sexta-feira, 23 de outubro de 2015

As vossas notícias são a realidade (só que virada do avesso)

Perguntava hoje o Nuno Teles se o Negócios, que tem sido tão lesto a fabricar oscilações relevantes nos mercados (para sugerir o risco de formação de um governo de esquerda), já tinha noticiado o aumento das taxas de juro depois da declaração de ontem de Cavaco Silva. Parece que ainda não o fez, mas a variação dos juros, até ver, já aí está.


Já o Observador, contudo, opta não só por ignorar a realidade como a procura virar do avesso, sugerindo que os juros estão a cair na sequência do discurso do presidente. Como assinala o Pedro Lains, «quem escreveu ou mandou escrever [tal coisa] sabe que isso é mentira», acrescentando que é um bom sinal para a democracia «quando quem ataca os seus princípios fundamentais tem de ir até este nível». O problema, para quem acha que as coisas se fazem assim, é que já «não estamos na Europa dos anos 1930. Estamos na Europa democrática e nela vamos ficar. Na Hungria conseguiram, mas aqui não vão conseguir. Querem pôr o regime em causa, mas não é mais do que o canto do cisne.»

3 comentários:

  1. Comparando as obrigações a 10 anos de Itália, Espanha e Portugal na Bloomberg constáta-se que:
    - as de Portugal foram as que mais cresceram desde o dia 5 de Outubro
    - as de Portugal foram as que menos cresceram desde a abertura de hoje (até às 15:57 -15minutos??)

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  2. Vai a procissão no adro, os foguetório está quase acabado e segue-se carregar o andor.
    Que a maioria de esquerda governe à esquerda e logo veremos o que daí sai.
    Seguramente haverá mais LGBT e mais juros.
    Também haverá grandes apelos ao consenso por aqueles para quem o consenso se inicia desde que subam ao poleiro.
    Nada de novo na política quadrilheira nascida e curtida na 1ª Républica, herdeira fiel que é da Maçonaria que persiste.
    Benvindos à bipoliração!

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  3. O histerismo que grassa nas hostes da direita - hoje evidente na AR - leva-a a exageros sobre golpes de estado e referendos e sobre vitórias fictícias e de Pirro.
    A realidade é bem diferente: os partidos que sustentaram o anterior governo perderam; os partidos que se opuseram a esse governo, e às suas políticas, ganharam.
    O PR, que protegeu e prolongou artificialmente a vida do anterior governo, demonstrou com o seu agressivo discurso e a discriminação a que quer sujeitar o PCP , o BE e o PEV, que não está à altura do cargo que exerce.

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