quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Leituras
«"Ao contrário do que era o jargão popular de que quem se lixa é o mexilhão, de que são sempre os mesmos (...), desta vez todos contribuíram e contribuiu mais quem tinha mais, disso não há dúvida". [Passos Coelho, no encerramento de um seminário sobre Economia Social, organizado pela União de Misericórdias de Portugal]
Portugal tornou-se nos últimos anos um país mais desigual em termos de distribuição de rendimentos e isso danifica seriamente o crescimento da economia, assinala a OCDE, num conjunto de estudos hoje divulgado. Por exemplo, o rendimento dos 10% mais ricos é hoje dez vezes superior ao dos 10% mais pobres.»
Miguel Abrantes, O Mexilhão de Passos
«É que ao ouvi-lo lembrei-me, sobretudo, dos mais 600.000 desempregados (e inactivos desencorajados). Lembrei-me do aumento da taxa de pobreza para 19% da população e da taxa de privação material severa para 10,9%. Mas também me lembrei dos pensionistas com pensões acima de 250 euros que não têm aumentos desde 2010 (...). Lembrei-me de funcionários com vencimentos congelados ou diminuídos. Lembrei-me da menor comparticipação nos medicamentos ou da redução de descontos nos transportes públicos para os mais velhos. Lembrei-me do aumento brutal dos impostos sobre o trabalho e da sobretaxa do IRS que transformou a classe média em ricos fiscais. (...) Lembrei-me da diminuição inexplicável dos beneficiários de prestações sociais como o rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos e abono de família. (...). Neste orwelliano “triunfo dos mexilhões”, todos os mexilhões parecem iguais, mas há uns mais iguais do que outros.»
António Bagão Félix, Uma pérola: quando o mar bate na rocha, quem se lixa (não) é o mexilhão
«Os últimos anos foram inequivocamente os anos do acentuar das desigualdades. No país mais desigual da Europa, era do que não se precisava. De mais desigualdade. Acentuaram-se as desigualdades atendendo a quase todas as dicotomias imagináveis, muitas vezes a coberto de um discurso público cínico, de redução das desigualdades. (...) Um milhão e 200 mil não trabalham, de entre desempregados, inactivos e empregados a tempo parcial que querem trabalhar mais horas. E deste milhão e 200 mil, apenas 30 mil representam inactivos não disponíveis. Neste grande milhão vazio, 32% são jovens entre os 15 e os 24 anos. E 67% estão desempregados há mais de um ano. Fora aqueles que escaparam à miséria ao passar a fronteira. De todos os erros cometidos, o maior terá sido considerar o trabalho como uma simples variável idêntica a muitas outras. Considerar que a explosão do desemprego era algo tão anódino no papel como as variações dos juros da dívida ou da percentagem do défice.»
Miguel Romão, Um milhão e 200 mil
«O combater o abuso, o combater-se as pessoas não precisarem e preferirem receber um subsídio do que estar a trabalhar, isso são fraudes e não devem acontecer. E portanto todo o combate que deve ser feito a esse tipo de situações tem o apoio de toda a gente. Só que infelizmente o nosso problema não é esse. Nós temos relatórios sobre a pobreza em Portugal e é uma coisa bastante preocupante, especialmente porque atinge muitas crianças. E porque atinge já muitas pessoas que estão no emprego. Não é a ideia de que os pobres estão no desemprego. Não: há pessoas na pobreza que trabalham. E ainda por cima o ministro da Segurança Social tem feito um certo alarde sobre o número de cantinas sociais que tem aberto. Eu acho que nós nos devíamos todos envergonhar, como país, do número de cantinas que tem sido aberto. Nós tínhamos ao princípio umas oitenta e já vamos em mais de oitocentas. Isso significa pobreza, necessidade e pobreza.»
Manuela Ferreira Leite, (Política Mesmo, TVI24, Outubro de 2014)
1 - O cinismo demagógico de uma esquerda que se diz inteligente é este permanente estado de negação de que os ricos têm o normal destino de se tornarem mais ricos; só uma improvável taxa de natalidade, crises ou asneira (como a tal revolução) altera essa tendência.
ResponderEliminarA questão a resolver não é evitar que os ricos se tornem mais ricos mas sim de conseguir que os pobres se tornem menos pobres, e posso garantir que, para além de um curto prazo, se os ricos se tornarem menos ricos os pobres não se tornarão menos pobres.
