«Bruno Maçães (BM): Mais uma prova de como os países em crise da zona euro estão a deixar os seus problemas para trás. Os riscos estão a tornar-se irrelevantes.
Philippe Legrain (PhL): Sim, a economia portuguesa encolheu 7,5% em sete anos. É a isso que chamas deixar os problemas para trás?
BM: Philippe, farias melhor em reconhecer que as tuas previsões estavam erradas. Portugal está pela primeira vez, nos últimos 40 anos, a crescer sem endividamento.
PhL: Portugal está num buraco terrível. Crescimento débil, uma dívida esmagadora, desemprego muito elevado, emigração em massa. Foi ultrapassado pela Polónia e outros países semelhantes.
BM: Estás enganado. A ideologia cega-te perante os factos. Eu acredito que a maior parte das pessoas prefere prestar atenção aos factos.
PhL: Eu dei-te precisamente os factos. Ou pões em causa os dados do PIB português?
BM: Como eu disse antes, o debate torna-se impossível se as pessoas ficam zangadas quando se lhes demonstra que estão enganadas.
PhL: Adoro isto. Não me apresentas um único facto. Estou-me a rir com a tua falta de argumentos :-))»
Depois de tentar convencer o Wall Street Journal de que o desemprego em Portugal se situa hoje «em níveis idênticos aos registados antes do resgate» (sic), o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, socorreu-se de uma reportagem do mesmo WSJ para afiançar que os países da zona euro estão a ultrapassar os seus problemas. O azar desta vez foi cruzar-se, também no twitter, com Philippe Legrain (economista e antigo consultor de Durão Barroso na Comissão Europeia).
Para efeitos de consumo interno, a propaganda rasca do governo em torno do «sucesso do ajustamento», da «viragem da economia» e da «redução do desemprego», entre outras gloriosas conquistas, ainda vai passando, com a prestimosa ajuda da generalidade da comunicação social. Exportar essa «narrativa» é que é mais complicado.
É engraçado ver a demagogia de BM. Vendo os tweets todos seguidos, a argumentação de BM é a seguinte: - Eu disse-te os factos, tu é que és cego (não apresenta factos), eu já demonstrei que tinha razão, não precisas de ficar enervado( Não houve quaisquer nervos a surgir nem houve qualquer demonstração)
ResponderEliminarSão fugas para a frente deliberadas e até cómicas.
É vergonhoso existirem seres humanos destes.
ResponderEliminarMaçães lá fora não dura muito, como se vê pelo exemplo, e ele é um dos elementos do Governo que supostamente estará mais bem preparado (não tem uma licenciatura à Passos). O que isto mostra é a pobreza do contraditório na nossa comunicação social, cortesia de quem a controla...
ResponderEliminarOs ilustrados economistas progressistas falam em crescimento como se tal fosse por si só um benefício.
ResponderEliminarA dívida, por qualquer mistério de que eles têm a chave, é coisa para varrer para baixo do tapete dos credores,
nuno, o chile ja tem um pib maior que portugal, o pib per capita é menor porque tem uma pop de 17 milhões, uma porque este "nosso" encolheu, o outro porque no fim do mundo vai-se crescendo com a exportação de commodities, cobre, peixe, vinhos, salmão, fruta, legumes, pasta de papel, e se bem reparas o aumento das exportações portuguesas ira por ahi, vinhos, frutas, pasta de papel, refinados de petroleo, as exportações tradicionais zapatos, textil, cerámica, vidro, moldes estão presas ao crescimento europeu, ganhar quotas de mercado exige investimento na qualidade, isso sabemos. O ganho pode vir de exportar ca dentro, embora o investimento em tuc tuc não da para um arranque à asiática, se puderamos exportar alguns politicos portugueses para Africa, AL, Asia era bom, pelo menos o poiares madura regressa a Toscania, o gaspar ja esta no states, o sócrates esta em Evora, abç
ResponderEliminarEste naco aqui transcrito por Nuno Serra é exemplar e a ele voltaremos.
ResponderEliminarPor agora mais uma vez se lastima que o das 19 e 15 empreenda a sua costumada fuga do que se debate e a não assumpçao da indigência mental e da desonestidade íntrinseca dum dos da (sua)
goernança
À acusação frontal e sem tibiezas desta miserável "propaganda rasca do governo" nada diz e tudo cala.
Mais uma vez assaz revelador
De
"A economia política ao serviço do capital impôs uma lógica axiomática, da qual resultou o neoliberalismo, destacando-se neste processo os srs. Hayek e Friedman. Mesmo desmentida pelos factos e posta ao serviço de horrorosas ditaduras, a argumentação baseada nessa lógica dava os subterfúgios necessários à exploração capitalista, permitindo contestar quer o marxismo quer o keynesianismo, vendo um tão ameaçador como o outro para os interesses do grande capital e multinacionais.
