quinta-feira, 5 de junho de 2014
Zumbis
Já lá vão dois editoriais seguidos no Negócios que, entre outras cavadelas, desenterram uma ideia zumbi para apoiar a ofensiva política do governo contra o Estado social e democrático de direito: a austeridade, leia-se “contas públicas controladas” ou qualquer outro sinónimo igualmente moralista, já que o essencial depende aqui do andamento económico, é uma condição necessária para o incremento do investimento, para a expansão da actividade económica. Pensam realmente que os cortes nos rendimentos, na procura pública certa, vão gerar confiança em empresários que vão começar a investir? Se assim é, os editorialistas do Negócios – neste caso, Helena Garrido e André Veríssimo – revelam falta de respeito pela realidade, pelos dados do INE sobre determinantes do investimento: quem não tem expectativa de vender não investe e o resto é conversa. Como é a que a compressão da procura por via orçamental vai fazer aumentar o investimento privado? Não vai, claro, estamos fartos de o saber há vários anos pela austeridade redobrada e, ao contrário, pelos efeitos da sua atenuação, graças ao Constitucional. Para apoiar o governo é preciso mais do que organizar comícios no Ritz. Felizmente, o Negócios é bem mais do que os seus editoriais zumbis de apoio a um governo que desgraçadamente não morre.
Hoje, estava a ler o editorial do jornal de negócios e a pensar: Pronto, tinha que vir a história da "fada da confiança" .... ah, o tribunal constitucional lançou novos factores de instabilidade na frágil recuperação da economia...certo.
ResponderEliminarQuer dizer, como é possível que se escrevam editoriais ( do jornal de negócios!) com esta ligeireza de racíocinio/argumento? Porque é que certas continuam a passar e a ser difundidas por imensos jornalistas, comentadores e analistas?
O Estado paga salários e pensões com impostos sobre salários ou rendimentos dos privados.
ResponderEliminarIncrementa procura à custa de procura, tire ou ponha uns trocos.
A excepção é quando o faz à custa da dívida gerada pelo défice.
Tanto vale o contributo do TC!!!
A maioria dos média, à excepção de alguns poucos jornalistas, colabora activamente com o governo na manipulação da verdade.
ResponderEliminarArrastam-se para a mentira e não se importam. Aqui sem qualquer moralismo.
José, da fuck?
ResponderEliminar"O Estado paga salários e pensões com impostos sobre salários ou rendimentos dos privados."
Querias que pagasse com que crl? Já agora, lembra-te que os salários e pensões também pagam impostos.
Por outras palavras há quem tente legitimar a ilegalidade e os fora-da-lei
ResponderEliminarQue se registe o pendor anti-democrático.Como diz Jorge Bateira foram longe de mais.Misturam-se já os apelos claros à subversão do estado tal como o conhecemos.O silêncio ensurdecedor de cavaco motiva que seja legítimo exigir que quem viola a legalidade seja julgado. Qualquer que seja o seu posto, qualquer que seja a sua posição.Mais cedo ou mais tarde.Mais cedo do que tarde.
A estória do pagamento dos salários e pensões é a cereja em cima do bolo que desvenda o que se pretende.As pensões resultaram do esforço de quem trabalhou.Aos privados foi-se buscar os "empresários" que se governaram sob a alçada do estado, estado esse confiado aos mesmos interesses privados que fizeram os grandes interesses privados progredir e enriquecer.Ainda mais.
Os factos estão aí e são tramados para os slogans neoliberais vazios e ocos.As grandes fortunas aumentaram à custa da governação do estado pelos mesmos que obedecem ideológica., doutrinária e economicamente ao poder económico-financeiro
Eis a justificação para a proliferação do privado Oliveira e Costa que justamente foi chefe de fila do partido e do governo de cavaco.Privado que sugou o público em nome do interesse ...privado.
Que se registe:
O interesse público a ser delapidado, pelos mesmos que agora tentam subverter os mais elementares princípios democrátioos.
De
Falemos por interposta pessoa da questão da dívida. Ficará para mais tarde a abordagem da origem de tal dívida
ResponderEliminar"Nos últimos 3 anos a dívida pública aumentou 55.000 milhões de euros, mais 35%. Ou doutra forma, ¼ da dívida actual é da responsabilidade dos últimos 3 anos.
As previsões da troika quanto à evolução da dívida prometiam um rácio de 115% do PIB em 2013, e o que se verificou foram cerca de 130%.
Estes factos mostram o fracasso claro da estratégia seguida.
Por causa disso ou de qualquer outra coisa, no relatório das 8ª e 9ª avaliações o FMI fez um exercício sobre a sustentabilidade desta dívida.
As conclusões foram que para reduzir a dívida a 60% do PIB daqui a 20 anos seriam necessários:
. saldos orçamentais primários de 3% do PIB
. taxa de crescimento real do PIB de 1,8% ao ano e o mesmo para a inflação
.emissões de dívida pública à taxa média de 3,8%.
Ora, isto não é possível!"
Octávio Teixeira
Este mito de que o imposto do privado é que sustenta o salário e a pensão do público, tal qual uma “esmola”, já tresanda.
ResponderEliminarPrimeiro, toda a gente paga (ou devia pagar) impostos. Segundo, essa é uma visão redutora e tendenciosa, estanque, da economia. Afinal, todos “precisam” de todos.
Precisa o doente do excelente serviço prestado por um IPO, o estudante que beneficia do ensino ministrado num IST ou qualquer cidadão da segurança pública, como também, qualquer utente de uma farmácia, ou um cliente de uma operadora de comunicações…
O grande rombo foi e continua a ser a predação a que o Estado tem sido sujeito (PPPs, swaps, socialização dos prejuízos e fraudes bancárias, etc.). Lembrar, por fim, o que afirmou Eric Maskin: “as sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos (…) O mercado não funciona muito bem quando se trata de bens públicos”
Enfim, já não há paciência para ouvir/ler tanta baboseira.
Sobre o alegado fracasso do programa sempre e só é responsabilizado o Governo, nunca a Constituição e o seu Tribunal é chamado senão para dizer que trouxe o benefício do aumento da procura !!!!
ResponderEliminarAté a despesa em salários de funcionários é louvada porque, caso extraordinário, o Estado paga 100 para receber uma fracção de desse valor!
Ó José faça um favor ao pessoal e pire-se daqui para fora.!
ResponderEliminarEmigre, homem.!
Vá para a Alemanha ou outro sitio qualquer porque aqui já toda a gente viu que não se dá bem com a democracia.Está a seguir o seu chefe de fila.? É que ele, essa avantesma, também não se dá bem com a democracia. De facto só de fulaninhos mentecaptos e mentirosos, como ele, é que se ouvem as estupidas barbaridades que ele vomita quase todos os dias.
Já mete nojo ouvir uma lambisgoia daquelas.!!!
Será que os fulaninhos ( ele e o outro, do partido do táxi) ainda não perceberam que sofreram uma derrota estrondosa, uma derrota histórica e que na próxima levam mais.! Será que não perceberam que as pessoas estão fartinhas de tais basbaques.!
É preciso ser de compreensão muita lenta para não perceber isso e para defender as politicas dos fulaninhos.Não é ó Zéquinha.!
Jose quererá que seja responsabilizado o juiz pelos crimes cometidos pelo meliante.
ResponderEliminarConfessemos que é ir longe demais. Do ponto de vista da ética, ams também do ponto de vista social e de convívio democrático.
Quando o verniz estala o que sobra é este triste cenário de fors-da-lei a tentar justificar o injustificável.
A Revolução Francesa deu resposta na altura a tais predadores
De