“Toda a abordagem confrontacional [seguida pelo governo grego, consistia na ideia de que] temos que jogar o jogo até mesmo, mesmo, mesmo ao fim e, em seguida, eles [governos da UE e instituições internacionais] iriam recuar, porque supostamente o dano que teriam de aguentar caso não o fizessem seria grande demais. Mas o que realmente aconteceu foi semelhante a uma luta entre duas pessoas, onde uma pessoa corre o risco de perder um dedo do pé e a outra as duas pernas.”
“[Tsipras, Varoufakis e Tsakalotos] acreditaram até ao fim que poderiam obter algo da troika, pensavam que se iria encontrar algum tipo de compromisso entre "parceiros" que compartilhavam alguns valores fundamentais, como seja o respeito pelo mandato democrático, ou a possibilidade de uma discussão racional com base em argumentos económicos.”
“Isto diz muito sobre uma esquerda que está repleta de pessoas bem-intencionadas, mas que são totalmente impotentes no campo da política real. Mas diz muito também sobre o tipo de devastação mental, forjado pela crença quase religiosa no europeísmo.”
Vale a pena ler na íntegra a entrevista de Stathis Kouvelakis ao site Jacobin.
Confirmo que vale bem a pena. Infelizmente em inglês, mas pode ser que venha a ser traduzida, pelo menos para espanhol (isso é provável, é questão de estar atento).
ResponderEliminarVerdade seja dita, o Kouvelakis, da plataforma de esquerda do Syriza, portou-se muito bem neste processo todo. Poucos combateram como ele o europeísmo de esquerda, acerca do qual o melhor que se pode dizer é que era demasiado ingénuo. E por aqui me fico, que basta de bater no ceguinho.
Quem baseia as suas teorias em mentiras cedo ou tarde vai ter que abandonar ou ser confrontado com os factos reais. As declarações indignas do Tsipras na tv de Atenas faz dó. Eu que acho esta equipa duma incompetência e irresponsabilidade sem par. senti dó e asco por ver um dirigente dum país a rastejar e implorar que alguem resolva a situação da Grecia porque as alternativas (que tragédia grega!! e inpensavel, nem pensada ou encaminhada estava) são muito piores do que aceitar um acordo em que não acredita. O azar do irresponsável é que alem dele também os outros 18 não acreditam; quem se lixam são os gregos; os bancos um mes fechados é terrorismo!!
ResponderEliminarComo era expectável, a entrevista do Stathis Kouvelakis traduzida em espanhol, aqui:
ResponderEliminarhttp://www.democraciasocialista.org/?p=4802
Trata-se de uma extensa entrevista e não averiguei da qualidade da tradução, mas é certamente melhor que nada. Bom proveito aos interessados. Muito instrutiva, muito clarificadora, muito pertinente, muito oportuna.
'...uma esquerda que está repleta de pessoas bem-intencionadas'?
ResponderEliminarUma esquerda que está repleta de idiotas e oportunistas que cuidam de se dar ares de bem-intencionados, uma espécie de malta de sacristia laica, a quem os sacerdotes do credo comuna dão auras de bem-aventurados porque são eles os pobres de espírito que lhes poderão construir o reino.
Para que saibam do que falo: Vi há pouco na SIC a sacerdotisa Roseta, excelso exemplo do padrão moral da esquerda, falseadora refinada e moralista desavergonhada.
AQUI AINDA ESTÁ MELHOR VEJAM
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=G99Xyj-EVvo
Não há meio termo: ou a Democracia mata a UE ou será esta a matar aquela (que já está moribunda, diga-se).
ResponderEliminar"Repleta de idiotas e oportunistas , uma espécie de sacristia laica"
ResponderEliminar"jose" falará com toda a certeza do seu círculo confessional: beata como a jonet, idiotas e oportunistas como portas, coelho, ou Albuquerque.
"sacerdotes do credo "... "a darem auras de bem-aventurados"..."pobres de espírito"...Eis o paleio a denunciar a origem e os tiques.
Para que se saiba do que "jose" fala, fala no que ele viu na televisão da forma desavergonhada como o faz, cumprindo um ritual qualquer beato inquisitorial, assumindo-se como um falsificador refinado (treteiro, quer ele dizer)e moralista desavergonhado acerca duma sacerdotisa que não cola com o seu credo.
