segunda-feira, 27 de julho de 2015
Leituras
«Schäuble conta que lá em casa eram três irmãos e, quando lutavam, o pai dizia-lhes que o mais forte devia recuar. Isto para dizer que aplicou esse princípio nas negociações com a Grécia. Vejam bem o que está implícito e explícito nesta conversa. Primeiro, "o mais forte", leia-se, a Alemanha, leia-se, ele próprio. Segundo, "recuou", quer dizer, foi ele quem recuou naquela longa noite e não o grego que voltou para casa com um saco de exigências em tudo opostas ao mandato que levava. Destas coisas de lutas infantis tenho o dobro da experiência do ministro alemão. Lá em casa éramos seis irmãos e o mais forte não era sempre o mesmo. Entre derrotas, vitórias e nem uma coisa nem outra, aprendi muito e serviu-me para a vida. Recuava-se e avançava-se conforme as circunstâncias, a presença das diferentes autoridades, o sistema interno de alianças, a capacidade de persuasão e até as malfadadas botas para o pé chato, armas poderosas nos pés dos mais pequenos.»
Ana Sousa Dias, A avó de Schäuble sabia muito sobre os gregos
«A direita mais radical descobriu recentemente uma filosofia da história. (...) Entendeu que se chegou ao "fim da história" e o "fim da história" é aquilo a que chamam "realidade". Uma espécie de muro existente na física das sociedades e das nações contra o qual se vai inevitavelmente quando se abandona o caminho da "austeridade" e se encontra a TINA, o "there is no alternative". (...) [Mas] existe uma enorme confusão entre a "realidade" do "fim da história" e o poder. Aquilo que os gregos encontraram à sua frente não foi o muro da "realidade", foi o muro do poder. (...) A doutrina da "realidade" é uma justificação do poder exercido pela força. É por isso que a TINA é uma doutrina de submissão, uma espécie de justificação do direito natural dos poderosos a exercerem o poder sem limites. (...) Contrariamente ao que pensam, na questão grega, a realidade impôs-se à "realidade" e fez a história mover-se quando eles a queriam fixa no ponto ideal do seu poder. (...) Não, a "realidade" não é a história acabada num certo modelo de economia, sociedade e poder. Bem pelo contrário, está a mover-se e mais depressa do que imaginam e não é para o lado da "realidade". É para o lado de que há "alternativas".»
José Pacheco Pereira, A direita radical encontrou o "fim da história" e chama-lhe "realidade"
«O primeiro ponto de uma agenda de refundação europeia é a dissidência clara e ousada relativamente à atual trajetória destrutiva e ao poder antidemocrático instituído pelo governo da Alemanha e pelos diretórios que foi formando. O segundo é declarar sem hesitação que se denuncia o papel e a violência cínica que esse governo está a impor à mesma Europa que recuperou o seu país das cinzas geradas pela fogueira que ele próprio tinha ateado. (...) Governação económica, neste contexto, quer dizer tudo o que o “six-pack” e o Tratado Orçamental já deixaram claro que são: vigilância apertada por maus polícias; obrigação de saldos orçamentais que impeçam a ação pública, liberalizem e criem mercados para tudo; anemia da economia em nome da moeda e da banca, pois já se sabe que não é possível criar bem-estar nem crescimento em tais circunstâncias. Com elas só é possível uma estagnação longa para todos, com exceção dos que vivam à custa de todos os outros. Sim, com exceção de alguns, pois, por exemplo, o banco público alemão — sublinho público, porque (hélas!) as regras não são para todos — que iria gerir o fundo de privatizações gregas não estaria estagnado...».
José Reis, O dia em que se construiu o novo muro de Berlim: refundar a Europa com urgência
Uma das banalidades da comunicação esquerdalha do momento: desenterrar o nazismo para diabolizar a Alemanha e os seus dirigentes.
ResponderEliminarEm contrapartida a Grécia é colocada no universo de que trata a «Agenda dos Coitadinhos'. E no caso, é com ternura que se referque nem sequer chamam as coisas pelos nomes...
Eis o protótipo dum que gosta de palavras fortes que o definem e ao tipo de ideologia que segue e que serve.
ResponderEliminarUma questão de classe aqui exposta nestas breves quatro linhas.
