas que com ele mais beneficiou.

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  3. No sentido em que é racional aquele que defende os seus interesses, as atitudes de Cavaco compreendem-se perfeitamente. O PR essencialmente alinhou com a sua fação desde a 'demissão irrevogável' de Paulo Portas. A tentativa de patrocinar um acordo da Maioria com o PS (que representaria a capitulação ideológica final deste último) e que Seguro quase aceitou em troca de eleições antecipadas, não fossem as vozes críticas dentro do Partido Socialista, representou mais uma habilidade de Cavaco em que o então líder socialista caiu como um patinho. A crise de um Governo caduco foi encoberta por uma cortina de fumo e Seguro envolveu-se num problema que não era seu. Cavaco faz política pura e dura (tal como António Costa, Passos Coelho e Paulo Portas, aliás) e este último episódio mais não representa do que uma tentativa de enredar António Costa que até agora tem conseguido gerir bem o pós-eleições. Cavaco é previsível, mas não deixa de ser temível. Depois, não sabemos que esqueletos no armário a Direita tem para esconder, incluindo aquele de que fala, a banca, possivelmente o problema mais bicudo. Um Governo de Costa seria obrigado a assumir esses esqueletos já, sob pena de arcar com culpas alheias. Agora. se me perguntar se isto é digno de um PR, claro que não é, mas a noção de interesse nacional para a Direita, que o invoca amiúde, quer simplesmente dizer o interesse dessa Direita...

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  4. Por acaso acho que Cavaco deverá ser sempre ouvido em questões relacionadas com a Banca.
    Senão vejamos... Conseguiu comprar a preço de gato, umas ações BPN que julgava ele ( e muitos mais) eram verdadeiras lebres... Mas com o seu raro saber, percebeu que aquilo era uma gataria, e vendeu logo...e mais, vendeu a preço de lebre...
    Já viram o jeito que nos dava ele agora de Boliqueime, daqui por centos e poucos dias, a vender o NB...O Banif... até o BES este expert colocaria, nem que tivesse de pedir a ajuda ao Dias Loureiro.

    Carlos Andrade - Espinho

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  5. O homem quer deixar um testamento político para salvaguardar os interesses de todos aqueles que ouviu, salvo uma única excepção (a CGTP).

    Também estou de acordo com o Ricardo, quanto às duas novas “cláusulas” que Cavaco quer impor.
    Quanto à preocupação evidenciada da estabilidade financeira,TARDIA e a más horas, parece estar a gozar com o povo português, que tem que continuar a cobrir os buracos, de quem, como ele, beneficiou das fraudes. Grande lata!
    No que toca à concertação social, apenas duas notas: Carlos Silva/UGT devia ter-lhe dado conta de tudo se encaminhar para a sua manifesta inutilidade; onde estava esse Cavaco e a "sua" concertação, quando cortaram salários e alteraram condições de trabalho de forma unilateral, sem apelo nem agravo?

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  6. O único compromisso que interessa já foi assegurado por Centeno: a austeridade acabou. Só não ficou claro se acrise também acabou (ou melhor, vaia acabar com o novo governo).

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  7. Só ouve bem do lado direito.
    Depois de um presidente de direita e um governo de direita, espero que os eleitores fiquem vacinados.

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  8. É uma piada. Se não fosse verdadeiro, seria piada. “Frente de Esquerda” com o PS, que desde o 11 de Março de 1975, não tomou nenhuma medida de esquerda, nenhuma, que minimamente contrariasse os interesses dominantes, do capital financeiro, é piada. “Agora o governo vai ser popular e o país não vai ser mais o mesmo”.
    Desta feita foi a esquerda que se rendeu ao meio- centro, a custo zero, nem ao menos um secretariozito de estado…
    De novo, não abriram mão da prerrogativa partidária.
    De novo as massas operarias ficaram (ou deixaram-se ficar) no limbo, a´ margem das negociações.
    De novo a participação popular ficou como se não existisse. E querem o meu voto…
    Parece suficiente um ou dois artigos na Internet, uns escassos minutos na TV, de tagarelice sem graça.
    Ainda, e por cima, cada partido dito de esquerda, concorre com um ou mais candidatos às presidenciais.
    Não foi para isto que o filho da minha mãe se criou!
    De Adelino Silva


