sábado, 19 de setembro de 2015

Memória (XIII)



«A política sem escrutínio e a política sem responsabilidade pode-se tornar perigosa. Portugal tem passado bem por essa realidade nos últimos cinco anos. Temos hoje gente no poder, gente com responsabilidades que acha que não é escrutinável, que acha que não tem que prestar contas, que acha que não tem que ser responsabilizado. (...) O que Portugal e os portugueses exigem ao maior partido da oposição é que se prepare, que estude, que apresente propostas que levem a uma nova visão sobre a sociedade portuguesa. É esse trabalho que estamos a fazer. Quando as eleições se tiverem que verificar, quando se verificarem, o PSD será sempre solução e nunca problema. Estamos em condições, estamos preparados e temos um projecto. (...) Quem está a cortar no Estado Social é este governo. Porque aumenta os impostos, porque todos os dias tira direitos, porque não tem dinheiro, porque tem que pagar dívidas, porque tem um serviço da dívida altíssimo. Esses sim, esses é que são os adversários do Estado Social. (...) Estamos nos últimos anos a fazer um grande investimento em educação, gastámos milhões e milhões, a formar gerações de gente com qualidade, e depois não somos capazes de lhe criar as oportunidades de terem um emprego.»

Miguel Relvas (algures em 2010/2011)

2 comentários:

  1. A condenação dos que não votam em narrativas siryzicas, também sofre desse mal de se aceitar mal e se lidar mal com o escrutínio dos eleitores.
    Apresenta-se os eleitores como uns ignorantes e os líricos, assumem-se com uma sabedoria, que os exemplos concretos dos países em que poderia haver expressão prática dos lirismos, não abona.

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  2. Eis como quem é um total desqualificado para a esquerda, fala com acerto.

    As palavras só são um tanto redondas; não diz que a formação sem medir oportunidades de trabalho é desperdício público para eventual gozo privado.

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