"Comunicação" quer dizer exactamente o quê? Como se sabe a comunicação social na sua generalidade está nas mãos de bandalhos. É ver a capa do expresso de hoje e verificar que a direita mais direitista ( e abjecta) cerra fileiras em torno dos seus,surgindo aquele coitado do cavaco em posição central. Cavaco que as "sondagens do Expresso até o tiraram da lista de personalidades políticas sujeitas a avaliação dos inquiridos e, assim, está quase tudo dito".(cito o tempodascerejas).
Pelo que tudo o que saia para além do preformatado desejo da governança e das sua tropa fandanga surge como algo de perigosamente revolucionário. A abater
De
Mas infelizmente há mais. Passemos de lado a raiva simiesca como jose ( ou JgMenos ) pronuncia a palavra "esquerdalha" ou "agenda dos coitadinhos"(?).
ResponderEliminarVerifiquemos com o distanciamento devido a ternura como jose se dirige aos dirigentes da alemanha. Parafraseando o tipo da tecnoforma assume uma atitude deveras piegas para com aqueles. Tem até a suprema lata de tentar enterrar o "nazismo" , ele logo ele, que num dia de má memória teve a ousadia de defender um criminoso colaboracionista, fantoche dos nazis, chefe de fila dum governo que ficou para a história com a marca indelével da traição, da miséria humana e da crapulice criminosa nazi. Falamos de Petain, o lider de Vichy aoi serviço de Hitler. Pois jose quando o desneterrou como um exemplo a seguir mostrou de uma penada várias coisas. As suas simpatias mais profundas; o desejo que esta coisa de enterros seja para enterrar algumas memórias apenas porque o mais do resto é dum sinsitro branqueamento.E mais alguma soutras coisas que agora me abstenho de enunciar.
Paralelamente a este carpir em torno da Alemanha, este permanente harpejo ( de harpa) em dó menor em torno do Deutschland über alles veja-se como a sua linguagem se encrespa quando a Grécia é o alvo.
E fica possesso quando "todos os nomes" não seguem os nomes todos que ele quer de facto expelir
De
"Desenterrar o Nazismo para diabolizar a Alemanha", a ser verdade, não deixa de ser uma novidade refrescante face à tese que, há dezenas de anos, ganhou raízes no Ocidente revisionista: a de diabolizar a Revolução de Outubro como a génese de todos os horrores europeus do século XX (incluindo o horror do Nazismo no pacote [des]promocional). Os santinhos dos ideólogos da Guerra Fria viram no Nazismo uma mera reacção ao advento do poder dos soviétes, consubstanciando-se esse Nazismo numa ditadura completamente estranha às belas tradições humanistas das liberais democracias europeias e ocidentais.Pois... Para os profundíssimos teólogos do ódio ao Marxismo, o racismo genocida do III Reich não seria, como foi, um retomar e um aprofundar até ao paroxismo infernal dos velhos racismos e imperialismos ocidentais, mas seria, isso sim, um filho bastardo do "ódio ao outro" libertado pela Revolução de Outubro. Tanto se lhes dava que esse suposto "ódio ao outro" se tivesse consubstanciado na elevação à categoria da dignidade nacional dos povos tratados como servos coloniais durante a ditadura czarista. Nem para o caso é importante que se note que o invocar do "destino manifesto" pelo farol do liberalismo ocidental encontra curiosas ressonâncias no "espaço vital" e no "Reich de mil anos" do autor de "Mein Kampf", e muito menos importa que nesta última desgraçada obra se rastreie uma enorme admiração de Adolf Hitler pela liberal Grã-Bretanha e pelo seu Império, império esse que ele tentaria recriar na Europa de Leste, levando a exploração e o assassínio coloniais a um ponto e a uma escala inimagináveis. Isso são meras minudências sem significado que convém não referir. Compreende-se: há coisas que nos podem causar dificuldades à boa difusão da propaganda. Como vê pelos singelos exemplos, Herrrrr "José", não foi a esquerda que desenterrou o cadáver do Nazismo: a direita (mais ou menos reaccionária), e até certa esquerda, é que têm tentado, à viva força e da forma mais básica, "nazificar" o Marxismo.
