Os gráficos falam de uma realidade gritante. O capitalismo dos EUA enfrentou a crise de 2007-8 de uma forma totalmente diferente da UE. Esta, passado o arremedo de keynesianismo de 2009 com despesa pública acrescida, lançou-se no resgate aos bancos através da reciclagem do endividamento privado em público, via Memorandos de "ajuda" às periferias. Entretanto, a Finlândia está metida num sarilho porque não tem instrumentos de política económica para lidar com a sua presente crise. Só lhe resta o suicídio da austeridade, de que aliás gosta. Pelo contrário, a Suécia neoliberal, fora do euro, saiu da crise sem dificuldades.
Ler Josh Bivens:
A razão desta diferença entre os resultados dos EUA e da Zona Euro não é um mistério. Embora a despesa pública se tenha reduzido nos Estado Unidos, não houve qualquer viragem para a austeridade como ocorreu na Zona Euro e no Reino Unido. Por conseguinte, o crescimento e o emprego dos EUA ultrapassaram largamente o crescimento da Europa. Evidentemente, podia ter sido ainda melhor se os EUA tivessem adoptado um estímulo orçamental maior.
Uma análise mais honesta comparava o desemprego da UE com o dos EUA num período mais longo. Na realidade, a diferença voltou ao normal.
ResponderEliminarQuanto a elites de esquerda estamos conversados!
ResponderEliminarQuando se fala das bases a conversa e´ diferente!
Não esperemos por um messias qualquer…
A ingenuidade popular leva ao descuido…
A Revolução, e´ disso que se trata, não pactua com piruetas mais ou menos intelectualizantes. Ela acontece. Tem seu alvorecer nas bases!
Sabemos que nem sempre estão formadas as condições para a detonar – O quando, o como vão registando como se de linhas características se tratasse… mas e´ necessário saber ler essas mesmas linhas características. Sem essa leitura nada feito…
De Adelino Silva
Nim. Nos anos 60 e 70 não havia diferença.
ResponderEliminarPortanto, pode-se sempre questionar o motivo do desemprego elevado na Europa.
A resposta chama-se falta de flexibilidade cambial.
Fica por dizer que os US emitem um papel altamente apreciado para aforro porque são o abrigo seguro - sem meias-tintas esquerdalhas - do Capital.
ResponderEliminarFica por dizer que o sucesso da Alemanha não é milagre keynesiano mas sim consistente organização em todos os sectores que contam, incluindo o sindical.
Fica por dizer, que o euro pressupõe um modelo de governança que a periferia disse querer adoptar, que em grande medida verteu em leis, mas que reclama suspender ou ignorar quando lhe dá na bolha ao sabor das tretas esquerdalhas e oportunísticas que são seu mal endémico.
Um conjunto infeliz de "bacoradas" do das 17 e 20 a justificar o carácter dual deste fulano. Entre o insulto rasca e mesquinho ( é ver por aqui , mas sobretudo nos blogs em que usa o seu vernáculo patibular em tudo o que não cheire a direita-extrema) e a profunda submissão ao Capital.
ResponderEliminarJá lá vamos. Mas fica por dizer "que o sucesso da Alemanha Nazi não é milagre keynesiano mas sim consistente organização em todos os sectores que contam, incluindo o sindical"
Depois "eles" acrescentavam:
Heil Hitler
Há mais
De
Não posso deixa de valorizar a frontalidade com que DE enfrenta o Ridículo!
ResponderEliminarPara quem não entenda a muito grave acusação feita ao das 17 e 20 interessa desde já colocar os pontos nos is.
ResponderEliminarUma análise séria exigirá saber como é que os sucessos acontecem, ou seja como é que o «rico engorda».
Justificar com a "organização" da Alemanha é no mínimo um convite embevecido para não se olhar a meios para obter os fins. É escamotear que por detrás desta pretensa "organização" pode estar simplesmente o roubo. É objectivamente branquear todos os crimes ocultos atrás duma pretensa eficácia organizativa. É no fundo um convite a uma valsa com muitos anos de existência. E que foi e é, as mais das vezes, atroz.