ResponderEliminarAs sociedades europeias estão dominadas por axiomas como a eficiência dos "mercados" financeiros, o euro como moeda única, a UE como espaço de democracia e progresso. Se não se começar por contestar esses axiomas a crítica é apenas circunstancial, não sai da lógica do sistema. O discurso de ministros, deputados da maioria e do PS, comentadores, pode então ser perfeitamente lógico… mas sem relação com a realidade ou incapaz de a alterar. A sua coerência tem a ver apenas com os axiomas assumidos: sem estes a assertividade e o país das maravilhas de Coelho, Portas & Cia, não passa de um baralho de cartas.
...Perante o falhanço das políticas atuais, os seus defensores procuram manter a opinião pública iludida fazendo dos seus axiomas tabus, algo sagrado, intocável. Os "mercados" financeiros, o euro, os tratados da UE, são como que a "santíssima trindade" da dogmática vigente. Daqui a "religião" do dinheiro parte para outros "mistérios": a economia do lado da oferta que justifica a descida do IRC, as desigualdades crescentes, os intocáveis paraísos fiscais; o salário mínimo e os direitos laborais como fatores de desemprego; o pacto orçamental da UE, base do euro, como "regra de ouro".
Daqui: http://resistir.info/v_carvalho/tabus_e_alternativas.html
É espantoso como já chegámos a esta indigência de se manipularem dados, números e factos com este despudor, para manter a narrativa do "sucesso" e do "crescimento". E é este tipo de coisas que nos governa e se governa sendo no fundo o espelho directo da "validade" dos seus axiomas doutrinários e ideológicos.
Aqui está patente que "a mentira é crónica na direita" e que quando se discutem as consequênias dos seus axiomas só sobram estas cenas patéticas, ridículas e com o odor acanalhado da falta de honestidade pura e dura.
De
De acordo, trata-se de propaganda rasquíssima. A noção do ridículo é coisa que não assiste ao Maçães. Então a apresentação de factos económicos e sociais concretos para serem debatidos é sinal de zanga? Então a evidência do descalabro nacional que é a desgovernança dá logo para a birra e a pieguice? Parece o sabujo do Jose. Aliás, são gémeos. Claro que o Legrain ficou-se a rir e a topar, mais uma vez, a aldrabice do Maçães. São os contos de criança do desgoverno do Passos, do Portas, do Maçães, do lambreta, são estorietas rascas que não passam.
ResponderEliminartenho pena do Jose
ResponderEliminarcomo não tem nada para dizer vai mandando os slogans do costume mesmo de forma descontextualizada
é impossível defender a posição do Maçães e então ele manda uns tiros...prós pés
Jose
acho que as substâncias usadas no embalsamento do cu salazarento te estão a dar a volta ao miolito
devias ir a uma consulta dos lambe cus anónimos
Para subir o PIB basta distribuir dinheiro e importar quanto baste para povoar lojinhas de seus funcionários com salários a contar para o rendimento nacional.
ResponderEliminarAos treteiros interessa tão só uma qualquer aparência científica que lhes suporte as tretas em que sustentam a sensação de existência útil.
Juntam-se em corais para que o ruído os liberte que qualquer pensamento que perturbe essa sua felicidade acéfala, e onde faltarem os argumentos sempre lhes basta o insulto.
Serem enxame vociferante é o seu maior conforto.
Os altos Quadros dos dois partidos governamentais ou andam a enganar os portugueses
ResponderEliminarou fazem pura e simplesmente a rejeição da lucidez, em ambos os casos é uma situação perigosa e preocupante.Esperamos que o PS de António Costa não faça uma "Evolução na Continuidade", expressão utilizada por Marcelo Caetano no discurso de tomada de posse quando substituiu Salazar.
"Bruno Maçães é um «tonto» ao serviço dos interesses da Alemanha" Quem diz tal é a insuspeita Constança Cunha e Sá e tem como alvo esta figurinha medíocre, a tresandar a ovos podres e a mixórdia parida na taberna onde a direita-extrema se abastece para consumo interno,
ResponderEliminarO mais engraçado é o curriculum que apresenta:Licenciado em direito pela Universidade de Lisboa, Bruno Maçães tem doutoramento em ciência política pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos e deu aulas na Coreia do Sul e em Berlim.
Donde se pode ver de como estas coisas andam todas ligadas e estes colarinhos brancos são tidos como preciosos nos lugares onde se pretendem "coisas" como estas. A Univ católica geradora de tontos desta estirpe ( o cesar das neves não tem lá lugar?) de mãos dadas com Harvard ( que tanta polémica tem agora causado pelas suas posições a favor de canalhas xemófobos). Berlim é ponto de passagem para o ritual de beija-mão decadente e senil das novas élites portuguesas, a aprenderem a genuflexão abjecta e o latir no alemão laudatório da ordem.