ResponderEliminarBem sei que a História não se repete. Sei, contudo, que há nela, de quando em vez, certas analogias que são, no mínimo, inquietantes. Aqueles que, ontem, toleraram o Nazismo vendo nele um poderoso aríete a instrumentalizar contra a URSS, parecem-me os irmãos gémeos daqueles que, hoje, vêem no agigantar da prepotência alemã o mais eficiente seguro para os seus próprios sonhos e acções de rapina criminosa. Se aqueles outrora fecharam os olhos à criminosa destruição da República Espanhola pelos seus "proxies" na luta anticomunista; hoje, são os últimos a coadjuvar a Alemanha na destruição da Grécia.
Uma última nota: nessa alegada "diabolização" da Alemanha, convenhamos que nem Schäuble nem Merkel precisaram (ou precisam) de grande ajuda, pois ambos têm feito um magnífico trabalho ao vestirem, gostosa e voluntariamente, a pele do diabo.
Eis como no enunciado se constrói a defesa do indefensável.
ResponderEliminarO eixo do mal Moscovo/ Roma/ Berlim é construído pelo Leninismo/Estalinismo/ Troskismo/etc... pelofascismo e pelo nazismo. São totalitarismos, e dentre eles venha o diabo e escolha.
Com o marxismo vive bem a social-democracia, tomando-o pelo que vale: uma análise crítica fundada em preconceitos sem valor científico mas que é útil instrumento de análise social e política.
Eis como no enunciado se constrói a defesa do indefensável.
ResponderEliminarO eixo do mal Moscovo/ Roma/ Berlim é construído pelo Leninismo/Estalinismo/ Troskismo/etc... pelofascismo e pelo nazismo. São totalitarismos, e dentre eles venha o diabo e escolha.
Com o marxismo vive bem a social-democracia, tomando-o pelo que vale: uma análise crítica fundada em preconceitos sem valor científico mas que é útil instrumento de análise social e política.
Ouve-se falar em "eixo do mal" e ficamos logo a saber do que a coisa gasta.
ResponderEliminarUm qualquer facínora no meio dos seus militares a enumerar os alvos a abater...e a carregar no botão.
Como se viu e cono se vê.
Há expressões que têm assim o cunho do horror e do inenarrável.Que jose a use com a aparente leviandade de quem debita as asneiras que debita, permite ver que o totalitarismo que admira e venera - petain ou salazar venha o diabo e escolha- não cabe no registo melífluo que utiliza e não resiste a uma análise séria e honesta.
Há mais? Pois claro que há
De
Depois há uma "coisa" que me inquieta e que me deixa perplexo
ResponderEliminarO texto referido pelo anónimo diz algo que o "jose" não apreende, não compreende, não percebe ou que deturpa.
O "nazificar o marxismo" não é a defesa do indefensável. É a acusação frontal que " não foi a esquerda que desenterrou o cadáver do Nazismo: a direita (mais ou menos reaccionária), e até certa esquerda, é que têm tentado, à viva força e da forma mais básica, "nazificar" o Marxismo."
Quem tem peias contra o conhecimento e que aproveita as mais diversas oportunidades para o testemunhar tem destas coisas. O texto que estamos a discutir é demasiado para o jose que nem recorrendo a Jgmenos consegue esconder a sua enorme impotência argumentativa...
Como os convívios da social democracia e a sua interpretação bacoca do que é o marxismo
De
A plasticidade desse conceito do "Eixo do Mal" é, pelo menos na sua concepção dele, Herrrr "José", deveras espantosa. Se, ao olhar para ontem, o douto "José" comete a perspicaz habilidade de enfiar no mesmo saco Marxismo, Leninismo, Trotskismo, Nazismo e Fascismo, aposto singelo contra dobrado que, hoje, conseguirá o prodígio de enfiar no mesmo ramalhete do "Eixo do Mal" o conservador Putin, a China dos diversos sistemas,o teocrático Irão, a martirizada Síria e a comunista Coreia do Norte. Acertei?
ResponderEliminarJá quanto ao sentido prático de agregar no genérico conceito de "Totalitarismos" o Marxismo, o Leninismo, o Trotskismo, o Nazismo e o Fascismo ( e a coerência,Herrr "José"?; perdeu vossa excelência pelo caminho o Salazarismo e o Franquismo, ou não fazem eles parte desta sua lista de "ismos"?), poderia Herrr "José" ficar-se por uma analogia ainda mais basicamente canhestra, e concluir que eles entre si se equivalem por todos serem... ideologias. O que, a ser verdade, nos poderia levar a outro desenvolvimento assaz interessante: equivalendo-se eles por serem ideologias, não poderíamos nós agregar-lhes uma outra ideologia - a democracia liberal ocidental?