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  9. Para ajudar ao seu problema:
    - A concertação social não consta da Constituição e pode ser parte das modernices que ignoram tradições institucionais, e termos a frente a acordar objectivos de salário mínimo, sem amis.
    - para pôr os donos dos bancos a pagar, não precisa de ir a Itália, o Novo Banco é isso mesmo.
    - A PaF era a continuação de uma trajetória de 4 anos na qual o PS era contra tudo mais um par de botas. Se for coerente fará, com os seus sócios, como se a austeridade nunca tiesse sido necessária então e agora.

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  10. ELE NAO OUVIU COISA ALGUMA ELE SIMPLESMENTE RECEBEU AS VISITAS QUE QUIZ E MUITO BEM ENTENDEU NAO LEVANDO NADA EM CONTA POIS SO ESTEVE A FAZER A PARTE DO FAZ DE CONTA PORQUE NUNCA TEVE EM CONTA APRECIAR QUALQUER IDEIA NEM CONSELHO PORQUE ELE JA ESTAVA COM DECISAO TOMADA DESDE SEMPRE E TUDO UMA PALHAÇADA.-

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  11. A exigência da estabilidade do sistema financeiro deveria ser feita aos accionistas do cujo dito sistema que durante largos anos meteram ao bolso milhares de milhões, muitos deles provenientes de operações de alto risco, sem se preocuparem com a referida estabilidade. Os exemplos são muitos e vários deles durante os mandatos do actual PR.
    Em relação às clarificações exigidas sobre compromissos internacionais, seria é de exigir ao actual PR que clarificasse o seu compromisso com o dever de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República.

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  12. Este posicionamento do Cavaco é algo infantil, faz lembrar os meninos mimados que não podendo obter um brinquedo qualquer, querem obrigar os outros meninos a não o poderem conseguir: -Sabendo que não tem alternativas exige condições que sabe que à partida ninguém as pode conceder...Uma canalhice, que revela bem o mau carácter que o enforma.
    Mas o PS faz-lhe a vontade, diz o que ele pretende ouvir e ler para o satisfazer neste estrebuchar e depois se não puder ou não quiser cumprir, falará com o novo PRE que em Março/Abril felizmente já será outro.
    -Achei interessante o ponto de vista do próprio candidato Marcelo Rebelo de Sousa, que só lhe faltou chamar incapaz.

    -O que mais assusta é o facto de a Banca poder muitos esqueletos escondidos nos armários e Cavaco -sabendo da sua existência- parece querer obrigar o novo Governo a cobrir esses desfalques e tramóias impossíveis de mostrar e realizar agora por monstruosos, como sucedeu à última hora com o negócio da TAP que agora sabemos vai cair sobre todos os contribuintes. Isso é mesmo preocupante!
    O resto é treta!
    -O PS, como todos os restantes partidos, não tem condições políticas para poder abandonar nenhum dos contratos estabelecidos com as Organizações Internacionais, portanto essa questão é puro fogo de artifício.
    -Na questão dos acordos com o PCP, BE e PEV quem tem a responsabilidade de os assumir por inteiro é o PS e este assume-os sem problemas.
    Os restantes partidos à sua esquerda terão todo o interesse em apoiar o novo Governo enquanto este for cumprindo os pontos mais importantes e relevantes daqueles compromissos.
    -Como pode o PS garantir neste momento a aprovação do seu Orçamento?...Ele nem sequer está preparado, o PS não o conhece ainda.

    -Cavaco foi derrotado, vai acabar em breve, mas ainda estrebucha como estrebucham os moribundos quando estão prestes a esticar o pernil!...
    -Tchau Cavaco, tchau Maria!...Tchau BPN!...Tchau PSD!...Tchau Cavaquismo/Sá-Carneirismo! Até que enfim!