Mas o apelo à inveja e ao assalto é o verdadeiro apelo da esquerda.
2 - Há que desconfiar das almas que querem alcançar a felicidade eterna no além.
ResponderEliminarObrigadas ao pensamento caridoso e a recusar camelos por buraco de agulha, só se distinguem da esquerda por acreditarem na imperfeição do homem, o que lhes acrescenta uma inteligência do mundo que sempre evitam traduzir em palavras que ofendam a caridadezinha.
3 - A aritmética é uma cabra que ofende qualquer bom sentimento!
ResponderEliminarCapital e investimento compara com emprego, e isso é grave ofensa ao sentimento das pessoas de bem!
Comovamo-nos com o desemprego e execremos o capital e, sossegadas as consciências, caminhemos corajosa e orgulhosamente para a miséria.
4 - Envergonhemo-nos da pobreza e louvemos os tempos em que caminhávamos para a riqueza, orgulhosos e impantes, apoiados em psicólogos, sociólogos, politólogos e mais que tudo em políticos que competiam em garantir direitos e benesses.
ResponderEliminarEnvergonhemo-nos das consequências e louvemos as causas, que nós somos o ilustre Povo Lusitano a quem Marte e Neptuno obedeceram!
Jose(zito):
ResponderEliminarO seu patrão Passos mandou deixar logo 4 recados de uma vez?
Assalto? Mas que assalto?
ResponderEliminarQuer dizer, se o país diminui os rendimentos de uma grande parte da população é ajustamento estrutural, se for à outra parte da população é assalto?
O Jose está cego.
Quem é que execra o capital? Não deixar o capital mandar em tudo é execrá-lo? Ou é combater um verdadeiro cancro das democracias?
A sério, Jose, responda...mas com argumentos sérios senão não vale a pena...
Já estou cansado de ler há meses(!) estes seus "ataques" constantes, convencidos de uma forte razão e banhados numa prosa que nem quero qualificar...
Porque a realidade nua e crua provoca tão evidentes rasgos de cinismo nas hostes neo-liberais?
ResponderEliminarTravestidos de "inveja e assalto", com que os senhores do poder e do dinheiro querem manter a maralha em sossego para continuar o banquete e o saque desses mesmos ricos?
Entretanto um banqueiro de alto coturno, um que foi elogiado até à náusea pelo mesmo sujeito que prega o "não evitar que os ricos se tornem cada vez mais ricos" ( até à sua queda) deu ontem um espectáculo elucidativo.
Confirmou que "os grupos económicos e a banca tomaram conta do poder político."
O caminho é simples:" Há que retirar o poder político das mãos dos grandes grupos económicos e da banca."
(Marx tinha razão também nisto. A concentração da riqueza em cada vez menos mãos).
E o "destino" dos ricos como axioma do ideário extremista de direita a mostrar que já nem sequer se vedam.
no assalto quotidiano que propõem .
De
O mesmo sujeito que se atira agora a Bagão Félix resume bem o modus operandi de sujeitos desse calibre.
ResponderEliminarSobra-lhe irritação enquanto evoca os princípios das caridadezinhas próprias de prostituídas jonets da sua particular estimação.
Mas o que é notório é mesmo o tal modus operandi essencial.A saber, o nada dizer quanto ao texto de Bagão, ( a impossibilidade de o desmentir deixa-o assim) enquanto se parte para a deriva em torno do próprio Bagão
Um velho método usado já há muito.Que se repete e que encontra o seu estribilho na tentativa de retornar esta acusação a outros.
Onde a aprendizagem?
De
Infelizmente há mais.
ResponderEliminarVeja-se a forma exemplar como jose/ JgMenos apaga num ápice os números terríveis dos desempregados. E na mesma onda sonega o acentuar obsceno das desigualdades neste país à beira-mar plantado
Perante a frieza dos números a fuga e o insulto.
A fuga da realidade numérica dos deserdados em direcção aos braços do capital e dos mais ricos.
O insulto à "aritmética" que se torna "cabra" quando não`do seu agrado.
Eis os bons sentimentos de.
Eis a forma de elidir os factos.
O persignar e o orar em torno das "comoções "e da miséria faz parte do processo.