Protestará o bom do Herrr "José", certamente, contra tal soma, afirmando, furibundo, que a democracia liberal ocidental não compartilha com aqueles outros "ismos" o carácter "totalitário". Deveras? Vejamos: não foi um acto totalitário o massacre de 11 milhões de congoleses pelo liberal Leopoldo II da Bélgica, pois não?; não foi um acto totalitário o massacre de Amritsar, levado a cabo pela liberalíssima Grã-Bretanha, como não foi um acto totalitário os 3 milhões de mortos pela fome, em 1943/1944, em Bengala, pois não?; as guerras coloniais indochinesas e argelinas levadas a cabo pela democrática França não foram actos de totalitarismo, pois não?; o meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo embargo dos EUA e da UE não entram nas contas das vítimas do totalitarismo, pois não? É que isto de meter tudo no mesmo saco, caro Herrr "José", dá para afirmar tudo e o seu exacto contrário.
Poderia eu suspeitar que o caro Herrr "José" andou a beber da obra da coerentíssima Hanna Arendt e do impoluto Robert Conquest, mas não me parece: nem a articulação do seu pensamento(?!!!),nem a falta de articulação do seu fraseado me levam a suspeitar,nem por um segundo, de tal coisa. O seu ódio irracional, caro Herrr "José", parece-me mais fruto de mal amanhados preconceitos em si inoculados desde tenra idade.
Se o caríssimo Herrr "José" soubesse alguma coisa acerca daquilo de que tão veementemente fala, chegaria a uma curiosa conclusão: um dos primeiros a teorizar sobre o "totalitarismo" do comunismo soviético pós-Lénine foi... León Trotski, acusando Estaline de um desvio personalista, burocrático e burguês de... direita. Herrr "José" "compagnon de route" do organizador do Exército Vermelho? Quem diria...
Das 17_39 às 18:19 para produzir semelhante inconsequêmcia?
ResponderEliminarVale pelo esforço. Falando para o canto:
Não há confusão possível na identificação do que seja o social-fascismo.
Mas os devotos do maior crime do século XX (em duração e número de vítimas de um regime político fora de um contexto de guerra)tudo fazem para sacudir semelhante destaque.
Vai daí nada como recorrer ao nazismo, fenómeno que tem curta duração e é restricto à Alemanha, para encontrarem quem possa competir em horror.
E fazem-no a qualquer pretexto, ainda que seja para o misturar com o marxismo, se bem que nunca para recordar que o seu nome fundador foi o de nacional-socialismo.
Jose
ResponderEliminarna tua azáfama de propaganda descerebralizada até te tornas infantil
Essa do "nacional-socialismo" arrancou-me gargalhadas
como se o rótulo do sabão fosse importante e com isso denuncias que nda sabes sobre as origens do tal nacional-socialismo
como sempre revelas uma profunda ignorância pontuada com revisões hilariantes da História.
Acaso sabes alguma coisa sobre as origens da suástica sobre as 3 luas e a Era dos gigantes ?
Vai latindo que eu vou-me rindo
continuas a confirmar o que eu sempre disse
és um sabujo nojento e doentio
no contexto do nazismo nem um SS serias mas um mero bufo pago com côdeas de pão
Um desespero desesperado de alguém que, assumidamente Petanista ( como se sabe, um fantoche nazi), quer passar por entre os pingos da chuva
ResponderEliminarTenta encontrar algo a que se agarrar. Só lhe saem estas misérias. "Fora de um contexto de guerra" dirá, num supremo esforço de catilinária, mas mostrando com tal frase assassina que nem sabe o que diz nem diz o que sabe. "Fenómeno de curta duração e limitado à alemanha" escreverá, ocultando que o Breivik ( que acusou inicialmente de ser islâmico ) é um criminoso nazi, fundamentalista e xenófobo e que o nazismo por aí pulula mau grado o esforço esforçado de jose/JgMenos o ocultar.
Deixa num entanto um rasto que o denuncia. Vai tentar identificar o nazismo com o socialismo socialismo mercê do invocação do nacional-socialismo
Como se não bastasse o branqueamento do nazismo a manipulação pura e dura.