    ***A não ser que ele -a múmia- esteja a pensar ainda num Governo de gestão do País com o Duarte Lima, o Ricardo Salgado, o Rui Machete, a Teodora Cardoso, a Manuela Ferreira Leite, o Oliveira e Costa, o Dias Loureiro, a Leonor Beleza, o Isaltino Morais, o Miguel Macedo, o Calvão da Silva, um grupo de luxo, o escol, a nata, a fina flor da escola oitentista do Cavaquismo a gerir a definitiva bancarrota Nacional...Todos com termo de identidade e residência.***

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  13. -Por alguma razão as pessoas são convidadas a partir dos 65 anos a fazer as malas e ir descansar para suas casas a tomar conta dos coelhos e das galinhas...Estes que não percebem a sua falta de condições e capacidade de raciocínio dão nisto, impossibilitados de ver a realidade e de serem críticos consigo mesmos entram rapidamente em *Decadência*...E é chocante.

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  14. Claro que não há preocupação nenhuma com o sistema financeiro. Se bem me lembro, a última vez que a esquerda radical esteve no poder, nacionalizou todos os bancos. Portanto, não há motivos nenhuns para preocupações, claro. À cautela eu já trouxe algumas das poupanças para casa, não vá isto virar uma Grécia.

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  15. Um qualquer início de unidade de esquerda mesmo que breve, não deve sujeitar-se ao Livre-arbítrio do capital financeiro!
    Ora todos sabemos que as exigências de Cavaco Silva, são as mesmíssimas da Coligação da direita, da EU, da OTAN e do TIO SAM, sem tirar nem por..!
    O Povo de esquerda não deve ceder de forma alguma. Não nos deixemos trocar por um misero prato de Lentilhas…
    Talvez tenha chegado o momento para nós, o mundo do trabalho, a classe trabalhadora, camponeses e 99% da população, que são as vítimas desta política, apresentarmos uma Frente Única contra o imperialismo e o fascismo.
    Talvez seja a hora da verdade dos povos…
    Talvez seja a hora da grande virada…
    E´ que esta época de domínio global das multinacionais e do capital financeiro, também pode ser a época do capitalismo moribundo que se encontra hoje em uma nova crise.
    Talvez seja Utopia, mas se não fossem os utópicos, onde estariam os convencionais mirabolantes?
    De Adelino Silva

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  16. Saiu do confessionário

    afogou-se num copo de água


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  17. O PS já renegou a tradição institucional de dar o governo ao partido mais votado, já renegou o seu programa eleitoral para acomodar os papeluchos da comunada, já renegou a austeridade do Sócrates mas não a sua roubalheira e sem-vergonha!

    O mínimo que se podia exigir é que assinassem qualquer coisa que fizesse sentido para o país e pela qual possam ser julgados, já que a miséria moral é tanta que renegam o quanto for preciso para se porem no poleiro.

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  18. E´ minha intenção alertar para a possibilidade de uma regressão cultural a todos os níveis e prepararmo-nos para o pior.
    Uma nave militar russa foi abatida por uma nave militar turca na fronteira Turco/Síria.
    Desta tragedia militar no medio oriente pode resultar o princípio do fim da Paz Ténua Existente.
    O que faz lembrar as tragisversoes de Cavaco Silva sobre o governo de esquerda.
    Estamos na OTAN a Turquia esta´ como nos na mesma organização militar, podemos prever as consequências …Por isso meus amigos, companheiros e camaradas, relevem um pouco os meus males de observador proletário, mas não podia deixar de lembrar os perigos a que possamos estar sujeitos. De Adelino Silva

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  19. Desde tempos imemoriais que a humanidade se consola em desejar ser o impossível. Então, procuraram as peles de bichos maiores, que não as de bicha.
    A certa altura começaram a fixar-se no Urso que era o mais corriqueiro e tinha mais carne e força. Depois com mais elegância viraram-se para tigres onças e pumas.
    Ate´ se compreende a atitude perante o frio, a fome e etc. e tal. Mais próximo destas modernices de agora, ate parece que já não há frio nem fome, deram em camuflar-se, qual camaleão, trocando-se por bijuteria da mais pobrezinha, escondem-se por detrás das misérias humanas, indicando sua fragilidade – Enfim, querem voltar pra´ árvore da qual desceram há milénios pois que seja feita a sua vontade.
    Eu só vou por onde os meus passos me levam. Sou mesmo Adelino Jorge da Silva, Nascido há 76 anos no lugar da Bela Vista, freguesia da Moita, concelho da Moita, distrito de Setúbal. Nem mais! De quiserem saber mais alguma coisinha, façam o que outro Adelino, mas da Palma Carlos disse – vão a´ bruxa…