Cá para nós. Porque motivo esta choraminguice piegas acerca dos programas de televisão e dos credos inquisitoriais?
Indo direito ao assunto: obrigado pelos links
De
Salvo erro, até o Papa Francisco, afirmou: "Este capitalismo mata!".
ResponderEliminarA Grécia também é prova disso.
Não só não sabes do que falas, Zezinho, como escolhes um péssimo exemplo: a tareia da Helena Roseta (que abomino e considero oportunista) deu ao biltre ordinário do Matos Correia, pseudo-constitucionalista numa universidade de vão de escada, a Lusíada - onde se "licenciou" (sabe-se lá como) o nosso caríssimo PM.
ResponderEliminarA Roseta ainda teve a honradez de defender a dignidade nacional e das famílias, já o outro imbecil e ignorante deste pobre PSD de 2015 só se preocupou com o BPI e sua exposição aos títulos de dívida grega que adquiriu, mas disse ZERO sobre a circulação de capitais e a falta de crédito à economia, em Portugal e na Grécia.
Baza, que não sabes nada de nada sobre nada. Nem chegas a ser troll, porque os trolls têm piada e tu nem a isso chegas. És um cão, um lambe-botas do patrão ou o chato que fica caladinho e espeta facadas nas costas dos outros, momentos depois de lhes ter sorrido.
Já está na altura de banirem esse sujeito, caros administradores do blog. A caridade tem limites e a paciência das pessoas racionais e patrióticas deste País também.
Uma adenda do Kouvelakis (em inglês), de 15 de julho, às 14h da Grécia:
ResponderEliminarhttps://www.jacobinmag.com/2015/07/syriza-debt-tsipras-left-platform-kouvelakis/
Para mim havia uma saída, era a de provocar, sem nenhum receio, o empurrão forçado da Europa relativamente à Grécia, agora esperar que o EuroGrupo fosse recuar à última hora, foi ingénuo, porque a Rússia, hoje, não amedronta ninguém, está pior que a Europa em termos de Finanças, não servia como alternativa credível. E isso foi claro quase de imediato para todos os intervenientes.
ResponderEliminarSe a Alemanha forçasse a saída da Grécia, ficava com o ónus de todas as consequências que pudessem surgir em todos os quadrantes Políticos.E isso iria amedrontá-la de morte. Assim, quem ficou mal foi o Syriza, melhor dizendo, o Tsipras que queimou toda a sua reputação, embora se sacrificasse para salvar os mais pobres da Grécia. Os mais endinheirados já tinham posto o seu capital a salvo.
Mas é preciso ter muita coragem nos momentos cruciais.
Quem promove uma luta dessas sem estar disposto a deixar a UE e o Euro é um idiota!
ResponderEliminarPasseiam-se por aqui dois coitados.
ResponderEliminarUm, verdadeiro oportunista, lambe-botas e controleiro pidesco aggiornizado do Passos Coelho, de nome José: um provocador encartado que vive à conta do Estado Social para fazer o trabalhinho ao chefe.
O outro, um coitado de espírito, que só diz banalidades de fazer inveja a qualquer mulher-a-dias analfabeta (com todo o respeito pelo trabalho das mulheres a dias).
Há tanta informação disponível na Net e esta criatura brinda-nos diariamente com estas imbecilidades de comentários?
Além deste blogue, veja os blogues seguintes: O Economista Português, Economia Info, Pedro Lains, A Destreza das Dúvidas, Abelhudo, etc., onde encontra muita informação que lhe permitirá ultrapassar este estado de indigência mental que enforma os seus comentários.
E poupe-nos a comentários idiotas se não em nada de útil para dizer.
No meu comentário anterior esqueci-me de identificar o dito coitado: António Cristóvão.
ResponderEliminarPeço desculpa se lancei a dúvida nalgum outro comentador.
Ó almas penadas da esquerda! Iluminem-me!
ResponderEliminarO que vos leva a patrocinar que os sempre escassos euros do orçamento português viagem para a Grécia com uma liberalidade que premeia uma bandalheira de sempre e seis meses de uma estupidez de momumental tamanho?
