segunda-feira, 18 de maio de 2015
Para tempos financeiros
Estou a ler o último livro de Martin Wolf, talvez o principal comentador do Financial Times, sobre a crise financeira e as suas lições. Há agora uma tradução, mas não sei se é decente. Sobre o livro, ao qual certamente aqui voltarei, posso já dizer que é bastante crítico da economia convencional: “a crise ocorreu, em parte, porque os modelos económicos convencionais fizeram
com que esse resultado fosse improvável na teoria, tornando-o assim
mais provável na prática”. Temos insistido neste ponto, embora
sem uma formulação tão elegante: mercados financeiros declarados
eficientes e povoados de agentes mais ou menos omniscientes são ingredientes para todas as complacências liberais. Martin Wolf, pelo contrário, passou a valorizar, entre outras, a hipótese da
instabilidade financeira do capitalismo, que é acentuada em algumas das
suas configurações institucionais, situando-se explicitamente na linha na linha de Hyman Minsky, ou seja, na linha
de uma tradição intelectual crítica que por aqui também valorizamos.
Entretanto, e no debate público nacional, não deixa de ser curioso que seja aparentemente da área do PS que tenha vindo o mais recente e robusto contributo para dar aos tais modelos económicos convencionais de equilíbrio um papel acrescido na determinação da linha política num país sem instrumentos decentes de política económica. Porque será?
Porque será? Talvez porque no PS apenas uma ínfima minoria tente sair da formatação dominante, procurando alternativas a políticas só market/finance friendly e nada labour friendly.E temos pela frente um dos prommotores principais dessa formatação - a UE ou as instituições europeias.
ResponderEliminarCláudio Teixeira
e passamos da economia convencional diretamente para qual? a experimental? outra qq, esta é que não? outra qq, desde que seja diferente do que o PS defenda? outra qq, desde qyue dê votos ao BE? outra qq desse que o Louçã diga Amen? Já agora, o Louçã serviu mesmo para k, além de servir para ajudar a eleger este governo?
ResponderEliminarÉ curioso o condicionamento ideológico deste comentador anónimo, das 23:19
ResponderEliminarFaz precisamente o que condena nos alvos que elegeu: em especial o Louçã.
Sobre a origem do post, ou sobre as ideias do livro e do post, disse NADA.
A blogosfera está cheia de gente desta, que nada tem para dizer, mas diz: baboseiras, banalidades, escreve palavras.
Alias, o tal anónimo está muito mal informado, porque este blogue discordou fortemente das posíções de Louçã sobre a temática em questão, nomeadamente sobre o Euro!
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