A mafia podia aí dar lições. Os nazis ainda mais. O apartheid na africa do sul também se gabava que a sua supremacia assentava na raça ...e no poder superior organizativo da dita raça. A defesa do colonialismo encontrou aqui um terreno fértil. A "promoção" da submiassão abjecta também .São mais "dotados" ,são mais "organizados" ,até "organizam" os assassinatos em massa
Infelizmente a gravidade das afirmações do referido fulano não acaba por aqui.
Desde quando a a periferia disse querer adoptar o modelo de governança aqui referido? Desde quando as leis ( mas quem as fez? Quem as faz?) agora servem de justificação para as pulhices humanas ( relembra-se que o apartheid era também pródigo em leis do género). Desde quando se tenta prender os povos a modelos violentadores da sua dignidade e manifestamente feitos de acordo com os interesses do poder dominante? Desde quando temos que obedecer a modelos que permitem o enriquecimento ainda maior dos mais ricos,sejam alemães ou não, enquanto espalham a miséria entre os que trabalham para os tais, sejam alemães ou não?
Mas mais uma vez ressalta uma coisa que espanta ( ou talvez não) . Os simpatizantes pelas missas do "angola é nossa", que passaram a sua vida na vida da outra senhora a manifestar o seu patrioteirismo balofo e servil , agora são os primeiros a colocarem-se ao lado da Deutschland uber alles, mesmo que tal vá contra os interesses da referida periferia.
Afinal a explicação é simples. Do capital monopolista de estado para o capital monopolista à escala europeia. O denominador comum está precisamente aí.
Falta falar sobre os aforros e os não aforros. Mas isso fica para depois.
(Ficará todavia sem se falar das "tretas" e dos "esquerdalhas" e das "bolhas" e dos "oportunistas". Isso são epifenómenos gratuitos de quem está habituado a falar como os da sua laia)
De
Acima de tudo(questões de ideologia à parte)parece-me que continuar a comparar os EUA(que tem um governo federal e um banco federal etc etc) e a Europa(que é um conjunto de diferentes Estados com culturas e leis diferentes,com orçamentos e fiscalidade diferentes,etc etc etc...)é inútil e absurdo.
ResponderEliminarO terceiro grafico é bastante elucidativo.Dos países nordicos , a Finlandia foi o unico que aderiu ao Euro e precisamente aquele que regrediu na economia.A adesão ao Euro impede que os países que a ele aderiram possam realizar uma política monetária e cambial autónoma , não podendo corrigir as contas externas.No caso da Europa do Sul essa situação deu origem a políticas impostas do Exterior que estão a conduzir a um resultado desastroso. É lamentável que no caso portugues as políticas ruinosas impostas do exterior tenham tido todo o apoio do actual Governo.
ResponderEliminarDeixemos quem se auto-intitula de Ridículo e vamos a coisas mais substantivas:
ResponderEliminar"Recuando a 1989, a França e a Alemanha decidiram que iriam promover mais do que a União Europeia e avançar para uma união monetária única destinada a criar uma divisa para o comércio e o investimento que rivalizasse com o dólar e o yen. Isto colocaria a Europa – ou, para ser mais exacto, o capital franco-alemão – no mapa global como um grande "jogador". Para fazer este trabalho, a princípio 10 outros países europeus foram persuadidos a abandonar suas divisas nacionais em favor do euro.
Como se vê, o projecto Euro é realmente como um comboio. O comboio tem uma locomotiva (Alemanha) e uma carruagem condutora (França) e a seguir foram-lhe acopladas dez outras carruagens. A França foi muito entusiasta em obter ainda mais carruagens para o comboio. Logo havia 15, depois 18 e agora 19 carruagens.
A cenoura para estes estados capitalistas europeus mais fracos é que seriam capazes de beneficiar da integração na área euro através da convergência dos seus PIBs e padrões de vida com os estados mais ricos. Mas para fazerem isto, o bastão era que primeiro tinham trazer as suas taxas de juro e de inflação e os seus défices orçamentais e os seus rácios da dívida pública a um certo nível acordado para assegurar que a divisa da união se firmaria e que a divergência de categorias orçamental e monetária não seria demasiado grande.
Mas nenhum deles o fez, incluindo a Alemanha e a França. Longe de se verificar convergência, o desenvolvimento desigual do capitalismo simplesmente agravou a divergência das economias Euro em matéria de emprego, crescimento da produtividade e inflação".