Da wikipedia:
"o nazismo é considerado um movimento essencialmente de extrema-direita.[9] Os nazistas foram um dos vários grupos históricos que utilizaram o termo "nacional-socialismo" para descrever a si mesmos e, na década de 1920, tornaram-se o maior grupo da Alemanha. Os ideais do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) são expressos no seu "Programa de 25 Pontos", proclamado em 1920. Entre os elementos-chave do nazismo, há o antiparlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo,[10] [11] a eugenia, o antissemitismo/antijudaísmo, o anticomunismo, o totalitarismo"
Extrema-direita. Onde jose bebe e se reconhece. Parente próximo e desafortunado
Tudo serve para branquear a história . E para econdere manipular os factos
De
As ignaras criaturas todas se abespinham se lhes abalam a retórica propagandística que, por puro fastio e sobranceria intelectual, já ninguém se ocupa em desdizer.
ResponderEliminarÉ a cassete...e ficam-se por aí; e o reco-reco da 3ª internacional continua até hoje.
O Hitler durou porque foi popular; e foi popular porque favoreceu as massas trabalhadoras alemâs; e quando precisou de mais meios para as manter ao serviço da sua ideologia, assaltou a Europa e liquidou judeus; e dispunha-se a assaltar o mundo.
Foi racista e imperialista e socialista quanto baste. Mas como totalitário não atingiu o fulgor do colega Estaline.
Seria bom que o inteligente Herrr "José" juntasse os seus "escritos" num grosso volume e sob o título "Reflexões de Um Calhau com Olhos - subsídios para a compreensão do Mundo vindos do fundo da cloaca". O volumoso opúsculo não daria, certamente, sustento mental a uma só amiba lobotomizada que fosse, mas faria as vezes de um sofrível papel higiénico.
ResponderEliminarEntre as pérolas que poderia incluir nesse seu monumento literário, Herrr "José", estaria certamente esse seu genial descobrimento da confusão entre a Estrada da Beira e a beira da estrada como instrumento para compreender a História: se o partido de Hitler foi crismado de "socialista" isso é a prova provada da sua génese... marxista. Que se seguirá? Será o próximo passo descobrir que fascista Benito Mussolini se iniciou nas lides políticas reclamando-se "socialista" e, logo, apontar o Fascismo Italiano como tendo a sua real maternidade no... Marxismo?
Uma pergunta, Herrr "José": essa sua sólida e vasta ignorância é coisa de nascença ou é fruto de um profundo e laborioso esforço seu?
"O Hitler durou porque foi popular; e foi popular porque favoreceu as massas trabalhadoras alemâs; e quando precisou de mais meios para as manter ao serviço da sua ideologia, assaltou a Europa e liquidou judeus"
ResponderEliminarLegenda: a história do Nazismo explicada em três arrotos...
"Mas como totalitário não atingiu o fulgor do colega Estaline."
Legenda:... com o inteligente subsídio de uma flatulência adicional.
A conversa vai longa e pode parecer por vezes "tosca".
ResponderEliminarÉ-o de facto quando perante afirmações no mínimo "estrondosas" vindas da parte de jose/Jgmenos. É perfeitamente surreal a forma como caracteriza hitler ( que durou porque foi "popular") e porque favoreceu as massas trabalhadoras alemãs e que quando precisou de mais meios para as manter decidiu assaltar a europa ( mesmo que já não tivesse meios, mas os meios nasceram-lhe do seu bigode, com toda a certeza) e que liquidou judeus ( provavelmente à procura de meios, fingindo ignorar que o racismo abjecto e a eugenia estavam no cerne da sua ideologia).
"É um segredo do domínio público que os Estados Unidos foram coniventes com Adolf Hitler. A penetração dos EUA foi significativa e intensa, em especial a sua cooperação com a indústria de guerra alemã. Em 1933 os Estados Unidos controlavam ramos cruciais da economia da Alemanha, assim como grandes bancos como o Deutsche Bank, Dresdner Bank, Donut Bank etc.
Os grandes negócios começaram a confiar em Hitler. Foram os dias de afluência para o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, quando começaram a afluir os financiamentos do exterior. Graças a grandes donativos do grupo United Steeworks de Frotz Thyssen, (Vereinigte Stahlwerke AG), da I.G. Farbenindustrie AG (Interessen-Gemeinschaft Farbenindustrie AG) e do magnate da indústria mineira Emil Kirdorf, o partido obteve 6,4 milhões de votos e tornou-se o segundo maior partido no Reichstag (parlamento). Hjalmar Schacht (22/01/1877 – 03/06/1970), economista alemão, banqueiro, político liberal e cofundador em 1918 do Partido Democrático Alemão, tornou-se o elo de ligação fundamental entre a indústria alemã e os doadores estrangeiros.