Sois bem-aventurados ou idiotas?
Sois Jonets internacionalistas ou simples cães-de-fila de seita fundamentalista?
Pessoas nacionais e patrióticas...diz um ridículo palhaço aí acima, que nem reconhece Nação nem sabe o que seja Pátria.
"Repleta de idiotas e oportunistas , uma espécie de sacristia laica" converteu-se agora no "patrocínio de uma "bandalheira e numa estupidez de monumental tamanho".O fulano lá sabe do que a sua casa gasta.
ResponderEliminarPassemos adiante por entre os outros mimos pelos quais este faz o trabalho maior de propagandista menor.
A jonet toca-lhe a pieguice porque antes se identificava com as madamas do movimento nacional feminino que acorriam às missas cantadas em tons de patrioteirismo néscio e rotundo. Como os serventuários do regime de antanho,cujo perímetro abdominal se esticava quanto a sua acanalhada condição aumentava.Na altura elevavam a voz e a mão e gritavam "angola é nossa" .Mas funcionavam para o capital financeiro que governava o país.
Agora? Funcionam para o capital monopolista à escala europeia e premeiam a venda do que é do país a quem der mais.
De
Ó Manuel Silva realmente eu fiquei com dúvidas, porque sou muito diferente do nosso "adormecido" Presidente da República...Asneiras é o que faço e digo mais.E como eu tenho muitíssimas dúvidas fiquei a pensar nestes termos: -Se calhar a canelada era mesmo para mim...Mas como sou muito optimista, descansei.
ResponderEliminarQuanto à utilização do termo " estupidez" como argumento do que quer que seja este "pretexto" deve ser visto como a confirmação daquela pobreza argumentativa primária com que se quer cumprir os ensinamentos do ex-ministro de propaganda alemão.
ResponderEliminarLembre-se que "o sempre escasso orçamento português" deu e dá para cobrir as aventuras da banca privada nacional, dos banqueiros que assentavam na direcção do PSD e do governo de Cavaco, dos negocios das privatizações patrocionadas pela governança, dos negócios das PPP do PSD/PS/PP, das negociatas dos swap para as quais a "garota de programa" do dr strangelove está atascada, da fuga aos impostos patrocionada pelos governos que, das transferências para os paraísos fiscais, das evasões fiscais defendida pelo mesmo tipo quando era o soares dos santos o pretexto, da javardice do soba da madeira, um indefectível arregimentado do estado a que chegámos e um igualmente rotundo agente da governança, dos negócios ruinosos dos submarinos conduzidos pelo irrevogável portas,das acções do Cavaco e da sua duplicação do valor de acções que não valiam nada,da fuga às contribuições à segurança social pelo da tecnoforma
A este propósito registe-se a forma veramente piegas como o das 20 e 20 comentou o tema da fuga à dívida do passos:
"Lá conseguiram sacar uns dinheiros ao homem...para reformas que por este andar não vai haver!"
Não é verdadeiramente enternecedor como se denota o carácter piegas no acompanhamneto solidário ao primeiro-ministro? Onde estava na ocasião a preocupação pelos "escassos euros" com que agora exprime algo do tipo de "cão de fila" ? (estou a citar,infelizmente)
De
Uns querem uma Europa das Nações, outros querem uns Estados Unidos da Europa, outros ainda trabucam por uma Federação, aqueloutros por um Império. A maioria estasse marimbando! Ganhem consciência o´ gentes!
ResponderEliminarPercebo por que se cita muito Aristóteles, Platão, Sócrates e se esquecem de Demócrito… e´ uma opção de classe!
Certa esquerda ao optar pela Merkel/União Monetária esqueceram-se do processo da luta de classes. Optam pelos países ricos contra os mais pobres - Grécia. Faz lembrar quando votaram contra o PEC-4 Recebendo em troca um governo mais direitista e reacionário de todos os tempos…DIGO DE TODOS OS TEMPOS porque nem Salazar chegou a tanta mixórdia e ladroagem…
Por Adelino Silva
O Syriza capitolou perante a política da chantagem, que caracteriza a política seguida actualmente na União Europeia.
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