De
Quando se citam os números degradantes da realidade, números que deviam corar de vergonha qualquer ser com um mínimo de consciência e de humanidade, assistimos a uma oratória medíocre por parte do sr jose.
ResponderEliminarQue mostra mais duas coisas:
-Que o rancor contra profissões que não percebe e não entende ( como psicólogos e sociólogos) lhe enche a alma e nisso é comum com personagens de direita-extrema habituados a tais bárbaros rituais.
-Que os políticos que fala são precisamente os mesmos políticos que servem o poder económico e a banca.E que tiram as prebendas necessárias ao seu modo de actuar.Ricardo salgado tinha uma chusma de governantes ao seu serviço.Parece que deu uma contribuição máxima para a campanha desse sinistro imbecil que voga em Belém e para cuja eleição o sr jose porfiou de forma tão persistente. Os caminhos do poder são "insondáveis", pois então.
Uma última nota sobre Camões.Como se sabe este poeta foi "usado" até à obscenidade pelo fascismo salazarista. Um contra-senso quando se lê a obra e o percurso de vida dum que nunca bebeu nas águas do poder e que sempre o criticou.
A fé patrioteira em torno de Camões caiu desamparada quando os mesmos que enchiam a boca com alguns versos do poeta passaram a pugnar pela submissão absoluta aos mercados , aos agiotas e aos credores. A coisa foi de tal forma que o apelo à rendição adquiriu registos patéticos e a raiar o pornográfico.O uso do alemão e do flamengo foi defendido directa ou indirectamente por alguns como forma de mostrar os "novos rumos " que trilhávamos.
Abramos os apertados horizontes dos que pugnam a traição miserável e servil:
""Se mais mundos houvera, lá chegara", cantou Camões. Portugal tem outros mundos para redescobrir, tem a colaboração com os países de língua portuguesa, tem o seu mar imenso de que, lembremos, a UE se quer apossar por uma nova Diretiva. Portugal tem de voltar a ter uma marinha nacional de guerra, mercante e piscatória. Voltar a recuperar a energia dos seus cidadãos, que a política de direita leva para a emigração, o desemprego e o desencanto no abstencionismo."
De
Anónimo das 21:56.
ResponderEliminarEntenda o seguinte:
Quem tem poder - legislativo e daí jurídico, policial, militar - são os políticos.
Escolha-os e cuide que não sejam corruptos.
Para o mais, puxe pelos miolos: se distribuir o dinheiro dos ricos, lá se vai o capital, mais a balança de pagamentos mais o país. Conforme-se com o facto de os ricos, mesmo depois de tributados continuarem a ser ricos; ou faça a revolução bolchevista e aguente-se com as consequências.
O meu problema não é os ricos serem ricos. Embora a razão pela qual eles ficaram ricos possa ser interessante de investigar.
ResponderEliminarO meu problema é o desemprego e o trabalho claramente mal remunerado.
"A questão a resolver não é evitar que os ricos se tornem mais ricos mas sim de conseguir que os pobres se tornem menos pobres..."
O Jose neste blog só critica, e aposto que deve ser contra a existência/aumento/manutenção do valor real do salário mínimo, por exemplo. E então, o que é que o José propõe para evitar que os pobres se tornem menos pobres?
Ou vai-me dizer que o Estado não tem nada que ver com isso?
Se apostei mal, fico mais descansado. Mas estou curioso por ler do Jose algo construtivo, por pouco que seja. Faça o favor.
Anónimo das 10:13,
ResponderEliminarDestruir o erro e o preconveito vicioso é do meu ponto de vista construtivo.
Sobre emprego e salários, tenho a dizer que é problema que se resolve com empresas e nas empresas.
Mas a dominante ideia que se resolve com decretos significa que a acção de trabalhadores e sindicatos é dirigida ao polírico e não ao real envolvimento na problemática da empresa. É aí que se discute a remuneração possível e justa, aí se constrói ou destroi a economia e o emprego.
No que for a empresa em Portugal se saberá o que possa vir a ser o investimento e o emprego.
A TAP é no dia de hoje bandeira do não investimento em Portugal.
Então o que o José diz é que os problemas se resolvem dentro das empresas. Então se se resolvem, não há problema, certo? Ou a discussão do que é uma remuneração justa pode ser também um problema de assimetria de poder de negociação entre as partes envolvidas? Se calhar também pode. E o Estado, se calhar, pode influenciar isso com alguns instrumentos...
