Nos últimos dias ficámos a conhecer os cenários macroeconómicos do governo e do PS para o período 2015-2019. Apesar de algumas diferenças, as previsões do governo e do PS não se afastam significativamente no que respeita às variáveis que determinam a estratégia orçamental do futuro executivo: o actual governo prevê um crescimento nominal do PIB de 3,5% e um saldo orçamental primário de 2,9%, na média do período; o PS prevê um pouco mais de crescimento e um pouco menos de austeridade (3,9% e 2,3%, respectivamente).
Vale a pena relembrar que estes exercícios de previsão de médio prazo são exigidos pela UE, no quadro do Tratado Orçamental e regras associadas. Sem surpresas, tanto o documento do governo como o do maior partido da oposição mostram a intenção de basear a estratégia orçamental até ao fim da década nas prioridades definidas para Portugal pelas instituições europeias.
Tal como no ano passado, faço duas perguntas simples: quantas vezes na história algum país conseguiu atingir as metas orçamentais impostas pela UE num contexto marcado pelos ritmos de crescimento económico previstos para Portugal? E quantos dos países em causa se encontravam numa situação financeira idêntica à portuguesa?
Olhando para a experiência dos 28 países membros da UE entre 1996 e 2014, as respostas variam entre raramente e nunca. O cenário apresentado pelo governo registou-se em 2,9% dos casos. O cenário do PS, ligeiramente mais moderado, aconteceu 5,8% das vezes. Em nenhum dos casos o país em causa tinha uma dívida externa superior a 100% do PIB, como acontece com Portugal (que todos os anos tem, assim, de canalizar para o exterior uma parte importante dos seus recursos).
Em suma, governo e PS estão a alimentar uma fantasia: ou a austeridade terá de ser reforçada para que se cumpram as metas orçamentais, o que implica que o crescimento será inferior ao que nos prometem ou o próximo governo procurará evitar que a política orçamental constitua um entrave à recuperação da economia e do emprego, mas para isso terá de abdicar de cumprir o Tratado Orçamental.
Assim, seria bom que PSD, CDS e PS respondessem com clareza a uma questão: se após as eleições tiverem de escolher entre a criação de emprego e o cumprimento do Tratado Orçamental, como tudo indica que acontecerá, qual será a vossa escolha?
Não sendo mais que um exercicio de faz de conta, já que o governo poucas ferramentas tem a não ser esperar que os investidores e privados façam pela vida, não se entende porque os conhecedores que não estejam com o rabo preso a alguma agremiação não informam os eleitores disso mesmo.
ResponderEliminarSe o governo não tem ferramentas é porque não quer.
ResponderEliminarSe quisesse tinha as ferramentas.
Acho que já sabemos a resposta a essa pergunta, mas é uma pergunta vital, de facto.
ResponderEliminarO facto de João Galamba ter participado no estudo é uma garantia de que é realista (e verdadeiramente de esquerda).
ResponderEliminarÀ medida que se sabe mais do projecto PS verifica-se que é mais do mesmo.Uma mediocridade total que acompanha o serviço fúnebre da social-democracia
ResponderEliminarJoão Galamba é mais uma árvore a fazer-se passar pela floresta
De
Fazer previsões macroeconómicas a um horizonte de 10 anos , quando há uma alta turbulência na Europa e no Mundo só nos pode fazer sorrir.
ResponderEliminarAo Anónimo (afinal, DE) das 23h42:
ResponderEliminarDisse: «Uma mediocridade total que acompanha o serviço fúnebre da social-democracia»
As críticas à social-democracia têm todo o sentido mas a partir de pontos de vista fundamentados como o fez Ricardo Paes Mamede a propósito da análise destas propostas irrealistas do PS.
Não a partir das suas profissões de fé assentes na crença religiosa de que «os amanhãs cantarão».
Viu-se como cantaram onde faliram, em quase todo o lado, e como ainda cantam onde estão a falir: Cuba; Coreia do Norte.
Será que os senhores do PCP veem mais depressa um mosquito nos olhos alheios do que um boi nos vossos.
É preciso ter pachorra para vos aturar... e ter topete para nos continuarem a injectar com morfina para ver se não damos pelas vossas dores.