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  20. O anónimo das 08,24 vai pôr as suas economias debaixo do colchão ou no esconso da lareira, como faziam os velhos do século XIX!...Espero que o colchão arda, ou que se esqueça e acenda a lareira violentamente. E depois lá vai ele pedir ao Estado para pagar os prejuízos da sua incúria, como fizeram os comerciantes algarvios que não quiseram saber dos riscos que corriam, não tinham os seguros actualizados -muitos nem seguros tinham pois é mais barato e lucrativo assim- e depois, Valha-nos o Santo Estado, nessas alturas sempre invocado, especialmente por aqueles, que o andam sempre a abjurar...
    É como acontece com os Banqueiros "espertos e inteligentes" -os Salgados e Espíritos Santos deste Mundo-, não querem a intervenção nem o controlo do Estado nas suas actividades, para poderem aldrabar as Finanças a seu belo prazer, mas quando em situação de falência ou crise Financeira, lá vão eles a correr ao Ministério das Finanças -às Marilu's deste País- pedir ajuda para as asneiras que fazem a toda a hora! -E são os desgraçados que estão fora disto tudo, que não têm onde cair mortos, que pagam as porcarias que estes "inteligentes" fazem a toda a hora, com os cortes que sofrem nas pensões, nos salários, nos apoios Sociais...Ide pentear macacos!

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  21. Cavaco Silva, o grande lider dos r... deste país, finalmente tomou consciência de que falta pouco para se ir embora.
    Vai daí põe-se a botar discurso digno dos delirios com que de vez em quando resolve prendar o pessoal.
    Felizmente já falta pouco para nos ver-mos livres da personagem circense que ficará conhecido pelo de muito má memória.
    É pena que ainda tenhamos que o aturar mais uns tempos a mandar as suas bocas sem jeito ( mas de enorme importância para o bom desenvolvimento dos ratos deste país...) no Conselho de Estado. Como é pena que ainda tenhamos que continuar a pagar-lhe depois do péssimo serviço que prestou nestes anos em que tivemos de o aturar. A democracia tem destas coisas.

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  22. Caro Ricardo, a frase na parte final "Talvez os banqueiros tenham receio que o Estado português queira ter uma palavra a dizer sobre a gestão dos bancos cada vez que usar dinheiro dos contribuintes para lhes dar ou emprestar. É normal." fez-me lembrar a discussão no último Números do Dinheiro (24 Nov) em que o prof Jorge B.M. ficou muito nervoso com o perigo soviético a propósito da necessidade de aplicação de democracia aos bancos. E o dito professor até se permitiu citar o Joseph Stiglitz com um não sei quê do cérebro.
    Foi pena não ter sido recordado ao sr prof Jorge B.M. o que Stiglitz disse, e por escrito, quanto às reformas, urgentes, de que o sistema financeiro nos EUA necessita (por exemplo, “Tornar os bancos mais transparentes…”) , sobre o fracasso dos bancos centrais independentes (quer nos EUA quer na Europa) e a captura dos bancos e do Banco Central (em que o regulador adota a mentalidade do regulado, resultado do chamado processo das “portas giratórias”), sobre a falta de fé na responsabilidade democrática, por parte dos que defendem bancos centrais independentes. O prof. Stiglitz chega mesmo a dizer e cito “O sistema governativo e a responsabilidade do banco central nos Estados Unidos são de facto uma vergonha. “ (vd. O Preço da Desigualdade, Bertrand Ed. 2013, pags 358 e seguintes). O prof Stiglitz fala sim na necessidade de um banco central mais democrático. Que “soviético” nos saiu este prémio Nobel!

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