O cómico da questão é que neste post verificámos que há fortes elos de ligação entre a figurinha medíocre do secretário de estado de passos (e seu "consultor político") e um que se assina com o nick de jose ou JgMenos ( ou de maçães?). Um desconversa , o outro nem conversa. Um faz propaganda rasca a favor do governo, o outro faz rasca propaganda a favor do governo. Um pensa que somos tontos e diz estas barbaridades com a desonestidade inversamente proporcional à sua figura, o outro emite uma reza para ver se nos esquecemos do que falamos e do que se denuncia. Um é um germanófilo traidor ( conhecido como o "alemão"), admirador confesso da organização germânica, o outro é um confesso admirador da mesma organização e compincha de copos de admiradores confessos da organização de trabalho de hitler.
Falta apenas dizer que este maçães mereceu a conveniente ode apologética por quem agora tenta tudo para que não seja denunciada mais esta fraude.
Enfim, mais conhecimentos e "arranjos" do Centro do Império
De
O Jose a falar de insultos e a lançar uns "argumentos"...hahahaha
ResponderEliminaro "treteiro do costume"
"A economia portuguesa está a beneficiar de fatores externos positivos. Finalmente conseguiu travar o pânico do verão de 2012. Além disso, as políticas de quantitative easing do BCE têm feito baixar os custos dos empréstimos portugueses para mínimos históricos. A descida do preço do petróleo e um euro mais fraco também têm ajudado. Internamente, a extrema austeridade de 2011-12 foi aliviada: o aperto fiscal é muito menor neste ano. Como resultado a economia está a crescer outra vez, lentamente."
ResponderEliminarAfinal parece que Legrain está de acordo com Maçães
Uma interessante "intervenção" do sr Henrique santos.
ResponderEliminarMas profundamente desonesta. Profundamente desonesta porque insiste num corte e costura tido apenas como concebível entre os aldrabões de feira.
Já o disse uma vez.Este sr é um forte candidato a algum "lugar" em qualquer governo neoliberal. É desta massa que saem os agentes de turno da governança
Vamos então aos factos?
Título da notícia:
"Governo tentou ser mais alemão que os alemães e foi desastroso"
Depois daquele "naco" escolhido a dedo pelo Sr H.Santos, o que diz Legrain?
Imediatamente a seguir: "Mas Portugal ainda está num buraco fundo. A economia está ainda 7,5% mais pequena do que no seu pico no início de 2008 - na verdade está mais pequena do que em 2002 - e ao nível atual de crescimento de 1,5% não vai voltar aos níveis de 2008 antes de 2020: mais de uma década perdida. As dívidas globais - das famílias e das empresas - são insuportavelmente grandes. Os bancos ainda estão numa confusão, com o escândalo do BES à cabeça. Os salários caíram. A pobreza aumentou. O desemprego continua altíssimo. Muitos portugueses emigraram. Ajustando para a população ativa que não tem trabalho e o subemprego, o FMI calcula uma redução do mercado de trabalho de 20%. O FMI também diz que as reformas portuguesas foram inadequadas e que ainda têm de produzir benefícios. Portugal é um país europeu relativamente pobre. Devia estar a aproximar-se dos mais ricos através de mais investimento e aumentando a produtividade. Em vez disso, está a posicionar-se para ser ultrapassado pela Polónia e outros. É trágico.
Compare-se a dureza das afirmações de Legrain com o tom cor-de-rosa "pinçado " pelo sr santos.Compare-se com as "cretinices" palradas pelo maçães: "os países em crise da zona euro estão a deixar os seus problemas para trás. Os riscos estão a tornar-se irrelevantes".
Legrain de acordo com maçães?
Isto só mesmo na cabeça dum indefectível propagandista,quando são os próprios, maçães e Legrain, que assumem de forma frontal a sua discordância
Infelizmente ( para o sr Henrique santos) há mais
De
Pergunta do Jornalista:
ResponderEliminar"Pelo que diz, o programa de assistência a Portugal foi malsucedido. Quem foi o responsável: o governo ou a troika?
Resposta de Legrain:
O programa falhado foi projetado pela troika dentro das limitações políticas definidas pela Alemanha. E foi entusiasticamente implementado pelo governo português, que tentou ser "mais alemão do que os alemães". Mas as consequências foram desastrosas: uma longa e desnecessária depressão da qual o país ainda não recuperou e que perversamente causou uma dívida pública tão alta que ultrapassa o produto interno bruto."
Para se ver que "afinal Legrain está de acordo com maçães" já basta. Relembra-se que maçaes é membro do governo que entusiaticamente quis ir mais longe do que a troika.
Mas não há nada como consultar a entrevista citada de forma directa e sem intermediários, nem cortes e costura manhosos
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4717051&page=-1
De