E quais são as vossas propostas alternativas: «Há uma outra política, um outro caminho: o da independência nacional» … «Nacionalização do grande capital» … «Saída do euro» … «Etc., etc., etc.»
Esta vossa irresponsabilidade, pensada para um mundo que, goste-se ou não do que existe, é a partir dele que temos de pensar as políticas, o mundo globalizado, é de bradar aos céus. Continuam a viver no vosso mundo pequenino, pensado dentro dos limites dos vossos cérebros-cassete.
Já chega de demagogia e de falsas promessas.
Os vossos governos em Portugal (não, não me refiro aos tempos conturbados do PREC, refiro-me aos tempos de calma e de dinheiro para gastar a rodos desde 1986 a 2007), dizia, os vossos governos autárquicos, em cerca de 30 câmaras municipais, não são exemplo para ninguém.
Disto que aqui podem ver no link há aos molhos:
http://madespesapublica.blogspot.pt/2015/04/custa-quase-300-mil-euros-mas-vem-sem.html
O senhor Anónimo, perdão DE (às vezes sim, outras não) é a outra face do pobrezito do José. Afinal, dois fanáticos de duas igrejas de cores diferentes.
Há um denominador comum indiscutível no Cenário Económico apresentado ontem pelo PS e que é a percepção de que é preciso abandonar as políticas de austeridade, inverter o caminho seguido pelo governo PSD/CDS, para alcançar uma melhoria das contas públicas e do desenvolvimento económico. E é precisamente esta a razão que leva os defensores da austeridade sem fim, aqueles que acreditam que é preciso mais austeridade para sair da austeridade, a mostrarem-se tão irritados e ferozes opositores. Vejam-se as reacções dos porta-vozes do PSD e CDS.
ResponderEliminarO PS pensa e bem que a saída da austeridade só é possível através de medidas que aumentem a Procura ao contrário do governo e da Troika que desprezam os efeitos da procura na economia.
Uma outra coisa é saber se tais medidas de expansão da Procura são compatíveis a curto prazo com as metas do défice orçamental. Mas essa é outra conversa.
O que é verdade e o tempo que levamos de crise assim o demonstra é que a política do governo e da Troika de expansão da Oferta e Contracção da Procura não nos leva nem à melhoria das contas pública nem ao desenvolvimento económico.
Um espelho.
ResponderEliminarPor favor um espelho para o sr silva.
Porque o ridículo não mata.Mas por vezes faz rir
Assim que se aconselhe o sr silva a respirar fundo , a ver o papel que está a fazer, a deixar-se de cenas tristes como esse espumar de ódios particulres, a deixar-se de cenas acanalhadas como essa história de comparação com o jose e a deixar-se de cenas delirantes como essa história de tomar os variados anónimos sistematicamente por De.
O mais do resto é o resto de nada.
Um espelho.E uma sonora gargalhada.
De
Manelzinho,
ResponderEliminarEsse texto dirigido ao irremediável DE diz-me do que de essencial temos em comum: é a partir dele (do mundo que existe) que temos de pensar as políticas.
Só que às políticas não basta reconhecer o presente, têem que saber o que do presente inevitavelmente permanecerá no futuro.
Ora, o futuro próximo é austeridade e não fantasias de quem se diz com 'enorme sensibilidade social'.
No inho de Manel, José acaricia, bem provando quem anda próximo de quem.
ResponderEliminarDas afinidades electivas, e de quais elas são, fala melhor esta mensagem agapiosa do Zé pó Manel que as acusações do Silva ao bem identificado De.
Ao José(zito) dispenso a proximidade manifestada.
ResponderEliminarE aconselho-o a ler o comentário que lhe deixei no post de dia 20 «Teimoso e estúpido.»
E o DE que leia também esse comentário.
Agora para o DE: estou tão afastado das ideias do José(zito) como das suas, porque os extremos se tocam.
Nem as linguagens formalmente diferentes afastam realidades substancialmente semelhantes.
E se é só isso que tem para dizer, valia mais ter ficado calado.
Esta conversa do sr silva não interessa mesmo para nada. Aborrece os demais, desvia do essencial e perde-se temmpo com infantilidades e com frustrações.