Os negócios britânicos começaram a fazer donativos ao Führer e ao seu partido nazi. Em 4 de janeiro de 1932, Montague Norman, governador do Banco de Inglaterra de 1920 a 1944, encontrou-se com Hitler e com o chanceler alemão Franz von Papen para concluir um acordo secreto para fornecimento de fundos ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Estiveram presentes nesta reunião os dois irmãos Dulles...
O novo governo alemão foi tratado de modo extremamente favorável pelos círculos dirigentes dos EUA e do Reino Unido. As democracias ocidentais mantiveram-se silenciosas quando Berlim se recusou a pagar as indemnizações. Hjalmar Schacht, presidente do Reichsbank e ministro da Economia, foi aos Estados Unidos em maio de 1933 para se encontrar com o presidente Franklin Delano Roosevelt e com importantes banqueiros da Wall Street. A Alemanha obteve um crédito de mil milhões de dólares. Em junho, durante uma visita a Norman em Londres, Schacht pediu um empréstimo de mais 2 mil milhões de dólares, assim como uma redução e eventual cessação do pagamento de antigos empréstimos. Assim, os nazis obtiveram uma coisa que os governos anteriores não tinham conseguido.
No Verão de 1934, a Grã-Bretanha assinou o Acordo de Transferência Anglo-Alemão que veio a ser uma das bases da política britânica em relação ao Terceiro Reich e, no final dos anos 30, a Alemanha passou a ser um parceiro comercial importante da Grã-Bretanha. O banco de Schroeder tornou-se o principal agente da Alemanha e da Grã-Bretanha e, em 1936, a sua filial de Nova Iorque fundiu-se com uma sociedade Rockefeller criando o banco de investimentos "Schroeder, Rockefeller and Co.", que o New York Times descreveu como "eixo económico-propagandista de Berlim-Roma".
O "Memorando Secreto" foi emitido por Adolf Hitler em agosto de 1936. O memorando foi enviado apenas a alguns altos líderes nazis e o seu conteúdo – informações sobre o Plano Quadrienal – foi formalmente anunciado aos fiéis do partido em setembro de 1936, num comício do partido em Nuremberga. O Memorando Secreto estabelecia que, no prazo de quatro anos, a Alemanha teria forças armadas aptas a combater e a sua economia seria mobilizada para satisfazer as necessidades da guerra. Como ele próprio reconheceu, Hitler contava com crédito estrangeiro como base financeira para o seu plano quadrienal, portanto isso não levantou o menor alarme".
ResponderEliminarEm agosto de 1934, o gigante petrolífero americano, Standard Oil, comprou 296 mil hectares de terras na Alemanha e construiu grandes refinarias de petróleo que forneceram aos nazis. Na mesma altura, os Estados Unidos forneceram secretamente à Alemanha o mais moderno equipamento para fábricas de aviões, que em breve iriam produzir a aviação alemã. A Alemanha recebeu um grande número de patentes das firmas americanas Pratt and Whitney, Douglas e da Bendix Corporation, e o bombardeiro de mergulho "Junkers-87" foi construído usando exclusivamente tecnologia americana. Quando a guerra rebentou, os monopólios agarraram-se à velha regra, experimentada e comprovada – nada de pessoal, só negócios. Em 1941,quando a II Guerra Mundial avançava a todo o vapor, o investimento americano na economia alemã totalizava 475 milhões de dólares: só a Standard Oil investiu 120 milhões, a General Motors 35 milhões, a ITT 30 milhões e a Ford 17,5 milhões de dólares. "
Há mais. mas francamente não me apetece continuar.
Agradeço todavia algumas intervenções de alguns dos comentadores anteriores. Pela intrínseca coerência e pelo profundo saber. Com a ponta de ironia que se saúda e que se releva.
De
O vendido e desonesto do Rodrigues dos Santos acaba de dizer na RTP que Portugal tem uma dívida pública de quase 130 %, a terceira maior da zona euro, mas mesmo assim foi dos que mais a reduziu. Só faltou dizer que era sustentável. O trabalhinho de manipulação feito em horário nobre por um dos mais activos colaboracionistas.