"...o problema da fraca lucratividade do capital permanece – na verdade, a lucratividade do capital nos estados da Eurozona caiu dramaticamente nos últimos 15 anos. Só a Alemanha foi beneficiada com o comboio do Euro".
De um artigo esquemático mas elucidativo de Michael Roberts aqui:
http://resistir.info/europa/comboio_europeu.html
De
Enquanto campear o saqueio dos mais fortes aos mais fracos, o dólar, o euro ou rublos, os BRIC,s, a CELAC, a ALCA, a U.Europeia e etc. e tal, não passarão de mecanismos auxiliares da hegemonia imperial.
ResponderEliminarEnquanto houver duvidas sobre que cabeça assentara´ melhor o Ceptro Imperial, os homens com suas maquinas de guerra vão destruindo o que resta do nosso habitat.
Enquanto persistirem na voragem de si próprios, nas lucubrações cambiais e dos enviés políticos/económicos, as Mafias de todos os lados rapinarão as instituições humanas ate´ ao último sopro.
Embora em falso, a GRECIA deu-me alguma alegria!
Gostaria de ver nos poucos dias que me resta, uma unidade politica assente na Esquerda Antifascista como estes tempos exigem… A ver vamos, como diz o cego do Pinhal-Novo……………….. Por Adelino Silva
Absurdo é Ricardo das 31 de julho de 2015 às 20:38 não reparar que é exactamente pelas análises das diferenças que se consegue chegar a entender o que permite que uns se safem e outros não.
ResponderEliminarJose
ResponderEliminarApressa-te pá
ouvi dizer que andam a vender o cu embalsamado do Salazar
um lambe cus como tu não pode perder esta oportunidade
olha Jose sabujo
mais uma vez adulteras a História
já ouviste falar do Plano Marshall ?
a mitologia da organização alemã é como a mitologia da preguiça dos povos do sul
mas serve bem para os desdentados do encéfalo como tu que já têm as conclusões antes de se debruçarem sobre a realidade
Sit, Jose, sit
good sabujo
ResponderEliminarO governo Passos Coelho, através da coligação partidária liderada pelo PSD, foi eleito após uma disputa muito pobre, com uma campanha que procurava imputar ao principal adversário – José Sócrates/PS – a ameaça de uma política econômica recessiva, de mais privatizações e retirada de direitos dos trabalhadores – as celebres PEC´s. De cujas culpas o PCP e BE não podem fugir…
Exatamente o que Passos Coelho fez logo que eleito, logo a partir da formação do seu governo, começou a executar, taxativamente, (alias, mais do que a TROYCA mandava) demonstrando que suas promessas de campanha não eram nada mais que...promessas de campanha. Sem dúvida, o PS teria feito o mesmo se tivesse sido eleito.
Isso e´ explicado em grande medida pelo quadro de acentuação dos impactos da crise capitalista na economia portuguesa. Diante da retração das taxas de lucro, especialmente do chamado “setor produtivo”, o capital encontra como saídas a busca de mais rendimentos “financeiros” legais ou ilegais, «leia-se crise bancaria em Portugal» ao mesmo tempo, amplia a taxa de exploração sobre os trabalhadores, expropriando-os dos mais elementares direitos. Nestes casos, como gestor da dívida pública/taxa de juros e como espaço de regulação legal das relações capital/trabalho, o papel do Estado seria fundamental. SERIA…
Os governos liderados pelo PS, nunca titubearam em alinhar com os interesses do capital em todas as questões decisivas que até aqui enfrentaram e não seria diferente agora.As medidas adoptadas pelos governos PS/PSD-CDS representam exemplarmente o alinhamento com o capital financeiro, num momento em que os mais desfavorecidos necessitam de compensações sociais. A elevação da taxa de juros (com a dívida pública ultrapassando a fatia de 125% do orçamento do Estado destinado a seu pagamento), a retirada de direitos aos trabalhadores, os cortes do orçamento nas áreas sociais (especialmente na saúde e educação, mostram a hipocrisia do slogan “mais saúde e mais conhecimento para os portugueses”), são todas políticas que confirmam a mentira. Como tal -- estes partidos, estes parlamentares, estes ministros, este presidente não merecem o meu voto. De
o “Catraio”