ResponderEliminarO tema é o exposto, ponto final parágrafo.
Quanto à conversa dos extremos que se tocam isso é paleio dos social-liberais ou dos neoliberais tout court. Paleio de coisas que não são nem carne nem peixe. De coisas que andam pela vida com a cinzentude característica e que fogem para o secundário e para o acessório porque a tacanhez a tal obriga. Regra geral tentam achar nos outros a justificação para essa cobardia perante a vida e tragicamente não saem daí.
(Note-se que estas características aqui esboçadas reportam-se a quem faz do conceito dos "extremos tocam-se" o seu slogan peculiar. Não têem por destinatário globalmente o sr silva).
(Quanto ao perfil censor do sr silva isto é motivo para mais uma gargalhada).
Por favor veja se se porta como um homenzinho e se debruça sobre o que se discute,em vez de se vir lastimar que os outros são muito maus e que não escutam as suas arengas.
Agora é ir ler os artigos de Castro Caldas e reler o de João Rodrigues. Valem bem a pena ( tal como o de Ricardo Paes Mamede). E permitem a renovação do ar,sempre higiénica e bem vinda.
De
Ricardo, a pergunta é pertinente, só um dado me escapa, porque perguntamos só ao PS, PSD e CDS? As demais formações políticas da AR sã meramente ornamentais? Nãqo é pergunta irónica, é bom que nos debrocemos sobre a questão
ResponderEliminarQuanto a espírito de censura, os fãs do seu horizonte mental é que reescreveram a História apagando das fotografias as personagens que tinham caído em desgraça.
ResponderEliminarO José (o outro, o da bigodaça) é que chamou a viúva do Illich, que andava a queixar-se e a dizer coisas inconvenientes, para lhe dizer que, ou se calava ou ele tratava de arranjar outra viúva para o dito defunto.
Portanto, quem tem telhados de vidro fino que tenha cuidado.
O que eu disse está escrito: medidas profiláticas contra provocadores são uma coisa, aceitar todas as opiniões é outra.
Provocações não são opiniões.
No melhor pano cai a nódoa: O DE a defender o José(zito), pretenso alvo da minha fúria censória.
De facto, os extremos tocam-se mesmo: a prova dos 9 aqui está.
Que a política de futuro é austeridade não há dúvida.
ResponderEliminarInfelizmente não há é dúvida suficiente sobre como é que isso resolve alguma coisa, já para não perguntar em como é que isso serve para 99% das pessoas.
Mas, de certo, a Alemanha prefererá negociar com a Frente Nacional e com a Aurora Dourada que apresentam políticas com resultados confirmados.
ResponderEliminarOh sr silva...francamente ...
ResponderEliminarOs seus estudos foram tirados numa universidade com os padrinhos do relvas?
Francamente,, sr silva.
O que se passa com esse jose e a censura do sr silva? Andou a censurá-lo? Ele merece. mas o que tenho eu a ver com isso?
Será que se trata dalguma patologia persecutória que justificaria algumas incoerências ( do meu ponto de vista,claro) e algumas taras ( do meu ponto de vista,claro) do prezado sr silva?
A referência à censura referia-se aos seus comentários em relação à minha pessoa.
Mais uma sonora gargalhada. A prova dos nove saiu fraca, a fazer lembrar a fraca gente daquele género que não é carne nem peixe.Percebe ou quer que traduza?
Mas mais uma vez se repete.O sr silva pode ter todos os motivos do mundo para fazer este tipo de espectáculo , mas tal é duma pobreza confrangedora e inútil.
Agora voltemos ao que interessa e porte-se com alguma dignidade que diacho. Ao irrealismo dos cenários macroeconómicos do governo e do PS.
Cuja denúncia parece que o perturbou
De
Ó Manuel Silva (10:24) - "um mosquito nos olhos alheios do que um boi nos vossos." - Então vais buscar paises alheios para falares do nosso e ainda falas de ver? Tu é que não vês um boi à tua frente.
ResponderEliminarEste Silva precisa de ir ao psiquiatra com urgência... ele já mistura a fantasia com a realidade e a mania da perseguição é manifesta nos seus comentários.
ResponderEliminareu acho que o manuel silva é que é um bói. um bói do ps.
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