ResponderEliminarUm pouquinho ao lado do texto proposto devo dizer que adquiri o livro do Varoufakis -O Minotauro Global- editado pela Bertrand em Junho, vem com uma tradução simplesmente horrorosa...Para entender minimamente a narrativa, é necessário reinventar o texto. Lamentável.
ResponderEliminarO Schäble recuou e não pouco.
ResponderEliminarIniciar negociações com quem merece nenhuma confiança não é um esforço menor.
Os gregos não enfrentaram outra realidade que não a sua própria: Estado falhado e corrupto, parasita crónico de ajudas malbaratadas, em que elegem um Governo que alça a bandeira da vitimização sem pudor nem recuo.
ResponderEliminarEspero bem que sem mudança não haja ajuda senão a meramente assistencialista - tipo Jonet!
Este José Reis é o tipo de economista popular: diz sempre o que se espera ouvir na onda de invectivas e tretas de esquerda mais disseminadas no momento: o lucro dos bancos, os ricos e os pobres, os poucos com sucesso para tantos seguramente vitimados pelo seu sucesso, a sempre presente malfeitoria alemã...um sempre forte contribuinte para a 'Agenda dos Coitadinhos'.
ResponderEliminarPropostas? Serve interrogações como qualquer bom esquerdalho, mas vai subliminarmente garantindo que, respeitando os preconceitos enunciados, a solução brotará assim se juntem preconceituosos bastantes .
Jose
ResponderEliminarSe há aqui algum coitadinho és tu
não vás ao médico não
deves ter sido reformado compulsivamente
És tu, gémeo?
ResponderEliminarContinuas a bolsar suposições e invectivas?
Tens alguma ideiazinha mo bestunto que saibas articular?
Pois parece que as "ideias" do das 12 e 41 andam por aí a flutuar, testemunhando a matéria de que é feito quem tem a "excelência" de tentar não só branquear e ocultar os crimes dos nazis, como de resumir a sua "sapiência" da maneira como o fez e faz.
ResponderEliminarMas os factos e as ideias já foram debatidas e compreende-se que a fuga para os braços de Schäuble seja uma saída para quem expôs desta forma tão,tão,tão o universo do seu pensamento e a sua formatação ideológica. Não adianta agora aqui postar adjectivos porque os factos falam por si. E são mais demolidores que toda esta pieguice para com Schäuble ou o ódio patente contra os gregos e a Grécia.
Ou talvez não. Deixando de lado as patetices ( tretas diria algum tresmalhado especialista nestas ) sobre José Reis ( repare-se que não há qualquer contestação ao que este diz, há apenas um credo maldizente sobre este, vazio e oco, tendo como alvo única e exclusivamente o perfil "pidesco" que jose lhe faz), há uma coisa que é indesmentível.
Se pegarmos no arrazoado de "jose" ( JgMenos) sobre a Grécia ou sobre os gregos talvez possamos verificar as coincidências com o discurso nos idos anos 30 e 40 do século passado, quando as bestas nazis falavam sobre as raças inferiores, judias ou eslavas. Até o velho chavão ( nazi) da acusação da vitimização está lá.
E desta forma voltamos, não por acaso, de novo a Hitler.
(As saias de jonet ou de outra matrona familiar do movimento nacional feminino, tão do agrado de quem retoma velhos e criminosos ódios rácicos, são apenas o disfarce para ocultar que os corruptos fazem parte intrínseca da governança neoliberal. Aqui ou na Grécia, na Alemanha ou em Espanha, sobram os exemplos para desgraça dos seus propagandistas)
De
À atenção de Herrr "José":
ResponderEliminarÉs tu, Adolf? Olha que estes anitos trancado numa caixa nos arquivos russos não te fizeram nada bem... estás um pouco... digamos que... cadavérico... e deveras chamuscado. Para mais, a brutal pujança homicida que outrora foi a da tua verve, deu agora lugar a um gotejar gonorreico de fanadas tiradas fascistóides de praticante de bisca-lambida frequentador de tascas manhosas. Vá, vai mas é ouvir o teu Wagner mais as suas Valquírias-Deolindas, vai é fazer umas festinhas aos ossinhos da tua amada cadelinha Blondie e... desampara a loja.