segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Falhar?
1. Como é que Varoufakis, que reconhecidamente viu o que chama de primavera grega ser esmagada pelo euro-imperialismo, ainda consegue vir apelar à democratização desse projecto regressivo de uma quase moeda mundial? Enfim, depois da tragédia política, temos, infelizmente, a continuação de uma farsa intelectual no campo da prescrição política, que já conduziu ao que sabemos. Falhar pior?
2. A tragédia não terminou, claro. Tsipras, que podia ter sido um libertador, ao estilo do saudoso Néstor Kirchner, só para convocar um exemplo progressista mais recente, optou por se inscrever na desgraçada tradição que vai de Ramsay MacDonald a François Mitterrand, só para convocar dois exemplos social-democratas dos regressivos anos vinte/trinta e oitenta/noventa. Perdeu tudo, incluindo, a fazer fé nas tendências recentes, uma grande parte do partido e as eleições por si convocadas com suposta habilidade política.
3. No meio da tragédia, a única escolha que restava aos que permaneceram fieis ao espírito do oxi era criar um novo sujeito político num contexto muito difícil, de desmoralização e de desmobilização populares: Unidade Popular. Unidade Popular contra os memorandos gerados pelo euro realmente existente. Sejamos optimistas: um novo Syriza a prazo, já que as condições objectivas que o geraram aí estão, mas sem ilusões sobre euros bons e outras farsas trágicas. Tal esforço só pode ter o apoio de uma esquerda que por cá esteja disponível para aprender sempre. Falhar melhor?
As eleições gregas e o referendo não serviram para nada.As potências dominantes da zona Euro impuseram à Grecia o regime político que mais lhe convem. O vocábulo "Democracia" começa a ser apenas um chavão.E preciso não esquecer que a Grecia é um país do Sul da Europa e um País mediterrânico o que hoje tem um alto significado em termos geopolíticos e geoestratégicos.No fundo a Grécia está na rota do petroleo.
ResponderEliminarUma grande irresponsabilidade!!
ResponderEliminarO que surpreende "nesta democracia",
ResponderEliminaré este aceitar conformista - de ditos "democratas de quatro costados" -
de decisão não delegada pelos representados.
Afinal, onde
ACABA a legitimidade dos "nomeados para representar"?!
Não me digam que é nas eleições...seguintes!
Varoufakis, pelos vistos, "já passou à história". Venha o próximo ídolo/salvador!!
ResponderEliminarA democracia limita-se a eleger representantes, que cumprem ou não promessas, que sabem ou não o que fazem, que podem ou não fazer o que querem.
ResponderEliminarA democracia directa - o povo delibera e faz - acima do nível de lugarejo e economia local, só deu arruaça, pogrooms e outras cenas do género.
E lamentavel mas o Tsipras e o seu partido - que o apoiou na traicao ao povo grego - devia ser varrido da cena politica grega.
ResponderEliminarPara faltar a palavra dada e ao mandato que lhe foi conferido ainda por cima reforcado em referendo temos a direita. A direita, essa sim, e que tem por norma e forma de fazer politica, dizer uma coisa e fazer outra. A esquerda, alem do mais que a distingue da direita - e e tudo- nao pode fazer o mesmo. Caso contrario nao e precisa para nada. Isto e que e ser uma alternativa as constantes e costumeiras malfeitorias da direita.
Como é possível arvorar quatro banalidades histórico/políticas a comentário político? Com essa notável descoberta do euro-imperialismo! Estaremos por acaso a auto-citamos-nos? O ladrões habituaram-nos a coisas mais densas ....
ResponderEliminarA ideia do anónimo 10/09/2015 11,41 é interessante e sobretudo nova! Varrido como? Para um campo de concentração? Ideia que me parece já usada no século passado, mas com resultados não encorajadores. Lavandaria mental precisa-se !!!
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