ResponderEliminarÉ verdade que decretar não resolve tudo, mas pode ajudar, ou não. Depende. Agora o Estado tem que ter um papel. Aliás, tem-lo sempre, e é enorme, como é óbvio. A questão é qual é o papel que tem.
Tendo em conta que estamos na moeda única, "parcialmente" desindustrializados, restringidos na política monetária e orçamental, ou seja, tendo em conta que a política na zona euro, e não só, é sobretudo de fingir que não se pode fazer nada e não querer usar instrumentos poderosos que mudem este estado de coisas, é difícil ultrapassar esta situação, e é normal que todo esse discurso da direita de que os problemas se resolvem nas empresas pareça tão sensato para alguns, porque afinal as atuais políticas estão desenhadas para que assim aconteça. Os problemas podem não resolver-se claro. Os problemas são relativos, assim como a remuneração justa é relativa, pois talvez não seja possível definir "justo" objetivamente. Mas a questão é que desde 2011, há problemas que não devem continuar, do meu ponto de vista, a serem relativizados. E já que as empresas não conseguem resolver sozinhas estes problemas(nem poderiam?), o Estado tem que intervir de outra forma.
A democracia fará o seu melhor.
Anónimo das 13:26
ResponderEliminarO poder está onde se põe o esforço de o construir.
Se nos pós 25A esteve nas armas, se daí transitou para a rua e daí ao Estado, só aí permanecerá na medida das debilidades da sociedade civil, salvo as poucas áreas que lhe são exclusivas.
As ideologias que apostam no poder do Estado, mais não fazem que garantir a debilidade da sociedade civil. Uns por cálculo de poder, outros por ambição de subverter os valores que a sociedade maioritariamente subscreve.
José dixit:
ResponderEliminar"As ideologias que apostam no poder do Estado, mais não fazem que garantir a debilidade da sociedade civil. Uns por cálculo de poder, outros por ambição de subverter os valores que a sociedade maioritariamente subscreve."
Este sujeito é o mesmo que sobre as práticas de tortura pelos USA reveladas agora diz o seguinte:
"Mas para qualquer filho da puta capz de atrirar um avião para cima da minha casa, tanto se me dá que em nome de Alá ou en nome do Demo, acho pouco." (está mesmo assim escrito)
Ou seja. Para a defesa (inqualificável ) da tortura o Estado já tem o seu papel assegurado e a "sociedade civil já não definha à sombra desse mesmo estado.
"Os tais valores que a tal sociedade maioritariamente subscreve" passam pela tortura e pelos "métodos repugnantes (qualificação do próprio director da CIA?)
Mas o que vem a ser isto?
De
"Anónimo das 21:56.
ResponderEliminarEntenda o seguinte:
Quem tem poder - legislativo e daí jurídico, policial, militar - são os políticos"
Isto diz o sr jose.
Anónimo das 21: 56 e sr jose entendam uma coisa. O poder político está de facto dependente do poder económico.
"54% dos governantes desde o 25 de Abril com ligações à banca".Basta puxar pela cabeça após a observação ponderada dos factos.
E pensar que não era por nada que o ricardo salgado, endeusado pelo sr jose , tinha ocarinhoso "nome" de DDT-dono disto tudo.
Portanto estórias da carochinha por favor não
De
Mas vamos a factos concretos, algo que deita por terra quem vive de falsos dogmas do neoliberalismo
ResponderEliminar"Desde a adesão ao Euro, os custos unitários do trabalho reais em Portugal reduziram-se 11,4%, em termos acumulados. Nesse período e nos mesmos termos, os salários reais cresceram 4,9%, enquanto os lucros líquidos cresceram 72,4%, ou seja quase 15 vezes mais!
Não é por isso de estranhar que no final do período de vigência do PAEF(programa de assistência económica e financeira) tenhamos um dos maiores aumentos da taxa de exploração do trabalho, com o peso dos salários no produto a atingir um dos valores mais baixos dos últimos 30 anos, ou seja, na altura em que estávamos na saída do segundo programa estrutural do FMI. Os valores previstos para 2015 mantém esta tendência, que se reforça com as previsões para 2016, onde se prevê que o peso dos salários do produto atinja o valor mais baixo das séries estatísticas existentes.
...
