quarta-feira, 2 de abril de 2014
Hoje
«Em Maio completam-se três anos desde a assinatura do Memorando de Entendimento entre o governo português e a troika composta pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI. Nestes três anos, as medidas de austeridade retiraram cerca de 20 mil milhões de euros à economia em aumentos de impostos e cortes na despesa pública. Nesses mesmos três anos o défice não se reduziu mais do que 6 mil milhões de euros, enquanto o PIB caiu em mais de 7 mil milhões de euros e a dívida pública não parou de aumentar. Criou-se menos riqueza, destruíram-se mais de 450 mil postos de trabalho, 30% de empresas estão em situação de incumprimento perante a banca, alastrou-se a miséria, a precariedade e a certeza de um futuro incerto. E, no entanto, a dívida pública portuguesa não é hoje mais sustentável do que era há três anos – pelo contrário.
O incumprimento recorrente das metas estabelecidas e a degradação da situação económica e social não são, porém, motivos suficientes para convencer o governo e a troika a mudar de rumo. Em qualquer dos cenários admitidos pelo governo para os próximos anos – o recurso a um novo programa de assistência (vulgo "programa cautelar") ou o financiamento do Estado junto dos investidores privados (vulgo "saída limpa") – a estratégia oficial continua a ser o pagamento da dívida a qualquer custo.
É hoje claro que a obstinação em pagar a dívida nos termos actualmente previstos – de juros, prazos e montantes – conduziria à destruição dos serviços públicos e dos direitos sociais e laborais em Portugal. Neste debate pretende-se fazer o balanço de três anos de intervenção da troika em Portugal e perspectivar o período pós-troika em termos políticos, económicos e sociais, discutindo as alternativas à estratégia do governo e da troika.»
Entretanto, a Petição do Manifesto dos 74, «Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente», lançada na passada sexta-feira, atingiu as 30 mil assinaturas no final do dia de ontem. Se ainda não o fizeram, leiam, subscrevam e divulguem, para chegarmos às 74 mil no próximo 25 de Abril.
Ter fe e temor a Deus, digo a "Os tenor" e teremos a garantia da ressurreicao.
ResponderEliminarNo mínimo dos mínimos é preciso exigir um segundo resgate que envolva a reestruturação da dívida.
ResponderEliminarHaircut de 70%.
Não vale a pena fingir que temos condições para pagar a dívida.
Com a reestruturação devemos também refinanciar a dívida a longo-prazo (30 anos).
Desta forma, o pais deixa de precisar de se financiar visto que fica com a dívida toda reestruturada.
Representando o 'ou' a disjunção lógica, não é totalmente errado o tema.
ResponderEliminarMas qual disjunção lógica, qual quê?!
ResponderEliminarEstes portuguesitos salazarentos sempre gostaram de se diferenciar através da caridadezinha – haja pobres, ao contrário do que tendencialmente se passa em qualquer país decente.
Mentalidade tacanha, feudal, que convive bem com a “vizinhança” a rebuscar no fundo dos caixotes do lixo, que só se sente feliz com a miséria dos outros. Gente que não presta!
Não diria de certeza melhor caro D.H.
ResponderEliminarDe