Os efeitos económicos e sociais desta política foram desastrosos, mas têm vindo a cumprir os objectivos traçados, nomeadamente de restauração das condições de rentabilidade do capital, com uma fatia maior do bolo do rendimento a ir para o capital, ao mesmo tempo que se agudizam as desigualdades na distribuição do rendimento, nomeadamente entre os mais pobres e os mais ricos, assim como os níveis de pobreza e privação material.
Durante o PAEF, os 20% mais ricos passaram de ganhar 5,7 vezes que os mais pobres para 6 vezes (não são ainda conhecidos os dados para 2014). A taxa de risco de pobreza aumentou 3 pontos percentuais e mais 276 mil portugueses engrossaram as fileiras da pobreza."
Pedro Carvalho
(De)
Infelizmente há mais.
ResponderEliminarO "com as empresas e nas empresas" faz-me lembrar um slogan corporativo fascista tão em uso nos tempos da velha senhora.
Mas faz-me também lembrar outra coisa: A submissão e a aceitação do direito do mais forte ao saque
Já o disse:
Conheci em tempos um indivíduo que era pago para fazer relatórios sobre o emprego e a economia em tons exactamente iguais a este. A eficiência do mercado acima de todas as coisas emparelhava com o seu ódio aos sindicatos e a quem ousasse dizer não a este estado de coisas
Era flamengo e tinha alguns nacionais como seus fieis. Parece que teve um mau fim e a prisão por um escândalo sexual que abalou a Bélgica.Mas isso agora nem interessa. O que interessa mesmo é que preparava os seus relatórios com citações do Friedman e tinha uma fotografia deste com Pinochet que devotamente partilhava com quem lhe partilhava o ideário.
E a sua máxima era precisamente esta.
Não se pode perturbar a eficiência dos mercados uber alles.Com as empresas e nas empresas.
De
Uma última nota - por enquanto - sobre uma enigmática frase:
ResponderEliminar"O poder está onde se põe o esforço de o construir."
Isto não é a sério pois não?
O esforço e o poder. o poder do esforço ou o esforço do poder?
Para isso é que o poder económico domina o poder político e este submete a justiça e a força das armas aos seus interesses.
Para manter o poder no seu esforçado esforço...sobretudo onde está mesmo o poder.
E torna-se ainda mais risível vir dizer que "no pos 25 de Abril esteve nas armas".
Como se antes do 25 de Abril também não estivesse o poder no poder das armas e da polícia e da pide e dos restantes aparelhos repressivos.
Como se o poder fosse obtido por mérito de quem tem o "esforço de o construir".E de repente se apagasse a perpetuação do poder pelo dinheiro, pelo capital, pela detenção dos meios de produção, pela transmissão hereditária de tal poder sem qualquer esforço de o construir.
Daí que quem proclame que o poder está nos políticos ( do arco de governação , entenda-se)veja primeiro a folha de pagamento desses políticos e quem lhes assina o cheque.
Um esforço danado este, que o poder económico faz para de facto manter o seu poder.
De
Como sempre, quanto menos razões encontra DE, mais acrescenta nas palavras.
ResponderEliminarO slogan resumido, curto e grosso é o paradigma da "informação" dos tempos modernos.
ResponderEliminarInfelizmente para o sr jose não sigo tal caminho.Causa-me até alguns arrepios pelos exemplos passados e actuais de tal forma de perorar.
O silêncio pesado e comprometido ao que lhe foi directamente questionado é também significativo da utilidade no uso de tais jargões.A fuga pura e simples.E há exemplos a referir:
-A fuga dos dados concretos e dos numeros apontados é "exemplar" . -A defesa abjecta da tortura e o papel da "fraca" sociedade civil são paradigmáticos não só do padrão ético como de outras coisas mais que só a boa educação permite não especificar.
-Quanto à enigmática afirmação "os valores que a sociedade maioritariamente subscreve" ficamos a saber que para o sr jose parece que estes passam pela tortura e pelos "métodos repugnantes (qualificação do próprio director da CIA).
Há mais.Fica para depois.Mas não deixa de ser divertido ver a forma telegráfica a que jose fica acantonado. Compare-se com o esforço esforçado como se tenta desenvencilhar de outras questões pertinentes, ou para citar o próprio sr jose, o seu acrescido acrescento nas palavras.
De